Fanfic: Entre Irmãs (Lesbian) | Tema: Lésbica, Homossexual, Amor Proibido

Capítulo 105.

— Tem vontade de voltar a morar em Nova York?

— Acho que já que estou aqui, e continuarei aqui por um bom tempo.

— Minha casa sempre estará de portas abertas para você, tudo bem?

— Obrigada, tia. A minha também. E como está meu primo?

—  Barney? Ótimo. Está naquela fase de super herói, não aguento mais ouvir ele falando do Batman. —  ela sorriu ao lembrar, colocando o Bacon que acabara de ficar pronto em um prato grande e sentou-se de frente para a sobrinha.

— Estou com saudades.

Elas continuaram conversando e degustando, até que o telefone da loira tocou.

— Charlotte apareceu? — indagou Megan, logo que foi atendida.

— Sim, apareceu. Bêbada, se bobear drogada. Mas já está dormindo. Depois te conto melhor, preciso ir agora. — E desligou antes de obter uma resposta.

Alice suspirou, pensou no acontecimento. A pupila congelada de Charlie, o corpo rígido, a feição triste e grogue. Essa não era a Charlie que conhecera algumas semanas atrás. A noite estava mais escura que o normal e o silêncio pairava na cozinha. Daisy levantou silenciosamente e pegou um folheto desconhecido que estava em cima da cômoda, fitou Alice e arriscou um sorriso.

A loira subiu as escadas tentando não fazer barulho, foi até o quarto que ainda não tinha sido terminado e deu uma observada para ver se tudo estava indo bem, checou seu celular e ao visitar o rolo da câmera, viu algumas fotos com Sam. Aquele era o relacionamento mais curto e mais doloroso que já havia tido em toda sua vida — até agora.

*

— Há muito tempo eu não ia pra praia. — comentou Megan, sentada em uma cadeira reclinada colorida, com um óculos de sol que havia comprado recentemente e as madeixas loiras soltas, sendo bagunçadas pelo vento.

Era um sábado de manhã, e Alice saiu de casa antes mesmo de Charlotte acordar para conversarem, a insistência de Megan a havia deixado sem escolha. Aquela área da praia estava vazia, era um pouco afastada e aparentemente as ondas se formavam com mais intensidade, o vento também parecia bater mais forte. Á direita, uma família com um menino pálido e com grandes olhos cor amêndoa, semelhava ter cerca de dez anos de idade não parava de olhar na direção de Megan enquanto suas irmãs gêmeas eram carregadas e mimadas pelos pais. Uma maior vinha em direção a mesa deles, e sentou-se ao lado do homem loiro que poderia ser seu pai. Mais adiante, um grupo de adolescentes surfistas e infantis estavam sentados a beira do mar, tentando planejar algo.

— O que está passando por sua cabeça? — perguntou Megan, para quebrar o silêncio entre elas.

— Não vai querer saber. — voltou o olhar para a família ao lado.

— Se não quisesse não teria o trabalho de perguntar.

Alice não queria contar a Megan como se sentia em relação a Charlotte, porque no fundo nem ela mesmo sabia. Só compreendia que estava preocupada com seus “surtos” e queria de alguma forma evitar. Claro que isso não poderia acontecer se permanecesse sentada de baixo do sol há quilômetros de casa como se estivesse com a vida toda ganha e a preocupação na estaca zero, entretanto Megan a arrastou de casa como se a praia fosse um filme em cartaz que estivesse no ultimo dia de exibição.

maralopes: Vivo de castigo, sou profissional em fazer arte. (Não se preocupe, to em processo de aposentadoria uaheuah)

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