Fanfic: Entre Irmãs (Lesbian) | Tema: Lésbica, Homossexual, Amor Proibido

Capítulo 153. — Alice narrando.

— O que está havendo? Quem você achava que era?

— Apernas esqueça isso, ok? É melhor deixar pra lá, me desculpe. — Levantei e a abracei forte, ela correspondeu e me deu um beijo na bochecha. — Meu quarto ficou pronto. — contei.

— É? Isso é maravilhoso! — Exclamou, sorrindo. — Quero ver.

— Vem, vou te mostrar.

A levei até lá e mostrei cada detalhe, enfatizando de que ainda tinha muita coisa pra ser arrumada.

— Sua varanda é melhor que a minha. — Comentou, sentando na minha cama.

— Eu sei. — Ela me mostrou língua.

— Vou estar no meu quarto esperando por você. — Ela depositou um selinho e depois saiu rebolando, me deixando sozinha com meus próprios pensamentos.

Meu quarto não era tão espaçoso, gostava dele daquele jeito, parecia um tamanho proporcional a mim, não precisava de nada maior que aquilo, inaugurei meu banheiro e tomei um banho relativamente rápido, apanhei uma roupa confortável para vestir e em menos de meia hora já estava pronta, bati na porta e Charlie abriu.

— Vamos? — Deus, ela estava linda! A abracei e cheirei seu pescoço, descobrindo o cheiro de seu perfume que a propósito exalava pelo quarto.

Tivemos a má sorte de cruzar com meu pai no caminho.

— Onde pensam que vão? — Ríspido.

— Ao cinema, tio. — Charlie respondeu, dando de ombros. Ele com certeza diria para não irmos, mas já que Charlie tomou a frente ele não ia ter coragem de falar nada, se eu o conhecesse.

— Seu carro já está na garagem, Alice. — Meu rosto se iluminou, estava prestes a dizer algo quando ele continuou. — Devido ao seu comportamento não irá poder usá-lo, por tempo indeterminado. — bufei. — E nem adianta bolar planos, a chave está comigo.

— Você está sendo injusto! — Meu grito ecoou na sala de jantar.

— Creio que não, sei que não está acostumada a ser castigada, entretanto tudo tem sua primeira vez. — Retirou-se do recinto, indo em direção a cozinha, me deixando totalmente embravecida.

— Dos males o menor, Alie. — Me encarou. — Sei que isso não é legal, mas poderia ser pior, eu garanto.

— Onde está sua mãe? — Mudei de assunto, não queria mencionar o nome do meu pai por muito, muito tempo.

— Não sei, deve estar no quarto. Ela provavelmente não quer falar comigo, é uma forma dela me castigar. — Ela suspirou, cruzando os braços. — Ah, deixe pra lá. Vamos. — Ela puxou meu braço e quando fui apanhar as chaves do carro, nenhum estava lá, nem do motorista.

— Ele está de folga e o deixei rodar com o carro. — Meu pai disse novamente, rolei os olhos, dessa vez o velho tinha pensado em tudo! — Se quiser sair, vai ter que chamar um taxi e com o próprio dinheiro, se tiver algum, não vou mais te dar mesada por algum tempo.

— Por que merda eu estou de castigo? Será que posso saber disso? — Explodi, em lágrimas.

— Sua tia a mandou ficar e você desobedeceu. — Falou, seco.

— Primeiramente ela não nos mandou, ela sugeriu, Vim porque quis, achei conveniente e eu nunca tive que dar satisfação nenhuma pra ninguém, e não vai ser hoje que vou ter que dar. Só porque tá com Katie quer começar a se interessar a ser um pai presente pra mim? Tarde demais, pai! Sinto muito. — quando terminei de falar e o encarei, seu rosto estava vermelho.

— SAIA JÁ DAQUI. — Ordenou, sai correndo enquanto tentava secar as lágrimas. Charlie, que assistia tudo, foi atrás de mim.

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