Fanfic: Entre Irmãs (Lesbian) | Tema: Lésbica, Homossexual, Amor Proibido

Capítulo 155.

— Tente se conter, Alie, bater de frente é pior.

Nós estávamos indo em direção ao estacionamento da cobertura do shopping, ele dava uma linda vista para alguns pontos da cidade, apanhei meu isqueiro no bolso do meu casaco e acendi um cigarro enquanto Charlie ligava pro táxi.

— Eu não quero ir para casa agora, C. — Liberei uma nuvem de fumaça ao passo que mirava os carros passando.

— Deveria ter me dito antes, assim eu não me dava o trabalho de ligar pro táxi.

— Você deve ir pra casa.

— O que está dizendo? Não vou te deixar assim. — insistiu.

— Não está me deixando, apenas quero ficar sozinha.

— Alice, vamos pra casa. Sabe que será pior pra você se contestar.

Eu me sentia sufocada, não sou acostumada a essas limitações impostas, posso estar sendo um pouco insurgente, mas é a verdade.

— Por favor, vamos. — ela implorou mais uma vez.

— Charlie, não me peça isso.

— E pra onde você vai?

— Eu não sei, sempre dou um jeito. — dei de ombros.

— Não vou te deixar aqui.

— Não estará me deixando, estará apenas me dando espaço.

— Mais? Alice, eu mal estou tocando em você! Desde a noite anterior que você está um porre! — suas palavras pareciam ter sido vomitadas, e eu tinha de admitir que ela estava coberta de razão.

Tudo ficou calado, quando meu cigarro acabou, acendi outro, Charlie estava sentada no chão, ouvindo música com seu fone rosa.

— O taxista está me ligando, por favor, vamos. — ela me encarou, quebrando o silencio, seu olhar estava preocupado. Suspirei, derrotada.

— Tudo bem. — ela sorriu vitoriosa.

Nós descemos e fomos até a saída do shopping, e logo localizamos o taxi e entramos nele, informamos o endereço, no meio do trajeto, meu telefone tocou.

— Alice, se não chegar aqui até meia noite ninguém irá abrir a porta pra vocês e terão que dormir na rua!

Eu não respondi, apenas desliguei o telefone e encarei meu celular. Estava em dúvida se aquele era mesmo meu pai. Deus, há uma semana atrás as coisas iam tão perfeitamente bem... Sem falar que a minha relação com Charlotte estava um pouco estranha, estava com a ligeira impressão que é culpa minha, entrelacei minha mão na dela, nos entreolhamos, cumplices. Eu adorava aquele olhar, era como “estou aqui contigo, não vou te abandonar”.

amandabr: Ahh, agora que entendi o que vc disse. kkkkkkk, Um fuzuê todo por causa de um quarto? kkkkk de qualquer forma, melhor esperar pra ver.

SavinonPortilla: Continuei ;)