Fanfics Brasil - ♦ O Real Motivo ♦ 《• ↬ Just You and Me ↫ •》

Fanfic: 《• ↬ Just You and Me ↫ •》 | Tema: The Vampire Diaries, The Originals.


Capítulo: ♦ O Real Motivo ♦

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Candice Accola! ×Ana×


 


Já era quinta-feira;o dia da reunião e que eu iria ver Joseph. 
Julie havia dado folga a todos nós e por isso, ir á loja comprar algo para ir á reunião. Queria ficar bonita e a apresentável.

  "Por que eu quero ficar bonita?" Me perguntei.


Na loja eu experimentei várias roupas e adorei um vestidinho branco que era colado em cima e depois era soltinho. Era um pouco curto, na verdade era super curto. Mas quem se importa? Eu não. Era na metade da coxa apenas. Comprei uma jaqueta de couro verde para colocar por cima. Ficou maravilhoso!
Estava me sentindo bela, então apenas faltava o que eu iria calçar. Tive que ir até outra loja e acabei comprando um scarpin branco que vi logo de cara e já adorei e sem contar que ficaria perfeito com o vestido.

 Voltei pra casa correndo e fui me arrumar, pois logo daria a hora e eu não queria chegar atrasada. Tomei um banho, lavei meu cabelo e depois sequei. Deixei meu cabelo solto com os fios ondulados. Passei uma maquiagem leve e um batom rosinha, me vesti e me perfumei. 

E já estava pronta! 

Faltava uns 40 minutos e como minha casa ficava um pouco distante do restaurante que iríamos nos encontrar, resolvi ir logo, pois eu iria passar para pegar a Nina que era caminho. Ao chegar na casa de minha amiga desci para chamá-la e ela apareceu deslumbrante com sempre. 


— Nossa, Candy! —  Nina apareceu me abraçando — Você está linda!  — Exagerou e eu rolei os olhos.


—  Aí, Nina não exagera. Estou básica. —  Disse modesta —  Você que está.  — A rodei e ela fez pose.


Como era verão, Nina estava com um short de renda branco e uma blusinha preta de manga comprida com alguns desenhos pequenos brancos e um scarpin preto. 


— Acho que eu sei o motivo pra você estar assim toda bonitona. —  Ela semicerrou seu olhar sorrindo enquanto entrávamos em meu carro.  


— Nem vem, Nens! — Ri ligando o rádio — Eu poderia dizer o mesmo. —  A olhei dando partida e ela sorriu de lado fingindo não me entender.

  Á risadas e comentários banais, fomos em direção ao restaurante que fora reservado apenas para nós. Não entraria mais ninguém porque o dono do restaurante era meio parente da Plec.  

 Ao chegarmos, estacionei o meu carro e descemos rindo de uma piada boba de Nina. Minha amiga costumava ser palhaça nas horas vagas.

Quando caminhávamos lado a lado, Nina olhou para frente do restaurante e viu Ian. Fotógrafos tinham de sobra a sua volta e Nina fingiu não estar afetada pela beleza descomunal do homem que amava. Caminhamos até a entrada e assim que os fotógrafos nos viram, vieram ao nosso encontro.
Fiquei observando Ian que olhava apaixonado para a morena que estava ao meu lado sorrindo para as fotos. Meu coração se apertou, pois eu sabia que ele estava sofrendo e muito. Ao contrário de Nina que não demonstrava seus sentimentos, Ian não conseguia esconder quando estava perto dela. 

Posei para algumas fotos também e fui arrastada por Nina para dentro do restaurante.


— Oi meninas. Vocês estão maravilhosas! —  A voz de Ian soou atrás de nós e logo ele apareceu a nossa frente sem tirar os olhos de Nina.


— Obrigada! Você nem preciso falar, está sempre um arraso.  — Comentei rindo, para deixar o momento descontraído


— Concordo com a Candy. —  Disse Nina sorridente e o sorriso de Ian foi tão grande que jurei que ele iria abraçar e beijar a morena ali na frente de todos. 


Fomos os primeiros a chegar depois foi chegando a Kath, o Stev, Paul e os outros. E estávamos já sentados na mesa esperando a Plec, quando pela porta entra ele. 


Sim. Joseph Morgan!


 Exuberante afinal, como sempre. Meu coração palpitou forte. Ele estava sorrindo acenando para algumas pessoas que acenavam pra ele, Nina que estava ao meu lado, percebeu o meu jeito e sussurrou no meu ouvido:


— Calma, respira senão vão perceber a tensão que vocês dois causam e vão ficar no seu pé. — Sorri em agradecimento a ela que passava a mão em meu ombro.


— Obrigada! —  Apenas movi os lábios, mas ela entendeu, pois piscou.

A cada passo que ele dava eu sentia o ar ficando mais denso.

"Age com naturalidade, Candice!" Pensei comigo mesma enquanto ele vinha ao nosso encontro com um grande sorriso. 


Por que tão lindo desse jeito?


— Olá, família querida! Estão felizes com a minha volta?  —  Perguntou ele com os braços abertos enquanto parava em frente à enorme mesa.

Alguns brincaram o reverenciando, principalmente Paul, Nina, Ian e Kath.

—  É sempre uma honra ter você conosco. —  Foi Paul quem comentou e continuou depois de beber um gole d`água.  — Stefan sente a falta do Klaus. —  Todos nós rimos.


  —  Vou contar um segredo.  — Joseph curvou o corpo sobre a mesa como se estivesse preste a dizer algo proibido  — Klaus também sente a falta do Stefan. Mas não conte pra ele.  —  Disse sério e piscou para Paul que gargalhou, fazendo com que todos nós dessemos risadas também.


Joseph se sentou ao lado de Ian, quase a minha frente. Ele não me olhou e por um momento pensei que era porque não tinha me notado, mas isso era estúpido demais porque eu estava bem a sua frente. 


Logo todos começamos  a conversar sobre as gravações de TVD e TO, sobre os projetos que cada um queria fazer e logicamente sobre como ainda não estávamos preparados para um fim.

E assim ficamos conversando e Joseph continuou me ignorando.

Eu falava com ele e ele parecia não me ouvir. Era como se eu não existisse para ele. Não dirigia nenhuma palavra a minha pessoa e sequer me olhava. Comecei a ficar nervosa.

"Se ele quer assim, então vamos ver." 
Pensei. 

Plec logo chegou e todo o cast estávamos a postos ouvindo a mulher falar sobre as surpresas e os novos acontecimentos que teriam no episódio cem. Todos comentavam surpresos, principalmente sobre a parte em que Katherine possivelmente morreria. 
Eu nem estava prestando mais tanta atenção no que ela dizia, pois tinha ficado chateada com o Joseph me ignorando. Apenas a ouvi dizer que Caroline iria mudar, não quis saber como, eu apenas fingia estar interessada.

O que eu havia feito? Nada. Eu tinha ido falar com ele há uns dias sobre aquele jantar e estávamos tão bem. Eu quem deveria estar chateada com ele por ter subido sem antes ouvir minha resposta. 

Será que ele estava arrependido por ter dado um tempo á Persia e agora me culpava? Será que ela havia conseguido colocá-lo contra eu? Meu Deus!


Aquilo estava me irritando e pior era que eu tentei não demonstrar muito, mas estava difícil.


Falaria com ele nem que fosse na saída, mas ele não iria me escapar.

Quando todos nós estávamos em pé, conversando em pequenos grupos aleatórios após o jantar, eu o vi e resolvi que era melhor eu ir até ele e assim eu fiz.


— Quero falar com você depois no estacionamento.  Me espera lá.  — Sussurrei quando cheguei próxima a ele e o mesmo pareceu não gostar, pois se antes sorria agora tinha fiado sério.

Esperei alguma resposta dele, mas foi em vão. Joseph saiu do meu lado e foi até a Plec como se não se importasse com a minha presença. Fingi que aquilo não tinha me atingido e fui ao encontro de Nina toda sorridente. Era melhor atuar do que parecer uma idiota como eu estava sendo. 

Estavam todos posando para fotos e eu entrei no meio como se nada estivesse acontecendo.


—  Oque houve? — Nina sussurrou e eu franzi o cenho, não entendendo — O que disse pra ele ter ficado com aquela cara?  — Ela apontou com a cabeça para ele, denunciando que estivera nos observando e eu suspirei.


— Ele está me ignorando a noite inteira, então disse pra ele me esperar no estacionamento que quero falar com ele.  — Sussurrei e me virei sorridente para o fotografo.


— Acho que ele está louco para saber, pois já foi para o estacionamento.  —  Me cutucou e eu estranhei — Aproveita e vá atrás, eu te espero.  — Ela me olhou com um sorriso e piscou para mim como se tudo fosse dar certo.


Sorri esperando que sim, tudo se resolvesse, mas tinha um pressentimento de que ele estava fugindo de mim. Logo fui atrás dele,  antes tive que parar e posar pra uma foto com Kat e Ian.
Quando consegui sair do meio deles, segui para o estacionamento, chegando lá procurei pelo carro de Joseph e não achei. Pensei que poderia estar de táxi, então continuei procurando por ele no meio dos carros e mais uma vez, não o encontrei. 

Ele tinha ido embora? Não era possível. Será?

Ouvi Passos atrás de mim e sorri imaginando ser ele. Porém, ao me virar me deparo com um homem, mas que não tinha nada a ver com o britânico que estava me tirando do sério. Era o segurança.


— Hey, pode me dizer se você viu por aqui algum BMW 5 preto? —  Perguntei esperando que ele disse que não e que Joseph estivesse de táxi e estava escondi por ali.


—  Sim. Ele acabou de sair senhorita!  — Mas a sua resposta era o que eu já imaginava.


Senti uma pontada no coração. 

"Como assim foi embora? Ele não pode ter feito isso comigo."
 Passei minha mão em meu rosto, um pouco desapontada, ou melhor, muito desapontada!

Senti lágrimas rolarem e me segurei para não chorar mais. Acho que demorei tempo demais para voltar para dentro e dar notícias, pois Nina me encontrou ainda no mesmo lugar e eu contei a ela. 


— Você quer ir pra casa? —  Ela perguntou e eu assenti —  Então vamos, também quero ir, estou cansada. —  Sorriu complacente e fomos em direção a meu carro.

Sabia que não tinha me despedido do pessoal e que depois eles provavelmente me especulariam. No carro Nina tentou me fazer tirar o foco daquilo e quase consegui. Mas ao chegar em sua casa e vê-la sair de meu carro, decidi ir direto para a casa do Joseph.


— Ele vai ter que me explicar. E vai ter que me ouvir. Ah vai! —  Eu disse entre lágrimas.


Joseph Morgan! ×Gabs×
 


Ontem quando cheguei das gravações de The Originals, fui dormir. Graças a Deus consegui e não fiquei muito perdido em meus pensamentos doidos. Dormi a noite inteira e só acordei ás três da tarde, de tão cansado que eu estava. Mas também nem me importei muito, eu verdadeiramente estava precisando. 


Como acordei tarde já acordei com meu estômago implorando por comida. Fiz uma macarronada e um suco de abacaxi pra acompanhar. Ao decorrer do meu almoço, pensei muito sobre a Candice e sobre o que Daniel falou. 

Negação. Rá, ele estava mais doido que eu. Era isso. 

Acabei chegando a conclusão que: Primeiro, não posso negar que quando Candy se aproxima, algo muda dentro de mim; Segundo, estou com medo. Sim, medo. Medo de que o que Daniel me disse seja verdade. Não quero estragar o que eu e Candice temos; terceiro e último, preciso tomar uma decisão que seja boa para ambos os lados.

De tanto pensar acabei chegando a uma conclusão bastante radical e até um pouco estúpida; que é melhor eu me afastar dela.
Podem até achar que sou covarde, mas é a única solução para nós. Infelizmente.
Não gosto muito do Joe, mas se ela ainda gosta dele e pensa em voltar pra ele é melhor eu me afastar desde já. 

Vai ser melhor assim... Eu acho.


Fui tomar meu banho ao ver que já estava no horário de me arrumar. Não queria chegar tarde ao restaurante que fora reservado apenas para o cast de The Vampire Diaries
Se eu não me engano o dono é parente da Julie. Seria uma reunião onde o assunto principal seria o episódio cem! 

Saí do banho com uma toalha vermelha enrolada na cintura, caminhei até meu closet e lá escolhi uma camisa azul marinho social, uma boxer preta, um terno preto, gravata preta, uma calça social preta, um sapato social e um par de meias. Depois de vestido voltei ao banheiro arrumar o cabelo, com as pontas dos dedos peguei um pouco de gel e espalhei pelo cabelo, passei meu perfume amadeirado e finalmente estava pronto.

Passei pela minha sala pegando minhas chaves e desci. Peguei um congestionamento gigantesco. Com certeza tinha acontecido algum acidente naquela via, porque fiquei uma hora nele. E já estava começando a ficar um pouco irritado porque tinha o hábito inglês de odiar atrasos e também ser sempre pontual. 
Consegui chegar no horário e parei meu carro dando a chave ao manobrista para estácioná-lo  e adentrei no restaurante. 

Como sempre havia fotógrafos e paparazzi`s. Claro que posei para algumas fotos ao lado de Kat e Paul. Terminamos as fotos e então me virei para onde todos estavam. Direcionei meus olhos ao redor do restaurante, foi quando eles pararam em uma mesa grande no centro do restaurante onde sentavam o elenco de TVD, bem quase todos. Mas entre eles estava a Candice deslumbrante como sempre; um sorriso encantador e um olhar com tanto brilho que até a lua perde pra ele. Nossos olhares se encontraram e ela como sempre ficou sem graça e abaixou a cabeça.

Caminhei até a mesa e me lembrei do que eu havia decidido. Seria dificil? Com certeza. Mas era o que tinha que ser feito. 

Cumprimentei todos, brinquei com Paul e Ian e me sentei ouvindo todos atentamente. Apenas parei quando Julie Plec pediu atenção. Ela falou de tudo e eu ouvi tudo atenciosamente. 

Candy disse algumas coisas diretamente para minha pessoa, mas resolvi ignorar. Eu sei que irá machucar ela, mas infelizmente é o melhor... 

Depois que a reunião foi encerrada, o cast curtiu a festa que havia. Eu estava em uma roda com Ian, Paul e Kat conversando sobre nossas vidas. Acompanhei eles com uma taça de champanhe, porém não bebi muito, pois estava de carro. Candice me olhava intrigada do outro lado do restaurante com Nina, Julie e Steve. Já quase ao final da festa Ian, Paul e Kat se despediram de todos e eu vi Candice se aproximar, sussurrando em seguida no meu ouvido que queria falar comigo; pediu para eu esperar ela no estacionamento.
Bom não vou negar que queria falar muito com ela, mas tomei uma decisão de tarde e eu ia continuar com ela. Por isso não a esperei no estacionamento. Nem me despedi direito dos meus amigos, só me despedi da Plec e saí o mais depressa dali.

 Não peguei trânsito afinal já estava um pouco tarde. Cheguei em questão de quase trinta minutos em casa. Ao chegar em minha sala, tirei o terno jogando-o no sofá, afrouxei a gravatta e fui à cozinha beber uma dose de uísque, pois eu estava precisando muito e estando em casa eu podia beber quanto eu quisesse. Com o copo já em minha mão, voltei para a sala e me sentei no sofá, sentindo logo após algumas lágrimas escorrerem em meu rosto, ao me dar conta do que eu realmente estava fazendo.

 "Ela deve estar me odiando" Pensei apertando o copo com um pouco de força.

Mas era melhor assim, do que um de nós acabar machucado mais do que já estávamos, por conta de tudo o que estava acontecendo.
Respirei fundo olhando para a tela de LED á minha frente e bebi mais um pouco das doses de uísque. Mesmo tendo acordado tarde naquele dia, eu senti o cansaço dominando meu corpo. Não era físico, mas sim emocionalmente e, dormir era a única coisa que eu tinha para fazer no momento do que ficar me martirizando. Me levantei deixando o meu copo na mesa de centro e já estava indo para o quarto quando a campainha tocou. Nem pensei nas hipóteses de quem poderia ser, estava um pouco abalado e só queria fechar meus olhos e tentar esquecer tudo isso. 

Porém, quando abri a porta eu me surpreendi com Candice me fuzilando com os olhos.


— Candice? —  Parecia até mesmo um dejávu, ou melhor, vinha acontecendo com frequência eu a encontrando em minha porta e ficando surpreso.

Deveria ter esperado que ela viria atrás. Candice tem um gênio forte.


— Obrigada por me esperar ,Joseph. — Ela cuspiu as palavras e adentrou meu apartamento sem esperar eu dar passagem e esbarrou em meu ombro, fazendo com que eu batesse na porta. 


Certo. Como eu iria fugir dela? Não tinha como.


— Sobre isso deixa eu te explicar. Nós...  — Ela me interrompeu.


— Você primeiro vai me ouvir. Quero saber o "porquê" dessa frieza toda comigo? Eu te fiz algo? Se eu te fiz me perdoa,Joseph, mas não fique assim comigo. Tão indiferente! —  Ela sussurrou a última palavra abaixando a cabeça com um olhar triste. Isso me doeu porque eu odeio machucá-la, mas planejava ser breve e ela nem sentiria. Eu achava.


— Candice... Você não fez nada! Sou só eu o culpado por tudo isso que está acontecendo, eu estou confuso a respeito de nós. — Mordi meu lábio, colocando uma mão em minha cintura — Aquele beijo que você me deu bagunçou tudo e... Eu não sei te falar o que realmente estou sentindo e isso me dá um ódio tão grande que por causa disso tomei uma decisão...  —  Expliquei com um pouco de medo e ela me olhava fixamente com os olhos marejados.


—  Que... Que deci... Que decisão você tomou,Jomo? — Ela gaguejou colocando a bolsa no sofá, cruzando os braços e seus olhos piscaram repetidas vezes.


—  É o melhor a se fazer Candy. Vai ser bom pra nós dois! — Me aproximei dela o suficiente para sentir o aroma de rosas grudado em sua pele.


— Para de enrolar Joseph, fala logo! — Exigiu, com medo.


— Nós precisamos nos afastar.   —  Soltei de uma vez e antes dela dizer algo, continuei — Melhor; nós não temos que nos afastar. Nós iremos nos afastar!  — A olhei firme e me preparando para ver ela brava, inconformada, enfim.  — Essa é a minha decisão. 


—  Como é que é? Você só pode estar brincando! —  Ela começou a andar e mexer nos cabelos.

Dizer aquilo a ela estava doendo bem mais do que eu pensava. E quase estava voltando atrás, mas precisa manter aquilo.


— Estou falando muito sério Candice!  — Respondi sério e decidi parecer frio e seco, para que talvez assim ela repensasse e aceitasse. 


Mas Candice era teimosa, assim como eu.


—  Não! Mil vezes não, Joseph! —  Em seus olhos eu pude ver a dor e vacilei um pouco — Eu não vou me afastar de você sem motivos, você não pode me pedir isso, não mesmo! —  Falou com a voz embargada e os olhos marejados.

Ela deu as costas e eu suspirei. Era bem mais difícil do que pedir um tempo para Persia.


— Não estou te pedindo isso Candy, isso é uma decisão minha e você terá que aceitar... Estou fazendo isso pro seu bem. — A virei pra mim e ela já chorava. Isso me doía muito.


— Por que , Joseph? — Ela me perguntou soluçando. — Por que isso agora? Você mesmo me falou que nem a Persia me afastaria de você e olha agora? O que você está fazendo agora? — Ela me perguntou se distanciando.


— Candi... — Ela me interrompeu de novo.


— Joseph você é tão importante pra mim, eu gos... Eu gosto de você! Não faça isso. Por nós, pela nossa amizade! — Ela me suplicou com lágrimas que pareciam não ter fim.


— Eu lamento Candy, muito mesmo! Mas é necessário. — Respondi dando as costas para ela com os olhos também marejados.


— Ok... Mas eu vou te lembrar uma coisa, você me prometeu antes de sair de TVD que iria ficar sempre comigo... Lembra Joseph?


Claro que eu lembrava. E como se eu tivesse sido sugado por uma máquina do tempo, eu voltei ao dia onde eu fazia a promessa.


Era uma noiste fria e havíamos acabado de saber que eu não participaria com frequência mais de The Vampire Diaries. E sim teria minha própria séria, o spin-off The Originals. Quando Plec anunciou eu pude ver nos olhos da loira a minha frente, que era minha melhor amiga, Candice, marejarem. Ela estava triste eu podia ver, mas eu também estava sofrendo. Quando Plec disse que eu não iria mais a partir daquele dia, Candice se levantou e saiu da sala de reunião, deixando todos nós surpresos. Pedi permissão a Plec e ela permitiu porque sabia que éramos muito amigos.

A encontrei no estacionamento, escorada em seu carro e chorando. 


— Candice, por favor. Não chore!  — Me aproximei dela por trás, sem aumentar o tom de minha voz. 

  — Não posso te perder, Joseph. Não podem me afastar de você, eu preciso de você!-Respondeu chorando.


— Nada vai nos afastar, Candice.  Enxuguei suas lágrimas  — Porque eu não vou deixar. E quando você estiver cansada eu vou segurar suas mãos e caminharei com você... Vai ter que me aturar por toda a vida. — Segurei suas mãos e as beijei.


— Obrigada Joseph!— Eu sorri. 

— Por toda a vida, hein! — Brinquei e a abracei forte, beijando o topo de sua cabeça e a levando para dentro do set novamente, ainda abraçados.


Quando ouvi sua voz me chamando, uma lágrima tinha escorrido de meu olho e eu apressei em limpar. Naquela época era tudo tão mais fácil. Por que ficou tão complicado assim?


— Esqueceu não é, Joseph? Mas eu não. Pensei que você também não tinha esquecido, mas me enganei... — Falou dando uma última olhada para mim e em seguida saiu do apartamento.


— Candice? Candy!  — A chamei indo atrás dela. — Espera Candice! —  A puxei pelo braço antes que ela entrasse no elevador.


—  Esperar o quê hein, Joseph? Você não quer se afastar? Então eu estou facilitando para você, até porque você não quer falar o real motivo disso né? — Ela se virou contra mim.

Eu definitivamente não podia deixá-la ir embora daquele jeito. Eu sei que era confuso, visto que fui eu quem decidiu se afastar. Mas ao vê-la prestes a ir pra, talvez, não mais voltar, eu tive medo e por isso não a deixei. Ela ia entrar no elevador quando a puxei para mim, grudando seu corpo contra o meu. 

Tinha possibilidades de não dar certo? Sim. Muito! Mas quem se importa? Tá na chuva é pra se molhar.

Seu olhar estava surpreso eu podia sentir a sua respiração e seu aroma de rosas grudado em seu corpo. Ela ia falar algo quando a beijei fervorosamente. Pensei que iria protestar, mas me surpreendeu ao dar passagem para minha língua. Suas mãos foram para minha nuca e as minhas para sua cintura. Empurrei-a para a parede do lado do elevador e a prensei contra a parede gélida, a beijando com mais vontade agora. Ela apertou ainda mais minha nuca e eu sua cintura, o beijo começou a se acalmar e o ar começou a faltar. Não queria parar de beijá-la, principalmente porque eu sabia que teria que dar um justificava. Porém, aos poucos nossos lábios foram separando.


— Por isso que a gente precisa se afastar, Candice. — Sussurrei no seu ouvido a abraçando.


— Você gosta de mim, Joseph? — Ela me perguntou me abraçando ainda mais.

Gostava? Daniel dizia que sim, mas eu não sabia.


— Estou confuso, Candy. — Fui sincero — Não sei ao certo disso, mas uma coisa eu não posso mais te esconder... Algo muda quando estou perto de você. — Respondi me afastando devagar para olhar em seus olhos que estavam com um brilho lindo!


— Bom... Eu também não vou mais te esconder. —  Ao ouvir isso senti meu coração palpitar mais rápido — Eu sinto algo diferente quando estou com você! Acho que eu também estou confusa.  — Sorriu acariciando minhas bochechas, e ao olhar aquele sorriso eu queria a beijar novamente — Jomo não se afaste de mim! Eu não vou suportar. — Pediu com a voz baixa e eu respirei fundo.


— Desculpa pelo o que eu te falei lá dentro... Eu também não suportaria isso...  — Confessei.


— Então você não vai se afastar de mim? — Seu sorriso estava radiante e eu realmente estava me segurando para não beijá-la outra vez.


Sabia que tinha grandes probabilidade de isso não dar certo e acabarmos machucados. Porém, eu não queria me afastar dela e por que não, não tentar?


— Não Candy... Jamais! — Respondi acariciando suas bochechas.


Quase íamos nos beijar novamente, quando ouvimos o elevador descendo e ficamos sem jeito me fazendo eu afastar mais um pouco.


— Obrigada, Jomo! Obrigada mesmo... — Me abraçou e beijou minha bochecha várias vezes até ficarem rosadas.


— Você é persistente, mulher! — Comentei.


— Só sou persistente com pessoas que são muito importantes para mim! — Retrucou.

O meu vizinho apareceu com seu pequeno filho e Candice rapidamente corou.


 


 — Jomo eu vou indo e  mais uma vez obrigada. — Ela me abraçou novamente, após cumprimentarmos o vizinho.


—  Me desculpe por tudo, Candy... E cuidado viu?! — Eu disse beijando suas mãos e ela me olhou com expectativa.


— Esquece tudo Joseph... Boa noite!


— Boa noite, Candy! — Me virei para o meu apartamento e já ia entrar quando ela me chamou até o elevador e eu fui.

Ao chegar próximo, ela inclinou um pouco e sussurrou.


—  Você beija bem!  — Mordeu seu lábio inferior e quando eu me fiz menção de beijá-la ela voltou para dentro apertando o botão e eu não acreditei que ela havia me trollado.


— Obrigada Candy, você também. — Sorri a olhando enquanto a porta se fechava.

E como ela beijava. Tão bem que havia deixado meu amigo muito animado e, eu tinha certeza de que passaria a noite toda revivendo aquele beijo novamente.



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Autor(a): Black

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