Fanfic: I Won't Let You Go (AyA) | Tema: AyA, Ponny, Rebelde, Anahi e Alfonso, Hot, Amor

Capítulo 122 - Pero despierto y te pierdo, estás tan lejos..

Música da cena: Christina Perri - The Lonely
http://www.youtube.com/watch?v=HO4e4nCYBEo

De volta a Anahi..

Eu fico muda na linha. Meu mundo cai a cada palavra que Maite pronunciava. A ideia de Poncho morto ou do que ele estaria passando agora é a coisa mais dolorosa que eu senti. O homem da minha vida, meu amor, meu melhor amigo, meu amante, meu ar, meu tudo.. morto.. Meus olhos se enchem de lágrimas e eu mal tenho forças para segurar o telefone. O silêncio me invade. Meu coração se despedaça em um milhão de pedaços. As lembranças de Poncho invadem minha mente como um flashback.. Ele estava aqui hoje pela manhã e eu o deixei ir.. Lágrimas pesadas escorrem pelo meu rosto, lágrimas que doem a alma.

Anahi: Onde você está, Mai? – sussurro quase que sem voz.

Maite: Eu estou na rua da Escola Primária.

Anahi: Eu tô indo para ai. – E eu desligo o telefone.

Eu estou exasperada sentada no sofá, esperando meus sentidos voltarem.. E se a policia encontrar ele morto? Não, não, não.. Meu Deus, por favor, não! “aproveitar as últimas horas de vida.” ELE CUMPRIU DE NOVO.. Não.. Meu Poncho, não! Eu me deixo cair no chão, chorando compulsivamente. Não vou aguentar descobrir que Poncho morreu.. Não, ele não pode ter morrido. Ele me prometeu. Ele me prometeu que sempre estaria. Nossa manhã no banho me vem a mente: “Eu sempre estarei aqui para te completar.. Te preencher.. Em todos os sentidos.” Ele não pode me abandonar.. Não.. Meu Deus!

Eu uno o resto de forças que eu tenho.. Eu preciso ser forte. Mais uma vez. Pego os óculos, a bolsa no sofá e saio, antes que minha mãe volte e me encha de perguntas. Estou dirijindo até o local que Maite me avisou, quando eu olho pelo retrovisor, enquanto estou parada no semáforo.. Uma igreja! Eu paro o carro e entro na igreja, pegando uma missa pelo final. Eu me ajoelho na última fileira e começo a rezar, que mais parece um desabafo..

“Sabe Deus.. Eu sei que já errei muito na vida e talvez eu seja o erro em pessoa, digna nem de entrar aqui. Mas, aqui estou. Se eu fui boa em algum momento da vida, se eu acertei, se fiz alguém feliz.. Não importa, se algo de bom existe em mim é por esse algo que venho aqui hoje. Nunca abaixei a cabeça para situação nenhuma e você sabe bem. Nunca apelei mesmo nos momentos mais terríveis que já passei na vida, em especial nesses dois últimos anos. Eu já sofri nessa vida mais do que eu achei que fosse capaz. Mas aqui estou eu, viva.. ou quase isso, eu estou aqui “sobrevivida” para te mostrar toda a fraqueza que existe em mim. Poncho! Ele é meu ponto fraco e meu ponto forte. Ele me deu forças até mesmo quando estava distante. Ele me mostrou o amor mais forte e verdadeiro, amor que eu nunca esperava sentir. Ele me faz sentir todas as emoções e sensações que eu conhecia e desconhecia. Ele me despertou de novo para a vida e agora ele pode morrer.. Morrer por mim causa, por me defender. Deus, não deixe que essa história termine assim, não o deixei ir, não deixe fazerem mal a ele. Faça o que quiser comigo, mas por favor, com Poncho não.. Eu preciso das suas broncas, do seu abraço, do seu colo, do seu heroísmo, do seu amor.. Eu preciso dele por completo, cada parte de dele me completa. Não deixe nada acontecer e ele. Eu te peço, eu te imploro, eu te suplico.. Se existe algo de bom em mim, não o deixe ir... Amém”

Eu me levanto, secando as lágrimas e fazendo o sinal da cruz. Eu volto pro carro e sigo até onde Maite falou.

Quando eu chego, Maite está sentada na calçada, conversando com um policial. Eu me aproximo.

Policial: Creio que seja só isso por enquanto, senhorita. Qualquer informação, mandamos notícias.

Maite: Aqui está meus telefones e o de baixo é da namorada dele.

Policial: Vamos aguardar.

Anahi: Aguardar? Poncho está morrendo e esse policial me manda aguardar?

Maite: Calma, Any!

Anahi: Calma, Any o cacet*e!

Policia: Você deve ser a namorada, né?

Anahi: Sim – digo com autoridade

Policia: Você faz alguma ideia de um lugar possível? Algum rastro, algum vestígio para que comecemos a procurar?

Nesse momento um impulso bateu em meu coração. Digo ou não digo o nome do Velasco? Não.. Policia de estado é comprada. Velasco não iria ser punido, pelo contrário, eu que seria.

Anahi: Não.. Não me vem nada – Maite revira os olhos. Puta da vida!

Policia: Vamos fazer o possível, senhorita. Mas é bem complicado.. Não temos pistas.

Anahi: SE VIREM!! FAÇAM O TRABALHO DE VOCÊS BEM FEITO E O TRAGAM DE VOLTA..

Maite: Calma, Any.. – ela olha pro policial – Desculpa, ela está nervosa.

Policia: Eu entendo. – assente com a cabeça e sai.

Anahi: NÃO ME MANDA FICAR CALMA

Maite: Então fica ai gritando igual louca. Isso vai ajudar muito a trazer o Poncho de volta.

Ela tem razão. E isso me acaba mais ainda.. Caio em lágrimas de novo. E ela me abraça apertado, chorando comigo.

Maite: Se acalma, Any! Vão encontrar ele.

Anahi: Se o Velasco matou ele, Mai? Ele me disse que eram as últimas horas dele..

Maite: Não pensa no pior, Any.. Vamos pra casa! Vamos unir nossas forças, rezar e esperar. É tudo que podemos fazer.

Anahi: Não, Mai.. Eu vou atrás dele.

Maite: Vai atrás dele onde, Anahi?

Anahi: Não sei, vou procurar. Eu vou achar ele. – eu saio apressada em direção ao carro. Maite me puxa.

Maite: Não tem onde procurar. Você acha que vão levar ele para algum lugar na sua vista? Claro que não!

Anahi: EU MORRO DE ALGO ACONTECER COM ELE – não paro de chorar – É TUDO CULPA MINHA!

Maite: Vem, Any.. Vem comigo.. Você vai acabar passando mal de novo. – ela me abraça de lado e me leva pro carro – Vem..