Fanfic: I Won't Let You Go (AyA) | Tema: AyA, Ponny, Rebelde, Anahi e Alfonso, Hot, Amor

Capítulo 41 - Vivo en la desesperanza..

Música da cena: Happy – Leona Lewis

http://www.youtube.com/watch?v=BPj6CMjUrDU

Eu engulo minhas lágrimas a seco. Ele bate novamente no rosto, o deixando muito vermelho e ardido, e me empurra pro chão, me fazendo cair de mau jeito na parte da cadeira que ainda estava no chão, batendo minha cabeça.

Sem se preocupar, sem olhar, ele sai da cozinha.

Coloco minhas mãos na cabeça, na barriga, me dobro e fico ali me contorcendo de dor, sem ninguém para me ajudar.

“Poncho, cadê você! Você disse que sempre estaria..”

Começo a chorar, chorar compulsivamente, chorar com a alma.

“Poncho, me ajuda.” Choro mais..

Depois de quase uma hora ali, deitada no chão, com a comida toda esparramada e sentindo muita dor, consigo, com muito esforço, me levantar. Ergo minhas costas que estão doendo demasiadamente, cerrando os dentes e fechando os olhos com a dor. Me apoio na mesa e consigo com dificuldade me levantar. Não consigo parar de chorar. Vou caminhando devagar para a varanda. Não quero ir pra sala, não quero que ninguém me veja, não consigo subir as escadas para ir pro quarto.

Sento em um pequeno sofá que tem no fundos da casa e seco minhas lágrimas, sem sucesso, pois novas lágrimas começam a rolar. Sentia minha cabeça doer, sentia meu coração parado, minhas costas doloridas, mas a dor da minha alma era mil vezes maior. Chorei, chorei. Até me recostar lentamente no sofá e dormir.. Sonhando, um lindo sonho com Ponhco.. Bem distante daqui.

Quando acordo já está quase anoitecendo e me lembro que Poncho disse que ia ligar. Me levanto lentamente, me apoiando nas paredes e móveis, quase me arrastando, chego na sala e lembro que o celular está no quarto. Vou subindo devagar, 5 minutos quase em cada degrau, quando finalmente chego no último, percebo que Velasco não está em casa. Ainda bem. Caminho pro quarto, trancando a porta e pegando o celular na bolsa. 5 chamadas perdidas do Poncho.

Retorno para ele imediatamente, buscando me acalmar para ele não se preocupar mais comigo.

Poncho: Any! Até que enfim! Como você está?

Anahi: Bem..Pon..cho, estou bem! – tentando disfarçar minha voz de choro.

Poncho: Ah, Any.. Eu sei que não está. Me senti mal a tarde toda, não consegui parar de pensar em você nem por um instante. Queria tanto estar com você.

Anahi: Eu também, Poncho. Você nem imagina o quanto – volto a chorar.

Poncho: O que houve, Anahi? O que ele fez com você?

Anahi: Nada.. Só brigou.

Poncho: E você está chorando desse jeito por que?

Anahi: Estou com saudades.

Poncho: Eu também! É como se uma parte do meu corpo estivesse faltando.. – desabafou, suspirando.

Quando eu escuto barulho de carro chegando..

Anahi: Preciso desligar, ele chegou.

Poncho: Ok – ele bufa – Se cuida, pelo amor de Deus. Qualquer coisa, ouviu bem, qualquer coisa me liga, por favor.

Anahi: Tudo bem. Te amo!

Poncho: Eu mais.. 

E eu desligo rapidamente, caminhando devagar até a porta para destranca-la. E volto a deitar na cama com vários travesseiros nas costas.

Gostaria de saber onde estão os remédios, as compressas, não estou aguentando de dor. Talvez tenha quebrado ou luxado até alguma coisa, sei lá..

Ele entra no quarto e parece satisfeito em ver naquele estado.

Velasco: Com dor, querida?

Eu não respondo.

Velasco: Se não quiser apanhar mais, é bom você responder. Eu não gosto de falar sozinho.

Anahi: Sim, satisfeito?

Velasco: Muito! Espero que da próxima vez você não se esqueça das minhas ordens.

Anahi: Pode, pelo amor de Deus, me dizer onde tem remédios?

Velasco: Não. Não posso. Fique com dor. E vá limpar aquela zona de comida na cozinha, estou mandando.

Anahi: Velasco, eu não tenho condições nem de andar direito, pelo amor de Deus, eu não consigo..

Velasco: Problema todo seu. Se vira. Quero aquilo limpo em 1h.

Eu me levanto, voltando a chorar e sentando na cama.  Vou andando devagar até a porta, controlo meu choro, me apoiando até chegar nas escadas.. Vou descendo uma de cada vez, devagar, gemendo de dor a cada degrau. A dor é cada vez mais forte, como uma agulha grande entrando a cada movimento. Quando chego no pé da escada, seguindo para a cozinha, chorando.. Um anjo aparece!