Fanfic: I Won't Let You Go (AyA) | Tema: AyA, Ponny, Rebelde, Anahi e Alfonso, Hot, Amor

Capítulo 56 - Pero tengo que seguir..

Música da cena: Big Girls Don’t Cry - Fergie

http://www.youtube.com/watch?v=agrXgrAgQ0U

Eu pego a minha bolsa e saio do apartamento dele, totalmente sem coração, deixei com ele, junto com todo o amor que eu tenho. Como eu amo, Poncho! Eu sinto que sem ele me falta ar, me falta luz, uma parte de mim. Ele é a melhor parte de mim, sem exageros. Enquanto espero o elevador, me dá um desespero, uma vontade enorme de entrar de novo no apartamento dele, o beijar, dizer a verdade e fazer amor com ele, mas isso tornaria tudo tão mais complicado depois, não quero machucar mais ainda o Poncho. O elevador chega, eu entro e não dá mais, chega de ser forte, começo a chorar.

“The smell of your skin lingers on me now..”

(O cheiro de sua pele está grudado em mim agora)

Anahi: Eu espero que você entenda, Poncho.. Eu espero!

Em meio as lágrimas, encosto a cabeça na parede do elevador. Eu vou sentir a falta dele como uma criança sente do seu cobertor, mas eu preciso ir.. Quando o elevador chega no primeiro andar eu corro para voltar para casa, tudo que eu quero é meu abrigo e chorar.

Nunca na minha vida pensei que pudesse sentir tanta dor, acho que, independente dos meus pecados, já paguei todos de 3 vidas. Nem sempre o amor basta para dar certo. Nem sempre os contos de fadas tem final feliz. Nem sempre duas pessoas que se amam necessariamente tem que ficar juntas. Eu queria um final feliz com Poncho, mas a vida não quis esse plano e eu preciso encarar a minha realidade. Eu fecho meus olhos e lembro de Poncho, do nosso fim de semana, da sua declaração, da sua preocupação comigo, do café da manhã na cama, meu vídeo cantando.. Nós temos algo tão precioso, tão raro. Aquele tipo de amor que você sente arrepios apenas quando o nome da pessoa é mencionado, aquele amor que te faz sentir dor nos ossos quando estar longe, aquele amor que te mata e que te salva. Insano, intenso. Somos olhares que falam, somos abraços que gritam, somos beijos, calor, loucura, paixão.. Somos amor, somos um só. E agora eu sou metade, sou incompleta. Sou sozinha!

Pela primeira vez na vida eu tive coragem de me entregar a um amor, viver esse amor, mesmo que por pouco tempo, com tantos problemas, eu me entreguei a Poncho. E isso mais uma vez é arrancado de mim. Amar Poncho é um erro, um erro feliz que meu coração cismou em fazer. Agora tenho que conviver sem ele, eu vou aprender, eu vou consegui..

“It`s time to be a big girl now and big girls don`t cry..”

(Chegou a hora de ser uma garota crescida e as garotas crescidas não choram)

Estacionei o carro chegando em casa e Maite estava na sala, conversando com a minha mãe..

Maite: Any! Que bom que você chegou.. – veio me abraçar – Opa, você está péssima, o que houve?

Anahi: Desculpa, Mai.. Ainda estou abalada com o que houve.

Maite: Eu imagino. Vim te ver, louca.. Já estava com saudades!

Anahi: Eu também, Mai! Vem cá! – Puxo ela para mais um abraço.

Tysha: Vá com ela na casa da Neni, Any.. Ela quer ver a Ana Paula.

Anahi: Sim, vamos Mai.

Maite se despede da minha mãe e entramos no carro a caminho da casa da Neni.

Maite: É só isso mesmo, Any?

Não deveria contar nada para ninguém. Mas a Maite é minha melhor amiga, eu posso ser fraca com ela e eu preciso dela me chamando de burra e me dando colo.

Anahi: Acabou entre eu e Poncho, Mai. Acabou o que mal começou e mal devia ter começado.

Maite: Vocês são dois idiotas mesmo! Por que?

Anahi: A vida quis assim. Eu vou sofrer, mas vou ficar bem.

Maite: Sai com esse discurso de show para cima de mim. Quando você vai cansar de dizer para si mesmo que as coisas vão ficar bem? Não, Any.. Nada vai ficar bem se você não fizer alguma coisa para ficar. Pense nisso.

Anahi: É complicado, Maite..

Maite: Eu já te disse, se está complicado, descomplica, mas não deixa a felicidade escapar das suas mãos.

Quando eu chego na casa da Neni. Saltamos do carro e ela me abraça.

Maite: Você sabe que estou sempre com você, né?

Anahi: Sei amiga, obrigada!

Ana Paula estava mais animada, estava jogando vídeo game com Jorge quando cheguei com Maite. Santi pulava animado no sofá, adorando a brincadeira.

Ana Paula: TIA, ANY!!!

Anahi: Meu amor! Como você está? – abraçando ela.

Ana Paula: Estou bem melhor. Oi, Mai!!

Maite: Boneca, que susto que você nos deu! – agachou para ficar da altura da Ana e abraçou ela – Que bom que você já está bem!

Ana Paula voltou a jogar vídeo game e eu, Mai e Neni ficamos na cozinha conversando sobre o que houve e a reação de Ana Paula. Neni está revoltadíssima, jurando por tudo que era mais sagrado que ia encontrar quem fez aquilo, uma brincadeira de muito mau gosto, segundo ela. Meu coração doeu, foi tudo culpa minha.

Depois de horas de conversas, risadas e um bolo de chocolate, Maite precisou ir embora, ela ia se encontrar com Koko. Aproveitei para ir embora também, dando uma carona para ela até em casa. Cheguei e fui direto para quarto, deitei na cama, do jeito que eu estava, e apaguei. Chega de pensar no que houve, chega de racionalizar tudo. Agora eu só vou sobreviver, segundo a segundo.. E cai no sono.