Fanfic: I Won't Let You Go (AyA) | Tema: AyA, Ponny, Rebelde, Anahi e Alfonso, Hot, Amor

Capítulo 71

De volta a Anahi..

Fico na minha mãe menos tempo possível, assim que chega perto da hora que Bernardo sai da escola eu me despedi agradecendo aos céus pelo seu desinteresse com as notícias.  Volto com o Bernardo, mas não tenho coragem de entrar em casa, não assim, não agora.. Eu preciso desabafar com alguém.

Anahi: O que você acha de lancharmos na tia Maite? Você quer brincar com a Luna, filho?

Bernardo: Sim, mamãe! Eu posso?

Anahi: Claro!

Maite abre a porta sorridente. Bernardo entra correndo procurando por Luna. Maite observa.

Maite: Olá Bernardo! Tão educado como sempre, estou bem também. – ela sorri e olha para mim, fecha a cara – Meu Deus! Que cara é essa? O que houve?

Anahi: Será que vocês são as únicas pessoas nessa cidade que não leem jornal?

Maite: Não li mesmo. A secretária comprou de manhã, mas.. fala sério, eu ler jornal? – ela ergue a sobrancelha – O que tem no jornal?

Anahi: Olhe com seus próprios olhos. – me jogo cansada no sofá, fechando os olhos e respirando fundo. Maite vai até a cozinha e busca o jornal – Página 8. – ela folheia

Maite: Meu Deus!

Anahi: Lê primeiro.. – ela fica instantes quieta, lendo

Maite: Eu.. eu.. – ela fica boquiaberta – Não acredito. – tampa a boca com a mão – Não sei se eu sinto raiva, se eu mato ele, se te abraço, se pergunto o que você fez.. – eu me sento no sofá, abrindo os olhos e encarando ela, firme

Anahi: Sinta raiva. Sinta raiva por mim, bastante raiva, porque eu só consigo sentir nojo e decepção. Não o mate, ele tem um filho para criar. – respiro fundo – Mas, eu aceito o abraço. – me permito chorar

Maite: Oh, amiga. – ela larga o jornal na mesa e vem até mim, me abraçando apertado, afagando meus cabelos – Chora, chora tudo, pode chorar.

Eu abraço Maite com toda força, como se procurasse alento. Só ela que eu tenho para me abrir tão verdadeiramente ao ponto de não precisar de escudos. Ela conhece mais que minha história, ela conhece minha alma. E eu choro.. Choro tudo que estava guardado dentro de mim todo esse tempo, todo esse dia. Quando eu vou me acalmando, ela me solta.

Maite: Vou pegar um copo de água para você. – ela vai até a cozinha e volta com água, enquanto eu seco meu rosto – Toma. – eu bebo um pouco de água

Anahi: Obrigada. – sorrio de lado

Maite: O que você fez? Você falou com ele?

Anahi: Eu desconfiava disso, eu te disse.. Mas.. – suspiro – Mas sinceramente não esperava que ele fosse capaz. Não ele. De todos eu esperaria isso, dele não, dele nunca. Ele me amou de um jeito que nunca ninguém chegou perto, ele me abraçou de todas as formas que alguém pode abraçar outra pessoa. Eu e Poncho somos ou fomos, não sei, nós somos um só. Em tudo, em todos os momentos. Eu nunca fui tão plena e feliz, só ao lado dele e eu.. eu me sinto viva, sabe? Ele me salvou, me fez voltar a viver, a vencer minhas inseguranças, me deu a família que sempre sonhei. Eu esperava decepções de todos no mundo, menos dele, menos isso. Traição, mentira, frieza.. Isso não é ele, você sabe. Isso não é o Poncho que eu amo. Mas ele fez. E eu tenho que aprender a lidar com isso, a sorrir com mais esse tapa na cara da vida. Não sei porque eu ainda insisto em ser feliz, parece meu karma! – Maite alisa a palma da minha mão com o polegar, segurando-a – Eu fui levar Bernardo na escola e vi pessoas me olhando de um jeito estranho, comprei o maldito do jornal que estava a matéria. Como eu te disse, só sentia decepção. Uma decepção tão grande, tão grande que não tem nome. Meu mundo caiu e se quebrou em um milhão de pedaços a cada palavra que aquela nota dizia. E não, não foi plantada, tinha fotos.

Maite: Ele não desmentiu? O que ele te disse sobre isso?

Anahi: Não tinha porque ele desmentir. É verdade. Ele chegou de madrugada ontem e não dormiu na cama comigo. Pegou as coisas dele e foi dormir no sofá. – Maite fica boquiaberta – Eu disse que eu aguentava ele ser um péssimo pai e marido pelo amor que eu sentia por ele e por tudo que construímos, mas que eu não ia aguentar ser traída. Mandei que ele saísse de casa.

Maite: Você expulsou ele de casa? – ela está mais surpresa

Anahi: Sim. O que você queria que eu fizesse? Convidasse a loira para morar com a gente?

Maite: E pra onde ele vai?

Anahi: Deixei a chave da minha antiga casa com ele.

Maite: E se ele levar a loira para lá?

Anahi: Quero que ele se dane. – bufo, fechando os olhos se controlando a raiva – Tomara que leve e broxe transando com ela e lembrando de mim. Tem lembranças nossas em cada canto daquela casa. – Maite dá uma risadinha

Maite: Olha, Any. Eu sinceramente não sei o que dizer.. É.. é.. eu nunca esperava isso dele, mesmo ele sendo esse estúpido que é atualmente. Mas ele é estúpido mas te ama e isso eu nunca tive dúvidas. Mas você o ama, ele te ama. Você não acha que devem conversar melhor sobre isso antes de um ponto final? Any, são anos de casamento, vocês tem um filho..

Anahi: ELE ME TRAIU, MAITE! ELE AGE COMO UM IDIOTA COMIGO COM TODOS. ELE MUDOU.. eu preciso aceitar isso. Ele não é mais o MEU Poncho, ele é um estranho para mim. – ela me puxa de lado, me abraçando

Maite: Vem cá, fica aqui. – eu a abraço pela barriga – Hoje tem colinho de melhor amiga até dizer chega. – sorrio e me abraço a ela – Levanta! – ela sorri

Anahi: Eu não ia ganhar colo até dizer chega? – ergo a sobrancelha

Maite: Para de reclamar! – ela revira os olhos e eu levanto.

Ela me leva até em frente do seu espelhão de 3 metros no closet. Ela para atrás de mim, ambas olhando o espelho.

Maite: Agora olha para você. – eu encaro o reflexo dos meus olhos azuis – Você é Anahi Portilla. A mulher mais sexy da américa latina! Cantora de muito sucesso, uma mãe maravilhosa, uma mulher fenomenal, dona de um carisma incrível. Amiga, dedicada, talentosa, rica e poderosa. Você pode ter o que quiser no mundo, você pode superar o que for. Levanta o queixo, bota esse nariz operado para cima que quem manda nesse mundo é você. Agora repete comigo: Eu sou Anahi, gostosa, poderosa, rica e não vou chorar porque quem perde é ele. – respiro fundo

Anahi: Eu sou Anahi. Gostosa. Poderosa. Rica. E eu não vou chorar porque quem perde é ele. – digo devagar, saboreando as palavras como um mantra

Maite: BOA GAROTA! Agora se prepara que sábado vamos para balada juntas. Só nós duas, sem homens e sem problemas, como nos velhos e bons tempos.

Anahi: Maite, não acho.. – interrompida

Maite: Cala a boca! – sorrio – Nós vamos! Vamos dançar muito, beber muito e foda-se Poncho!

Anahi: Tudo bem, me rendo! – ergo os braços – Você tem razão, eu preciso mesmo sair. Vamos juntas!

Maite: EU GOSTO ASSIM! – ela me abraça apertado – Nem preciso dizer, mas já dizendo, você pode contar comigo sempre.

Anahi: Obrigada, Mai. Por tudo e por sempre.