Fanfic: I Won't Let You Go (AyA) | Tema: AyA, Ponny, Rebelde, Anahi e Alfonso, Hot, Amor

Capítulo 117

No dia seguinte, depois das gravações, eu vou com Rodrigo e Bernardo para o parque. Eu e Poncho não nos falamos mais, nem mesmo nas gravações. Apenas fizemos a cena que tínhamos que fazer, uma cena curta e nenhuma palavra trocada fora dela. No fim, até que foi bom ter vindo com Rodrigo, Bernardo está se divertindo bastante. Ele se deu super bem com o Rodrigo. Eles dão comida aos patos e apostam corrida. Ele o carregou no colo. Foi quase perfeito.. Quase... Não era o Poncho. Não era o Rodrigo que eu queria aqui comigo dividindo esse momento. Ele fica um bom tempo abraçado a mim. Beija minha bochecha, minha testa, com a mão repousada na minha barriga, me abraçando. Eu suspiro e repouso a cabeça em seu ombro. Calmaria. Segurança. Eu preciso disso. Ele toca meu rosto com delicadeza e me beija. Bernardo está correndo longe, não vê.

Quando chegamos em casa Bernardo me arrasta para assistir um filme com ele. Ficamos os dois comendo pipoca abraçadinhos vendo o novo filme dos Incriveis. Meu telefone toca: É o Poncho.

Anahi: Alô?

Poncho: ANAHI! QUE PORR*A VOCÊ TÁ FAZENDO? – grita nervoso, me levanto para atender saindo de perto do Bernardo

Anahi: Primeiramente você abaixa esse tom se quiser prosseguir com essa ligação. E segundo estou vendo filme, por que?

Poncho: Não faz a engraçadinha e desentendida não.

Anahi: E você está irritado por...?

Poncho: Olha, você sai com quem você quiser. Eu não posso mais fazer nada a respeito disso, mesmo ficando put*o. Agora levar o meu filho para pagar de família feliz com aquele cara é demais para mim. Eu não quero ele perto do Bernardo, ouviu? – gargalho gostosamente

Anahi: Quantos anos você tem? 5? – rio – Poncho, faz favor abaixa o estresse. O Rodrigo não é nenhum bandido, nem tem doença contagiosa nenhuma. Se o Bernardo quiser vê-lo, ele vai vê-lo. Chega com essa ceninha ridícula agora, ok? Você não deixa de ser pai do Bernardo porque ele saiu com o meu namorado.

Ops!

Poncho: SEU O QUE???!? – coloco a mão na boca, acho que falei demais – VOCÊ TÁ NAMORANDO COM ELE, ANAHI?

Se não tem como voltar atrás, siga no jogo.

Anahi: Tá surdo também ou o que?

Poncho: Diz que é brincandeira, diz. – fico em silencio e ele suspira, abaixando o tom de voz – Para quem viveu uma história linda comigo como você disse, até que você a esqueceu bem rápido, não? Felicidades, Anahi. Amanhã deixo a chave da sua casa na portaria, não vou mais ficar aqui.

Anahi: Poncho, não é nada disso.. O que? Para onde você vai? Por que quer sair? – digo em um fio de voz, suando frio, nervosa

Poncho: Não te devo mais satisfações. – E desliga o telefone

Fecho os olhos, segurando as lágrimas e o telefone no peito. O que eu fiz?

Bernardo: Quem era, mamãe? – diz um Bernardo sorridente entrando na cozinha, abro os olhos

Anahi: Engano, filho. – pego ele no colo – Vamos voltar para o filme.

Não agi certo, eu sei disso. Ele também não agiu. Uma tempestade de erros que parece nunca mais ter fim. Eu queria poder acordar disso tudo, poder voltar a nossa lua de mel, ou a Bora Bora, quem sabe nossas viagens a Acapulco.. Esquecer tudo isso, tudo que está corroendo nosso amor, tudo que suga, destrói. É duro ver o meu casamento sólido se transformar em um gigante ponto de interrogação, cheio de dúvidas e coisas não esclarecidas. Queria voltar na época que eu e Poncho discutíamos e discutíamos até cuspir tudo está entalado. Ofendemos, gritamos, discutimos, brigamos e no fim acabamos em um bom sexo. Nos amando. Por somos assim, loucura, intensidade, pele, conexão. Livres de magoas, leves. Como se a página não tivesse sido apenas virada, mas também rasgada, grampeada e esquecida. Sinto falta mesmo de quando resolvíamos tudo como adultos maduros que deveríamos ser..