Fanfic: I Won't Let You Go (AyA) | Tema: AyA, Ponny, Rebelde, Anahi e Alfonso, Hot, Amor

Capítulo 63 - Me mata cada dia mas...

Música da cena: My Immortal - Evanescence

http://www.youtube.com/watch?v=5anLPw0Efmo

Ele me pega forte pelo braço e me puxa, tirando-me do chão por alguns segundos. Ele me vira de costas para ele, segurando meus braços nas costas, me pressionando contra suas costas. Ele passa os braços pelo meu pescoço, com menção de me enforcar, eu fecho meus olhos e penso: “Se eu for morrer agora, que seja pelo menos rápido. Que ele acabe logo com isso”. Ele aperta mais os braços, me deixando sem ar por alguns instantes. Ele aperta mais forte me fazendo começar a agonizar. Estou sentindo meu corpo adormecer, quando ele me solta, eu sem forças, caio no chão e começo a tossir e respirar desesperada por ar. Ele começa a rir.

Velasco: Cadê a valentona agora, Anahi?

Eu continuo no chão, tentando regularizar a respiração.

Velasco: Eu vou colocar você no eixo. Ah, se vou.

Ele me pega pelo braço, quase me arrastando. Eu junto as poucas forças que ainda tenho e me levanto. Ele vai me puxando com força, machucando meu braço e praticamente me arrastando pela casa. Até que entra em um quarto, nos fundos da casa. Um quarto eu nunca tinha sonhado em ir. É apavorante! O quarto está escuro, só tem uma cama e um banheiro pequeno e sujo, não tem janelas. Ele me atira no chão.

Velasco: Agora você vai ficar aqui, até aprender a se comportar.

Eu fecho os olhos e não falo nada. Não adianta mesmo.. Ele bate a porta e eu me deito no chão, abraçando as minhas pernas e começando a chorar.

Meus cabelos se espalham pelo chão e meu rosto é só lágrimas. Depois de horas, eu acho, me levanto e com muito custo e consigo encontrar a cama. O quarto é escuro, fechado e acredito que pode ter bichos ou algo assim. Estou cansada. Queria tanto um banho. Não enxergo nada. Será que aqui tem chuveiro no banheiro? Será que ele vai me deixar sem comer? Quanto tempo ele vai me deixar aqui? Mergulhada em dúvidas, adormeço..

Quando eu acordo, não faço ideia de que horas são, o quarto está um pouco iluminado e percebo que tem uns buracos no alto da parede que deixam entrar luz, mas também por ali devem entrar bichos. Que nojo! Me encolho na cama, olhando para os lados procurando algum rato, barata, sei lá o que.. Levanto e vejo que não tem um chuveiro, mas tem um cano, que pelo que parece, sai água.

Anahi: Que caceta de lugar é esse?? Por que eu nunca vim aqui antes? O que Velasco faz com esse local? Meu Deus, será que ele já prendeu mais gente aqui antes de mim? Será que é para isso que esse quarto serve? Que merda eu fiz com a minha vida..

Consigo me refrescar um pouco, não chamo aquilo de banho. Volto a vestir o vestido da inauguração.

Anahi: Ele poderia pelo menos me dar umas mudas de roupa.

Estou com fome, ouço minha barriga roncar alto. Fico na cama por sei lá quanto tempo, olhando o teto, esperando as horas passarem. Estou com muita fome! Mais horas se passam, noto que o dia está indo embora, pela claridade do quarto.

Anahi: Meu Deus, ele vai me deixar sem comida. Eu vou morrer!

Me sinto fraca, me sinto enjoada, me sinto mal. A noite chega e nenhum sinal de Velasco, eu decido dormir, para aguentar a fome. Eu comi pouco na inauguração, então tem bem mais de 24h que eu não me alimento direito.. Dormia e acordava chorando, abraçava minha barriga, chorava.. Meu Deus, eu não mereço isso!

Na manhã seguinte, eu acordei com Velasco abrindo a porta.

Velasco: Já morreu?

Anahi: Velasco.. Por favor, eu estou com fome.

Velasco: Ué, se acalmou? Cadê a Anahi brava que me enfrentou?

Anahi: Eu vou morrer aqui.

Velasco: A ideia não é ruim, mas ainda não é minha intenção. – ele sai do quarto, pegando um carrinho com comida e entrando no quarto. – Tome. Coma. Mandei Tereza preparar bastante coisas. Economize, pois não sei quando volto aqui.

Anahi: Você vai me manter aqui até quando? – Me levantando da cama.

Velasco: Até eu achar que devo. Quem sabe para sempre? É, para sempre não seria nada mal.

Anahi: Pelo amor de Deus, Velasco.

Velasco: Agora lembrou de Deus, querida? Sinto lhe informar mais suas carolices não me comovem. Adeus.

Ele sai do quarto, trancando a porta. Eu faço menção de gritar, mas estou tão fraca que não consigo.

Pego o carrinho com comida e noto que além do prato de comida, tem algumas frutas, água, pães e biscoitos. Como um pouco da comida, bebendo água como um camelo no deserto. Passei o dia anterior bebendo a água do “chuveiro” improvisado que tem no banheiro. Sei lá de onde vem aquela água, é bom beber água mineral novamente. Resolvo deixar o resto da comida para mais tarde, mesmo que esteja fria. Me sento no chão, aperto minha barriga, ainda sentindo fome, jogo minha cabeça para trás mergulhando em lembranças.. Ah, vida.