Fanfic: I Won't Let You Go (AyA) | Tema: AyA, Ponny, Rebelde, Anahi e Alfonso, Hot, Amor

Capítulo 130

Música da cena: Alexander Rybak - Funny Little World

https://www.youtube.com/watch?v=oVNBcEygJ5E

Anahi: Filho, mamãe quer te contar uma história. – ele me olha animado – Mas é uma história diferente!

Bernardo: Que história, mamãe?

Anahi: Essa história não tem príncipe, nem princesa.. Mas tem herói! – me viro para pegar o livro de recortes que Poncho me deu de aniversário – Essa história é sua. Quer dizer, nossa.

Por Poncho..

Eu sempre fiquei encantado quando Anahi contava histórias para Bernardo e agora ela vai contar a nossa história. Nós dois já deveríamos ter feito isso com Bernardo há muito tempo, mas antes tarde do que nunca. Sorrio quando ela abre o livro.

De volta..

Anahi: Quero te contar uma coisa que aconteceu antes dessa primeira foto (nós dois de mãos dadas em Madrid, quando ele foi me salvar). Eu e seu pai nos conhecemos há muito, muito, muito tempo atrás, enquanto filmávamos uma novela, igual essa que passa hoje na TV. – ele me olha atendo – E nós dois viramos grandes amigos, só que o tempo foi passando, passando e nos apaixonamos.

Bernardo: Ai vocês ficaram juntos e eu nasci? – rio

Poncho: Ah se fosse fácil assim..

Anahi: Não. Demorou um pouco para você nascer. – Poncho ri também

Poncho: Bota pouco nisso..

Anahi: Só que nessa época nós dois não ficamos juntos.

Bernardo: Por que?

Anahi: Por que seu pai namorava uma amiga minha e eu um amigo do seu pai. Depois nós dois não queríamos ficar juntos e estragar a amizade e como trabalhávamos juntos, preferimos ficar só amigos. Só que ai o tempo passou, nós dois deixamos de trabalhar juntos e nos afastamos muito, muito, muito. A mamãe começou a namorar com um moço muito malvado e o seu pai com uma moça muito feia. – Poncho revira os olhos rindo

Bernardo: E quando vocês ficam juntos?

Anahi: Calma! – sorrio – Até que um dia nós dois nos reencontramos por causa da banda, você lembra que a mamãe te contou que cantava em uma banda muito famosa com seu pai?

Bernardo: Lembro.

Anahi: Então, por causa dela nós nos reencontramos.

Bernardo: Ai ficaram juntos?

Poncho: Por Deus! Bernardo é pior que todas as traumadas juntas. – rio

Anahi: Ainda não ficamos juntos.

Bernardo: Por que?

Anahi: Por que eu namorava com o moço malvado, lembra? E ele não queria deixa eu terminar com ele e ficar com seu pai. – Bernardo faz biquinho – Ai eu e seu pai começamos a namorar escondidos. – ele se anima de novo – Só que o moço descobriu e afastou a gente, mas ai nós ficamos juntos de novo porque algo uniu a gente.

Bernardo: O que foi?

Anahi: A mamãe ficou grávida.

Bernardo: De mim?

Anahi: Não, antes de você nascer. – ele franze o cenho – Só que esse bebê não nasceu, ele virou um anjinho. Um anjinho que tá lá no céu cuidando da gente.– ele faz biquinho e eu sinto Poncho apertar minha mão que repousava sobre o travesseiro, eu olho da mão para ele e sorrio de lado, confirmando que estava tudo bem. Ele sabe que esse nunca vai ser um assunto confortável de mexer para nós dois. – Eu e seu pai sofremos muito quando ele virou anjinho, muito mesmo. Nós dois queríamos muito que ele nascesse como você nasceu. Mamãe fico tão triste que não queria mais ter nenhum bebê. Eu tinha muito medo.

Bernardo: Medo que eu virasse anjinho também?

Anahi: Sim. Mas nós dois nos amávamos tanto que um cuidou do outro.

Bernardo: Ai vocês ficaram juntos?

Anahi: Ai o seu pai começou a virar o mundo de cabeça para baixo. – ele arregala os olhos – Até conseguir me salvar.

Bernardo: Ele te salvou do moço malvado, mamãe?

Anahi: Salvou!

Bernardo: Como o super herói?

Anahi: Não disse que tinha herói nessa história? – ele confirma – Seu pai é o próprio super homem! – cochicho e seus olhinhos brilham, Poncho ri

Bernardo: É MESMO PAPAI? – mostro a foto do Poncho abraçando comigo na festa da Dulce, vestido de super homem.

Anahi: Olha filho. – ele fica radiante quando vê a foto

Bernardo: Por que você não me contou, papai?

Poncho: Identidade secreta, filho

Bernardo: Mas eu sou seu melhor amigo, poxa!

Poncho: Desculpa. – ele faz carinho na cabeça de Bernardo – Agora você já sabe. – ele pisca para mim e eu rio

Anahi: Mas é segredo, filho! - sorrio para Poncho e Bernardo assenti

Bernardo: Continua a história, mamãe!

Ai eu começo a mostrar as fotos e a contar coisas engraçadas que vivemos em cada um delas. Passo as fotos em Madrid, Bora Bora, aniversário da Dulce, minha turnê, o pedido de casamento, as fotos do instagram, o casamento da Maite, o nosso casamento, lua de mel, shows, chá de bebê, cada foto uma lembrança gostosa de um tempo que não volta, mas que comprova que valeu a pena, que nos amamos muito e vivemos intensamente esse amor.

Anahi: Quando eu descobri que estava grávida de você foi uma surpresa, foi a maior alegria da minha vida. E da do seu pai também. Você foi a peça que faltava na nossa felicidade. Você é o resultado de tanto amor que sentimos um pelo outro. Seu pai dizia que nos amávamos tanto que não conseguíamos carregar tanto amor e ai você nasceu, transbordando esse sentimento. – ele sorri – E é verdade, você é a coisa mais preciosa que nós temos. A coisa mais importante, que mais amamos nessa vida. E eu te contei isso tudo para você nunca duvidar disso: nós dois te amamos muito e não é porque estamos morando em lugares diferentes que isso mudou.

Bernardo: Mas eu quero que moremos todos juntos como antes.

Anahi: Mas agora é assim, filho.

Bernardo: Se você se amam porque não ficam juntos? – ficamos em silencio

Anahi: Sua professora me disse que você anda brigando na escola.

Bernardo: Eu não quero mais ir para lá.

Poncho: Por que, filho?

Bernardo: Ele disse que vocês.. Vocês não são normais e.. e uma outra palavra difícil. Mas ele disse que vocês não se amam de verdade.

Anahi: Agora já chega! Eu vou resolver isso! – fico nervosa, pego o telefone na cabeceira

Poncho: Calma, Anahi! São 4h da manhã! – reviro os olhos – Ele quem, filho?

Bernardo: O Gustavo! Ele disse que os pais dele não gostam de vocês.

Poncho: Escuta uma coisa, filho, eu e sua mãe somos pessoa famosas, estamos o tempo todo na TV, em revistas, em jornais.. E as pessoas comentam sobre a nossa vida sem saberem a verdade. Mas você, você é nosso filho, você sabe da verdade! – ele confirma – Você sabe que nós nos amamos de verdade, sabe porque? – ele faz que não – Porque você estar aqui hoje é a prova viva desse amor. – Bernardo sorri – E sobre não sermos normais.. Bem, você quer pais normais e chatos e iguais os pais do Gustavo?

Bernardo: Não! Eu quero vocês, vocês juntos!

Poncho: Então! – ele abraça Poncho – Quero que você volte a ser o mesmo de antes na escola, promete? Eu e sua mãe vamos cuidar do Gustavo e dos pais dele, fechado? – Bernardo confirma, sorrindo

Anahi: Amanhã resolvo isso. – suspiro – Agora preciso de um banho. – Bernardo boceja – E você de cama! – me levanto, beijando a testinha dele – Deita com seu pai. Eu já volto. – ele confirma

Entro para o banho e tento relaxar um pouco. Muita coisa para um dia só.. Último capítulo da novela, Bernardo depressivo, com problemas na escola, pesadelo com Poncho, o Poncho aqui, contar nossa história para ele, lembrar do bebê que perdi, saber que sou vista como louca pelos pais dos amigos de Bernardo. É, foi um longo dia. Estou moída em todos os sentidos. Coloco um pijama confortável e entro no quarto. Sorrio. Poncho está deitado no meio da cama, com um Bernardo todo abraçado a ele, deitado de lado no lado direito da cama. Vou até o closet e pego uma coberta para eles e outra para eu dormir na sala. Quando saio do closet, Poncho abre os olhos.

Poncho: Vem cá. – ele bate na cama, ao seu lado – Deita aqui. – engulo a seco

Coloco uma coberta no sofá do quarto e caminho com a outra até a cama. Cubro os dois e me deito ao lado do Poncho. Ele estica seu braço para eu deitar e não diz nada. Apenas me olha com ternura. Eu me deito com cautela em seu braço e repouso uma mão em seu peito, fungando seu cheiro. Ele me abraça as costas e beija minha testa.

Poncho: Descansa. Foi um longo dia. – confirmo com a cabeça e fecho os olhos

Não demora muito e todos adormecemos, abraçados e unidos, do jeito que deveria sempre ser.