Fanfic: I Won't Let You Go (AyA) | Tema: AyA, Ponny, Rebelde, Anahi e Alfonso, Hot, Amor

Capítulo 73 - En nuestro amor todo va sucediendo..

Música da cena: Save Me - Hanson

http://www.youtube.com/watch?v=dBWRCihnWFU

Poncho: GRÁVIDA?

Eu abro os olhos.. Ele se aproxima de mim, sério, com os olhos recheados de medo. Ele está sério e assustado.

Poncho: GRÁVIDA? GRÁVIDA MESMO? – ele suspira – Velasco já sabe?

Anahi: Não, eu não o vi ainda.

Poncho: Você acha que pelo menos ele vai ser um bom pai? Que talvez ele mude a postura pelo filho?

Anahi: Hã..

Poncho: Você vai tentar formar uma família com ele? Por causa do seu filho? Mesmo depois de tudo que ele te fez? – ele me interrompe

Anahi: PONCHO, ME ESCUTA

Poncho: E se ele fizer mal a essa criança também? Você sabe do que ele é capaz, Any.. Ele pode usar essa criança contra você e depois ele e...

Anahi: PONCHO, ME ESCUTA, POR DEUS

Ele para, nervoso e assustado me olhando.

Poncho: Desculpe.

Anahi: O filho não é do Velasco.

Primeiro ele abre um sorriso tímido, depois fica boquiaberto entendendo que se o filho não é do Velasco, logo é dele.. Ele fica me olhando com uma cara de bobo, parece que tentando entender tudo..

Anahi: Tá, eu acho que é, quer dizer, pelas semanas de gestação, é nosso filho.

Poncho: Grávida, Any.. Grávida de mim!

Anahi: Sim, Poncho.

Com um sorriso gigantesco no rosto, toda aquela expressão triste havia ido embora, o Poncho feliz estava de volta. Ele pega uma das minhas mãos e aperta, tocando meu rosto, contornando meus lábios com os dedos.

Não tem como esconder isso dele..

Poncho: Any, eu não acredito! Um filho, nosso filho, um bebê! Meu Deus! – ele começa a andar de um lado pro outro no quarto, sorrindo feito bobo. Me olha e sorri, passa a mão no rosto, coçando a barba, e o sorriso continuava ali – Eu vou ser pai!

Anahi: Ah, Poncho.. – começo a chorar

Poncho: Any, não.. Você não quer? - ele volta pro meu lado e segura minha mão

Anahi: Claro que não, Poncho, não é isso. Eu amo essa criança. Amo antes mesmo de saber que ela existia. Ela esteve comigo todo esse tempo, sofreu comigo.. É meu bebê, é meu sonho, um filho nosso. Mas a situação que eu estou, – soluço, sem parar de chorar – como vou criar meu filho? Como Velasco vai aceitar isso? Se ele descobrir que esse filho é seu, o que ele pode fazer com meu filho.. Eu não vou suportar... Que ele faça tudo comigo,­­ mas com meu bebê não..

Quando eu termino de falar, afogada em lágrimas, Poncho está chorando timidamente também com a cabeça baixa, segurando minhas mãos. Creio que ele ficou tão feliz que não pensou em tudo que nos cerca. Nosso filho veio no meio da tempestade! Ficamos um bom tempo em silêncio, até eu me acalmar e parar um pouco de chorar, fechando meus olhos e me recostando no travesseiro.

Poncho: Vamos dar um jeito, Any.. Temos 9 meses..

Anahi: 7 meses..

Poncho: Casa no campo?

Anahi: Sim.. – suspiro – Eu sou uma idiota! Eu deveria ter tomado a injeção em dezembro, me esqueci, me esqueci completamente, aconteceu tanta coisa.. – coloco a mão no rosto, escondendo os olhos

Poncho: Ei, para com isso. – ele tira minhas mãos do rosto – Acontece, Any..

Anahi: É Poncho, acontece mas não deveria ter acontecido. Agora eu tenho mais uma vida para proteger e essa criança que nem nasceu, já sofre, sofre por algo que não tem culpa, sofre por minha causa.

Ele não responde, só levanta e me abraça. Me abraça apertado. Eu aperto suas costas, me aninhando em seu peito e chorando.. Meu bebê, eu tenho tanto medo por ele.. Tanto medo...

Poncho me solta e eu fecho meus olhos, secando as lágrimas. Quando sinto sua mão tocar minha barriga. Abro os olhos. Ele está sentado na beirada da cama, olhando com ternura a minha barriga e tocando com uma das mãos.

Poncho: Vocês não estão sozinhos, Any. Nunca estiveram! Eu vou fazer alguma coisa.

Anahi: Não há o que fazer, Poncho.

Ele tira a coberta de mim e toca a minha barriga novamente, apenas com a roupa do hospital, separando o toque de nossas peles. Eu coloco minha mão por cima da sua mão em minha barriga. Ele me olha emocionado.

Poncho: Ele é nosso laço eterno, Any.

Anahi: Acho que nosso amor é tão grande que não coube apenas em nós, explodiu e nos deu uma vida. Pena que em um momento tão tempestuoso..

Sem tirar a mão da minha barriga ele ergue o corpo e me beija. Tocando meu rosto com a outra mão livre, apertando minha nuca. Eu retribuo cheia de saudade, amor, desejo.. O BEIJO DE PONCHO, era como voltar a respirar depois de tudo que me aconteceu. Durante todo o tempo que conheço Poncho, em nossos beijos nós nos encontrávamos, era como se quando nossos lábios se uniam, conseguíamos ler a alma do outro, todas as máscaras caiam. Nossos beijos eram nossa verdade. Quando a falta de ar nos fez parar, ele ainda de olhos fechados, com a testa colada na minha, me fez lembrar..

Poncho: Não me afaste mais de vocês!

Anahi: É preciso, Poncho. Pelo bem do nosso filho.

Poncho: Você vai me afastar do meu filho, Anahi?

Anahi: Caramba! O que você quer? Que eu chegue pro Velasco e diga “Querido, pode matar a minha família, mas o Poncho vai ficar aqui babando minha barriga a tarde toda?” Tá louco, é?

Poncho: Eu não disse isso, Anahi. Ele não precisa saber..

Anahi: Mas ele sabe. Ele descobre e eu não vou colocar a vida do meu filho em risco. Ele precisa acreditar que esse filho é dele e ponto.

Poncho: Merda!

Ele levanta furioso, coloca a mão na cintura, abaixa a cabeça em negação..

Poncho: É meu filho, Any.. Eu quero estar presente, o mínimo que seja, até encontramos uma saída, por favor.

Anahi: Poncho, depois vemos isso. Velasco nem sabe ainda. Deixa a poeira abaixar e conversamos..

Poncho: Eu nunca vou te deixar, Anahi. Você não entende isso?

Anahi: Mas você deveria, Poncho.

Poncho: Mas não vou. Vocês dois agora são a minha vida, não se esqueça disso.

Anahi: É melhor você ir.. Minha mãe já deve estar voltando.

Poncho: Ela está esperando eu sair. Ela me ajudou a vir aqui, quer dizer, ela e Maite.

Anahi: Sempre a Maite. – solto um riso debochado – Mas vá, Poncho. Depois nos falamos, a Maite te dá noticias.

Poncho: Eu vou, Any.. Mas se você sair desse hospital e continuar em Chiapas, eu volto.

Anahi: Não volta não. Você fica onde está! Não piora as coisas, Poncho!

Poncho: Depois discutimos isso.

Ele se aproxima, me dando um beijo de susto. Um selinho longo que virou um intenso beijo rápido. Senti o gosto de Poncho, seus dentes mordendo meus lábios, sua língua envolta na minha, sua mão segurando firme meu rosto. Se o “para sempre” existe, ele vive dentro de nossos beijos..

Quando ele me solta, toca minha barriga, eu fecho os olhos e ele a beija, distribiu beijos, acariciando-a. Eu coloco minhas mãos no seu cabelo e afago-os. Ele se levanta, me dá um selinho e para olhando firme dentro dos meus olhos.

Poncho: Eu te amo, Anahi! Eu te amo mais que tudo no mundo, eu te amo mais do que um dia pensei que conseguisse, eu te amo, amo cada parte de você, amo seus sonhos, amo suas alegrias, amo suas fraquezas, amo cada detalhe. Eu nunca vou te deixar sozinha, tá me ouvindo? Eu te amo!

A vontade de chorar volta e junto dela uma enorme vontade de pedir para que ele fique, que durma comigo, que faça amor comigo, que me beije e me faça esquecer de tudo, voltou também.. Mas não o fiz.

Anahi: Eu também te amo, Poncho. Tão certo quando o sol nascer todas as manhãs, eu te amo. – respiro fundo – Vá, por favor.

Poncho: Tchau, Any. – ele acaricia de novo minha barriga, se asfata e sai do quarto.