Fanfic: I Won't Let You Go (AyA) | Tema: AyA, Ponny, Rebelde, Anahi e Alfonso, Hot, Amor

Capítulo 225

Música da cena: Coldplay - The Scientist

https://www.youtube.com/watch?v=RB-RcX5DS5A

De volta a Anahi..

Estar de novo em Cancun é como voltar a ter 22 anos, é como ser ainda um jovem apaixonada, cheia de sonhos e com uma vida inteira pela frente.. 15 anos depois e aqui estou eu. Meu sentimento pelo Poncho é tão intenso e avassalador que eu me pergunto como e quando isso tudo começou, porque meu destino estava traçado ao dele, porque tudo sempre no fim das contas acaba nos unindo de novo. Parece que nascemos com uma corda, conectados, como almas gêmeas de verdade. E por mais que estamos longes, perdidos, brigados, sempre acabamos achando o caminho de volta. Um GPS no coração. Toco minha barriga.. Agora eu estou aqui, em Cancun, grávida novamente, no lugar onde fui dele pela primeira vez. Tão certo quando as ondas se encontrarem com na areia, tão certo como sol beijar o mar quando se poe, eu fui dele.. E daquele dia em diante eu nunca mais fui verdadeiramente de mais ninguém. Agora sinto dentro de mim uma estranha calmaria. Depois do choque de saber um pouco sobre o pai dele e tudo que aconteceu nas nossas brigas e conflitos, sinto que podemos retentar mais uma de mil vezes. Sabe, eu sempre temi as "crises de casamento" que todo mundo dizia ter. Quando eu e Poncho nos casamentos estavamos tão cegos um pelo outro, tão entregues e intesos que juramos que jamais isso iria acontecer com a gente, mas esse é o tipo de coisa que não dá para fugir. Tudo bem que esperava um crise por monotomia, falta de amor, brigas por trabalho, ausência e bla bla bla.. Nunca imaginei que fosse do jeito que foi, na verdade eu não esperava nada. Achava que depois de tudo que vivemos seriamos indestrutíveis as ciladas da vida, mas descobri que enquanto estamos vivendo estamos na mira da bala e expostos a problemas e dias duros. Como os que a Maite anda vivendo, como os que eu vivi, como os que todos vivem.. Mas acho que o bom da vida é que sempre temos lugares assim, como Cancun é para mim, ou pessoas, ou lembrança.. Sempre podemos voltar, nos restruturar, buscar forças para vencer os problemas e dar a volta por cima. Podemos ter dias nublados e de chuva, tempestade, mas eles não impedem o sol de nascer. Assim como os problemas, não impedem meu amor pelo Poncho de crescer cada dia mais, não impedem o imã que nos liga, acabe nos unindo mais uma vez. Mordo uma maça e alguém senta ao meu lado. Viro de imediato, levanto um mega susto.

Anahi: Poncho?? - arregalo os olhos e a maça cai no meu colo - O que você está fazendo aqui.

Poncho: Eu estou indo de volta pro começo. - eu sorrio

Anahi: Você me leva de volta pro começo?

Poncho: Te levo para onde você quiser ir.

Anahi: Tá. - sorrio boba - Temos umas perguntas. - ele ri descotraido, se recostando relaxado na cadeira - Posso?

Poncho: A vontade. - ele pede um café pro garçom e eu fico sorrindo feito boba apaixonada que ainda sou

Anahi: Eu te deixei na cama de hospital ontem a tarde e hoje de manhã você está aqui em Cancun comigo, sendo que eu não disse para ninguém que eu vinha. Como.. como isso?

Poncho: É mesmo importante isso?

Anahi: Claro que é, estou curiosa. O que você veio fazer aqui?

Poncho: Já te disse, eu vim de volta pro começo. - fico olhando para ele como se fosse uma miragem - Bom, eu implorei alta para ir no show, depois de muito custo ele me liberou e eu fui, cheguei atrasado mas consegui entrar.. Fiquei lá atrás, assistindo tudo.

Anahi: Você foi?

Poncho: Adorei a participação especial do Bernardo no final e eu amo quando você dança com aquele maiô preto brilhante. Você sempre se emociona na nossa música.

Anahi: Por que você não falou comigo? Eu queria tanto que você estivesse lá comigo, como sempre.

Poncho: Eu também queria, na verdade eu precisava estar. E fui. - ele pega minha mão que repousa na minha coxa - Eu sempre estarei, você sabe disso. - abaixo o olhar - No fim do show tentei ir até você, mas estava impossível, seu camarim estava lotado de fãs e minha muleta e minha mãe me impediram; - dou uma risadinha

Anahi: Dona Ruth conseguiu te impedir?

Poncho: Não tem graça. - ele ri também - Ai fui até nossa casa, fiquei te esperando, esperando e nada.. Ai Maite chegou e me disse que você tinha viajado.

Anahi: E como você soube que era aqui?

Poncho: Porque às vezes quando a gente se perde, precisa voltar ao começo para resgatar a essência do amor.

Anahi: Nosso começo. - sorrio - Nunca vou esquecer do que vivemos aqui.

Poncho: Vim pensando muito nisso, sabe.. Na verdade esses dias que passei no hospital me fizeram pensar bastante sobre tudo. - ele se vira para mim e olha nos meus olhos - Vamos aproveitar esses dias aqui e deixar tudo de lado, quero te contar tudo que escondi de você esse tempo todo, quero que você confie e acredite em mim novamente e me perdoe por tudo que eu fiz. E se em algum momento seu amor por mim perdeu a força, e eu espero poder recupera-lo. - eu toco seu rosto, a ponta do meu nariz tocando o seu, sorrio

Anahi: É impossível eu deixar de te amar, Poncho. Intensamente. Enloquecidamente. Desesperadamente. Eternamente. - ele sorri e eu o beijo

Um beijo longo, cheio de carinho, afeto, expectativa, cheio de saudade, cheio de recomeços, cheio de amor. Ele segura minha nuca, acariciando meu maxilar.

Anahi: Que bom que você veio. - ele sorri