Fanfic: I Won't Let You Go (AyA) | Tema: AyA, Ponny, Rebelde, Anahi e Alfonso, Hot, Amor

Capítulo 74 - No te escucho, pero si quieres, sigue hablando..

Quando ele sai do quarto, me desabo de chorar, a dor é maior que tudo, meu coração está destroçado. Não paro de pensar na felicidade dele quando descobriu que eu estava grávida, a felicidade de ser pai que eu não vou poder dar a ele de novo. Eu só o faço sofrer, só o faço chorar e ainda sim, ele ainda sim me ama. E isso me dói mais.. Se ele me odiasse como todos, talvez fosse mais fácil, eu iria sofrer e aceitar essa merda de vida, ia morrendo pouco a pouco até morrer de verdade.. Não me importaria mais com nada. Mas agora eu tenho esse bebê dentro de mim, tenho Poncho, tenho o amor do Poncho e tenho que proteger meu filho. Eu não posso mais aceitar essa condenação que o Velasco me impôs, mas ao mesmo tempo eu não posso sair e deixar que ele faça mal a minha família, a Poncho, ao bebê.. E ainda tem a Perla. Por que Poncho não terminou com ela ainda? Ele diz tanto que me ama, que eu sou sua vida mas vai para cama todas as noite com ela. Quem está presente na vida dele é ela “feliz e encantado” isso não me sai da cabeça.. Ela que o beija quando quer, ela que faz amor com ele quando quer, ela que sabe de tudo que acontece na sua vida, ela que divide a vida com ele.. Eu sou só a penetra, a outra que é cheia de problemas e agora ainda com um bebê. Ainda afogada em lágrimas, perdida em meus pensamentos, confusa sobre a vida, me acomodo na cama. Decido que é melhor dormir antes que minha mãe volte e me faça milhões de perguntas... Fecho meus olhos e durmo.

Acordo pela manhã com vozes da minha mãe alterada, brigando com alguém do lado de fora do quarto, paro para prestar atenção.. É a voz do Velasco. Fecho meus olhos. Posso voltar a dormir e fingir que a minha vida é apenas um pesadelo? Não. Ele abre a porta do quarto, tão cínico, tão ator, tão cara de pau, fingindo preocupação..

Velasco: Any, minha Any.. O que houve?

Eu o olho, com raiva, com ódio, com revolta, mas não digo nada, apenas o encaro com muita raiva. Ele se aproxima de mim, tocando meu rosto e eu empurro sua mão.

Anahi: Sai daqui.

Velasco: Olha como fala..

Minha mãe entra no quarto.

Tysha: Any.. Tudo bem?

Anahi: Sim, mãe

Tysha: Vou deixar vocês conversarem. Qualquer coisa me chama, estou aqui fora.

Anahi: Tá bem.

Enquanto minha mãe falava, ele a ignorou, ficou em pé ao lado da cama me olhando, fingindo preocupação. Minha mãe foi embora e minha educação com ele também..

Anahi: Vai embora, eu não quero te ver

Velasco: Acha que se livrou de mim?

Anahi: Se dependesse de você eu já estaria morta mesmo, então finge que isso aconteceu e me esqueça!

Velasco: Te esquecer? Impossível, meu amor.

Anahi: Não me chame de “meu amor”, suma daqui..

Quando o Velasco ia falar algo, o médico interrompeu, entrando no quarto..

Médico: Bom dia, Anahi! Está se sentindo melhor?

Anahi: Sim, obrigada.

Médico: Vejo que você está com uma aparência um pouco melhor. – ele olha para Velasco – Você é o namorado?

Velasco: Sou o noivo dela. Prazer. – eu reviro os olhos

Médico: Prazer. – eles se cumprimentam em um aperto de mão.

Velasco: O que ela tem?

Médico: Ela não contou o que houve, mas chegou aqui muito fraca. Está anêmica e com gastrite. Vou passar uma dieta rígida para ela, fora que precisa descansar, ainda mais agora, grávida.

Velasco: GRÁVIDA? – Ele me olha furioso

Médico: Sim. – ele me olha – Você não tinha contato ainda?

Anahi: Não deu tempo.. - respondo cínica

Médico: Me desculpe por estragar seu prazer em contar.

Anahi: Não estragou. Tudo bem.

Médico: Vou deixar vocês sozinhos. Daqui a pouco a enfermeira com seu café da manhã.

Anahi: Obrigada.

Ele sai e fecha a porta. Velasco me encara surpreso e irritado.

Velasco: Grávida, Anahi? Grávida?

Anahi: Acho que você ouviu muito bem, né?

Velasco: Não me provoca, Anahi. Não é porque você está em um hospital, cercada de gente, que você está segura.

Anahi: Me mata logo, é isso que você quer. Aproveita que está aqui e simula minha morte.

Velasco: Deixa de ser estupida, se eu quisesse te matar, já teria o feito.

Anahi: E quase o fez, se não me tirassem desmaiada lá, já estaria com certeza em uma melhor.

Ele bufa, depois respira fundo, olhando pro chão, controlando a raiva sei lá pelo que..

Velasco: Esse filho é meu?

Anahi: De quem mais seria?

Velasco: Não se faça de idiota. Quer me convencer que você dormiu com o Alfonso e não transaram? Vai querer falar que papai noel existe também?

Anahi: Estou grávida de 3 meses. Há 3 meses atrás não tinha nem reencontrado Poncho ainda.

Menti sobre o tempo de gestação, 1 mês a mais, 1 mês a menos.. Velasco não ia se ligar nisso e eu conseguiria salvar meu filho do ódio dele.

Velasco: É bom que seja mesmo. Se eu descobrir que esse filho é o Alfonso eu juro, Anahi, eu juro que mato você e o Alfonso. – Ele fala próximo ao meu rosto, tentando me intimidar.

Anahi: Vai procurar outro para infernizar com suas ameaças. Já disse, não quer acreditar fale sozinho. Agora quero dormir.

Velasco: Você já está avisada

Anahi: Posso saber por que você estava brigando com a minha mãe? Vai ameaçar ela também?

Velasco: Ela quer que você volte com ela pro distrito.

Anahi: E precisa falar daquele jeito com ela? Ela não tem nada a ver com o que você me submete.

Velasco: Me irrita, me irrita, ela me irrita.

Anahi: Deixa minha mãe em paz!

Velasco: Diga a ela que você quer ficar, está ouvindo?

Anahi: Não acredito que vá adiantar..

Velasco: Merda!

Anahi: Velasco, pelo amor de Deus, eu estou grávida, estou doente, você quer que eu fique em Chiapas para que? Para me trancar de novo e terminar de me matar? Se for para isso me avisa que eu nem saio desse hospital.

Ele fica em silêncio, me olhando meio que surpreso. Realmente aquela Anahi de antes “não, Velasco”, “sim, Velasco” tinha ido embora, agora eu tenho um motivo para lutar, tenho meu bebê, tenho Poncho. E estou cansada de tudo que passo..

Velasco: Tudo bem, falarei com ela. Você vai e se recupera.

Anahi: Pode me dar licença agora, quero descansar.

Ele assente com a cabeça e vai embora, eu me recosto para dormir, mas logo a enfermeira vem com o café da manhã. Velasco foi embora, minha mãe entra no quarto reclamando muito da postura dele, ela está irritadíssima, falando sem parar..