Fanfic: I Won't Let You Go (AyA) | Tema: AyA, Ponny, Rebelde, Anahi e Alfonso, Hot, Amor

Capítulo 238

Música da cena: John Legend - All of Me

https://www.youtube.com/watch?v=450p7goxZqg

Saio do quarto chorando sem parar, compulsivamente. Chamo o elevador e desço totalmente desolada. O hotel está as moscas, são quase 4h da manhã e eu saio andando em direção a praia. Não me preocupo em disfarçar as lágrimas para as pessoas a minha volta. Tá doendo de verdade e eu não vou fingir mais que aguento. Chego na areia e me sento próximo ao mar. Há algumas horas estávamos aqui namorando, felizes, fazendo promessas e agora.. Por Deus, porque tudo tem que ser tão complicado? Abraço meu corpo e choro. Só sinto dentro de mim uma sensação de incompetência, fragilidade. Tudo que eu dei a ele não foi suficiente e isso de tudo, é o que mais dói.

Poncho..

Depois que Anahi bateu a porta do quarto e saiu, dentro de mim gritava para ir atrás dela, a segui-la até que as coisas se resolvessem. Por incansáveis vezes deixei ela ir e deixei para conversar quando as coisas estivessem mais calmas, mas no fim, tudo sempre se complicava mais. Porém, não dessa vez. Não vou deixar as coisas assim, voltar pro México e deixar pra Deus dará, chega de confiar na sorte, chega de entregar nas mãos do destino. Ela sabe de tudo agora e eu quero saber o que ela sente, pensa e quer a partir de agora. E ela não pode me negar isso. Me levanto, vestindo uma camiseta e uma calça abrigo e vou atrás dela.

Desço e nada dela no hall, nas salas de convivência, nem no bar. Procuro perto das piscinas e nas árvores, quando vejo um pontinho branco na praia, seus cabelos brincando com o vento e ela sentada na areia da praia, abraçada a si mesma, encolhidinha. Vou em sua direção e por um instante, eu sei o que dizer.

Quando eu chego bem próximo dela na praia consigo escutar seu choro doído e isso me mata, me quebra em mil pedaços.

Anahi..

Eu o amo e sei que nem isso muda o que eu sinto, mas porque dói tanto, porque me magoa tanto..

Poncho: Sabe, tem uma ilha por aqui e certa vez estava um casal, eles escutaram a história de Manuel e Maria. Você lembra? - eu me viro, encarando-o - Esse casal tinha as mesma iniciais e então decidiram fazer um pacto, como na história, eles escreveram suas iniciais em uma árvore e depois que disso queimaram. E da chama saiu uma voz que lhes disse que seu amor só se iria acabar quando as cinzas de transformassem em ramos. E ele não foi atrás a maior pedra do mundo para ela, ele foi atrás de cuidar dela por cada segundo de sua vida, porque cada segundo sem ela era tempo demais para ele. Só que cuidar e estar com ela não era fácil e eles se encontraram em muitas tempestades. E esse homem é muito fraco e instável e a deixou ir várias vezes. Esse casal teve muitas tempestades, mas talvez essa tenha sido a pior tempestade de todas. Mas ele não morreu. Ela foi atrás dele e o salvou, porque não importa o quanto ele erre, seja um babaca e não a mereça, eles um dia fizeram esse juramento, porque as cinzas nunca vão se converter em ramos, do mesmo jeito que nosso amor vai é eterno e sobrevive a qualquer tempestade. – o meu choro cessa – Eu te amo, Anahi. Eu não sei quantas vezes preciso dizer para você acreditar, eu queria que você estivesse na minha pele por um minuto só para sentir o tanto de amor que eu sinto por você, o quanto eu te preciso, o quanto eu sou louco por você. Me perdoa por todos os meus erros. Eu não sou perfeito, nunca vou ser perfeito, mas eu te amo. E você me salva, me faz querer ser melhor. Eu estrago tudo, torno sua vida uma bagunça, mas não desiste de mim. Eu não sei viver em você.

Anahi: Você é meu mundo, Poncho. – seco as lágrimas – Por mais que eu tente, por mais que tudo isso me doa demais, por mais errado que você seja. Meu amor não conhece fim, meu amor não sabe ver certo ou errado, ele só vê você. Talvez seja fora do normal amar alguém tanto assim, mas eu te amo desesperamente, incalculavelmente. Eu não sei viver sem você.

Poncho: Você me perdoa?

Anahi: Você me magoou muito com isso, Poncho. Muito mesmo. Eu ainda não engoli essa história. Mas te prometi que não ia deixar nada separar a gente e bem ou mal você foi honesto comigo. Nessa nova atitude de ouvir e falar, sentar e resolver as coisas. – respiro fundo – Não tá fácil, eu quero te mandar para a puta que pari*u nesse instante. – ele ri – Só me dá um tempo, ok? – ele confirma – Eu também tenho que te pedir perdão, também errei várias vezes com você, em não te ouvir, em te julgar sem ouvir seus porquês, por começar a namorar o Rodrigo, por ajudar a bagunçar ainda mais nossa vida.

Poncho: Já passou, Any. Só quero que você me perdoe, o resto nos superamos aos poucos, no dia a dia.. Com você do meu lado, tudo fica bem. – sorrio

Anahi: Pelo amor de Deus, se tem algo a mais para me contar, por pior que seja conta logo! – ele ri – Eu não aguento mais surpresas! Mas algum segredo para revelar? – ele ergue os braços na altura do peito

Poncho: Sem segredos. Sem mais erros. Transparente para você.

Anahi: Transparente para você.

Ele abre os braços e eu caminho até ele, o abraçando apertado. Ele me aperta em seus braços, afagando meus cabelos e beijando minha testa. Eu me aperto tanto nele, o amo tanto, o quero tanto. Eu o perdoo de coração. Ele acaricia minha cabeça e ficamos minutos longos assim, abraçados e cuidando um do outro naquele abraço.  Eu o solto, ambos chorando, mas dessa vez não é de nojo, ou raiva.. É de amor. Genuinamente amor. Sorrimos e ele beija minha testa, sussurrando que me ama. Ele pega a minha mão e eu me abraço a seu braço. Sem dizer mais nada, voltamos para o quarto. Eu bocejo. Estou de fato morta de cansada! Já já amanhece e nós quase não dormimos.