Fanfic: I Won't Let You Go (AyA) | Tema: AyA, Ponny, Rebelde, Anahi e Alfonso, Hot, Amor

Capítulo 252

Koko liga para Poncho duas horas depois para perguntar porque ligamos tanto, o que tinha acontecido. Poncho explica que Anahi tinha ido para Miami e deveria estar chegando por lá de manhã. Ele lhe passou o endereço do hospital e do hotel. A operação da Maite foi remarcada para mais cedo.

Quando o avião pousou em Miami e meu celular voltou o sinal, recebi a mensagem do Poncho, antes mesmo de responder a bateria acabou. Pela hora, ela já deve estar indo para o hospital. Pego um taxi no aeroporto e quando chego no hospital, logo encontro Maite e Koko no balcão de entrada do hospital.

Anahi: Mai! - ela olha para trás e Koko sorri

Maite: Anahi? - eu a abraço apertado - O que você está fazendo aqui?

Anahi: Vim te desejar boa sorte. - sorrio - Tinha que te ver antes da cirurgia e.. Mais que isso.. Eu precisava estar com você. - ela sorri

Maite: Que bom que você veio. - ela me abraça e começa a chorar - Eu queria muito que você estivesse comigo quando eu vim e agora você veio..

Koko: Deixei que ela fizesse surpresa, mas Poncho me contou que ela estava vindo ontem

Maite: Você é um pilantra! Me deixou carente de melhor amiga até agora. - afago seus cabelos

Anahi: Oh, Mai.. Você acha mesmo que ia te esquecer? Ainda mais em uma hora dessas? Assim que eu cheguei na capital e não te encontrei, peguei o primeiro voo para cá. 

Koko: Vou deixar vocês conversarem e vou pegar um café, servidas?

Anahi: Eu aceito um suco de laranja.

Koko: Já trago

Anahi: Sem açúcar. - ele revira os olhos - Como você está se sentindo?

Maite: Apavorada. - ela aperta minha mão - Sério, eu estou com muito medo.

Anahi: Eu imagino.. Eu no seu lugar estaria do mesmo jeito, talvez pior.. Não, certeza, muito pior, escandalosa, dramática..

Maite: Anahi.. - ela ri divertida - Essa é a parte que você fala "amiga não fica assim, vai dar tudo certo, o medo atrapalha, pensa positivo e blablabla", sabe?

Anahi: Eu só estava sendo sincera. - dou de ombros e ela ri

Maite: Eu sei disse e amo isso em você. Você não fala o esperado, você é você.

Anahi: Eu concordo que o medo atrapalha tudo. Mas é uma fraqueza humana. E acho impossível não sentir medo se tratando do se trata. Sei que seu medo não é por você, mas sim do resultado que você espera não acontecer. Pensa positivo, sempre.. Porque o universo conspira e olha amiga, como ele conspira! Só tenha em mente que tem muita gente torcendo por você. Hoje mesmo sem seus fãs saberem de nada, me mandaram hoje uma recado com uma foto nossa e uma frase daquela música que temos juntas. E vim para cá pensando em como tudo dá errado antes de dar certo e com nós duas tanta coisa já aconteceu.. Mas como diz a música, "si tu estas comigo yo sé que estaré bien". Então entra naquela sala confiante, respira fundo. Vai dar tudo certo e não é porque eu estou falando não, é porque com pessoas boas como você o final sempre é feliz. Se não tá feliz ainda é porque não chegou no final. - ela sorri emocionada e me abraça

Maite: Você é a melhor amiga do mundo. Eu te amo!

Anahi: Eu também, burris! - ela ri

E assim foi.. Eu consegui acalmar Maite. Koko nos trouxe suco e logo ela foi chamada para se preparar para operação. Ninguém pode entrar com ela. Ela me abraça apertado e eu afago seus cabelos com um carinho, dizendo que vai ficar tudo bem. Ela parece não me soltar, mas quando Koko toca suas costas, ela desperta e me solta, se segurando para não chorar. Koko a toma nos braços e ela se derrete. Eles ficam abraçados minutos longos e eu ali, olhando eles hipnotizada. Como eu queria ter o poder de resolver a vida da Mai, só para ela nunca precisar sentir dor nenhuma. Mas eu não posso.. Vejo Maite se recompor e seguir com a enfermeira. Fico pensando em quão incapaz nós somos, e vulneráveis também, quando vemos alguém que tanto amamos sofrer. Hoje eu consigo entender um pouco de tudo que Poncho fez por mim quando vivia ameaçada pelo Velasco. A ideia de perder alguém, de alguém que amamos sentir dor.. Acaba doendo muito mais na gente mesmo. Sinto isso hoje na pele pela Maite e por Poncho, quando ele me contou sua história e vi o tamanho do estrago que tudo isso causou nele no dia dos pais. Ligando os pontos hoje.. A vida não alivia para ninguém. Mas no meio disso tudo, é bom saber que podemos contar uns com os outros. Que quando tudo ficar impossível e não soubermos mais o que fazer, aparece uma mão para te levantar. A mão do amor, da amizade, da família. A gente pode rodar o mundo inteiro, conhecer lugar, ganhar muito dinheiro e sucesso, mas nada nessa vida se comparar com a sensação de se sentir em casa, com pessoas que você ama. Maite, Koko e Luna são como parte da minha família. São o meu voltar para casa. E com o passar dos anos isso se solidifica, fortalece. Hoje mesmo ainda com muitos problemas me sinto em paz. Com o peso dos anos e das coisas vividas nas minhas costas consigo enxergar a vida de uma forma muito mais sábia, por exemplo meu sorriso.. Hoje ele é muito mais verdadeiro que antes, não tenho mais tanta leveza, mas tenho na bagagem o dom de levantar depois de uma grande queda, levantar sorrindo, valorizando o tombo. O meu amor é muito mais sincero, sem dúvidas, sem medos, sem deixar que pequenas coisas afaste minha real felicidade de mim. As minhas escolhas muito mais coerentes, minha maternidade mais aflorada. É.. eu cresci. Juro que lutei contra tudo e todos para não sair da neverland, mas não tem como.. Uma hora a vida te puxa, você cresce sem perceber. Peter Pan sempre teve razão, crescer é uma trapaça. Só que ele não nos contou que é uma trapaça necessária e que vai acontecer com todos. Assumindo aqui minha carapuça, Anahi Portilla Herrera, 38 anos, dois filhos, uma história cheia de altos e baixos, lutas e vitórias, mas cheia de pessoas incríveis e momentos lindos e únicos. Tudo valeu a pena e se minha vida acabasse hoje, iria sem arrependimentos. Claro que se eu vivesse de novo faria muita coisa diferente.. Mas essa é a minha história, foi o caminho que escolhi viver. E se as coisas precisaram ser assim para chegar aonde cheguei hoje, com essa plenitude e maturidade, então tudo valeu a pena. Eu cresci e não me dói mais aceitar isso, porque o Peter Pan ainda vive comigo, como uma mosquinha que me ronda, me lembrando sempre de bons e intensos anos vividos.. Fred, amigo de Poncho chega na sala de espera para me cumprimentar e ai que eu me toco que Koko não está mais aqui.