Fanfic: I Won't Let You Go (AyA) | Tema: AyA, Ponny, Rebelde, Anahi e Alfonso, Hot, Amor

Capítulo 77 - Dame una oportunidad..

Tysha: Atrapalho?

Anahi: Não, Mãe.. Pode entrar..

Tysha: Tudo bem, Maite?

Maite: Sim.. Só uns problemas pessoais.

Ela me olha com um sorriso confortante e eu retribuo. Ah, Maite.. A mesma Maite! Ana Paula adentra o quarto vindo à minha direção, me abraçando forte, eu abaixo e a abraço apertado. Neni se junta e ficamos na cama conversando por um bom tempo, almoçamos juntas, vimos filme à tarde. Maite tentou nos distrair contando todas as piadas e besteiras possíveis. Parece que depois que ela soube da verdade anda se esforçando triplicado para me fazer sorrir e só por essa tentativa, ela já consegue. Neni vai embora ao fim da tarde, Maite janta comigo e depois vai embora, mesmo eu insistindo para ela ficar, ela tem gravação pela manhã.

Assim os dias vão passando.. 10 dias se passam.. Estou na casa da minha mãe, recebendo todos os cuidados e atenção. É claro que eu não consegui escapar do interrogatório sobre o que aconteceu comigo no último mês, por que eu sumi sem dar notícias.. Minto dizendo que viajei com uma amiga do Velasco para um lugar que não tinha sinal e sobre passar mal, só estava sem tempo de me alimentar direito e tinha começado uma dieta que não deu muito certo. Ai eu ouvi aquele longo sermão, minha mãe me relembrou a anorexia e eu realmente mereço relembrar isso de novo? Devo ter pecado muito nessa vida! Enfim, tenho que ir ao médico uma vez na semana, como minha gravidez é de risco, não quero arriscar. Maite fica comigo quase todos os dias. Ela sai da gravação e vem para cá, Koko às vezes vem junto, ela quase não sai com ele para ficar comigo, mesmo eu brigando com ela por isso. Baixou um espírito maternal nela, mais do que ela já tinha, ela agora me cuida e me defende muito mais que antes. Deveria reclamar, mas estou adorando. No momento é tudo que eu preciso.. Poncho fala com Maite todos os dias, ele veio aqui 3 vezes me ver, mas eu não quis vê-lo. Não é o momento, eu não sei o que dizer a ele, não sei o que vou fazer em relação ao nosso filho. Ele está desesperado e furioso comigo. Eu o entendo, sei que preciso concertar isso. Decido procura-lo pela manhã..

Assim eu acordo, em uma sexta feira, 18 de abril. Pela primeira vez minha mãe entra no quarto para me acordar e eu já estou de pé e pronta. Estou vestindo uma calça jeans, bota preta de salto e bico fino e uma blusa preta, pouco decotada, com a jaqueta na mão, pego a bolsa na cama e ela me chama para o café.

Anahi: Estou sem fome, mãe.

Tysha: Nem adianta, Anahi, você sabe que precisa comer.

Anahi: Tá bem! – Digo bufando

Enquanto tomo o café, decido mandar uma mensagem para Poncho. Não quero cruzar com a Perla no seu apartamento de novo, nem posso falar nada do que quero perto dela. Se ele me amasse como diz, não estaria mais com ela.. Precisamos nos encontrar em um lugar neutro.

“Precisamos conversar. Está ocupado?”

Envio um sms e não demora 5 min, chega a resposta.

“Até que enfim! Onde nos encontramos?”                   

Onde podemos nos encontrar.. Na casa dele nem pensar, aqui também não, lugar público fora de cogitação. Minha casa! Isso, perfeito! Está abandonada, mas ainda tenho uma casa.

“Minha casa, pode ser? Daqui a 1h?”

 “Fechado.”

Terminei de tomar o meu café com calma e fui até minha casa, que não fica muito distante da casa da minha mãe. Cheguei 20min antes da hora combinada com o Poncho. Andei pela casa, um cheiro de fechado, a geladeira praticamente vazia, poucas roupas no guarda roupa.. Como eu sinto falta de viver aqui. Ah, minha casa, meu cantinho, meu jeito, minhas coisas.. Isso tudo me faz tão bem. Quando a campainha toca.

Poncho chega e caminhamos até a sala em silêncio. Ele se senta e eu permaneço em pé.

Anahi: Só não te ofereço nada para beber porque realmente não tem nada para beber.

Poncho: Não quero beber nada.

Anahi: Acho que precisamos conversar, né?

Poncho: Agora que você percebeu isso? Cansou de me ignorar?

Anahi: Poncho, eu estava confusa, eu não sei o que fazer, ainda estou confusa na verdade.. Mas não posso fugir a vida toda, quem me dera pudesse..

Poncho: Enquanto você fica confusa eu fico sofrendo sem saber notícias suas, sem saber do meu filho, você acha isso justo?

Anahi: Não acho. Me desculpe se te magoei. Nunca quis te magoar, só precisava de um tempo.

Ele bufa, apoiando os braços na perna e encarando o chão.

Poncho: Chegou a alguma conclusão?

Anahi: Não.. – confesso fracassada, cruzo os braços e encaro o chão também.

Ele levanta o olhar me encarando e eu também, logo nossos olhares se encontram. A química. A física. A paixão. Todo o amor.. Toda intensidade.. Todo desejo.. Em apenas uma troca de olhares. Só de olhar fundo os seus olhos já sinto meu corpo todo arrepiar, já sinto cada parte de mim suplicando por Poncho.. Ele suspira. Eu mordo os lábios.