Fanfic: I Won't Let You Go (AyA) | Tema: AyA, Ponny, Rebelde, Anahi e Alfonso, Hot, Amor

Capítulo 268

O choque dele é tão grande. Ele está boquiaberto, seus olhos arregalados, ele está paralisado olhando para mim, não faço ideia do que ele está pensando, se é que está pensando em algo. Dou-lhe tempo.. Mas ele fica minutos paralisado, não sei o que fazer.

Anahi: Amor.. – seguro seu rosto com carinho – Fala comigo!

Poncho: Como.. – ele diz em um fio de voz

Anahi: Ele se enforcou. O delegado disse que ele estava apresentando comportamento suicida há um tempo, colocaram ele em um tratamento psiquiátrico, mas.. Foi tarde demais.

Poncho: Eu não sei o que dizer. – ele se vira, se sentando na cama e apoiando o cotovelo na perna e segurando a cabeça, totalmente perdido.

Eu me aproximo dele e o abraço pelas costas.

Anahi: Eu sinto muito. Eu sinto muito de verdade. – sinto ele chorando em silêncio – Eu sei que por mais dano que ele tenha te feito é seu pai e a dor que você tá sentindo nada nesse mundo se comparar. – ele segura minha mão que abraça seu peito e acaricia – Mas você continua sendo a única pessoa que ele tem. Precisamos ir lá, fazer um enterro no mínimo decente para que ele não seja enterrado como indigente.

Poncho: É o que ele merecia. – ele tenta ter raiva – Ele merecia mesmo isso.

Anahi: Poncho.. Olha para mim. – ele levanta a cabeça e me olha – Não diga coisas que seu coração não sente.

Poncho: Por que eu me sinto assim, Any? Por que? – ele bate em si próprio – Olha tudo que ele me fez! Ele deveria morrer da pior forma e eu deveria não me importar.

Anahi: Poncho, é seu pai. É uma parte sua, seu sangue, isso não dá para negar. Não dá para dizer que não é com você. Você se sente assim porque você não é igual a ele. Infelizmente é uma parte da sua vida que eu nunca vou poder consertar, mas agora acabou mesmo e necessita de um fim digno. Agora vamos levantar e ir lá, eu vou cuidar que ele seja decentemente enterrado e vou avisar Alejandro.

Poncho: Não quero me encarregar disso.

Anahi: Tudo bem. Eu entendo seu lado. De verdade. Mas não vou deixar seu pai ser enterrado como indigente, porque sei que não é o que você quer de verdade. – eu me levanto da cama e ele chorando em silencio me acompanha com o olhar

Poncho: Onde você vai?

Anahi: Tomar banho. Me trocar. Vou a delegacia cuidar disso.

Poncho: Any, você não precis..- eu o calo, com o indicador em seus lábios

Anahi: Sim, Poncho. Ele pode ter sido a pior pessoa do mundo, mas sem ele você não estaria aqui hoje. Não faria minha vida completa. Ele não é um qualquer, ele querendo ou não é seu pai e não vai ser jogado em qualquer vala. – eu me levanto e vou para o banheiro

Quando saio do banho e estou escovando os dentes, enrolada na toalha, ele abre a porta e encosta, me olhando. Eu o encaro pelo espelho e ficamos nos encarando por minutos. Ele está abatido, com uma expressão perdida que eu só queria colocar ele no colo e cuidar dele o dia, o mês, a vida toda. Mas preciso ser fria para ele ser forte.

Poncho: Você tem razão. Ele é meu pai, não quero que ele seja enterrado como um qualquer. Independente do que ele fez. Eu o amo e ele merece um fim digno.

Anahi: Esse é o homem que eu me apaixonei. – me viro para ele e ele caminha até mim – Não importa o quanto o mundo erre conosco, tentar dar o troco é ser tão errado quanto quem fez. O mal se paga com bem. Você não iria ter paz se não fizesse o certo hoje, porque você não é como ele. – toco seu rosto com carinho e ele fecha os olhos – Estou orgulhosa de você. – ele me olha – Te amo! – ele confirma e eu o beijo, o abraçando – Toma um banho. – lhe beijo o rosto – Vou cuidar de tudo e te espero para irmos a delegacia. – ele confirma

Eu saio do banheiro e ele se apoia na pia, certamente buscando forças.. Aquele seria um longo dia.