Fanfic: Todo Cambio ღ Cuando te ví (Finalizada) AyA | Tema: Ponny & AyA

- Any? - Poncho gritou largando a maleta no sofá.

- Aqui no jardim! - ela respondeu com outro grito.

Ele caminhou até lá e a encontrou sentada na terra, rodeada por plantas que ele mal sabia identificar, em meio ao pequeno jardim, que crescia um pouquinho mais todo o dia.

Elas, as flores, já ñ lhe causavam dor... ñ lhe lembravam a morte nem o sofrimento.Ñ lhe lembravam o amargo velório de seus pais... Tudo graças a Any. E agora as mesmas flores que durante tanto tempo lhe transmitiam tristeza, agora lembravam ela. Sua Any. Ele sorriu contente.

- Poncho! - ela gritou mostrando que já o estava chamando a algum tempo.

- Hmm?

- Perguntei se vc esta bem.

- Estou. - ele respondeu confiante.

- Ótimo, então porque ñ tira esse sorriso idiota do rosto e vem me dar um beijinho?

O sorriso dele aumentou. 

Ele deu alguns passos terminando com a distancia que havia entre eles, se abaixou e colou os lábios nos dela como uma leve carícia.

- Vc é muito má. - ele disse quando afastou um pouquinho os lábios.

- Sou, é? - ela disse com os olhos brilhando de divertimento.

- Sim. - ele sussurrou prendendo o lábio inferior dele entre seus dentes e o puxando.

Ela sorriu mais e então acariciou a bochecha dele.

Poncho soube que tinha alguma coisa errada no exato momento em que sentiu a mão dela encontando nele. Sentiu algo gelado em sua bochecha e então arriscou um rápido olhar para as mãos delas.

- Vc me sujou com terra?

- Ñ. - ela disse sem tirar o brilho de divertimento dos olhos azuis - Isso ñ é terr\.

- Então o que é isso? - ele disse sorrindo de forma ameaçadora.

- Um tipo de fertilizante.

- Um tipo de fertilizante? - ele repetiu juntando as sobrancelhas.

- Isso.

- Vc colocou esterco em mim? - ele perguntou com a voz ameaçadora o bastante, enquanto ela apenas riu.

- Sim. De vegetais apodrecidos.

Sim ela era muito má.

- Eu vou contar até dez Any. Um.... Dois....

Com um pequeno gritinho ela saiu correndo para dentro da casa.

Quando Herrera finalmente gritou o “dez”, ele levantou como um predador. Aquele jogo havia se tornado um passatempo para eles durante os quatro dias que haviam se passado. E agora o caçador ia em busca da caça, a qual ele podia jurar que estava escondida dentro do quarto, debaixo da cama.