Fanfic: Todo Cambio ღ Cuando te ví (Finalizada) AyA | Tema: Ponny & AyA

Ela desceu do elevador e pegou a chave do carro na bolsa de Dul.

- Any! - Gritou Poncho alguns metros atrás dela.

Ela ñ parou, apenas ergueu o queixo e continuou andando depressa. Ele corria e ela sabia que ele devia ter descido pelas escadas do prédio. Ela estava nervosa de mais e demorou mais tempo do que pretendia com a chave para destrancar a porta. Quando sentou-se no banco trancou tocou as portas e ligou o motor. A mão grande e pesada de Poncho bateu no vidro com força.

- Vamos conversar, por favor! - ele pediu quando chegou até a janela do carro, ofegante.

- Ñ temos mais o que conversar. - Ela garantiu e viu pelo espelho retrovisor Ucker, Dulce e Maite tbm correndo na direção deles.

- Desce desse carro e vamos conversar por favor! A Claúdia é louca ela... 

- Deixa eu adivinhar: ela te agarrou, te beijou tirou a própria blusa e abriu o seu cinto.

- Isso! - ele gritou com enfase - Eu ñ pude fazer nada.

- Sim, claro, afinal vc só é uma dez vezes maior e mais forte que ela! Agora sai de perto do carro, caso contrário ñ pensarei duas vezes antes de atropelar o seu pé. - ela o alertou.

- Vc vai para casa?

- Sim. Vou pra minha casa.

- Ótimo... - ele disse respirando fundo -... vou pegar o meu carro e nos encontramos lá.

- Acho que vc ñ entendeu... Eu disse a minha casa, ñ a sua.

Todo o corpo de Poncho tremia de pavor:

- O que isso quer dizer?

- Ñ aguento mais Alfonso. Estou indo embora. - ela disse sentindo as malditas lágrimas caírem de seus olhos e o voz ficar tremula de repente.

- Ñ. - ele gritou dando outro tapa no vidro - Abre esse carro! Vc ñ pode ir embora! Ñ pode me deixar!

- Ñ se preocupa. - ela pediu respirando fundo - Vou deixar que diga para a imprensa que foi vc que pediu o divorcio e quanto ao dinheiro, os quinhentos mil de adiantamento, eu prometo devolvê-lo assim que puder e...

- Que se dane! - ele gritou batendo a mão no vidro novamente - Vc ñ pode me deixar, eu te amo!

As três palavras que Any tanto queria ter ouvido nos dois meses e meio que haviam se passado, agora a machucavam como facadas. Reunindo todo o resto de resistência que ela ainda tinha, falou:

- Isso foi um acordo entre nós, fez sua parte e agora o acordo acabou, então por favor saia de perto do carro!

- Any! Volta! - ele gritou enquanto ela manobrava o carro e arrancava em direção a autoestrada.

- Poncho? - Ucker gritou parando ao seu lado - O que houve?

- Claúdia! - ele gritou sentindo a voz falhada e vendo o carro de Any se afastar cada vez mais - Eu... fiz o que a Any pediu, eu a despedi e então ela riu e tirou a blusa, se jogou em cima de mim e começou a me beijar, abriu alguns botões da minha camisa quando eu consegui afastá-la Any tava parada na porta nos olhando! - ele disse passando as mãos no cabelo e tendo a sensação que logo seu coração se partiria em dois - E agora ela foi embora! O que vou fazer Ucker? Meu Deus eu a amo, como ñ percebi antes?!

Já, há alguns quarteirões dali, Any ultrapassava um sinal vermelho enquanto as lágrimas lhe nublavam a visão e os soluços lhe invadiam os ouvidos como uma melodia dramática e triste.

Ñ queria mais ficar naquele lugar... naquela cidade. Queria voltar para casa. Para o mundo onde ela podia ter o controle das coisas, ou de quase todas as coisas. No mundo onde Poncho Herrera jamais a acharia...