Fanfics Brasil - Capitulo 10 A Sensual Dulce - Portinõn

Fanfic: A Sensual Dulce - Portinõn | Tema: Portinõn


Capítulo: Capitulo 10

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Any estacionou diante do edifício onde Rosana morava. Ela já aguardava na portaria e veio correndo ao ver seu carro. Rosana era uma jovem da idade de Anahí, com belos olhos verdes e cabelos ruivos. Ela olhou para Maite com um sorriso frio, entrando no carro no banco traseiro. .

- Maite... – Cumprimentou.

Mai sorriu forçadamente.

- Oi, Rosana, como vai?

- Bem, obrigada.

Rosana debruçou-se e beijou Anahí no rosto, sorrindo abertamente. 

- Any, há quanto tempo! Estava com saudades! 

- Eu também, Rosana! Como está, ainda namorando Flávia?


 


Rosana riu.


 


- Oh, Any, você não me vê há muito tempo mesmo! Eu e Flávia terminamos há mais de um mês!

- Oh! Precisamos mesmo colocar nossos assuntos em dia! – Riu Any.

“- Cadela! – Pensou Mai, com raiva de Rosana – Ela quem bota coisas na cabeça de Any, para ter outras mulheres!”

Chegaram à festa em menos de quinze minutos. O apartamento triplex estava lotado de gente. O som explodia nas caixas em cada canto do salão imenso, com pessoas dançando animadamente. A frequência predominante era de mulheres.
Um rapaz de cabelos pintados de rosa e azul veio correndo e abraçou Anahí espalhafatosamente.

- Any, queridíssima! Que prazer tornar a vê-la! Finalmente apareceu!

Any abraçou o rapaz, sorridente.

- Marco! Como vai, querido? Onde está Vittoro?

- Oh, acabamos! Ih, tenho tanta novidade! E você, Rosana, como sempre, belíssima!

Maite fitou o rapaz irritada. Outro que trazia sempre recados para Any de outras mulheres. Mas sorriu quando Any a indicou com um gesto da mão.

- Marco, lembra de Mai?

Ele a olhou da cabeça aos pés. 

- Olá, caríssima! Então você conseguiu prender Any por esse tempo todo? Meus parabéns! Mas agora você vai deixar eu roubar sua companhia por uns momentos, tenho tanta coisa para contar à ela! 

E sem esperar resposta, ele se afastou arrastando Anahí pelo braço. Rosana riu e foi cumprimentar uma amiga, deixando Maite só. 
Maite os olhou indecisa se os seguia ou não. Refletiu e achou melhor deixar Anahí à vontade com o amigo. Anahí não era do tipo que admitia ser vigiada e não queria provocar a ira dela. Aborrecida, sentou em um sofá no canto do salão, olhando em volta com ar entediado. Aquela festa parecia o paraíso dos homossexuais, pensou. Só se via homens dançando com homens e mulheres com mulheres. Era engraçado, mas não se sentia como um deles. Sempre gostara de homens, antes de conhecer Any. E não se sentia integrada ao meio. 

- Posso sentar ao seu lado?

Maite voltou o rosto e ergueu a vista. Uma mulher em roupa toda negra, magra e alta, de cabelos negros e curtos, e olhos castanhos, a fitava sorrindo. Era bonita, mas algo naqueles olhos fez Maite achá-la antipática e inquietante.

- O sofá não é exclusivo para mim – Respondeu secamente.

O sorriso da mulher morreu e ela a fitou com a testa franzida.

- Se estou incomodando-a, vou retirar-me.

Maite percebeu sua indelicadeza e sorriu, desculpando-se:

- Desculpe-me, não estou em um bom dia. Pode sentar-se, não está me incomodando.

O sorriso da mulher voltou. Sentou ao lado dela, cruzando as pernas longas.

- Vi quando chegou com Any – Disse, sem preâmbulos – Você é a garota atual dela?

Mai a fitou franzindo o cenho.

- Sou a garota de Any. Por que usou esse termo, “atual”?

A morena sorriu com malícia.

- Desculpe o termo, mas em relação às mulheres de Anahí, tenho de usar esse termo. Sou Karina, um ex-caso dela.

Maite fitou a mulher com mais atenção. Uma ex de Anahí! Era a primeira vez que conhecia uma mulher do passado amoroso dela. Karina, à despeito da camisa e calça negras e botas, era uma mulher feminina, elegante, atraente. Devia ter uns trinta e cinco anos. Any gostava de mulheres mais velhas que ela?


Karina notou seu olhar avaliador e falou com rancor:

- Cuidado, garota. Anahí não ama ninguém a não ser ela mesma. Ela deu-me um chute após dois meses de relacionamento. Quase enlouqueci. Any atiçava os meus ciúmes, tinha prazer nisso. Ela é uma sádica. Quando cansou-se de atormentar-me, abandonou-me sem nenhum motivo ou justificativa.

- Por que está dizendo-me tudo isso? – Perguntou Maite, sentindo um frio percorrer seu corpo.

- Por que vi logo que é uma garota inexperiente. Quis avisá-la para abrir os olhos sobre Anahí, para não sofrer o que sofri.

- Ouça, agradeço sua preocupação, mas não acho que seu caso sirva de exemplo para mim. Cada relação é diferente, não dá para comparar. Eu e você somos muito diferentes, aposto.

- Mas Anahí é a mesma. E ela não vai mudar – Declarou Karina, com voz dura – Você vai ver isso, com o tempo. Eu não fui a primeira mulher que  ela fez isso e você não será a última. Ouça, nada como o tempo. Se ela fizer o mesmo com você, procure-me. Eu terei muito prazer em ajudá-la a se vingar dela. Aqui está o meu cartão.

Karina colocou um cartão na mão de Maite e a fitou nos olhos.

- Você é tão jovem! Como Anahí é irresponsável!

Maite fitou aqueles olhos cheios de ódio e sentiu-se mal. Aquela mulher ali falando coisas horríveis sobre Any a amedrontou. Será que ela estava certa? Será que Anahí iria fazer o mesmo com ela? Seria esse o destino de sua relação?
Maite ergueu-se tremendo.

- Chega! Você quer envenenar-me contra Any!


 


Karina a fitou nos olhos com um olhar cheio de pena.

- Não, eu apenas quis prevení-la. Pense no que lhe falei. E procure-me se acontecer o que previ. 
Mai afastou-se dali apressada, esbarrando nas pessoas que dançavam. Apertou o cartão na mão. Ele parecia queimar. Colocou-o no bolso da saia de couro e saiu pelo salão procurando Anahí desesperadamente. Precisava vê-la. Afastar aquele medo que Karina havia incutido nela: que Any a abandonaria friamente.
Lá estava ela, conversando com Marco no terraço. Correu para ela com os olhos cheios de lágrimas.

- Any! Any!

Any voltou-se, fitando-a surpresa. Maite jogou-se nos braços dela, apertando a cabeça contra seu ombro, tremendo. Any a abraçou, perguntando preocupada:

- O que houve, Mai? Por que está tão transtornada?

Maite soluçou, sem responder. Any ergueu seu rosto com a mão, fazendo-a fitá-la. Maite a fitou entre lágrimas.

-Fale, Maite! – Disse, nervosa – O que houve?

Mai respondeu entre soluços:

- Aquela mulher... Karina... ela... disse-me coisas horríveis de você!

Uma contração passou pelo rosto de Any. Olhou para o amigo, passando o braço pelo ombro de Maite protetoramente.

- Por favor, Marco, deixe-nos à sós.

- Claro, Any. Ciao.

Marco afastou-se e Any fitou Maite, segurando-a pelos ombros.

- Mai, você está tremendo!... O que aquela mulher disse à você?

- Oh, Any... abrace-me e não fale nada...

Any a abraçou e a deixou chorar. Quando os soluços pararam, ela ergueu o rosto de Maite suavemente com a mão, beijando sua testa. Maite a fitou e Any sorriu.


 


- Está melhor? Pode falar agora?

Maite assentiu, dizendo com voz trêmula:

- Eu estava sentada em um sofá e ela sentou ao meu lado. Disse-me que tinha visto eu chegar com você e falou que ela era uma ex sua. Que você gostava de atiçar os ciúmes dela e a abandonou quando se cansou de brincar com ela. Insinuou que você vai deixar-me também, porque você é uma sádica e não gosta de ninguém. Oh, Any... você vai fazer o mesmo comigo?

Os olhos de Anahí lampejaram.

- Aquela cadela... o que mais disse?

- Ela... deu-me um cartão para eu procurá-la. Disse que me ajudaria se um dia eu quiser vingar-me de você, se eu for também abandonada.

Any a fitou com olhar reprovador.

- Então, você aceitou o cartão dela, depois de tudo que ela disse de mim?! Francamente, Maite! Estou decepcionada com você!

- Eu o joguei fora na hora, Any! – Mentiu, amedrontada. Os olhos de Any brilhavam de raiva.- Por favor, não fique com raiva de mim! – Pediu.

Any respirou fundo, procurando acalmar-se. Sorriu para Maite.

- Não, Mai. Mas devo dizer que você é uma garota ingênua. Acreditou naquela mulher, sem conhecê-la. Karina é louca. Não sabia que ela viria aqui hoje. Sei que ela tenta envenenar as pessoas contra mim. Não costumo falar de minhas ex, mas ela merece: abandonei Karina porque não aguentava mais vê-la drogada, ou imaginando que eu a traía com minha a empregada ou com minhas amigas. Ela criava confusão com qualquer mulher que me olhasse na rua! Karina é quem vivia atormentando-me com seus ciúmes idiotas. É uma paranóica, vive suspeitando de todos que a cercam.


 


- Oh Any, eu sabia que você não é como ela disse!

Any fitou-a com ironia.

- Sei, não acreditou e ficou toda transtornada, chorando!

- Any, prometa-me que nunca me deixará ou trairá! – Pediu Maite, ignorando o comentário de Anahí, abraçando-a e apertando-se contra seu corpo.

Any ergueu seu rosto com os dedos sob seu queixo e a encarou séria.

- Não posso prometer isso, Mai. Acredito que todo ser humano é capaz de trair, por que a traição é uma fraqueza humana. Tudo é uma questão de circunstância. Se a relação de duas pessoas não está bem, mas elas não enfrentam essa realidade e permanecem juntas, elas estão fragilizadas e não resistirão à uma pessoa que as atraia sexualmente. E eu não posso dizer que vou desejá-la para sempre, Mai. Uma relação amorosa é um contínuo risco, tanto meu quanto seu. Pode surgir alguém na sua vida pela qual você se apaixonará. E você não pensará se eu vou sofrer ou não. Quando a paixão ou o amor nos domina, ficamos egoístas. 

- Oh Any, não fale assim! Eu a amo!

- Você é tão jovem, Mai! Sei que não serei a única paixão de sua vida. Outras virão. E você então vai dar-me razão.

- Não quero saber do futuro! O meu presente é que importa! Vamos para casa, Any! Não quero mais ficar nesta festa!

Any a encarou friamente.

- Ir para casa? Não. Primeiro, vou dar uma lição àquela cadela. Estou farta de saber que ela vive falando mal de mim!

- Amore, não vale à pena... vamos embora!

- Não! Mai, só peço que seja compreensiva e não condene meu método de ação. Tenha em mente que tudo que eu fizer é parte do plano de dar uma lição em Karina.

Maite percebeu que seria inútil tentar dissuadir Any de sua decisão.

- O que vai fazer, Any?

Any sorriu friamente.

-Observe.


 


Continua...



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Autor(a): lunaticas

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Ela afastou-se, avançando para o salão. Maite seguiu-a, parando alguns passos atrás quando viu Anahí avançar para Karina, que conversava com uma mulher, sentada no mesmo sofá em que estivera com ela.  Anahí aproximou-se com as mãos nos bolsos do casaco. Parou diante de Karina. Ela ergueu os olhos para ver quem cheg ...


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Comentários do Capítulo:

Comentários da Fanfic 42



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  • CHAVERRONISIEMPRE Postado em 13/09/2014 - 11:35:51

    Q web é essa? superou meus limites ,otíma

  • claricenevanna Postado em 03/01/2014 - 08:08:34

    Ai. Nem acredito que acabou! Muito boa a web, sentirei falta dela, dessa paixão e cumplicidade das duas! Vai postar outra web, Lunática? *-* Porque se for me passe, sou uma grande apreciadora de suas webs.

  • angelr Postado em 03/01/2014 - 00:09:43

    Web perfeita uhuuuu

  • claricenevanna Postado em 02/01/2014 - 10:37:10

    Adoro esse fogo das duas! Hahaha.

  • vverg Postado em 02/01/2014 - 00:16:35

    Hunn?? Gostei...Interessante!!!!

  • claricenevanna Postado em 30/12/2013 - 13:32:10

    Não sei se tenho pena ou raiva da Maite, sério! Posta mais, flor.

  • tety Postado em 26/12/2013 - 22:52:17

    posta mais

  • lunaticas Postado em 26/12/2013 - 22:49:58

    Sim ja esta acabando :(

  • claricenevanna Postado em 26/12/2013 - 19:51:55

    Pelo jeito, já vai terminar a web né?

  • claricenevanna Postado em 25/12/2013 - 23:41:20

    Que loucura, gente! Annie foi muito esperta! Fiquei aflita achando que elas iriam consumir as ameaças. Posta mais *-*


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