Fanfics Brasil - Capítulo 11 A Sensual Dulce - Portinõn

Fanfic: A Sensual Dulce - Portinõn | Tema: Portinõn


Capítulo: Capítulo 11

955 visualizações Denunciar


Ela afastou-se, avançando para o salão. Maite seguiu-a, parando alguns passos atrás quando viu Anahí avançar para Karina, que conversava com uma mulher, sentada no mesmo sofá em que estivera com ela. 
Anahí aproximou-se com as mãos nos bolsos do casaco. Parou diante de Karina. Ela ergueu os olhos para ver quem chegara e se plantara diante dela e empalideceu quando viu Any fitando-a fixamente.
Anahí estendeu uma mão para ela, fitando-a com um sorriso estranho nos lábios.

- Venha dançar comigo, Karina!

Karina hesitou, com medo. Será que a garota já havia contado à Anahí a conversa que tiveram? Duvidou, fitando Any. Ela parecia bem calma. Não resistiu. Como diziam, o ódio e o amor andam paralelos. E ela reconheceu que no fundo, ainda era louca por Any. Ergueu-se e ela a tomou nos braços.
Laura Pausini cantava La Solitude, uma música que fez Karina suspirar .

- Any... por que quis dançar comigo? Desde que terminou comigo, me ignora quando nos encontramos – Perguntou, apertando-se contra Anahí.

Any a apertou também. Seu rosto estava ilegível.

- Tive vontade de lembrar os velhos tempos. 

- Oh Any, não minta para mim! Sei que me odeia!

- E você não me odeia também? Então, sinta como é interessante estar nos braços de quem odeia.

Karina a fitou nos olhos. Eles a fitavam enigmáticos, um sorriso paralizado no rosto.

- Any... até alguns momentos atrás, pensava que a odiava. Mas agora, em seus braços... Não sei mais. Parece um sonho, sentir seu corpo novamente contra o meu... Fitar de perto esses olhos perturbadores...

Any deslizou a mão pelas costas dela, numa carícia. 

- Então, aproveite... Estou aqui.

Karina pousou a cabeça no ombro de Any, aspirando o perfume inesquecível.


Maite olhava a cena sentindo um ciúme louco. Sua Any com aquela mulher nos braços, dançando agarradas! Teve ímpetos de avançar e separá-las com rudeza, mas conteve o seu ciúme. Any avisara que tudo seria parte de um plano. Mas não sabia onde ela queria chegar, dançando com a inimiga.
Karina estava encantada. A paixão que sentia por Anahí estava voltando forte, anulando seu ódio. Queria que ela a beijasse, que a possuísse toda. O desejo crescia naquele contato dos corpos dançando.
A música acabou. Anahí a pegou pela mão, fitando-a nos olhos.

- Vamos até o terraço. Lá ficaremos mais à vontade.

- Oh, Any! Sim, vamos, é tão bom estar com você assim!

Elas seguiram para o terraço. Anahí piscou para Maite, quando passou por ela. Mai ficou olhando, indecisa se as seguia ou não. O ciúme prevaleceu. Foi atrás cautelosamente, procurando não ser vista. Escondeu-se atrás de uma estátua e ficou observando.
Any conduziu Karina até um canto e voltou-se para ela. Karina a fitava com evidente desejo, antegozando os momentos que viriam. Ela não esperou Any agir. Rodeou o pescoço dela com os braços, apertando-se contra ela, aproximando a boca faminta pelo seu beijo, dizendo com voz gutural:

- Me pegue Any. Faça tudo comigo. Me beije, me possua como nunca!

Anahí a pegou pelos cabelos, fitando-a bem de perto. Seus olhos a fitaram com súbito desprezo, afastando-a do seu corpo.

- Saiba que não beijo serpentes! – Disse, em tom cortante.

A surpresa apareceu nos olhos de Karina. Ela tentou desvencilhar-se, mas Any a segurou com força pelos cabelos com as duas mãos.

- Então pensou que eu estava novamente interessada em você, sua vagabunda? Você é uma víbora, mas sei lidar com gente de sua laia! Trouxe-a até aqui para revidar o golpe sujo que me deu, envenenando Maite contra mim! – Disse, com os dentes rilhados.


 


E sem que Karina esperasse, Any soltou a mão direita dos cabelos dela e a esbofeteou violentamente em ambas as faces. Ela desequilibrou-se e caiu no chão, fitando Anahí com os olhos arregalados, levando a mão aos lábios, que sangravam. 
Any a fitou com desprezo, seus olhos parecendo duas pedras de gelo.

- Não se meta mais em minha vida, sua serpente! Senão, da próxima vez será pior minha vingança!

Karina começou a soluçar.
Anahí voltou-se para se retirar e viu Maite olhando-as. Sorriu e pegou-a pela mão.

- Vamos, Mai. Agora podemos ir.

Maite a acompanhou, trêmula. Teve medo de Anahí. De ter visto ela executar aquela vingança, atraindo Karina até ali, onde pudera agredí-la sem testemunhas. A dúvida se instalou em sua mente. Estaria Karina certa? Any iria fazer a mesma coisa com ela? Talvez fosse interessante guardar aquele cartão de Karina. 

Anahí despediu-se dos amigos e foram embora. Rosana preferiu ficar, havia conhecido uma mulher interessante. No carro, Anahí sorriu para Maite, fitando-a divertida.

- Está tão calada, Mai! O que há?

- Bem... eu não conhecia esse lado vingativo seu. É amedrontador.

- Você acabou de conhecer minha outra face, Mai. Não perdôo golpes sujos, traiçoeiros, como o de Karina. Por que ela não tem a coragem de falar o que falou à você em minha cara? É por que ela distorceu a verdade. E um golpe sujo merece ser revidado como eu fiz. Ainda mais envenenando uma garota como você.

- Como eu, em que sentido?

- Ingênua. Inexperiente. Muito ciumenta... Mas também com qualidades.

- Oh... E quais são minhas qualidades, Any?

Anahí sorriu, passando a mão em suas coxas, olhando para a frente. O carro corria pela Via Adriano.

- Eu vou mostrar em casa o que aprecio em você, Mai. Você quer ser minha?

- Oh Any!...Sempre, amore...


 


Any colocou um cd para tocar. A música invadiu o espaço, na voz de


Gino Morandi, cantando Il Mondo:


Non... esta notte amore,
Non, non piu, pensare a te…
Io aperto il occhi per guardare intorno a me…
Intorno a me girava il mondo come sempre…
Gira, il mondo gira nell spazio senza fine,
Con gli amore appena nati,
Con gli amore già finiti,
Con la gioia, con dolore, de la gente come me...
Il mondo
Soltanto adesso io ti guardo
Nell tu silenzio io me vedo
Il sono niente accanto a te...
Il mondo
Non c’è fermato mai um momento
La notte segue sempre il giorno,
E di giorno verrà...


 




Foi uma noite de paixão, de gritos e sussurros. Any tentando esquecer nos braços de mai a crescente atração que a corroia pela bela Dulce.


 


OoO


 


Anahí estava abraçada ao corpo macio e perfumado que estava de costas para ela. Sentia aquele perfume inconfundível, o perfume que amava naquela mulher, que se misturava ao próprio cheiro dela.
Sentiu uma onda de alegria e amor encher seu coração. Estava com a mulher amada nos braços e isso era o mais deleitável sentimento. Mas também estava com muita sede. Uma sede enlouquecedora que a fez desvencilhar-se do corpo amado e levantar para ir beber água. Na penumbra do quarto, foi com passos lentos ao banheiro. Encostou a porta e acendeu a luz. Olhou-se no espelho sobre o lavatório e contemplou seu rosto bem mais jovem. 
Subitamente, ouviu gemidos no quarto. O ruído dos gemidos se repetiu. Gemidos aumentando de intensidade, mostrando que a pessoa estava prestes a ter um orgasmo.

- Angelique! – Gemeu Any, sentindo o coração se contrair de angústia. Abriu a porta com um safanão, correndo para o quarto. Com olhos arregalados, contemplou a cena. Dois corpos se movimentavam freneticamente no ato sexual. A cena queimou nos olhos de Anahí, as pernas da mulher erguidas e escancaradas, com o homem entre elas movendo o traseiro rapidamente para cima e para baixo, as costas largas abraçadas pela mulher que gemia alto. Ele deu a última estocada, apertando-se contra a mulher, que gritou alto.

- Angelique! – Gritou Anahí, desesperada.

O homem saltou de cima da mulher, fitando Anahí com um sorriso triunfante. Não procurou esconder a nudez, com seu sexo à mostra. E a mulher surgiu, se sentando apoiando nos cotovelos. Seu rosto de beleza angelical se transformou em uma expressão sensual. Ela encarou Anahí, que os fitava chocada e sorriu, dizendo com voz cheia de malícia:

- Ele deu-me o que você não podia, Any... 

E ela gargalhou, abraçando o homem . O som da gargalhada feriu os ouvidos de
Any, fazendo-a gritar de revolta e dor. Seu grito ecoou pelo quarto em penumbra


 


- Nããããoooo!!


- Any! Any! Acorde!


 


Anahí sentou abruptamente na cama, abrindo os olhos, a respiração ofegante. Viu Maite a fitando assustada e respirou aliviada, percebendo que tudo não passara de um sonho. Mas o sonho conseguiu abalar sua autoconfiança, sua paz. Aquele sonho a remeteu há anos atrás, quando era uma adolescente. Abraçou Maite fortemente, sentindo uma indescritível necessidade de encontrar consolo em uma pessoa que não a repelisse, que a desejasse. Sentia-se como a ingênua Anahí de anos atrás, quando ainda acreditava no amor.

- Oh, Mai! Estava tendo um pesadelo!

Maite retribuiu o abraço, apertando-se contra ela.

- Eu percebi isso, Any. O que estava sonhando? Fale... fará bem à você.

Anahí afastou-se um pouco e a fitou nos olhos. E viu ali preocupação e amor. Nesse momento, suas defesas caíram. Nunca havia contado a ninguém, além de sua avó, a sua profunda desilusão. Mas naquele momento, com as imagens do pesadelo ainda frescas em sua memória, sentiu-se frágil, carente de atenção e carinho, querendo partilhar sua decepção, o porquê de sua prevenção contra deixar seu coração ser novamente entregue à alguém. Declarou com voz baixa: 

- Mai... preciso desabafar mesmo com alguém meus sentimentos. Estou cansada de tentar ser uma pessoa fria, que só pensa com a razão. De não ser compreendida. Eu vou contar à você o que sinto, o que me fez fechar-me ao amor.

-Oh, amore! Parla me... sou toda ouvidos...

Any colocou a cabeça no ombro de Maite, que a abraçou carinhosamente. E no conforto daquele corpo junto ao seu, começou a falar com olhar perdido.



Compartilhe este capítulo:

Autor(a): lunaticas

Este autor(a) escreve mais 6 Fanfics, você gostaria de conhecê-las?

+ Fanfics do autor(a)
Prévia do próximo capítulo

Ela contou sobre sua adolescência. Órfã de pai e mãe, que haviam falecido em um desastre de carro, morava com sua avó. Também morava com elas seu primo Bruno, filho de pais separados, que viviam viajando, desfrutando dos prazeres da vida sem querer cuidar do filho. Entre ela e Bruno havia uma velada rivalidade. Ele herdara os mesmos ...


  |  

Comentários do Capítulo:

Comentários da Fanfic 42



Para comentar, você deve estar logado no site.

  • CHAVERRONISIEMPRE Postado em 13/09/2014 - 11:35:51

    Q web é essa? superou meus limites ,otíma

  • claricenevanna Postado em 03/01/2014 - 08:08:34

    Ai. Nem acredito que acabou! Muito boa a web, sentirei falta dela, dessa paixão e cumplicidade das duas! Vai postar outra web, Lunática? *-* Porque se for me passe, sou uma grande apreciadora de suas webs.

  • angelr Postado em 03/01/2014 - 00:09:43

    Web perfeita uhuuuu

  • claricenevanna Postado em 02/01/2014 - 10:37:10

    Adoro esse fogo das duas! Hahaha.

  • vverg Postado em 02/01/2014 - 00:16:35

    Hunn?? Gostei...Interessante!!!!

  • claricenevanna Postado em 30/12/2013 - 13:32:10

    Não sei se tenho pena ou raiva da Maite, sério! Posta mais, flor.

  • tety Postado em 26/12/2013 - 22:52:17

    posta mais

  • lunaticas Postado em 26/12/2013 - 22:49:58

    Sim ja esta acabando :(

  • claricenevanna Postado em 26/12/2013 - 19:51:55

    Pelo jeito, já vai terminar a web né?

  • claricenevanna Postado em 25/12/2013 - 23:41:20

    Que loucura, gente! Annie foi muito esperta! Fiquei aflita achando que elas iriam consumir as ameaças. Posta mais *-*


ATENÇÃO

O ERRO DE NÃO ENVIAR EMAIL NA CONFIRMAÇÃO DO CADASTRO FOI SOLUCIONADO. QUEM NÃO RECEBEU O EMAIL, BASTA SOLICITAR NOVA SENHA NA ÁREA DE LOGIN.


- Links Patrocinados -

Nossas redes sociais