Fanfic: A Sensual Dulce - Portinõn | Tema: Portinõn
Dulce tirou a roupa e entrou na banheira cheia de água quente, perfumada pelos sais aromáticos que um químico criara exclusivamente para ela. Era um perfume relaxante e ela o aspirou e sentou, procurando uma posição confortável. Mas sabia que o que a incomodava estava dentro de sua mente, e para isso, não tinha jeito.
Maite era uma menina rebelde e debochada, que a provocava nas mínimas palavras que trocavam. Não conseguia entendê-la ! Dava-lhe tudo que queria, jóias, roupas, dinheiro, e só recebia em troca rebeldia e falta de consideração ! E ela sabia porque não se davam bem: não era a mãe verdadeira de Maite. Ela havia sido forçada a reconhecer Maite como filha e havia prometido não revelar a verdade para a menina até que ela completasse a maioridade. E devido à esse juramento, tinha que calar-se e agüentar a convivência com a rebelde garota. Elas não tinham jeito: possuíam temperamentos opostos e nunca concordavam com algo, faltava pouco para se detestarem.
E agora, desobedecendo-a mais uma vez, Maite trouxera outra estranha para casa, sem avisá-la. Felizmente, essa nova amiga tinha berço, era de uma família tradicional da Alemanha. Não era uma das roqueiras loucas que Maite costumava andar. Mas, mesmo assim, ela era tão estranha! Tinha um olhar intrigante, gostava de ser chamada de Any. Bem, pelo menos estudava arquitetura com Maite, isso queria dizer que era uma pessoa com certa responsabilidade.
Mas, e o modo dela olhar? Um olhar insistente e atrevido, um olhar que desnudava, pouco comum para uma mulher olhar para a outra. E o pior é que aquele olhar lhe causara uma reação inesperada e inconcebível. Ficara excitada quando ela a olhara daquele modo e quando ela apertara sua mão, havia sentido um calafrio!
Como pudera lhe acontecer isso? Nunca se sentira atraída por uma mulher. Sabia de existência do homossexualismo masculino e feminino. Certa vez, em uma festa, havia sido “cantada” por uma francesa, e a olhara com tanto desprezo que a mulher ficara envergonhada e lhe pedira desculpas. Mas, e se Anahí a “cantasse”, iria ter a mesma reação? Não podia afirmar que sim. Ela a excitara com um simples aperto de mão, coisa que nunca acontecera à ela nem com um homem ! Estava se desconhecendo. Ou, de repente, estava descobrindo coisas dela mesma que nem suspeitava ter?
Ora, estava impressionada com uma coisa que não se repetiria mais! Devia esquecer aquela reação maluca e pensar em Alfonso, que era um amante gostoso numa cama.
Ela era uma mulher quente, super feminina, desejada por muitos homens! Todos que desejava, caíam pelo seu charme. Ela era a condessa Dulce Maria Saviñón, uma mulher de alta estirpe, para se deixar envolver por uma lésbica. Rica, bela e inteligente, com o poder de conquistar o homem que cismasse! Alfonso já estava em suas mãos, com apenas poucos meses de relacionamento. Era riquíssimo e um belo homem.
Ele tiraria aquelas cismas bobas. Não o amava, mas isso era o que sempre acontecia com ela. Os homens a amavam e isso bastava. Era melhor para seu ego. A satisfação de sua vaidade era maior assim. Como os homens eram tolos! A possuiam uma vez e já julgavam que eram seus donos, achavam que a tinham conquistado completamente.
Mas ela nunca se envolvia além de sexo. Sexo puro, a satisfação do seu fogo interior, isso lhe bastava. Quando enfastiava do amante, o despachava friamente, sem dor ou remorso. Isso é que era ser superior, esperta. Nada de sentimentalismos piegas. Amor era para os idiotas sentirem e sofrerem.
Cantarolando, esfregou a esponja no corpo, sentindo a tepidez da água relaxá-la. Após o banho, escolheu sua roupa. Um “Tailleur” azul da Prússia. Sua pele clara contratava bem com essa cor. Vestiu as meias negras de nylon, perfumou-se, prendeu os cabelos lustrosos, maquiou-se discretamente e se olhou no espelho, depois de calçar os sapatos negros de salto alto. Perfeito, estava linda e elegante.
Saiu do quarto e desceu para a sala de estar. Estava vazia. Maite e a amiga ainda não haviam descido para aguardar o jantar. Olhou para o relógio de parede de arte do século XVI. Sete e meia. Elas já deviam estar esperando-a! Como sempre, o jantar seria servido às oito, nem um minuto a mais!
Levemente irritada, sacudiu a campainha de prata.
Giovana apontou na porta, solícita.
- Si, signora. . .
- Giovana, vá chamar Maite e a amiga dela! – Ordenou– diga que estou aguardando - as aqui.
A governanta assentiu e retirou-se. Dulce aproximou-se da estante de som e colocou um cd para tocar baixinho. Victoria de Los Angeles começou a cantar a ária da ópera La Traviata, Sempre Libera, de Verdi. Era sua ópera favorita, especialmente aquela ária. Sentou em uma poltrona de veludo, apreciando a música.
Minutos depois, ouviu passos se aproximando. Logo Maite surgiu com a amiga e Dulce as olhou satisfeita.
Autor(a): lunaticas
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Maite finalmente não estava com aquelas detestáveis calças jeans. Tinha colocado um vestido de tom verde musgo, de bom gosto. Se maquiara levemente, o que era um progresso em sua aparência habitualmente desleixada. Anahí estava de blazer cinza, blusa de lã vermelha e calças compridas do mesmo tecido do blazer. De botas de couro ...
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Comentários do Capítulo:
Comentários da Fanfic 42
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CHAVERRONISIEMPRE Postado em 13/09/2014 - 11:35:51
Q web é essa? superou meus limites ,otíma
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claricenevanna Postado em 03/01/2014 - 08:08:34
Ai. Nem acredito que acabou! Muito boa a web, sentirei falta dela, dessa paixão e cumplicidade das duas! Vai postar outra web, Lunática? *-* Porque se for me passe, sou uma grande apreciadora de suas webs.
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angelr Postado em 03/01/2014 - 00:09:43
Web perfeita uhuuuu
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claricenevanna Postado em 02/01/2014 - 10:37:10
Adoro esse fogo das duas! Hahaha.
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vverg Postado em 02/01/2014 - 00:16:35
Hunn?? Gostei...Interessante!!!!
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claricenevanna Postado em 30/12/2013 - 13:32:10
Não sei se tenho pena ou raiva da Maite, sério! Posta mais, flor.
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tety Postado em 26/12/2013 - 22:52:17
posta mais
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lunaticas Postado em 26/12/2013 - 22:49:58
Sim ja esta acabando :(
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claricenevanna Postado em 26/12/2013 - 19:51:55
Pelo jeito, já vai terminar a web né?
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claricenevanna Postado em 25/12/2013 - 23:41:20
Que loucura, gente! Annie foi muito esperta! Fiquei aflita achando que elas iriam consumir as ameaças. Posta mais *-*