Fanfics Brasil - Capitulo 32 A Sensual Dulce - Portinõn

Fanfic: A Sensual Dulce - Portinõn | Tema: Portinõn


Capítulo: Capitulo 32

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Maite ficou olhando-a sem ação. Pálida, os lábios, o corpo inteiro tremendo. Dulce viu aquele rosto passar do espanto para a indignação, e finalmente para o ódio. Os olhos dela luziram como tochas, o rosto ficou rubro de ira. Ficaram se fitando em silêncio, uma com expressão furiosa, outra com altivez e desafio.
Maite ergueu a mão como se fosse esbofeteá-la, mas tornou a baixá-la, dizendo com voz cortante:

- Você é tão baixa, que nem merece uma bofetada minha... você e Any, duas pu*tas! – Jogou, com voz cheia de ódio, as lágrimas descendo incontidas pelas faces – Ambas se merecem! Duas pu*tas nojentas!

Dulce a encarou desafiante.

- Entendo sua ira, mas sou baixa porque me apaixonei? O amor não escolhe a quem amar, Maite! Simplesmente acontece! Eu não premeditei gostar de Any, nem ela à mim. E você não a perdeu, porque nunca a teve de verdade.

Maite deu um passo para ela, ameaçadora. Dulce a encarou sem recuar.

- Quando começou essa relação nojenta? Depois que eu traí Any? Duvido! Notei as mudanças dela há muito tempo! Aquele encontro no restaurante não foi casual, não sou idiota! Foi planejado! NÃO FOI? NÃO FOI? – Gritou.


 


Dulce baixou os olhos. Não podia negar isso.

- Fale, miserável! Confesse!

Dulce a encarou. Em seu olhar surgiu uma piedade que mais enfureceu Maite.

- Não vou negar. Já estávamos juntas. Mas a culpa é toda minha. Eu quem procurei Any e a seduzi em sua casa.

Maite descontrolou-se. Avançou para Dulce e a esbofeteou várias vezes, fazendo-a cambalear e quase cair no chão. Ela não reagiu, como se não tivesse força moral para isso. Um filete de sangue escorreu pelo canto de sua boca. Ela fechou os olhos, sentindo uma dor aguda no rosto, pelas pancadas.
Maite parou ofegante. Sua mão estava doendo, o único motivo que a fez parar. A falta de reação de Dulce a irritava ainda mais.

- Agora me convenci que você não é minha mãe! Mas sim minha inimiga! Não vejo a hora de sair dessa casa! E saiba que vocês vão me pagar por essa traição suja! E agora, saia daqui! Sua presença me enoja!

Dulce passou a mão sob o nariz. Ele estava começando a inchar, sangue escorria das narinas, devido às bofetadas. Ela falou com certa dificuldade, com os lábios feridos:

- Eu não revidei à essa agressão... porque achei que você tinha esse direito. Mas agora estamos quites!... Se houver outra agressão, ela será revidada! E devo dizer que Any tem o direito de ficar com quem desejar... Não é e nunca foi propriedade sua! Vê se arruma outra pessoa e a esquece!

- SAIA DAQUI! SAIA DAQUI! – Gritou Maite, histericamente.

- Com prazer, garota idiota! – Disse Dulce, se retirando. Maite bateu a porta atrás dela com violência.

Dulce foi direto para o banheiro. Olhou-se no espelho sobre o lavatório e gemeu. Seu rosto estava horrível! O nariz inchado, escorrendo sangue, contusões vermelhas no rosto, que prometiam ficar roxas. O preço que pagara por sua traição à Maite. Se isso fosse tudo, seria um preço pequeno a pagar pelo amor de Any.


Lavou o rosto com água fria, pegou uma toalha de rosto, a molhou e colocou sobre o nariz. A água fria fez o sangramento parar, mas a inchação continuava. Lavou a boca. Passou a língua pelo interior e sentiu os cortes internos que as bofetadas causaram, pressionando as bochechas contra os dentes. Maldita Maite!
Tinha que colocar gelo nos hematomas para não ficarem roxos.Chamou Giovana pelo interfone. Ela veio e a fitou assustada.

- Madonna mia! O que aconteceu, signora?

- Caí no banheiro e bati o rosto no chão – Mentiu Dulce – Traga-me gelo e uma toalha, depressa!

- Si, vou buscar agora, signora!

Dulce fez as compressas no rosto. Não adiantou muito. Evitou que ficasse roxo, mas a inchação já havia acontecido. O nariz, normalmente perfeito, estava inchado, assim como o lado direito do rosto, onde apanhara mais. Oh, Any iria achá-la feia, quando a visse! A sua vaidade estava fazendo-a sofrer mais que a dor.
O seu telefone tocou. Ela atendeu-o logo, pensando ser Any. 

- Alô...

- Dulce? Sou eu, Alfonso. Estou ainda aqui em Firenze.


Dulce suspirou, decepcionada.

- Poncho... Não disse que hoje estaria em Torino, em uma reunião de negócios?

- Sim, cara mia, mas não fui. Fiquei arrependido de nosso desentendimento. Você tem o direito de não estar com vontade de dormir comigo sempre que eu quiser... Reconheço que agi como uma criança mimada à sua negativa. Posso ir aí agora?

- Oh, Poncho... acabei de ter uma discussão com Maite e estou muito aborrecida.Vou deitar-me cedo. Venha amanhã. Eu também preciso falar com você.


- Mas eu preciso vê-la hoje, caríssima... Adiei minha viagem para isso. É sobre Maite. Christopher contou-me coisas que acho que você precisa saber logo.



Dulce preocupou-se. Será que Maite havia contado à Christopher sua relação com Any? Precisava apurar isso.

- Oh... tudo bem, Poncho. Então, venha dentro de uma hora. Tenho que ligar para meu advogado agora, para resolver um assunto urgente.

- Estarei aí em uma hora, cara mia. Te amo.


Dulce desligou. Tirou a roupa respingada de sangue e vestiu um conjunto cinza de saia e blazer e blusa creme. Mas não se maquiou. O que adiantava, com aquele rosto e nariz inchados?
Ligou para seu advogado. Conversou demoradamente com ele, dando instruções sobre a compra de um apartamento e a liberação de uma pensão mensal para Maite, até que ela completasse vinte e um anos e recebesse sua parte na herança do pai. Tudo documentado, para que mais tarde Maite não alegasse que ela não havia despedido aquele dinheiro como adiantamento da herança. Com Maite, tinha de previnir-se sem deixar brechas que ela pudesse usar contra ela.
Finalmente, desligou. O telefone tocou logo em seguida. Atendeu ansiosa. Dessa vez, era Anahí.

- Dulce! Por que até agora não ligou para mim? Estou tentando falar com você há mais de meia hora! Com quem estava falando tanto tempo? – Perguntou nervosa.

Dulce sorriu. Falar com Any a deixava menos tensa.

- Estava falando com o meu advogado, amore.


- Já conversou com Maite sobre nós?


- Bem, tivemos uma conversa bem difícil, como pode imaginar.

- Imagino, por isso estou nervosa. E qual foi a reação dela?

- Você estava certa, Any. Ela se descontrolou e agrediu-me. Estou horrível, amore mio.

- O quê?! Ela a agrediu? Vou já para aí! – Quase gritou Any, nervosa.

- Não, não venha! Alfonso virá aqui dentro de poucos minutos e...

- Mais um motivo para eu ir aí! Até logo!

E Anahí desligou. Dulce ficou olhando para o telefone com o cenho franzido. Any era louca! E se Maite a visse chegar? Iria fazer o maior escândalo, com o ódio que estava! E Alfonso iria presenciar tudo e saber o que estava acontecendo. Maledizione queria livrar-se dele com calma, não com um escândalo.
Discou para o telefone da casa de Any. A empregada atendeu e disse que Any havia acabado de sair. Ligou para o celular dela. A mensagem informou que estava desligado. Dulce desligou seu celular, contrariada. Errara em falar à Any sobre a agressão de Maite. Ela ficara nervosa e agora vinha em sua casa em um péssimo momento. Giovana veio avisá-la que Alfonso havia chegado. Dulce desceu para recebê-lo, nervosa e preocupada.
Ele estava esperando-a na sala de estar. Sorriu ao vê-la chegar, mas logo o sorriso morreu, ao observar seu rosto.


 


- Dulce! O que foi isso em seu rosto? – Perguntou, abraçando-a consternado.

Não dava para contar a mesma mentira que dissera à Giovana. Desvencilhou-se dele e sentou no sofá. 

- Foi Maite. Nós tivemos uma discussão e ela agrediu-me. 

Ele a fitou surpreso.

- Sua filha a agrediu desse modo?!

- Poncho, você sabe que Maite e eu nunca nos demos bem.

- Mas ela nunca a tinha agredido antes! O que provocou essa agressão absurda?

Dulce deu a desculpa que já preparara:

- Maite quer ir morar fora daqui e eu não concordei. Ela insultou-me, eu a insultei e deu nisso. Mas agora vou liberar ela para ir viver em Roma. Nossa convivência se tornou insuportável.

Alfonso a fitou ternamente, e a beijou no rosto.

- Pobre amore mio! Sua filha é mesmo um problema sério! 

Dulce desvencilhou-se disfarçadamente dele, ficando de pé. Era curioso como agora o contato dele a incomodava. O desejo que sentia por ele havia morrido completamente. Agora, só desejava Any.

- Vou deixar Maite ir morar em Roma, já conversei com meu advogado acertando os detalhes. Ela irá viver como quer.

- Vai deixar ela viver sozinha em Roma? Dulce, Maite tem apenas dezoito anos!

Ela o fitou calmamente, de braços cruzados.

- Por que não? Muitas amigas dela vivem lá estudando, ela vai ter companhia. Isso será melhor para nós duas. Ela me odeia e isso torna nossa convivência impossível. E por falar nela, o que você tem para contar-me sobre ela? O que Christopher falou? 

Poncho a fitou com gravidade.

- Bene, vou direto ao assunto, sem rodeios: Maite entregou-se à Christopher, na noite do jantar. Eles dormiram em um motel.

- Isso já sei.


- Bene, Christopher está apaixonado por ela. Mas Maite disse para ele que ela não o ama, que apenas quis vingar-se de uma pessoa que a deixou. Christopher insistiu muito em saber quem é essa pessoa, mas ela não revelou quem é. Ela fez amor com ele no motel, mas depois que revelou o que sentia, chorou até adormecer nos braços dele. Maite está passando por um momento difícil, Dulce. Não a deixe ir para Roma assim. Irá cometer alguma loucura, do jeito que sua cabeça está.



Dulce encarou-o mais calma. Maite não dissera nada demais.

- Deixe que eu resolva meus problemas com Maite, Poncho. Christopher contou mais alguma coisa?

- Não muito mais. Ele disse que Maite não o quer mais. Ela disse que não o ama e para ele não a procurar mais. Christopher está muito triste com isso. Como às vezes a vida é complicada! Maite ama um rapaz que não a quer. Christopher a quer, mas ela não o quer. Como o amor é complicado!

Dulce o fitou em silêncio, concordando com ele. Realmente, com tantos homens para ela e Maite amarem, foram gostar da mesma mulher!
Alfonso ergueu-se e rodeou sua cintura com os braços, abraçando-a. 

- Ainda bem que tudo está bem entre nós, caríssima... – Disse ele, beijando-a no rosto carinhosamente.

Giovana entrou na sala, anunciando a chegada de Any. Dulce olhou para a governanta nervosamente.

- Traga-a até aqui, Giovana.


 


Ela tentou se desvencilhar de Alfonso, mas ele apenas soltou um braço, continuando rodeando sua cintura.

Anahí entrou na sala. Linda, toda de negro. Blusa de gola alta de malha, casaco e calça justa de couro e botas. Parou ao vê-la com Alfonso e Dulce notou o olhar dela relampejar de ciúme, a ligeira contração do rosto. Dulce disfarçou o seu constrangimento e estendeu as mãos para ela, sorrindo. 

- Como vai, Any? Que surpresa agradável, vê-la aqui!

Anahí segurou suas mãos, apertando-as. Olhou para seu rosto chocada.

- Dulce! Seu rosto! – Disse, consternada.

Dulce parou de sorrir, fitando-a com tristeza.

- Estou horrível, não é? Discuti com Maite e ela perdeu a cabeça.

Poncho soltou Dulce e estendeu a mão para Any.

- Come esta, Any? Você devia dar uns conselhos para sua amiga Maite.

Anahí soltou a mão de Dulce e apertou a mão de Poncho. O ciúme a dilacerava, vendo-o rodeando os ombros de Dulce com seu braço. Continha-se à custo para não demonstrar o que sentia.

- Talvez faça isso, Alfonso. Como vai você?

Alfonso sorriu, fitando Dulce.

- Molto bene.Só lamento minha rainha estar assim. Maite exagerou, dessa vez. Mas, sentemos.

Dulce e Alfonso sentaram em um sofá e Any numa poltrona diante deles. Dulce percebeu o olhar de Any para as mãos dela entrelaçadas com as de Dulce e engoliu em seco, nervosa. O que podia fazer? Já o afastara duas vezes e agora, se fizesse isso outra vez, ele iria ficar desconfiado. Maledizione, não tivera tempo de terminar com ele antes de Any chegar, e agora não podia fazer isso na frente de Any. Poncho merecia alguma consideração.

- E então, Any? Está animada para sua vernissage? – Perguntou ele, gentilmente.


 


Any sorriu sem vontade. Ver aquela cena, de Dulce de dedos entrelaçados com Poncho diante dela, a estava deixando furiosa. Por que tinha de aturar aquilo? Dulce já devia ter terminado com aquele homem! Ela quem devia estar ao lado de Dulce! Por que Dulce continuava com ele, se havia se declarado apaixonada por ela? Seria mentira? A dúvida se instalou em sua mente.

- Estou providenciando os detalhes, Alfonso. Dulce prometeu-me uma lista de convidados. Dulce, já fez a lista?

Dulce a fitou enrubescida. A cobrança de Any a embaraçou.

- Ainda não, Any. Mas vou fazer hoje mesmo, prometo.

Any ergueu-se, tomando uma decisão. Não ia ficar ali vendo Dulce ao lado do amante, como uma idiota. Se ela fazia isso, ela iria pagar na mesma moeda.

- Dulce, vou conversar com Maite. Ela me parece estar totalmente desorientada, e concordo com Alfonso, ela precisa de uns conselhos – Declarou, esforçando-se para sua voz não soar com a raiva que sentia.

Dulce a fitou visivelmente chocada com sua intenção.

- Não faça isso, Any. Não é um momento adequado para isso. Maite está muito nervosa e não vai recebê-la bem – Disse, sentindo o ciúme mordê-la. O que Any pretendia, com aquela atitude? Vingar-se dela, por estar de mãos dadas com Alfonso? Não podia fazer nada, quanto à isso. Tinha que conversar com ele antes de repelir seus gestos de afeto.

- Pois eu acho que é o momento adequado. Ela precisa de alguém que a oriente – Rebateu Any.

- Também acho uma boa idéia você ir falar com ela, Any – Disse Poncho – Talvez você consiga colocar um pouco de bom senso naquela cabecinha dura.

Anahí sorriu para Dulce com ironia.

- Viu, Alfonso concorda comigo. Com licença.


 


E dizendo isso, Any subiu para os quartos no segundo pavimento. Dulce ficou olhando-a afastar-se com o ciúme sufocando-a. Não era justo. Ela não merecia isso. Até apanhara de Maite por causa de Anahí! E lá ia ela falar com Maire! Any ia reatar com Maite! 
Alfonso a abraçou pelos ombros, falando para tranquilizá-la:

- Não se preocupe, caríssima. Any me parece ser uma pessoa madura, de bom senso. Ela vai dar bons conselhos à sua filha.

Dulce se desvencilhou dele e o fitou com olhos tempestuosos.

- Não seja ingênuo, Alfonso! Isso não vai dar certo! Conheço Maite! E por falar nisso, também preciso falar algo importante para você!


 



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Autor(a): lunaticas

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Comentários do Capítulo:

Comentários da Fanfic 42



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  • CHAVERRONISIEMPRE Postado em 13/09/2014 - 11:35:51

    Q web é essa? superou meus limites ,otíma

  • claricenevanna Postado em 03/01/2014 - 08:08:34

    Ai. Nem acredito que acabou! Muito boa a web, sentirei falta dela, dessa paixão e cumplicidade das duas! Vai postar outra web, Lunática? *-* Porque se for me passe, sou uma grande apreciadora de suas webs.

  • angelr Postado em 03/01/2014 - 00:09:43

    Web perfeita uhuuuu

  • claricenevanna Postado em 02/01/2014 - 10:37:10

    Adoro esse fogo das duas! Hahaha.

  • vverg Postado em 02/01/2014 - 00:16:35

    Hunn?? Gostei...Interessante!!!!

  • claricenevanna Postado em 30/12/2013 - 13:32:10

    Não sei se tenho pena ou raiva da Maite, sério! Posta mais, flor.

  • tety Postado em 26/12/2013 - 22:52:17

    posta mais

  • lunaticas Postado em 26/12/2013 - 22:49:58

    Sim ja esta acabando :(

  • claricenevanna Postado em 26/12/2013 - 19:51:55

    Pelo jeito, já vai terminar a web né?

  • claricenevanna Postado em 25/12/2013 - 23:41:20

    Que loucura, gente! Annie foi muito esperta! Fiquei aflita achando que elas iriam consumir as ameaças. Posta mais *-*


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