Fanfic: A Sensual Dulce - Portinõn | Tema: Portinõn

Dulce estava sentada com as costas recostadas contra a porta, os joelhos apoiando seus braços cruzados e a cabeça repousada neles. Ao ouvir Any e Flávia chegarem, ela levantou a cabeça e empalideceu visivelmente ao ver Any acompanhada por uma bela mulher.
Any a fitou surpresa, mas recuperou-se e controlou o impulso de tomá-la entre os braços. Ao vê-la ali, fitando-a com receio, Any sentiu o quanto ela era sua. A orgulhosa Dulce Maria Saviñón sentada no chão, à sua espera! Nunca imaginara que ela fizesse isso! Sua amiga Flávia tinha razão. Tinha que valorizar-se, mostrar à Dulce que ela não a tinha nas mãos. Mesmo que isso não fosse verdade.
Olhou-a com aparente frieza. E teve vontade de fazê-la sofrer também, vingar-se dos insultos e da bofetada que ela lhe dera. 

- O que está fazendo aqui à essa hora, Dulce? – Perguntou em tom frio.

Dulce ergueu-se agilmente e olhou para Flávia, que a fitava curiosa. Voltou a olhar para Any e seu olhar demonstrou o quanto estava abalada ao vê-la chegar com uma mulher em casa.

- Estava esperando-a – Declarou, humildemente – Onde estava, Any?Liguei para seu celular e só dava mensagem de desligado.

Any ignorou a pergunta e fez as apresentações com voz seca:

- Dulce, apresento-lhe Flávia Biancchini.

Dulce estendeu a mão para Flávia. Any notou que a mão dela tremia.

- Muito prazer, Flávia... – Disse, com voz trêmula.

Flávia sorriu, sacudindo a mão dela.

- Igualmente, Dulce.

- Vamos entrar – Disse Any, tirando a chave do bolso.

Flávia a fitou significativamente e contestou:

- Any, não vou entrar. Vou para casa. Não precisa mais de minha companhia.

- Flávia, já é tão tarde! Não vou deixá-la ir sozinha para casa à essa hora da madrugada! – Protestou Anahí.

- Não se preocupe, aqui passam muitos táxis. Logo pegarei um. 

- Então, vou esperar o táxi com você.

- Não precisa, já vou. Ciao! 

E Flávia entrou no elevador e fechou a porta, acenando sorrindo. O elevador desceu.

Any olhou para Dulce, que a fitava expectante. Abriu a porta do apartamento e entraram. Fechou a porta com calma, acendeu a luz e voltou-se. Dulce a fitava insegura e pálida.

- Como conseguiu subir até aqui?

- Uma moradora entrou e entrei junto com ela. Disse que havia perdido minha chave. Você ia dormir com essa moça, Any? – Perguntou, com um fio de voz.

Any a fitou friamente.

- Ela ia dormir aqui para fazer-me companhia, mas não precisou. O que veio fazer aqui, Dulce?

- Eu... Fiquei preocupada com você... saiu tão intempestivamente! Eu a segui logo depois. Estou aqui há mais de três horas.

Anahí avançou pelo apartamento para o quarto, com Dulce no seu encalço. Chegou lá e voltou-se, forçando um olhar indiferente. Precisava de uma prova que Dulce a amava de verdade e para isso estava disposta a fazer uma encenação.

- Estou cansada, Dulce. Não estou disposta para discussões.

- Não vim aqui para discutir, Any – Declarou Dulce, com voz humilde – E sim para pedir desculpas. Eu não devia ter falado aquelas coisas para você, nem tê-la agredido. É que perdi a cabeça...

Anahí cruzou os braços, fitando-a com as sobrancelhas erguidas.

- Já fez tudo que queria, não é? Insultou-me, agrediu-me! Duvidou de mim! E agora acha que pode consertar tudo com uma desculpa! Quer saber de uma coisa? Você e Maite são duas neuróticas! Já estou farta dos temperamentos de vocês! Não preciso aturar isso! – Jogou, com voz exasperada.

Nos belos olhos de Dulce lágrimas brilharam.

- Any! Não me quer mais? Quer... Acabar com tudo entre nós?! 

Any notou o medo na voz de Dulce. E prosseguiu, sentindo um prazer sádico em vê-la assim, temendo o final da relação entre elas:

- Bem, estive pensando. Acho que seria bom nos separarmos. A paz voltaria à sua casa. Eu também teria paz. Você ficaria com seus homens, e eu com minhas mulheres.

Dulce a encarou chocada.

- Any! Como pode falar essas coisas?! Eu a amo! Só quero você, ninguém mais me interessa! – Disse, com voz embargada, como se ela estivesse fazendo um esforço para não chorar. 

Any continuou o jogo, sentindo uma louca emoção em ver Dulce transtornada por medo de perdê-la:

- Mentira, você não me ama! Só quer usar-me para saciar seus desejos, como faz com todos seus amantes! Você quer ficar comigo e com Alfonso, porque ele lhe dá respeitabilidade aos olhos de seus amigos, enquanto que comigo você se envergonharia de nossa relação ser conhecida! E eu não vou continuar aceitando essa situação! Posso ter uma mulher que me queira de verdade, que não se envergonhe de nosso amor! Que seja somente minha!

Dulce a fitou com lágrimas rolando pelo rosto. Parecia devastada pelas suas palavras. Ela se aproximou e pegou Any pelos ombros, sacudindo-a. 

- Any, você está com essa moça que saiu daqui? Trocou-me por ela? Não me ama mais? Então, foi tudo uma mentira?

Anahí a fitou nos olhos, sem responder. Era emocionante ver aquela mulher belíssima chorando por causa dela. Mas queria mais. Era tão bom vê-la assim, demonstrando que a amava com loucura! Queria ver até onde Dulce chegaria. Era uma oportunidade única!

- Largue-me. Não quero que me toque mais. Você não ama ninguém a não ser você mesma Dulce.

Any viu o desespero nos olhos de Dulce. Ela soltou seus ombros, recuando um passo.

- Any, eu a amo demais, adoro você! Farei o que quiser para provar isso! Por favor... diga que ainda me quer...que só está querendo vingar-se de mim...

- Não, não a quero mais. Você passou dos limites. Quero que vá embora!

- A... Any!... – Balbuciou ela, desesperada, com os lábios trêmulos, o olhar angustiado – Está... Está falando sério?!

- Estou. Vá embora, Dulce. Está tudo terminado entre nós – Declarou muito séria.

Um soluço veio aos lábios de Dulce. Ela voltou-se para a porta do quarto com o corpo tremendo, vergado como se estivesse carregando um grande peso. Caminhou lentamente para a saída, com passos incertos.

Any estava paralisada pela surpresa. Esperava que Dulce a insultasse, ou que insistisse mais. Mas não aquela saída mostrando uma pessoa totalmente derrotada.

- Meu Deus, o que estou fazendo com a mulher que amo? – Sussurrou arrependida. Foi atrás dela apressadamente. Alcançou-a na sala, já estendendo a mão para a maçaneta da porta. Puxou-a pelo braço, fazendo-a voltar-se, e a abraçou fortemente. Dulce soluçava, agarrada à ela.

- Meu amor, não é verdade o que falei! – Disse Any, chovendo beijos no rosto de Dulce – Eu a quero muito, eu a amo demais!

Ela afastou o rosto para fitá-la, os belos olhos molhados de lágrimas. Seu olhar expressava uma dor indizível.

- Any! Por Dio, não me faça sofrer assim!

Any enxugou as lágrimas dela com beijos cheios de ternura.

- Dul! Oh, Dulce! Eu a amo! Amo! – Disse com ímpeto apaixonado. Os beijos se tornaram ardentes.

Dulce parou de chorar e se afastou mais uma vez para fitá-la ainda com receio. Perguntou com voz trêmula:

- E Flávia? Você está... Interessada nela?

Any sorriu, acariciando o rosto dela com os polegares ternamente.

- Flávia é uma velha amiga, sua boba... como pôde acreditar em tudo que eu disse? Não percebeu que eu estava testando-a? Queria saber se você me amava de verdade!

Dulce sorriu entre lágrimas, suspirando aliviada, mas reclamando:

- Any, como você é vingativa e sádica! Como me torturou e humilhou!

Any beijou suavemente o rosto que tinha entre as mãos. Fitou-a séria, nos olhos.

- Eu precisava dessa prova, Dul. Agora, acredito em seu amor. Posso sonhar com um futuro para nós. Eu achava que você não me queria de verdade, que no final iria me dar um chute e ficar com Alfonso.

- Oh, Any, não duvide de meu amor! Beije-me mais, diga que me ama também, que nunca vai deixar-me! Faça amor comigo! Preciso sentir você me amando! – Disse Dulce, entre beijos ardentes.

Any beijou-a com ímpeto e Dulce gemeu. Any lembrou que a boca de Dulce estava ferida pelas bofetadas de Maite e separou-se, fitando-a ternamente.

- Desculpe-me, meu amor... sua boca está machucada e eu a forcei com meus beijos. Vou procurar ter mais cuidado.

Dulce a fitou com desejo louco.

- Não, não se contenha... eu a quero bem louca... faça tudo que quiser, Any... sou sua, toda sua...

Foram para o quarto entre beijos e uma despiu a outra, se admirando mutuamente. Dulce deitou puxando Any em um abraço e suas bocas se colaram em um beijo apaixonado. Any tentou suavizar o beijo, preocupada com a boca de Dulce, mas ela esmagou os lábios nos seus, gemendo, as mãos percorrendo o corpo de Any em carícias provocativas. Any desceu pelo corpo perfeito em beijos e chupões e assaltou o sexo com sua boca faminta, sugando, passando a ponta da língua, enfiando dedos, querendo dar o máximo prazer ao seu amor. Dulce começou a mover o corpo alucinada, apertando a cabeça de Any contra seu sexo em fogo, falando palavras ardentes que mais excitavam Any. O êxtase chegou absoluto, intenso, fazendo Dulce gritar, contraindo-se:

- Aaahhhhh, Any! Amor! Amor!

Any deitou ao lado dela, suada, pensando em descansar um pouco antes de prosseguir. Mas Dulce deitou sobre ela e passou a atacá-la com beijos famintos. E Dulce a possuiu com a mesma loucura com que se entregou, arrancando gemidos de prazer de Any. Olhavam-se enfeitiçadas, as mãos trocando carícias arrebatadas, os corpos se movendo unidos, à procura do prazer. Any soltou os cabelos de Dulce e os beijou, sentindo os cabelos sedosos e perfumados caindo sobre seu rosto como uma cortina de seda. Dulce desceu para seus seios, beijando-os, passando a ponta da língua nos biquinhos enrijecidos, depois os sugando cariciosamente, mordiscando com cuidado, as mãos deslizando pelo seu corpo em carícias sensuais até o sexo.
Dulce ergueu o rosto e a fitou com desejo no olhar.

- Dê-se para mim, Any... como nunca se deu para alguém... eu preciso sentí-la toda minha...

Any a fitou com paixão, respirando entrecortadamente.

- Eu também sou toda sua amor... Possua-me...

Dulce sorriu e a abraçou, se levantando e a puxando com ela para fora da cama.

- De pé, amore... Quero possuí-la em pé... – disse, beijando o canto dos lábios de Any, atiçando seu desejo. Colocou Any encostada na parede, com um pé apoiado na cama, e se ajoelhou diante dela, abrindo o sexo com os polegares e tomando-o na boca faminta.

Any mordeu a mão para não gritar. Era enlouquecedor sentir aquela boca faminta e quente a sugando-a com tanto desejo, as mãos macias segurando suas coxas com firmeza, ouvindo os sons que Dulce fazia sugando-a. Olhou para baixo, vendo a cabeça de cabelos negros diante de seu sexo se movendo e sentiu o orgasmo assaltar seu corpo, fazendo-a fechar os olhos e se contrair contra aquela boca, gemendo alto. Dulce continuou, sem querer parar. Any sentiu suas pernas bambas e puxou Dulce pelos cabelos para cima, dizendo com voz trêmula:

- Quer me matar? Venha cá, minha deliciosa... tarada...

Dulce subiu, esfregando a boca pelo seu corpo. Os rostos se nivelaram, Dulce a fitando com uma expressão sensual. Ela a abraçou apertadamente, dizendo com voz sussurrante, dando curtos beijos no rosto de Any:

- Gostou do que fiz?... Foi gostoso?... Quer mais? Eu a amo, Any... e quero que seja tão minha quanto sou sua...

Any beijou-a no queixo, sorrindo.

- Você é uma devassa, Dul... e eu adoro mulher devassa... que faz de tudo para ter prazer... que não tem pudor de se entregar toda...

Dulce começou a se esfregar no corpo de Any, movendo os quadris, de olhos fechados. 

- Fale, Any... me provoque... me faça ficar louca com suas palavras...

O aroma do corpo de Dulce era um afrodisíaco para Any. Beijou-a no pescoço macio, passando a ponta da língua cariciosamente.

- Eu estou sentindo a sua excitação, Dul... Você está tão molhada... Adoro o cheiro de seu sexo excitado... 

Dulce abriu as coxas, para seu sexo se esfregar na coxa de Any. Ela começou a se mover com mais vigor, soltando gemidos no ouvido de Any.

- Isso, amor... adoro sentir seu corpo assim... cheio de desejo...

Dulce começou a estremecer, seus movimentos se tornaram frenéticos. E ela se contraiu e soltou um gemido alto, jogando a cabeça para trás e apertando-se contra Any, atingindo o êxtase.

Dulce gozando! Que expressão sensualíssima! Como a adorava nesse momento, pensou Any, fitando-a fascinada. Dulce era linda. Aqueles olhos semicerrados, a boca sensual, a enfeitiçava.
Dulce abriu os olhos e sorriu, vendo-a fitando-a estática.

- O que foi, amor? Por que me olha assim?

- Estou observando sua beleza, meu amor...

- Mesmo com o rosto machucado? Devo estar horrível...

- Você nunca ficará horrível, Dul...

Dulce riu. Afastou-se e a olhou de cima à baixo, com admiração.

- Você também é uma mulher linda, Any... Eu a olho e não vejo nenhum defeito.

- Oh, a cegueira do amor... – Riu Any – Acho melhor nós tomarmos um banho, estou suada e cansada... Já é tão tarde... Vamos?

- Tudo que quiser amore...

Any a pegou pela mão e foram para o banheiro. Dulce, enquanto a banheira enchia, contou à Any que havia terminado com Alfonso antes de sair de casa. Ele a quisera impedir de sair e ela havia gritado que não o amava e estava tudo terminado entre eles. 
Any sentiu uma alegria intensa em ouvir a notícia. Finalmente, Dulce era somente sua!
Ela encheu a banheira e tomaram um delicioso banho entre beijos e abraços. Somente duas horas depois se entregaram ao sono, abraçadas.