Fanfics Brasil - Capitulo 4 A Sensual Dulce - Portinõn

Fanfic: A Sensual Dulce - Portinõn | Tema: Portinõn


Capítulo: Capitulo 4

635 visualizações Denunciar


Maite finalmente não estava com aquelas detestáveis calças jeans. Tinha colocado um vestido de tom verde musgo, de bom gosto. Se maquiara levemente, o que era um progresso em sua aparência habitualmente desleixada.
Anahí estava de blazer cinza, blusa de lã vermelha e calças compridas do mesmo tecido do blazer. De botas de couro negro, estava elegante e sóbria. Mas o rosto sem nenhuma pintura, os olhos atrevidos olhando-a da cabeça aos pés.

- Buona notte, signora Saviñón – Disse, parando diante de Dulce, sorrindo levemente.

- Buona notte, Any – Disse Dulce Maria, indicando o sofá diante dela – Sente-se, aprecie um pouco de boa música antes de irmos jantar.

Ela sentou-se e Maite ao lado dela, franzindo a testa.

- Dulce, vai nos obrigar a ouvir ópera? – Perguntou, com tom de aborrecimento.

Anahí olhou para Maite com reprovação.

- Eu gosto, Mai. Sua mãe tem muito bom gosto.

Dulce a fitou descrente, achando que Anahi apenas estava querendo mostrar-se gentil.

- Gosta mesmo de ópera, Any? – Perguntou, olhando avaliadoramente para ela, reconhecendo que ela era dona de um rosto de beleza especial. Não era uma beleza de boneca, mas de uma mulher de personalidade, com algo misterioso. Uma beleza enigmática. Os olhos magnéticos pousaram nos seus, diretos e atrevidos.

- Gosto.

- Quais óperas aprecia?


 


Anahí sorriu, parecendo notar sua descrença.

- As minhas óperas prediletas são as de Verdi. Essa ária, “Sempre Libera”, da ópera La Traviata, é uma das que mais aprecio. Gosto também das árias “La Donna é Mobile “ e “Caro Nome” da ópera Rigoletto, mas também gosto das óperas dos outros compositores, como Bizet, Mascagni, Puccini, Wagner...

- Não gosta de Mozart ? Adoro Don Giovanni. A ária Mio Tesoro é uma preciosidade.

- Claro que sim. Ele era um gênio, e essa ópera tem árias belíssimas. 

Maite ergueu-se, com ar aborrecido.

- Já que vão ficar falando de ópera, vou pedir uma bebida para mim. Any, quer beber o quê? Sugiro um vinho tinto Chianti. 

Anahí a fitou com reprovação. Ela havia ignorado a mãe na consulta da bebida.

- Bem, pode ser vinho tinto, Maite

Maite tocou a campainha. Giovana chegou e Maite pediu uma garrafa de vinho tinto Chianti. Anahí olhou para Dulce e perguntou, educadamente, já que Maite não o fez:

- Vai nos acompanhar no vinho tinto, senhora Saviñón?

- Não, Anahí. Giovana, traga um champanhe para mim – Disse Dulce, para a governanta. Olhou para Anahí, agradecendo :

- Obrigada pela delicadeza, Any. Maite não tem sua educação.

Anahí sorriu desajeitada, fitando Maite.


- Ela só é uma garota rebelde, devido à sua pouca idade.

Dulce a fitou com olhar avaliador.

- Mas você não deve ser muito mais velha que Maite, e não parece ser uma pessoa rebelde e mal criada.

Anahí riu, enquanto Maite mordia os lábios, contendo uma resposta ofensiva.

- Ah, eu já passei dessa fase de rebeldia! Tenho vinte e seis anos, senhora Saviñón.

Dulce a fitou admirada. Vinte e seis anos ! Ela aparentava bem menos, uma idade mais compatível com Maite, que tinha dezoito. Mas, vinte e seis. . . Quase dez anos mais velha que a filha, uma mulher feita. O que teria em comum com Maite, que era uma adolescente? Só os estudos? Era muito pouco. As pessoas escolhem os amigos por afinidades. E Maite detestava ópera, a pintura a atraía pouco, cinema lhe era indiferente, teatro a entediava. . . Sabia que ela só gostava de natação, de dançar em discotecas e esquiar durante as férias nos Alpes. O que teria em comum com Anahí? Ela parecia ser uma moça culta. 
O vinho e o champanhe chegaram e foram servidos. Anahí ergueu a taça e brindou:

- Ao nosso conhecimento!

Dulce Maria sorriu com a cortesia dela. A conversa prosseguiu entre elas, com Maite limitando-se a beber com ar entediado.
Dulce começou a sentir uma verdadeira admiração por Anahí, que à cada pergunta sua, revelava uma cultura vasta. Falaram sobre pintura, teatro, cinema, música moderna, literatura, e em tudo Anahí revelava um bom gosto surpreendente. Dulce a olhava surpresa, seus olhos analisando aquela mulher segura do que desejava, inteligente e agradável. Os melhores gestos tomava nota, achando-a encantadora no jeito de exprimir-se, no modo de sorrir, na pose descontraída, os gestos que fazia. Inconscientemente, sentia um prazer agudo em estar ali a ouvindo e vendo . A personalidade envolvente de Anahí estava intoxicando-a, sem que percebesse isso. Estava fascinada.


Mas sua percepção sensível captou o desconforto de Maite em vê-las conversando tão bem. Captou os olhares que ela dirigia para Anahí, deixando transparecer neles um ciúme inconcebível. As apartes mal humorados eram reveladores. Anahí a olhava com reprovação, mas continuava a conversar, como se não estivesse de acordo com a atitude de Maite.


Dulce prestou atenção em Maite, olhando-a pensativa. Qual o motivo daquele ciúme? Maite nunca tivera ciúmes das amigas. Sempre trouxera amigas para casa, que passavam o fim de semana ali e não se importava se elas procuravam se mostrar simpáticas à ela. Os namorados também frequentavam a casa e Maite nunca manifestara ciúmes deles com ela. Por que esse sentimento agora?


 


       A governanta avisou que o jantar estava na mesa. Levantaram-se e se dirigiram para o salão de refeições. Ao passar, Dulce acidentalmente esbarrou em uma estátua de bronze e desequilibrou-se. Anahí vinha atrás e segurou-a pelos ombros. Dulce sentiu suas costas se encostarem nos seios macios de Anahí e um arrepio percorreu-a pela espinha. Virou-se, se desculpando num murmúrio, vendo o rosto de Anahí bem próximo do seu.


Os olhos a fitaram de um jeito que a fez ter um novo arrepio. Sentiu naquele breve instante o perfume suave que ela usava, a quentura do corpo, e desejou que aquele contato se prolongasse mais.
Mas Anahí retirou as mãos e deu um passo atrás. Dulce prosseguiu, com os pensamentos tumultuados, surpresa e em pânico pelo que sentira.
Estava ficando louca?Estava se sentindo atraída, tendo arrepios pelo contato ocasional com uma mulher ! Como podia sentir por Anahí coisas que só deveria sentir por um homem, assim mesmo, só estando muito apaixonada? Sentir coisas que nunca sentira por alguém?
Sentaram-se à mesa. Dulce na cabeceira, Maite e Any em cada lado. A copeira serviu a sopa de aspargos com queijo, acompanhada de pãezinhos quentes.
Dulce observou Maite. Ela olhava para Anahí fixamente, com o cenho franzido. Olhou para Anahí. Ela sorria para Maite, parecendo despreocupada com o seu mau humor. Os olhos de Anahí correram para Dulce, e ao sentir-se observada, seu sorriso se ampliou.

- Quantos anos tem, Dulce? Posso chamá-la assim?

Dulce sorriu.

- Tenho trinta e cinco anos – Mentiu. Na verdade, tinha apenas vinte e nove anos. Mentia sua idade para ela ter idade compatível como mãe de Maite – Sim, pode tratar-me por Dulce, acho melhor.

Anahí encarou-a, admirada.


 


- É tão jovem para ser mãe de Maite! Eu me perguntava, quando a vi, como podia ser mãe dela. Parece bem mais jovem que a idade que tem.

- Obrigada, Any – Agradeceu, intimamente exultante com o elogio - Eu tive Maite bem jovem. 

Maite interrompeu, com voz fria:

- Minha mãe vai acabar acreditando em seu elogio, Any !

Anahí a fitou deixando de sorrir.

- Falei com sinceridade o que penso. Ela pode acreditar.

Dulce fingiu não ouvir o comentário de Maite. Atirou sua dúvida, de supetão:

- Por falar em idade, o que vocês têm em comum, para serem amigas? Parece-me uma amizade de pessoas muito diferentes. Maite não tem a sua cultura e nem gosta de nada que você aprecia, Anahí. Que afinidade possuem, para serem amigas?

Maite susteve a colher de sopa à um palmo da boca. Olhou para a mãe atordoada.
Dulce olhou para Anahí, a quem dirigira a pergunta. Ela pareceu pensar, tomou um gole de vinho e a fitou com os olhos magnetizantes, parecendo insegura na resposta:

-Não sei. . . talvez simpatia. . . estudamos juntas.

Dulce Maria sorriu, vendo que tocara em um ponto sensível delas.


 


- Você é muito diferente de Maite.O que as aproximou além dos estudos ? Uma amizade nasce de afinidades.

Any sorriu, como que aceitando o desafio de sua pergunta.

- Tem razão, Dulce. Mas tenho algumas afinidades com Maite.

- Tem mesmo? Quais?

Maite interveio, com voz exaltada, olhando para Dulce com agressividade:

- Que importa, Dulce? Gosto de Any, ela gosta de mim e ponto final!

Dulce sorriu, olhando para Maite. Aquela explosão de agressividade era a defesa de algo que ela não queria expor. Como se tivesse sido tocada em algo íntimo e oculto. A suspeita estava se formando em sua cabeça. Uma suspeita que explicava todo comportamento de Maite. Pois agora iria em frente, testando-a.

- Tudo bem, fique tranqüila, não estou contestando a sua amizade com Anahí – Disse, com sarcasmo – Nem os seus namorados.

Maite a fitou confusa.

- Que quer dizer com isso?

- Lembra-se de Giulio?

- Giulio?

- Maite, já esqueceu de Giulio? O seu antigo namorado?

- Ah!. . . O que tem ele?

- Lembra-se que fui contra seu namoro com ele? E você estava apaixonadíssima e culpou-me por ele ter terminado o namoro, dizendo que não agüentava a pressão que eu fazia para terminar com ele?


 


Maite enrubesceu, olhando para Any. Olhou para Dulce com o cenho franzido.

- Lembro. E daí?

- Vou redimir-me e convidá-lo para passar um final de semana aqui em casa. Eu o encontrei na rua um dia desses e ele pareceu-me ainda bem interessado em você. Acho que fui muito rigorosa com ele. É um rapaz educado.

Maite olhou para Anahí. Ela sorria, parecendo achar tudo aquilo muito engraçado. Olhou para a mãe e explodiu :

- Mas que idéia idiota é essa? – Perguntou, furiosa.

Dulce fitou-a com ar inocente.

- Não gostou da idéia ? – Perguntou, com fingida surpresa.

- Claro que não! Faz meses que não o vejo! Não tenho nada a falar com ele!

- Mas você disse que era apaixonada por ele!

- Disse bem: Era! Não sou mais! Acabou!

- Oh, e quem o substituiu nesse coração volúvel ? – Riu Dulce Maria, fitando-a com as sobrancelhas erguidas.


 


- Ora! Ninguém. . . estou... sem namorado. . . – Gaguejou, atrapalhada.

- Coitadinha. . . – Disse Dulce, com fingida lástima – Mas isso tem um jeito. Alfonso virá amanhã com um amigo. É jovem, tem vinte e três anos, de uma familia importante. Você vai conhecê-lo. Aposto que vai gostar dele.

Maite encarou Dulce como uma onça fustigada.

- Não quero conhecer ninguém! Se eu quiser um namorado, eu mesma arranjo! Não se meta em minha vida!

Dulce olhou para Anahí. Ela bebia tranqüilamente o vinho, parecendo indiferente à cena. Mas o seu rosto agora estava sério, os olhos sombrios.

- O que acha disso, Any? Viu como sou incompreendida por minha filha? Não estou arranjando namorado para ela, apenas quero apresentá-la à um rapaz! E ela reage desse modo agressivo, como se a estivesse insultando!

Anahí fitou-a séria.

- Desculpe-me, Dulce, mas não devo emitir opinião sobre coisas que não me dizem respeito.

Maite ergueu-se, furiosa. Olhou para Dulce com raiva.

- Conseguiu tirar meu apetite!

E retirou-se com passadas furiosas. Anahí olhou para Dulce com gravidade.


 


- Sou forçada a meter-me em um assunto familiar, por ser amiga de Maite. Dulce, por que a provocou com esses comentários sobre a vida amorosa dela?

Dulce Maria a fitou tranqüilamente, sorvendo a taça de champanhe.

- Ora, não é natural uma mãe preocupar-se com a felicidade da filha?

- Não deu essa impressão, desculpe-me dizer. Você a estava provocando deliberadamente. Já percebeu que Maite é uma garota carente de afeto, e por isso é revoltada? Se você mostrasse amor por ela, Maite seria uma pessoa doce. Falta diálogo entre vocês.

Os olhos de Dulce brilharam de raiva. Falou com frieza:

- Anahí, achei-a uma pessoa agradável, simpática, mas isso não lhe dá o direito de meter-se no relacionamento meu e de minha filha! Maite tem tudo que quer, nunca neguei nada à ela, se não sabe disso. Mas ela também tem deveres para comigo! Tem que mostrar-se no mínimo agradecida pela boa vida que leva e ter consideração por mim! Não me culpe pelo que Maite é: Uma rebelde malcriada!

Anahí ergueu-se, encarando-a .

- Você é uma mulher culta, mas não enxerga um palmo diante de seu nariz, em questão de relações humanas. Maite precisa é de amor, Dulce Maria! E isso você não dá nem um pouco.

Dulce a fitou nos olhos, um olhar cheio de suspeita.


 


- Acho que você é muito mais do que uma simples amiga de Maite, Anahí. Não sou idiota. Conheço minha filha muito bem, para não perceber o que se passa com ela. Estou até sendo muito compreensiva, em ficar calada, sem recriminá-la.

Anahí empalideceu. Não a desmentiu, nem afirmou o que ela disse. Apenas falou, com voz contida:

- Com licença. Vou falar com Maite.

E retirou-se em passos largos.
Dulce ficou olhando-a sair, com os olhos acesos. Agora, tinha certeza de sua suspeita. Anahí era amante de Maite!
Franziu o cenho, com o sentimento que a assaltou: queria estar no lugar de Maite. Anahí mexia com sua libido, conscientizou-se que sentia uma enorme atração por ela. Mas isso a deixou revoltada consigo mesma. Diabos, aquele sentimento não era apropriado à ela, sentir atração por uma mulher ! Maldita Anahí, por que surgira em seu caminho? Só para desestruturar sua personalidade? Tinha que vencer aquele sentimento ridículo! Graças a Deus, Alfonso chegaria no dia seguinte. Iria dar-se à ele como nunca, para matar aquela atração perniciosa .

Tomou outro gole de vinho, com uma expressão preocupada.



Compartilhe este capítulo:

Autor(a): lunaticas

Este autor(a) escreve mais 6 Fanfics, você gostaria de conhecê-las?

+ Fanfics do autor(a)
- Links Patrocinados -
Prévia do próximo capítulo

Maite chorava e Anahí andava de um lado para o outro, gesticulando irritada e criticando o comportamento da amante durante o jantar. O choro da garota não a comovia, com a raiva que sentia. Olhava-a com os olhos brilhando de raiva e falava com entonação dura: - É isso! Você é uma imbecil! Só faltou falar para sua m&atil ...


  |  

Comentários do Capítulo:

Comentários da Fanfic 42



Para comentar, você deve estar logado no site.

  • CHAVERRONISIEMPRE Postado em 13/09/2014 - 11:35:51

    Q web é essa? superou meus limites ,otíma

  • claricenevanna Postado em 03/01/2014 - 08:08:34

    Ai. Nem acredito que acabou! Muito boa a web, sentirei falta dela, dessa paixão e cumplicidade das duas! Vai postar outra web, Lunática? *-* Porque se for me passe, sou uma grande apreciadora de suas webs.

  • angelr Postado em 03/01/2014 - 00:09:43

    Web perfeita uhuuuu

  • claricenevanna Postado em 02/01/2014 - 10:37:10

    Adoro esse fogo das duas! Hahaha.

  • vverg Postado em 02/01/2014 - 00:16:35

    Hunn?? Gostei...Interessante!!!!

  • claricenevanna Postado em 30/12/2013 - 13:32:10

    Não sei se tenho pena ou raiva da Maite, sério! Posta mais, flor.

  • tety Postado em 26/12/2013 - 22:52:17

    posta mais

  • lunaticas Postado em 26/12/2013 - 22:49:58

    Sim ja esta acabando :(

  • claricenevanna Postado em 26/12/2013 - 19:51:55

    Pelo jeito, já vai terminar a web né?

  • claricenevanna Postado em 25/12/2013 - 23:41:20

    Que loucura, gente! Annie foi muito esperta! Fiquei aflita achando que elas iriam consumir as ameaças. Posta mais *-*


ATENÇÃO

O ERRO DE NÃO ENVIAR EMAIL NA CONFIRMAÇÃO DO CADASTRO FOI SOLUCIONADO. QUEM NÃO RECEBEU O EMAIL, BASTA SOLICITAR NOVA SENHA NA ÁREA DE LOGIN.


- Links Patrocinados -

Nossas redes sociais