Fanfic: A Sensual Dulce - Portinõn | Tema: Portinõn
Vários dias se passaram, depois daquele fim de semana.
Dulce estava lendo um livro no terraço quando viu Maite abrir o porta-malas do seu carro e colocar uma mala nele, fechando-o e se sentando ao volante do Porsche conversível prateado.
Dulce deixou o livro de lado e debruçou-se no parapeito do muro e chamou com autoridade:
- Maite!
Maite imobilizou-se e olhou para cima, vendo Dulce.
- O que quer comigo? – Perguntou com impaciência.
- Então vai viajar e não me diz nada?
Maite respirou fundo.
- Não vou viajar, apenas estou levando as roupas que Anahí deixou aqui em casa, de volta para ela.
- Por que ela mesma não veio buscá-las?
Maite revirou os olhos, irritada.
- Ela está muito ocupada.
- Ela mora longe daqui?
- Do outro lado da cidade. Vou dormir na casa dela, estamos fazendo um projeto juntas. Ciao.
- Ah... tutto bene.
Maite arrancou com o carro e se foi. Dulce tornou a sentar-se, pensativa.
Elas não conseguiam enganá-la. Tinha certeza que eram amantes. Maite nem havia perguntado por Christopher depois que se conheceram, mesmo ele tendo saído passando mal. Qualquer mocinha no lugar dela teria ficado interessada no belo rapaz. Mas Maite, não. E quase não parava em casa, sempre com um pretexto para ir dormir na casa de Anahí. Devia estar apaixonada por ela. Dulce suspirou, com olhar perdido.
Any, Any, Any. Maledizione! Ela não saía de sua cabeça, desde aquele maldito final de semana! Não conseguia evitar isso. Anahí era tão atraente, tinha um corpo lindo, perfeito para o amor. E aqueles olhos Azuis...
Sentiu um arrepio ao lembrar dela nua no quarto. Que seios, que coxas, aquela barriga definida... Maledizione, estava morrendo de vontade de ter aquela mulher na cama! Era inútil negar, ela a estava deixando maluca! Chegara ao ponto de se masturbar pensando nela. O seu caso com Alfonso já a estava entediando. Fizera sexo com ele no dia que Anahí havia ido embora de sua casa, tentando apagar aquela atração forte que Anahí lhe transmitia, mas não adiantara. Continuava a pensar nela com desejo crescente. Tinha de ter aquela mulher na cama pelo menos uma vez. Talvez então a sua ânsia acabasse.
É claro que estava assustada com o que sentia, nunca alguém provocara nela aquele desejo intenso, aqueles sentimentos tempestuosos que temia analisar. Ela, uma mulher que nunca se deixara envolver sentimentalmente por ninguém, estar assim por uma mulher! Era uma lésbica? Não, tinha prazer com os homens! Então, devia ser bissexual. Sim, era isso.
Ergueu-se e foi para seu quarto. Tirou a roupa, olhando-se no espelho. Seu corpo era belo. Seios eretos, de um bom tamanho, com mamilos de uma tonalidade rosa escuro, o ventre chato, definido pela ginástica que praticava todas as manhãs, as coxas fortes e longas, as pernas perfeitas. Voltou-se de costas para o espelho e olhou-se por cima do ombro. Costas bem delineadas, afinando-se na cintura e desabrochando em quadris arredondados, com nádegas perfeitas. Tudo isso coberto por uma pele sem nenhuma mácula, acetinada, na tonalidade de alabastro.
Anahí iria achá-la bela, nua, pensou, sem nenhuma modéstia. Iria gostar de passar as mãos pelo seu corpo macio como seda. Iria adorar beijar seus seios, descer a boca pelo seu corpo...
Passou as mãos pelos seios, descendo pela cintura até as coxas, excitando-se. Deitou na cama, passando a mão pelo púbis pensando em Anahí. Fechou os olhos e ergueu um joelho, apoiando o pé na cama, abrindo a coxa para facilitar a sua manipulação no sexo.
Como Anahí faria para possuir uma mulher? Começaria pelos seios?
A mão esquerda alisou o seio e brincou com o mamilo, com o polegar e o dedo índice beliscando suavemente.
E a boca de Anahí? Desceria pelo seu corpo em beijos apaixonados?
Desceu a mão pela cintura, pela coxa, em carícia.
E ela então alcançaria seu sexo e o sugaria e invadiria com sua língua quente, sugando, bebendo seu go*zo? E as mãos? A acariciariam, apertariam, depois os dedos de Anahí a penetrariam com força, fazendo-a gritar de prazer?
A mão direita de Dulce alisava o pequeno ponto de prazer, em movimentos frenéticos. Deslizaram para sua abertura e penetraram na vagina quente e molhada, fazendo-a arfar de prazer, de olhos fechados. Sua fantasia era poderosa, via o rosto de Anahí sobre o seu, fitando-a com desejo.
- Any... – gemeu – possua-me toda...
Movimentou o corpo, simulando estar sob o corpo de Anahí. O prazer a enlouquecia. Anahí dominava seu pensamento. Ela a beijava, a penetrava com os dedos, apertava-se contra ela, em movimentos frenéticos. Sua mão se movia em movimentos bruscos, os dedos entrando e saindo da gruta em fogo.
O orgasmo sacudiu o corpo de Dulce numa convulsão de prazer intenso, fazendo-a gritar, sentindo-se arremessada nas alturas da sensação:
- Aaanyyyy!!!!! Ããããhhhhhhhhhh!!!!!
Ela ficou ali imóvel por vários minutos, a respiração entrecortada, o corpo palpitando, sem forças. Quando a calma voltou ao seu corpo, abriu os olhos, frustrada. Não adiantava. Havia sido tudo uma ilusão. Não podia continuar assim. Queria Anahí de verdade, não somente em sua fantasia. Sentir realmente ela possuindo-a, cheia de desejo. Que fosse apenas uma vez. Maite não precisaria saber. Tinha certeza que Anahí não resistiria, se chegasse à ela se oferecendo. Sabia de seu poder de sedução. Tinha que traçar um plano de ação para conseguir o que desejava. E sem demora.
Um sorriso surgiu em seus lábios sensuais quando pensou como conseguir o que queria.
Foi fácil. No dia seguinte, quando Maite estava tomando banho, entrou no quarto dela e achou logo o celular na mochila que Mai usava. Ligou-o e procurou o nome Any, que era o primeiro na lista. Copiou rapidamente em seu próprio celular o telefone e endereço de Any, desligou o telefone de Maite, guardou-o novamente na mochila e saiu do quarto sem nenhuma dificuldade.
OoO
Anahí pintava aparentemente concentrada no que fazia, mas seu pensamento estava perturbado pela Lembrança de Dulce Maria.
Aquela mulher era belíssima, mas tudo era apenas aparência. Ela era orgulhosa, egocêntrica, sem sentimentos. Quem se apaixonasse por ela iria se dar mal. Alfonso devia estar com os dias contados, ela já devia estar enjoada dele.
Tinha certeza que ela sabia de sua verdadeira relação com Maite. E mesmo assim, entrara em seu quarto e a ficara olhando de um jeito inequívoco, que conhecia bem nas mulheres que a desejavam.
Dulce Maria Saviñón a desejava. E não sabia como agir. Era amante da filha dela, Maite jamais a perdoaria, se a traísse com a mãe. Maite não merecia essa decepção.
Mas... Maite não precisava saber. Poderia ter sexo com Dulce apenas uma vez, para matar seu desejo. E depois não a iria querer mais. Seria uma bela lição para Dulce Maria, uma mulher usá-la como ela gostava de usar os homens. Um golpe no orgulho dela.
Sorriu com a solução que pensou. Mataria aquele desejo insano que a atormentava desde que conhecera a bela mulher e sairia incólume, sem se machucar. E não precisaria procurá-la. Ela viria ao seu encontro. Sabia que ela também estava atraída e mulheres como Dulce Maria sempre satisfaziam seus desejos.
Pensou novamente em Maite. Sentia um grande carinho por ela, mas não a amava. Maite era uma garota inexperiente, que quase se viciara em drogas, por más companhias. Ela era de certo modo, ingênua. Uma pessoa fácil de ser enganada e dominada, pela carência afetiva que tinha. Aquele sentimento impetuoso que Maite sentia por ela a comovia e a impedia de deixá-la. Não teria remorso em abandonar uma mulher experiente, mas Maite não criara ainda a couraça protetora que as decepções criavam nas pessoas. Não queria fazê-la sofrer uma decepção tão cedo, como a que sofrera.
Maite chegou, interrompendo seus pensamentos. Aceitou o beijo que ela lhe deu, mas continuou a pintar. Ela sentou na poltrona ao lado, fitando-a. Anahí se voltou para ela, mexendo a tinta na paleta com a espátula.
- Como foi a aula, tudo bem?
- Sim. Entreguei o projeto e agora é só esperar as notas. Com a ajuda que me deu, acredito que vou tirar um dez.
- Ótimo. E em sua casa, tudo tranqüilo?
Maite fez uma careta.
- Vai de mal a pior. Dulce anda me lançando uns olhares desconfiados e fez perguntas onde você mora. Ela está mesmo desconfiada de nós. E quase não nos falamos.
- Humm... Por que não tenta melhorar sua relação com Dulce, Mai?
A fisionomia de Maite se fechou.
- Não estou interessada nisso. Não vale à pena esquentar minha cabeça com Dulce Maria. Estou bem sem falar muito com ela.
- Mai, ela é sua mãe!
Maite a encarou com os olhos brilhando de raiva.
- Não a considero como tal! Ela nunca ligou muito para mim! Deixava-me com a babá e ia para festas, viagens, sempre me considerou um peso! Agora que fiquei adulta, quer controlar-me!Ela é quase uma estranha, para mim!
- Mas goste você ou não, ela é sua mãe, vocês vivem na mesma casa! Disso você não pode fugir!
Maite ergueu-se e a abraçou por trás, colando-se ao seu corpo.
- Não vamos perder nosso tempo falando de minha mãe... – Disse, passando a língua no lóbulo da orelha de Anahí – deixe essa pintura de lado e vamos nos amar...
Anahí sorriu, sentindo o corpo de Maite esfregando-se no dela. Voltou-se de frente e a beijou. Any fechou os olhos e pensou em Dulce. Pensou naquele rosto belo com traços de paixão, naquela boca sensual e aprofundou o beijo. Foram para o quarto e Any possuiu Maite fantasiando que ela era Dulce. E isso funcionou até que abriu os olhos e enxergou a realidade. Mas Maite já estava exausta e ambas se entregaram à um sono profundo.
Quando elas acordaram, já era noite. Anahí olhou para o relógio digital na mesinha de cabeceira e constatou que já passava das oito horas. Ela sentou-se na cama e acendeu o abajur. Maite colocou o braço sobre os olhos.
- Já vai levantar, Any?
Anahí a encarou.
- Sim, vou tomar um banho. E você, não vai para casa? Já passa das oito horas.
- Eu avisei que iria dormir fora – Declarou Maite, bocejando.
Any ergueu as sobrancelhas.
- Você tem dormido aqui quase todos os dias. Depois, não quer que Dulce fique desconfiada de nós!
- Eu?! Pois ela que se dane! Any, ela já deve estar cansada de saber o que há entre eu e você!
- Bem, Rosana convidou-me para ir à uma festa com ela. E você não gosta dela. Então, é melhor você não ir.
Os olhos de Maite brilharam de raiva.
- Aquela puta que adora também apresentar mulheres à você para fazerem orgias juntas? Quando ela a convidou para irem à festa? Ah, eu sabia! Você não queria que eu viesse para cá hoje, porque pretendia cair na farra!
Anahí fitou Maite, indignada com as palavras dela.
- Em primeiro lugar, eu sou amiga de Rosana há anos e ela é uma grande amiga, não companheira de farras, muito menos uma puta! Segundo, eu sempre saí com ela e se você não gosta dela, problema seu! Não vou deixar de sair com ela porque você não a aprova! Você não gosta dela porque é insegura e ciumenta ao extremo, suspeitando de todos que me cercam! Terceiro, não preciso esconder o que faço, porque você não manda em mim!
Maite fitou Anahí com receio. Percebeu que tinha ultrapassado os limites, xingando a amiga de Anahí e a acusando. Tudo por causa de seus ciúmes, sua insegurança, sua obsessão por Any. Tinha que mais uma vez engolir o seu orgulho e voltar atrás de suas palavras.
- Por favor, deixe-me ir com você, Any – Pediu, em tom humilde.
Anahí a fitou enraivecida.
- Não, você não gosta de Rosana, por que quer sair com ela? Vá para casa!
- Por favor, Any! –Pediu, com os olhos cheios de lágrimas – Eu vou ser simpática com ela, não vou reclamar de nada, apenas quero estar com você!
Anahí olhou para as lágrimas nos olhos de Maite e mais uma vez cedeu:
- Está bem, mas se provocar minha amiga ou aborrecer-me com seu mau humor, eu a levarei para sua casa e voltarei sozinha para a festa!
Maite sorriu aliviada.
- Tutto bene, não vou discutir mais. Vou ser um doce para você e Rosana, Any.
- Então vamos tomar uma ducha e nos aprontar, marquei com Rosana de pegá-la em casa às nove horas.
Tomaram banho e se vestiram. Maite, vestida com um top e saia curta de couro negros, mostrando partes do corpo bem feito, fitou Anahí, remoendo seu ciúme em silêncio. Any havia colocado blusa de malha colante negra, calça jeans desbotada e casaco de couro marron, na mesma tonalidade das botas. Aquele era o uniforme de conquistadora de Any, pensou. Viu-a perfumar-se com o Eternity de Calvin Klein e mordeu o lábio inferior, engolindo um comentário sarcástico.
Autor(a): lunaticas
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Any estacionou diante do edifício onde Rosana morava. Ela já aguardava na portaria e veio correndo ao ver seu carro. Rosana era uma jovem da idade de Anahí, com belos olhos verdes e cabelos ruivos. Ela olhou para Maite com um sorriso frio, entrando no carro no banco traseiro. . - Maite... – Cumprimentou. Mai sorriu forçadamente. - Oi, Ros ...
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Comentários do Capítulo:
Comentários da Fanfic 42
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CHAVERRONISIEMPRE Postado em 13/09/2014 - 11:35:51
Q web é essa? superou meus limites ,otíma
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claricenevanna Postado em 03/01/2014 - 08:08:34
Ai. Nem acredito que acabou! Muito boa a web, sentirei falta dela, dessa paixão e cumplicidade das duas! Vai postar outra web, Lunática? *-* Porque se for me passe, sou uma grande apreciadora de suas webs.
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angelr Postado em 03/01/2014 - 00:09:43
Web perfeita uhuuuu
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claricenevanna Postado em 02/01/2014 - 10:37:10
Adoro esse fogo das duas! Hahaha.
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vverg Postado em 02/01/2014 - 00:16:35
Hunn?? Gostei...Interessante!!!!
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claricenevanna Postado em 30/12/2013 - 13:32:10
Não sei se tenho pena ou raiva da Maite, sério! Posta mais, flor.
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tety Postado em 26/12/2013 - 22:52:17
posta mais
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lunaticas Postado em 26/12/2013 - 22:49:58
Sim ja esta acabando :(
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claricenevanna Postado em 26/12/2013 - 19:51:55
Pelo jeito, já vai terminar a web né?
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claricenevanna Postado em 25/12/2013 - 23:41:20
Que loucura, gente! Annie foi muito esperta! Fiquei aflita achando que elas iriam consumir as ameaças. Posta mais *-*