Fanfic: Depois de nós | Tema: Sangue Bom

Era meu último dia em NY e eu queria aproveitar cada segundo, mas era o dia de comprar presentes para a família e amigos. Boa parte da minha mala era de coisas para minha mãe e irmã, mas ainda faltava o pedido dele. O que, caramba, eu posso dar para ele? Ai, não acredito que pensei nisso, que vergonha de mim mesma. Foco, foco. Jhonatan não podia me acompanhar, então eu me limitei às ruas próximas ao hotel, morro de medo de me atrasar e perder o voo. Fui andando pelas ruas, na esperança de ter uma boa ideia. Entrei em, pelo menos, seis lojas e quando já estava para desistir, encontrei um lugar tão perfeito que seria impossível não encontrar algo.

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“Ai, esse povo é tão engraçado”, comentei com Chandelly, enquanto lia os comentários da foto no instagram. “Que povo? Engraçado por que?”, perguntou, mas eu nem olhei pra ela. “Os comentários do pessoal no instagram, acho que minhas fãs não vão muito com a sua cara”, provoquei. Ela não respondeu, e eu continuei dando risada. “Humberto, acho que estou com alguma alergia, olha pra mim”, tirei os olhos do celular e dei de cara com Chandelly só de blusa e calcinha virada de bunda pra mim. “É o que? É pra ver o que?” tentei olhar para o teto, pensar em Jesus, mas estava complicado. “Aqui olha, não tá vermelho?” perguntou apalpando bem abaixo da calcinha. Como assim? Que que ela tava querendo? Vermelho nada, tava linda aquela, não, para Humberto, para. Levantei da cama. “Não, tá tudo ótimo, digo, nada vermelho.” Ela riu e eu entendi exatamente o jogo dela. “Desiste, Chandelly, agora eu virei santo. Inclusive, vou ali na igreja, dar uma rezada.” Saí logo daquele quarto e enviei uma mensagem pra Isabelle.

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“Você tem certeza que não quer ficar mais? Vai inaugurar um outlet incrível daqui dois dias.”, pedia Jhonatan, expliquei que havia confirmado presença em um evento e não tinha como fazer diferente, ainda que outlet seja um ótimo motivo. “Gata, eu acho que esse Carrão loves me. É só eu pegar seu telefone que chega mensagem dele”, peguei um celular em um gesto e fiquei sem entender a mensagem, que dizia: “Qual a sua religião mesmo?”. Mostrei para Jhonatan, que caiu em estado de riso quase assustador, só parou depois de alguns minutos, quando percebeu que eu realmente não entendi. “Isabelle, fofa, ele quer saber se você é do tipo sexo depois do casamento.” Será? Não, Humberto não seria tão direto. “Claro que não, Jhonatan, ele deve estar em uma daquelas lojas com artigos e quer me comprar um presente”. Podia ser isso, não podia? É, podia... Ou não. “Hanram, deve ser. Ai menina, admite que esse Carrão esporte, luxuoso, Ferrari humana te deixa louca. Esse fogo que você sente não é fé, acredite!”. Dei risada, mas não respondi a mensagem nem a provocação.