Fanfics Brasil - Cap. 7: Teste de resistência Depois de nós

Fanfic: Depois de nós | Tema: Sangue Bom


Capítulo: Cap. 7: Teste de resistência

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Já havia se passado algumas horas, acho que estava bem o suficiente para retornar ao hotel. Até pensei em pegar outro quarto, mas era nosso último dia naquele vilarejo. E Isabelle não respondeu minha mensagem. Neste momento eu me sinto arrependido de tê-la enviado, mas naquele momento pareceu tão óbvio querer saber algo assim, e ficou subentendido, na pior das hipóteses, digo que queria ajuda para comprar um santo para minha mãe. Entrei no quarto e me deparei com Chandelly semi nua, deitada de bruços. “Oi”, disse ela, sorrindo de lado para mim. Ah, mas fala sério, namoramos um tempão e nada de surpresas no meio de viagem, agora vem com essa? Mas que calcinha, não para. Nossa, essa pose, eu não... Meu celular apitou. “Oi, tchau”, e saí do quarto, antes que fizesse algo que queria, não, enfim. Era mensagem de um número grande e desconhecido, que dizia: “Oi Carrão. Aqui é Jhonatan, tudo bem querido? Isabelle já deve estar fazendo check in para voltar ao Brasil. Que tal uma ligação surpresa para fazê-la pensar em você a viagem inteira? Beijinhos.” Sorri quase sem querer. Beijinhos? Ótima ideia, depois preciso agradecer. Tratei de me sentar no chão mesmo, respirei e liguei.


#


“Então estamos combinados, baby, qualquer coisa, nem que seja uma piscada  a mais e você vai me contar. Please!!!” implorava Jhonatan, referindo-se ao meu inexistente relacionamento com Humberto.  Fiz que sim com a cabeça e sorri. “Gata, não esquece: você é atriz, diva e amada, mas antes disso, é mulher, jovem e precisa de amor! Boa viagem!” nos abraçamos e eu me dirigi ao guichê de check in. Feito, entrei em uma livraria para encontrar algo que me distraísse até a hora do voo. Fui interrompida na escolha pelo celular que tocava, meu coração fez o favor de acelerar. Era Humberto. Humberto e a mensagem que eu não respondi. “Oi”, falei.


“Muito obrigada pelo vácuo de cada dia”. Senti meu rosto queimar


“Desculpa! Estava arrumando as malas e acabei esquecendo. Eu sou evangélica, a propósito.”


“Está desculpada, mas perdeu a chance de me ajudar a escolher um presente religioso para minha mãe.” Era isso? Sabia! Ele não me decepcionaria.


“Fico te devendo essa.”


“É, paga com meu presente! Já fez o check in?”


“Já, sim... Mas como você sabe onde estou?”


“Como? Ora, como eu sei? Eu sabia? Não. Joguei pelo tempo entre as malas mesmo.”


Não respondi. Fiz apenas um “hum” sonoro.


“Então é isso. Bom retorno, pode ficar feliz, logo a gente se encontra!”


“Obrigada, Humberto. Até logo!”


E desliguei. Logo a gente se encontra? Espero que esse logo não demore.


#


Conversar com Isabelle é sempre bom. Ela varia do ápice da conversa ao ápice da monossílaba. Respirei e entrei de novo no quarto. Chandelly não estava na cama e eu fiquei grato por isso. Filha da mãe, tomando banho com a porta aberta. Deitei com a cabeça embaixo do travesseiro e comecei a pensar no quão adolescente eu estava parecendo. Ligando do nada, esperando uma boa resposta. O que essa garota estava fazendo comigo? Namorei com Chandelly por muito tempo e nunca senti isso. Senti um fogo louco, desde o começo, mas nunca houve isso de expectativa, espera. Nosso relacionamento começou por atração física, mas eu fui me apaixonando por Chandelly, era bom, Sempre fizemos muitas coisas juntos, temos gostos em comum, mas ela aceitava muita coisa. Aceitava minhas noites sozinho com os amigos, meus pedidos de tempo, minhas loucuras. Eu sentia falta dela me pedir pra parar. Ela só começou a dar ataques quando Isabelle entrou, de novo, na nossa vida. Lembro-me que ela começou a reclamar que eu falava demais do talento da Drummond, mas era sem perceber. Eu me sentia uma criança apaixonada, e mal me reconhecia. “Beto?” Era Chandelly, atrapalhando meus pensamentos. Não tirei o travesseiro do rosto. “Oi” perguntei e ouvi o riso dela. “Tá fugindo de mim?” filha da mãe, sabia que era boa. “Não, to com a vista doendo, protegendo da luz”, quase comecei uma oração. “Entendi. Eu estava pensando, podíamos ser amigos com alguns extras, né?” extra? Que extra? “Chandelly, você me negou muito extra namorando, agora quer como amiga?” Tirei o travesseiro do rosto, olhei pra ela, que estava só de toalha. “E vou tomar banho. Agora.” entrei no chuveiro em tempo recorde. Isso não estava no planejado.



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Autor(a): rdelcarlo

Esta é a unica Fanfic escrita por este autor(a).




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Comentários do Capítulo:

Comentários da Fanfic 1



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  • natylp Postado em 06/05/2014 - 16:59:37

    Muito bom. Quando haverá mais capítulos?


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