Fanfic: O resgate de Hermione | Tema: Dramione, Harry Potter, Draco, Hermione, Romance, Aventura, Suspense
Hermione saiu do Ministério trôpega, atravessou a rua quase sendo atropelada por um noitibus e entrou numa viela. Só então parou, colocou a mão na parede suja e respirou fundo diversas vezes.
Alguma coisa estava errada. Alguma coisa estava muito errada.
Malfoy não poderia ter feito aquilo que Harry falou. Era mentira, ou... ou... ou era verdade.
O que os sinais lhe diziam? Malfoy criando um jardim encantado para ela, uma biblioteca imensa para ela. E o quadro dela, vestida de noiva? Se isso não era obsessão, o que mais era? E pessoas obcecadas fazem coisas sem pensar apenas para satisfazerem a seus desejos.
Entretanto...
Ah, Deus, entretanto, Draco era o homem mais encantador que Hermione já conhecera. Ela esteve com ele mais de uma vez para conhece-lo, pelo menos, um pouquinho.
Um homem obcecado não a deixaria partir como ele fizera. Um homem obcecado se aproveitaria de sua fragilidade e dormiria com ela quando ela quase implorou para que ele o fizesse. Não. Malfoy não era culpado. Não era.
E se Malfoy não era culpado, então...
Então, Harry estava mentindo.
Por que Harry faria isso? Aquilo não se parecia com Harry, não se parecia nada, nada com Harry.
E se alguma coisa estivesse dado errada no plano de Malfoy e Harry. E se Valashei de alguma forma tivesse trocado de lugar com Harry? Nenhuma poção polissuco durava tanto tempo assim, e Hermione era quase uma expert em fazê-la. Não, era outra coisa. Outra coisa mais séria. Mas o que? E como poderia ajudar Malfoy agora? Poderia pedir um apelo no tribunal, afinal, condenar Draco a Tartan era um castigo para além do seu crime, principalmente, depois que Malfoy cooperara com o Ministério da Magia numa ação internacional.
Contudo, não poderia confiar no sistema. O sistema era corrupto. Isso Hermione e o próprio Harry já haviam descoberto. Também não poderia confiar em Harry, Rony ou Snape. Mas a quem poderia pedir ajuda? Quem mais poderia guia-la? Ela poderia tentar libertar Malfoy, mas isso era loucura. Azkaban era vigiada por Dementadores. Era impossível.
Bem, ela já havia feito coisas impossíveis antes. Ela morreria tentando se tivesse que o fazer, mas não deixaria Draco na prisão mais nenhum minuto.
Quando estava resoluta em viajar para Azkaban, Hermione escutou um barulho enorme, uma explosão que a atingiria se não estivesse naquela viela. Correu para a rua principal, atônita, ao ver que parte do Ministério da Magia estava destruído. O que havia acontecido?
Hermione correu para uma das entradas, num telefone público, e segundos depois se viu no saguão de entrada do Ministério, saindo pelas labaredas esverdeadas de uma das lareiras.
Numa das paredes havia um grande buraco e uma grande montanha de entulho, mas achava impossível que os trouxas do lado de fora pudessem ver aquilo, como ela podia ver.
Os medi-bruxos correram para ajudar os feridos, mas por sorte, não havia nenhuma fatalidade.
Enquanto tentava se aproximar da confusão de pessoas e fuligem, sentiu uma mão em seu ombro a virá-la com uma certa violência.
– Malfoy fugiu no caminho para Azkaban e retornou aqui para me atacar. Uma sorte que Snape me defendeu! – disse Harry, um pouco assustado. Do lado da cicatriz de Voldemort, um grande galo e um outro corte disputavam espaço em sua testa. – Você precisa sair daqui. Ele está atrás de você, em algum lugar do Ministério! Temo que ele possa mata-la. Ele está enlouquecido.
– Ele não faria isso! HARRY! – respondeu Hermione, sem conseguir pensar direito – Se é que você é Harry mesmo!
Harry franziu a testa, sem conseguir entender direito o que ela dizia.
– Acha que não sou Harry? Eu não tomei nenhuma poção polissuco, Hermione.
– Então, prove! Diga algo que somente você saberia sobre mim! – disse Hermione.
Harry fez um muxoxo, coçou a cabeça e resmungou algo.
– O que é? – perguntou Hermione, colocando a mão no bolso do manto, onde estava sua varinha, prestes a atacá-lo se fosse necessário.
– Você odeia voar! Disse isso para mim quando voamos com o Bicuço no terceiro ano em Azkaban!
– E só isso que consegue lembrar? – perguntou ela, aborrecida, apertando sua varinha firmemente.
– Esse não é o momento para puxar por memórias há muito tempo já esquecidas, Hermione. Precisamos tirar você daqui!
– Eu não vou sair daqui se não me disser algo realmente significativo sobre mim.
– Você nunca me abandonou! – disse Harry, dando outro muxoxo. – Olha... todo mundo me abandonou em algum momento. Até mesmo Rony, enquanto estávamos no último ano, indo de lugar a lugar, fugindo de Voldemort e dos comensais e lobos. E você não me abandonou. Eu também não vou te abandonar, Hermione...
Tomada de emoção, Hermione abraçou Harry. Era mesmo o seu amigo, embora ainda ficasse aquela estranha sensação de que algo não estava certo.
– Eu estou tão confusa, Harry – disse Hermione, sem conseguir controlar o choro, afastando um pouco o rosto para observá-lo. – Eu não posso acreditar que Malfoy matou meu pai. Por favor, eu lhe imploro, Harry. Eu lhe imploro para que me diga a verdade sobre isso. Ele matou meu pai? Ele fez isso, Harry?
Harry marejou os olhos.
– Hermione... eu sinto muito. Sinto muito que tenha se apaixonado por Draco. Sei que deve estar sofrendo agora, Mione. Mas a verdade é que Malfoy me disse isso. Ele me disse com todas as palavras. Eu queria que não fosse verdade, mas é... Sinto muito, mesmo.
Hermione colocou a cabeça sobre o ombro do amigo e se pôs a chorar. Não podia sequer imaginar que Draco era o monstro que parecia ser. Ela o amava. Ela o amava de todo o coração e toda a alma. E agora, seu coração e sua alma estavam manchados de lodo, de mágoa, de tristeza...
– Venha, Hermione... precisamos tirar você daqui, agora! É melhor ir para a Toca. Rony e eu poderemos protegê-la melhor lá.
– E Snape? E o Ministério?
– Snape e o Ministério não são importantes para mim quanto você é, Hermione! Venha, vamos...
Harry estava guiando Hermione para uma das lareiras quando uma segunda explosão se ouviu. Dessa vez, o impacto foi sobre o chafariz no centro do saguão. A violência da explosão acabou atingindo Hermione e Harry que caíram desajeitados no chão. Para piorar, os estilhaços vieram na direção de Hermione, que foi atingida na testa. Um corte fez jorrar o sangue em seu rosto e ela não conseguia ver nada direito, mas no meio do caos de pessoas correndo, chorando, gritando por ajuda, um homem vinha caminhando em direção a ela. Hermione limpou os olhos desesperada para tentar ver quem era e se assustou quando viu Draco Malfoy diante de si.
– Fique longe de mim! – gritou ela... arrastando-se para longe de dele.
– Sinto muito, amor... acho que é tarde demais para isso!
Brandindo a varinha, Malfoy conjurou cordas que amarraram os pés e aos mãos de Hermione, que tentava chegar até Harry, desmaiado perto da lareira.
Mas Malfoy puxou Hermione pelos pés e a agarrou pelos ombros até que eles ficaram frente a frente.
– Seu monstro... você matou meu pai! Você matou meu pai!!! - disse ela, sem conseguir respirar direito com a proximidade de Malfoy.
Draco franziu a testa por um segundo, parecendo confuso, mas abriu um sorriso no segundo seguinte.
– Eu sou mesmo um monstro, Hermione. Quanto a isso, eu nunca menti!
Erguendo Hermione nos braços, Malfoy entrou na lareira próxima a Harry. Hermione sentiu seu estomago se contorcendo e segundos depois, ambos surgiram num local que Hermione já conhecera um dia. A mansão Malfoy nos arredores de Londres. O lugar em que Hermione fora torturada até quase a morte por Bellatrix.
– Harry virá atrás de mim! – falou Hermione debatendo-se no colo de Malfoy.
– Não tenho dúvidas, mas ele não me achará, Hermione. Removi minha mansão do lugar há anos e ela agora está protegida por encantos fortíssimos. Enquanto não conseguir retirar o localizador do meu castelo na Bulgária, é aqui que ficaremos. Disse ele, subindo uma das escadas.
– Draco, por favor, eu imploro! – disse Hermione, chorando nos braços de Malfoy. – Deixe-me ir... por favor.
– Uns poucos dias no Ministério e você já está contra mim, novamente, Hermione? – disse Malfoy entrando num dos quartos. Ele depositou Hermione na cama e retirou as cordas que fizeram uma marca no seu pulso. – Sinto muito por tê-la machucado, mas eu precisava tirar você de lá, antes que ele mexa com suas lembranças...
– Ele quem, Draco? Do que você está falando? Quem mexeria nas minhas lembranças? Você está doente... precisa de ajuda. Eu posso ajudar você, Draco. Não vou deixar que eles te levem para Tartan, mas você precisa de ajuda.
– Não, Hermione. O tempo para redenção já passou. – disse Malfoy num tom sério.
Hermione estremeceu com o olhar tenso que Draco tinha no rosto.
– Draco, por favor...
Draco franziu a testa ao olhar para ela e sentou-se na beirada da cama, retirou um lenço branco de dentro do mantou e colocou sobre a testa de Hermione.
– Eu vou colocar um unguento na sua testa. Você estará bem pela manhã. - disse Malfoy.
Draco parecia muito diferente de como era na Bulgária. De fato, alguma coisa muito séria estava acontecendo.
– Draco? Fala comigo, por favor. O que está pretendendo fazer?
– Já lhe disse, Hermione. Você sabe que Azkaban e Tartan estão fora de questão. O momento de rendição já passou. Eu queria ser um bom homem para você, juro que até tentei, mas acho que isso está fora de questão agora. Meus planos mudaram, porque o cenário mudou. Eu quero você e tudo o que eu quero, eu tomo! Sempre foi assim. Já cansei de tentar ser o herói. É hora de ser o vilão que eu sempre fui...
– O-o q-que isso quer d-dizer? - perguntou ela, trêmula.
– Você será minha, amor. É o que isso quer dizer...
Autor(a): angelblack
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Comentários da Fanfic 2
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mai_reina Postado em 21/12/2014 - 17:52:28
Continua por favor! Posta mais... Essa fanfic é muito perfeita!!!!!!!!! Amo demais o casal Dramione e nunca vi uma fanfic tão incrível!!!!! Por favor posta mais ++++++++++++++++++++++++++++++++++++++++++++++++++++++++++++++++++++++
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eva Postado em 07/12/2013 - 23:29:19
Continuaaaa amandoooo