Fanfic: The daily of two brothers! (O diário de dois irmãos)

24 de dezembro de 2008 - 23:36min.

Diário de Ashley

Hoje é véspera de natal. Não saio do meu quarto há meses e me sinto um lixo aqui dentro. Apodreço mais cada dia que passa. Sinto falta de Zac e às vezes perco a noção do tempo quando fico lembrando dos momentos que tive com ele. Para mim hoje, é como se não fosse uma data especial.
Depois que pedi minha mãe nada tem mais motivo pra comemorar. Meu pai vem no meu quarto todos os dias para me bater... Ele diz que só quer que eu tome juízo e quando eu tomar juízo ele irá parar de me bater. O problema é que eu sempre tive juízo só que ele não entende e não percebe que eu sou um ser humano como qualquer outro e que tenho direito de amar, sorrir e viver.
Eu grito e choro muito quando ele entra no meu quarto. Com certeza Zac escuta e deve ficar preocupado comigo. Ele sente minha falta. Eu sei que sente. É como se ele falasse todo o tempo no meu ouvido para eu me acalmar porque tudo vai dar certo, assim como ele no dia em que mamãe se foi.
Parece que foi ontem que ele entrou aqui em casa e eu não pude acreditar. Também me lembro de Spike. Aquele Golden lindo. Sinto-me tão mal por tê-lo destratado tanto. Pelo Zac eu aprendi a amar animais, a ver que o mundo não girava só entorno de mim. Fiquei super chateada quando meu pai se desfez de Spike.
Naquela época meu pai não queria ver mais nada que lembrasse a minha mãe e juro que não sei como ele não se desfez de mim. Afinal, dizem que Lisa e eu éramos super parecidas. Odeio usar termos no passado, odeio, odeio e odeio.
Pra mim minha mãe nunca morreu. Pra mim ela sempre esteve aqui do meu lado e sussurrando no meu ouvido tudo o que eu devia fazer. Lembro-me também de quando ela veio me pedir para que eu aceitasse Zac como meu irmão e que eu parasse de birra. Porque eu não obedeci minha mãe? Talvez as coisas poderiam ser diferentes. Ela podia estar viva agora!
Nunca imaginei que minha mãe esconderia um câncer de mim. Talvez ela não quisesse que eu ficasse lamentando sua doença, mas mesmo assim, eu pelo menos saberia aproveitar cada minuto ao lado dela. Coisa que eu não fiz quando pude.
Outra coisa que não consigo esquecer é o perfume e o beijo de Zac. Mordo meus lábios só de pensar nele. Não existe nenhuma pessoa no mundo como ele. Que te beija e transmite ao mesmo tempo todo o amor que existe dentro dele. É incrível e inexplicável, mas é tão... Tão perfeito!
Diferente de mim, Zac não grita. Acho que meu pai aparece lá no quarto dele às vezes... Mas não sei se meu pai bate nele - provavelmente sim -, também não sei se Zac diz algo ao meu pai. Tenho medo que meu pai mate o Zac... Sei que sinto saudades dele e sei que estou longe dele, mas só de saber que ele esta vivo e que o coração dele ainda bate por mim já me da um alivio enorme. Mas se caso acontecesse algo com ele, eu realmente piraria e não sei se agüentaria toda essa ‘barra’.
Meu pai hoje me trouxe comida e disse que eu não iria jantar com ele:

- Olha garota... - ele nunca mais me chamou de filha - aqui está sua comida! - ele deixou uma bandeja no chão com arroz e ovo e um copo d’água.
- Certo! - eu fiquei olhando para o chão.
- Não recebo nem um obrigado? - ele gritou.
- Obrigada! - eu respondi.
- Que absurdo meu Deus! - ele me olhava enquanto colocava as mãos no rosto se lamentando.
- Como Zac está? - perguntei com receio de que iria apanhar.
- Como o Zac está? - ele deu uma risada irônica - Você não se manca? Agora a vagabunda quer saber do vagabundo. Romântico não acha?
- Para com isso pai!
- Eu não sou seu pai! - ele gritou - Como posso ser pai de um ser como você? Lisa deve ter tido algum amante na época e disse que eu era seu pai. Eu muito tolo e apaixonado por ela, acreditei não é?
- Não fala assim da minha mãe! - eu perdi o controle e gritei.
- Olha como fala comigo! - ele também gritou, foi até mim e agarrou meus cabelos olhando cara a cara para mim - Nunca... Mas nunca mesmo diga o contrário do que eu digo. Só eu tenho razão aqui. - ele me empurrou e soltou meus cabelos.
- Você não pode fazer isso. O que aconteceu com você? - eu perguntei gemendo enquanto passava a mão entre os meus cabelos.
- Eu que pergunto isso pra você Ashley... Eu que pergunto! - Mike saiu do meu quarto e bateu a porta com toda a força.

Qual o motivo para me tratar assim? Eu errei sim quando ele me pegou na cama com Zac. Errei por ter achado que ele não chegaria e entendo a dor de um pai por pegar sua filha com um garoto, mas isso não lhe dá o direito de me machucar e me tratar como um animal.