Fanfics Brasil - 1 Love in school

Fanfic: Love in school | Tema: Yaoi / Gay


Capítulo: 1

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Mais um dia nessa porcaria de colégio.Deixa eu me presentar. Meu nome é Yukio, tenho 16 anos. Acho que a única coisa que me dá animo para vir aqui são meus amigos, na verdade um em especial.


-Bom dia!-eraTakashi.


-Bom dia-respondi sorrindo.


Ao passar por mim, aquele olhar me deixou paralisado. Seus olhos, seu perfume, tudo era perfeito. Daria de tudo para ter um dia com ele, ser amigo dele o suficiente para ao menos ter uma conversa que fosse além de um cumprimento.


Estudo com Takashi ha 10 anos. Desde pequeno sentia meu coração bater mais forte quando o via. Porém nunca fomos amigos. Creio que isso é culpa minha, já que sempre que ia tentar falar com ele começava a gaguejar e suar com o nervosismo de estar perto de alguém como ele.


Me perdi em pensamentos até que uma cena me colocou de volta a realidade.


-E aí Hikaru!-disse Takashi.


-Bom dia-respondeu.


Hikaru era o melhor amigo de Takashi e também o garoto no qual depositava toda a minha admiração. Às vezes sentia minhas mãos formigarem ao ver a intimidade daqueles dois. Como queria ser ele, poder tocar, abraçar, conversar com Takashi como se fosse a coisa mais normal do mundo.


-Você pode ir em casa hoje? Meus pais estão viajando, vão ficar a semana fora-perguntou Hikaru.


-Claro!-respondeu Takashi a seu melhor amigo- Vou resolver umas coisas hoje na escola e depois vou para lá.


-Tudo bem-ele sorriu.


O resto do dia não foi muito diferente dos outros. No fim da aula, ajudei a professora com alguns papéis e depois me dirige a saída.


Lá estava ele, parado no portão, cercado por garotas de toda a escola. Ele era popular, poderia ter qualquer garota facilmente! Por que eu ainda mantinha esse sentimento? A resposta era tão óbvia... Seu cabelo sempre impecável, seu olhar penetrante, seus braços pelos quais eu sonhava ser envolvido...tudo aquilo me fazia feliz.


Passei diante daquela multidão e me dirigi até o ponto. O ônibus já estava lá, então subi rapidamente e sentei-me em uma poltrona.


Antes de as portas se fecharem, vi de relance alguém embarcando também, era Takashi! Estava pouco suado pela corrida, mas isso não impediu  meu coração de acelerar um pouco. Ele se sentou no último banco, colocou seus fones de ouvido e relaxou. Acho que ele devia estar indo para casa do Hikaru.


Na parada seguinte, um garoto um pouco mais velho, alto e com uma expressão nada agradável sentou ao meu lado. Ele estudava em um colégio perto do nosso.


-Olha só! Parece que quem me disse que no seu colégio só tem garotas bonitas estava enganado!-ele disse num tom irônico.


-M-me perdoe, vou... trocar de lugar!-disse me levantando.


Ele colocou a mão em minha coxa e forçou meu corpo para baixo, fazendo-me sentar novamente, mas não tirou a mão de lá.


-Mas na falta delas não me importo de ser você.


Ele apertou minha perna com força. Eu não acredito que aquilo estava acontecendo. De repente ele foi com a outra mão entre minhas pernas.


-Por favor, pare!-disse com os olhos cheios de lágrimas.


Ele riu.


-Será que esse garoto vai ter que pedir novamente? Ou eu vou ter que me meter no meio?


Eu reconhecia essa voz. Será que estava sonhando? Não! Eu não estava! Abri os olhos e vi a mão de Takashi apertando fortemente o ombro do garoto. O mesmo se levantou enquanto encarava-o e se sentou na última fileira de cadeiras.


-Você está bem?


Eu mal podia acreditar. Finalmente ele está falando comigo. Seus olhos se perdem nos meus nesse exato momento.


-S-sim...ah, err, obrigado...-falei enxugando as lágrimas.


-Tudo bem-disse sorrindo.


Meu coração acelerou tanto que foi como se pudesse senti-lo batendo em cada parte do meu corpo.


-Olha -prosseguiu- minha casa fica na próxima parada. Você pode vir comigo, beber alguma coisa para tentar se acalmar um pouco.


Engoli seco.


-T-tudo bem....


Nos levantamos e fomos até a porta. Assim que o ônibus parou, descemos e fomos caminhando pela rua. A cada dez segundos enxugava as palmas das mãos suadas pelo nervosismo. Não conseguia olhar para ele, tinha medo de fazer alguma besteira. Pelo menos, por ser mais alto que eu, olhar diretamente para seu rosto não era fácil.


-Você está bem mesmo?


Claro que eu não estava bem! Aquilo que sonhei por anos estava acontecendo.


-Ah...sim!-respondi


Ele sorriu delicadamente para mim, dando uma risada discreta e em seguida colocando a sua mão a frente dos lábios. Senti meu corpo esquentar dos pés a cabeça .A brisa suave e fria daquele dia contrastava com a temperatura que me tomava. Provavelmente devo ter corado, mas prefiro não pensar sobre isso para não ficar mais envergonhado.


Continuamos andando até pararmos em frente a uma casa grande, de cor clara e bem iluminada pelo sol. Takashi retirou uma chave de dentro de sua bolsa e destrancou a porta. Assim que a abriu dei de cara com a sala. Meu coração acelerou novamente.


-Fique a vontade-disse enquanto jogava sua mochila no chão-Meus pais viajaram com meus dois irmãos mais novos, então estou sozinho.


Senti uma gota de suor escorrer no meio das minhas costas. Então, é isso. Eu e aquele que fazia meu coração acelerar cada dia mais, sozinhos, em sua casa.


Sentei-me no sofá. A cozinha era toda aberta então tinha uma boa visão dela.


-Eu vou pegar uma bebida para nós. Se quiser pode ligar a TV.


-Estou bem assim-respondi.


Ele se dirigiu até aquele cômodo. Infelizmente meus olhos resolveram segui-lo. Takashi abriu a geladeira e retirou uma garrafa que colocou em cima da mesa. Lá dentro era um pouco quente, então ao sentir os efeitos do clima, ele fechou os olhos e passou a mão sobre os cabelos enquanto dava um profundo suspiro. Senti um choque percorrer minha espinha e rapidamente levei a mão entre as  pernas. Tinha alguma coisa muito errada acontecendo lá.


-Nossa, aqui dentro está bem quente, é melhor eu ligar o ventilador-gritou da cozinha enquanto desabotoava alguns botões de sua camisa.


Ele só podia estar brincando comigo! Já não bastava fazer minha cabeça girar toda vez que o via, mas agora, agora ele, ele...AHHH!


Takashi voltou da cozinha com dois copos nas mãos. Eu me encontrava encolhido em um canto do sofá, de cabeça baixa e mãos entrelaçadas. Quando estava vindo em minha direção, ele tropeçou na própria bolsa e caiu no chão, derramando todo o conteúdo de dentro do , copo em minha camiseta.


-Meu Deus, me perdoa!-ele disse se levantando e vindo em minha direção novamente.


-Tudo bem!-respondi meio sem graça.


-Vem, vamos subir até o meu quarto, lá eu devo ter alguma coisa para você.


Aquele sentimento estranho tomou meu corpo mais uma vez. Era como se a temperatura da casa aumentasse em 10°C e eu perdesse o controle que tenho sobre mim.


-T-tudo bem-gaguejei.


Subimos alguns degraus e o segui até seu quarto. Assim que pisei no chão daquele cômodo tinha a certeza que alguma coisa ia dar errado.


-Tira a sua camiseta-ele disse.


-O que?-perguntei assustado.


-Eu vou colocar para o ela para lavar, assim te entrego limpa.


Não respondi. Se dissesse qualquer palavra a ele seria quase impossível de entender de tanto que eu iria gaguejar. Retirei minha camiseta, bem envergonhado, e dei em suas mãos.


-Tome-ele disse me entregando uma de suas camisas-Espera não coloque ainda. Vou pegar uma toalha molhada para você, se não vai sujar toda a camiseta limpa. Só um minuto.


Ele saiu do quarto e fechou a porta. Eu estava tremendo, não me aguentava de pé .Me encostei na parede e fui escorregando até chegar no chão. Meu corpo; não conseguia mais controla-lo, ele estava quente, tremendo e paralisado tudo ao mesmo tempo. Eu tenho que manter o controle, eu tinha que...


-Voltei- Takashi disse com uma toalha úmida nem mãos-Aconteceu alguma coisa?


-Não, não-disse rindo para tentar espantar um pouco o nervosismo aparente.


Me levantei, ainda apoiando meu corpo contra a parede.Takashi estava estranho, não falava muita coisa.


Ele colocou sua mão estendida ao lado da minha cabeça, ficando de frente para mim. A respiração de nós dois estava pesada, conseguia ouvir a dele e ele conseguia ouvir a minha.


-Eu vou... te ajudar com isso- Takashi falou erguendo a toalha que tinha em mãos.


Ele dirigiu sua mão até meu peito que estava queimando, assim como o caminho pelo qual aquela toalha passava. Depois mudou de direção e foi até meu abdome. Eu já não aguentava mais aquilo, não aguentava me sentir como uma bomba prestes a explodir. Resolvi levantar meu rosto e encara-lo pela primeira vez.


Eu olhei no fundo de seus olhos, aqueles nos quais me perdi por anos. Os dois se fitaram intensamente até que Takashi jogou a toalha no chão. Ele manteve uma mão na parede e a outra pegou meus dois pulsos e os prendeu acima de minha cabeça. Sua perna direita abriu espaço por entre as minhas. Eu estava completamente preso. Mesmo que quisesse não iria conseguir sair dali.


Takashi aproximou seu rosto do meu e fechou os olhos assim como eu. Logo, senti seus lábios tocando os meus. Eu não queria deixa-lo fazer isso, mesmo amando-o. Tinha medo do que poderia acontecer no futuro, e se ele tivesse alguma coisa com o Hikaru?


Meus pensamentos foram interrompidos por sua língua pedindo passagem por meus lábios. Logo cedi e senti cada canto de minha boca ser tocado por ele. Aquilo era tão bom, tão novo, tão....quente.


Uma sensação muito diferente de tudo o que eu já havia sentido antes. Takashi tirou seus lábios dos meus. Eu estava ofegante, com a respiração pesada. Ele riu ao olhar para baixo e disse:


-Parece que você ficou animado.


Corei ao olhar para baixo e ver a elevação aparente em minha calça.


Ele tirou a mão que estava na parede, passou pelo meu rosto e por meu peitoral, desceu lentamente até meu abdome. Meu corpo queimava até que ele colocou sua mão lá. Ao mesmo tempo em que gelei arquei o corpo contra a parede e fechei os olhos. Senti então seu rosto perto do meu, e seus lábios próximos da minha orelha. Sua respiração pesada foi interrompida por palavras:


-Yukio, eu...


Quando ia terminar de falar a campainha tocou, Takashi franziu as sobrancelhas e se afastou de mim. Nós dois estávamos suados. Ele secou com a manga da camisa e abotoou os botões abertos.


-Só um minuto-ele disse abrindo a porta do quarto.


Eu não acreditava no que estava acontecendo. Há algumas horas nem falava com ele e agora, bom agora, ele fazia meu corpo queimar em cada lugar que tocava.


Resolvi olhar pela janela e ver quem era lá fora. E para minha surpresa era Hikaru que estava parado em frente a porta falando com Takashi. Meu coração gelou por alguns segundos. Eu precisava ir embora de lá. Vesti a camisa que ele tinha me emprestado e desci correndo as escadas.


Ao chegar na sala, peguei minha bolsa e me dirigi a porta. Parei ao lado de Takashi e disse de cabeça baixa:


-O-obrigado por tudo, eu..eu preciso ir.


Atravessei a porta correndo e passei ao lado do Hikaru. Atrevi-me a olha-lo mas só consegui ver seus punhos cerrados e seus olhos mortíferos.


Eu de fato estava ferrado.


Corri até em casa, sem tirar o sorriso do rosto. Aquele com certeza foi o dia mais feliz que eu poderia ter.



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Autor(a): beatriz_sayuri

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