Fanfic: O Pecado Mora ao Lado | Tema: The GazettE

"Aceitei aquela mão macia que o loiro havia me dado e o segui ate o outro apartamento, sem dizer nada após trancar ali. Alguns diriam que isso é loucura. Mas o que um loiro lindo daquele jeito poderia fazer contra mim? Ele não tinha nada de estranho. Apenas ... Seu charme desenfreado que fazia meu coração palpitar. 

Entrei em sua sala de forma calma, após retirar os sapatos no carpete de entrada e sorri.  Sua sala era aconchegante. Sofás baixos, um enorme tapete de pelúcia ao chão, uma mesa baixa de chá, uma enorme tv e uma estante de livros. 

Sorri assim que a vi, e fui até a mesma, mordendo os lábios.  Passando o dedo por um dos livros, vi meu preferido ali. Retirei-o da prateleira e estiquei-o em sua direção:

  - Ninguém pode construir em teu lugar as pontes que precisarás passar para atravessar o rio da vida.

Ele me lançou aquele sorriso maravilhoso e mordeu os lábios, completando uma das frases mais perfeitas daquele livro: 

-Ninguém, exceto tu, só tu. Existem, por certo, atalhos sem número, e pontes, e semideuses que se oferecerão para levar-te além do rio, mas isso te custaria a tua própria pessoa. É, Nietzsche é um dos meus favoritos. 

Arregalei os olhos, assustado. Confesso que fiquei um pouco perturbado por aquela continuação, mas em poucos segundos recuperei o fôlego, e mantive o olhar no sorriso do outro. Visivelmente desconfortável, ele corou, murmurando:

- Bom... Seu café.. Prefere forte ou fraco? 

De modo malicioso, aproximei-me dele, sussurrando pervertidamente, mas caindo na gargalhada em seguida:

- Forte. Sempre forte pra mim.. 

Ouvi sua gargalhada e o vi deixar a sala para ir a cozinha, enquanto me sentava em um de seus sofás." 

Takashima POV.

"Engoli em seco ao sentir as mãos firmes do moreno, mas continuei andando, ate chegar ao meu apartamento. Enquanto o via observar minha mobília, lutava com meus demônios internos.

Como disse, guardo um segredo. Horrível para alguns... Pra mim... É mais como uma diversão. Vez ou outra, sequestro mulheres bonitas... Apenas por diversão... Dopo... Brinco com elas da forma que eu quero... E depois as dispenso. Sempre mantendo meu rosto escondido.  Brinco da forma mais perversa... E maliciosa que alguém pode fazer. E é isso que farei hoje. 

Observei o tocar minha pilha de livros, e assim interrompeu minha luta interna por alguns segundos. Sorri assim que o vi tirando um dos meus livros preferidos do lugar. Não acreditei quando começou a cita-lo: 

- Ninguém pode construir em teu lugar as pontes que precisarás passar para atravessar o rio da vida. 

Apenas sorri de forma a seduzi-lo e completei a frase, afinal, é raro alguém conhecer frases tão complicadas e entende-las: 

-Ninguém, exceto tu, só tu. Existem, por certo, atalhos sem número, e pontes, e semideuses que se oferecerão para levar-te além do rio, mas isso te custaria a tua própria pessoa. É, Nietzsche é um dos meus favoritos. 

Apesar de extremamente sádico, odeio que me encarem da forma que esse moreno faz. Me deixa corado, e ao mesmo tempo com uma vontade intensa de bater lhe a cabeça na parede, e o machucar:

- Bom... Seu café.. Prefere forte ou fraco?  - Forte. Sempre forte pra mim.

Ele aproximou-se de mim de tal forma que eu poderia segurar em seu pulso, para amarra-lo, mas controlei, afinal ele deu uma gargalhada, e essa petulância toda podia ser brincadeira. Quando eu realmente mostrar o meu lado, ele irá recuar, ou apenas.. Aceitar?  Virei as costas para ele, indo até a cozinha, para fazer o café que havia prometido... 

Coloquei a água para ferver, enquanto arrumava o filtro de papel sobre a bancada da cozinha.  Sempre atento aos seus passos, sorri e retirei uma pequena chave do bolso para abrir uma gaveta secreta. 

Dentro dela havia um pouquinho do meu arsenal, conseguido com uma licença falsa de doutor. Valium, ketamina e rohypnol. Todos usados para dopar. Retirei um comprimido da cartela de rohypnol e fiquei o encarando. Não estou acostumado a fazer isso com homens, portanto não sei quantos comprimidos usar. Normalmente um para mulheres magrinhas...  Retirei mais um e de forma delicada, os amassei, sem fazer barulho.

Coloquei todo o pó dentro da xícara e terminei de passar o café, deixando um cheiro maravilhoso por todo apartamento. Virei o pescoço, de um lado para o outro o estralando e gemi baixinho em satisfação, enquanto coava o café, já o passando para a xícara com o sedativo. Misturei bem e segui em direção a sala com as respectivas xícaras em mãos. " 

- Aqui está. Espero que esteja forte o bastante para você.

" Sorri de modo sádico ao outro e me sentei ao sofá em frente a ele, esperando que o mesmo não se demorasse a beber. Estava tão ansioso para toca-lo que... Poderia estuprá-lo agora "

- Oh, muito obrigado... Takashima-san. 

" Ele pegou a xícara que eu o esticava com a canhota, aquela dos sedativos e fez uma leve reverencia a mim antes de agradecer e tomou um leve gole. Vi o sorriso que o mesmo me lançou e o escutei comentar, virando o líquido todo de uma vez "

- Isso é bom demais, por Buda... 

"Apenas acenei lentamente após ouvir aquele comentário e olhei para o relógio, contando os minutos de forma desesperada.  Poucos minutos se passaram, até que vi seus olhos se estreitarem e o olhar ser direcionado a mim, como se me pedisse ajuda. Observei de modo blasé a xícara que espatifou-se e mordi os lábios.

Peguei os pedaços da sujeira e ri baixo.  Após terminar de limpar o resto do café que manchava meu tapete, agachei ao lado do moreno, e alisei seu rosto com feições delicadas, sussurrando: "

- Oh.. Você irá conhecer o quarto vermelho da tortura, heh. 

Shiroyama POV

"Sentei naquele sofá delicioso e sorri, folheando o livro que estava em minhas mãos. Como alguém poderia gostar do mesmo livro que eu, e ainda ser gentil? Balancei a cabeça e bocejei. Que droga de sono.. Mal dormi noite passada por conta da mudança, mas tenho de confessar que está valendo a pena.

Senti aquele cheiro delicioso de café invadir minhas narinas, e fechei o livro, colocando-o na mesinha baixa a minha frente. Observei aquele loiro sexy aproximar-se com nossas xícaras e gemi em satisfação ao ver aquilo. Esperei que o mesmo se sentasse a minha frente e esticasse a mão, indicando qual delas eu devia tomar. Que droga de sorriso perfeito ele tinha. O ouvi comentar baixinho sobre o café e sorri em resposta...

- Aqui está. Espero que esteja forte o bastante para você. 

" Mordi os lábios e retirei com ambas as mãos de sua canhota a xícara, fazendo uma reverencia. "

- Oh, muito obrigado... Takashima-san. 

" Levei aquela bebida dos deuses aos lábios e senti seu gosto. Realmente, ele não estava brincando quando dizia que não era parecido com nada que já havia tomado.  Retirei-o dos lábios apenas para fazer um comentário e em seguida o virei totalmente aos lábios.

Talvez meu pior erro fosse isso. Poucos minutos pareceram uma eternidade a mim. Senti como se eu perdesse o controle de meu corpo e dos meus pensamentos. Virei para o loiro para tentar pedir ajuda, mas ele estava ... Me olhando como se estivesse gostando daquilo. Minha visão se tornou turva e eu caí, fechando os olhos. Onde diabos eu havia me enfiado...? "

 

Agora

As cortinas fecham

Dentro da luz

Não vai demorar muito até nos transformarmos em sombras

e irmos com a escuridão ♪