Fanfic: Razões do Coração (Terminada) Vondy | Tema: Vondy

Dulce indagou a si mesma se Christopher a estaria vendo como um objeto perdido, recuperado e colocado no lugar errado, enquanto observava aqueles

longos cílios escuros e sensuais baixarem lentamente sobre olhos determinados a não demonstrar sentimento.

O silêncio transformou-se em tensão. Dulce tentou resistir à atração que Christopher despertava nela. Fora assim desde que se tinham visto pela primeira vez.

Ele era a personificação da beleza masculina. Tudo nele era belo, o rosto, o corpo, as pernas longas e bronzeadas.

"Sua coisas já chegaram?" ele perguntou casualmente.

"Eu... eu não se-sei" ela gaguejou, sem jeito. "Estive passeando por aí" concluiu, tentando parecer tranqüila.

"Teve alguma surpresa?" ele perguntou, voltando a enxugar os cabelos.

"Só no quarto de Diego" ela murmurou, sem desviar os olhos dele. "Ficou bonito."

"Que bom que gostou" ele falou sem sarcasmo.

Parou de esfregar os cabelos e atirou a toalha no chão. Dulce mordeu o lábio e tentou desesperadamente inventar uma desculpa para sair sem parecer covarde.

"Desculpe, perguntar" Christopher quebrou o silêncio. "Mas você veio aqui para..."

Ele devia estar querendo saber se ela queria usar o banheiro.

"N-não" ela murmurou, então corrigiu, pensando que o banheiro era o lugar ideal para onde escapar: "Sim, isso mesmo."

Ele não moveu um músculo, enquanto Dulce aproximava-se, mas deu um passo para trás quando ela o alcançou.

"Obrigada."

"Vai tomar uma ducha?" ele perguntou.

"Vou" ela se ouviu dizer.

Nem mesmo precisava usar o banheiro, e ali estava, dizendo que ia tomar uma ducha!

"Então, permita-me" ele ofereceu com voz sedutora.

Catherine ficou imóvel, quando os dedos de Christopher tocaram suas costas e desceram suavemente até o fecho do zíper de seu vestido de linho cor de jade.

Cerrando os dentes, rezou pela salvação. Sentia a umidade perfumada do corpo dele circundá-la. A fragrância provocava lembranças de corpos nus enlaçados no ato do amor.

Ele tremeu, quando sentiu que o zíper fora aberto em toda sua extensão.

Mas Christopher não parou ali. Com dedos ágeis, desabotoou-lhe o sutiã, e Dulce sentiu seus seios soltos, de repente, enquanto ele deslizava a mão por suas costas, de cima a baixo.

"Tome uma longa chuveirada, Dulce. Você está tensa como uma mola."

Uma ducha fria, ela pensou, desanimada.

"Claro que existe um modo mais eficaz de liberar as tensões" ele continuou, abraçando-a por trás.

Antes que ela pudesse reagir, os lábios dele tocaram seu pescoço e, como um vampiro sugando sua presa, ele mordeu suavemente um nervo que pulsava freneticamente. Ao mesmo tempo, insinuou as mãos longas e ávida para dentro do vestido aberto de Dulce, aprisionando os seios que acabara de libertar.

A tensão sexual reprimida durante todo o dia explodiu sem controle.

Ela ainda tentou protestar debilmente.

"Christopher, não" murmurou. "Preciso de uma ducha."

"Gosto de você como está" ele sussurrou. "Sentir seu cheiro, seu gosto..."

Ele já deslizava as mãos experientes pelo corpo dela, livrando-a do vestido, acariciando os seios ao redor dos mamilos, encorajando-os a enrijecerem para ele.

Era tão excitante sentir aquelas carícias, o toque dos lábios firmes, a maneira como Christopher a comprimia de encontro ao seu corpo. Quando ele afagou seu ventre liso e a tocou sob a calcinha, o único e pequeno pedaço de tecido que ainda a cobria, Dulce desistiu de lutar. Com um suspiro, ela se rendeu completamente, fechou os olhos e virou-se, ficando de frente para ele.

Incentivou-o, arrancando a toalha que permanecia ao redor da cintura estreita, de modo a poder senti-lo por inteiro.

"Beije-me direito" ela ordenou sem pudor.

Como resposta, Christopher ergueu-a nos braços e beijou-a com violência, profundamente. Levou-a até uma parede, onde a encostou, pondo-a no chão.

Livre da toalha, já podia usar meios mais eficazes para mantê-la excitada, e foi o que fez, pressionando sua masculinidade rija contra o ventre dela.

Libertando os lábios dos dele, Dulce atirou a cabeça para trás, concentrando-se no contato do corpo másculo.

"Está vestida demais" ele sussurrou sensualmente.

"Nunca mais vou usar calcinha" ela prometeu.

Christopher riu, e foi um riso muito masculino, tenso de paixão, que ateou fogo ao corpo de Dulce e a fez perder os últimos resquícios de autocontrole.

"Quero a cama" ela murmurou, quando sua pernas já não a podiam sustentar.

"Já pensei nisso" ele resmungou, levando-a para o enorme leito.

Com total falta de cerimônia, livrou-a da última peça íntima.

Quando enterrou a cabeça na parte recentemente exposta do corpo de Dulce, ela estendeu o braço e atirou longe as almofadas da cama. Era tudo muito urgente, muito frenético, imperioso. Nada de preliminares, de detalhes românticos. Ela o queria naquele instante, e era óbvio que Christopher desejava o mesmo.

Então, ela se lembrou da porta.

"Tranque a porta" pediu.

"Dane-se a porta" ele respondeu. "Não vou interromper isto, nem que a casa inteira entre aqui para nos olhar!"

Penetrou-a, certeiramente e com rapidez, e quando ela gritou, surpresa, ele riu de novo e forçou-a a encará-lo.

"Oi," falou ironicamente. "Lembra de mim? Sou seu amante fantástico!"

Não se movia. Estava brincando com ela. Excitara-a a ponto de fazê-la esquecer o mundo, para depois zombar dela!

"Quer brincar, Christopher?" ela provocou, passando as unhas pelos francos dele, onde sabia estarem algumas de suas zonas erógenas mais sensíveis.