Fanfic: Razões do Coração (Terminada) Vondy | Tema: Vondy

Ele suspirou. Dulce o provocou com os lábios e a língua. Christopher blasfemou em italiano, deixando de lado toda a tentativa de fazer graça, quando começou a mover-se sobre ela com uma força que a fez delirar.

Quando ela estremeceu, abrindo os braços como se nadasse de costas, Christopher pegou-a pela nuca, erguendo-a para ele. Sempre tivera necessidade de capturar os suspiros de Dulce, quando ela atingia o orgasmo. Dulce não lhe negava isso, e entregou-lhe todos os gemidos, arquejando, enquanto chegavam juntos ao clímax.

Depois disso, por um longo tempo, ela não se lembrou de mais nada.

Quando recuperou a consciência, lá fora ainda era dia. No interior do quarto, o ar-condicionado mantinha a temperatura em nível tolerável, mas, apesar disso, os corpos de ambos estavam banhados de suor.

Dulce observou Christopher por alguns instantes, enquanto ele jazia a seu lado, exausto e inerte. Mesmo assim, continuava um homem imponente. O corpo em repouso não deixava de passar uma impressão de potência assombrosa.

Potência... Um pensamento terrível passou pela mente de Dulce. Ela começou a suar frio, literalmente petrificada.

Christopher, intuitivamente voltou-se para ela.

"O que foi?" perguntou.

Em vez de responder, Dulce deslizou para fora da cama e correu para o banheiro. O que quer procurasse não estava lá, pois ela voltou imediatamente.

"Minhas coisas" ela murmurou, aflita. "Onde estão minhas coisas?"

"Ainda não chegaram" ele respondeu, espantado. "Esqueceu?"

"Não chegaram..." ela repetiu mecanicamente.

Christopher pulou da cama, talvez achando que ela ia desmaiar.

"Pelo amor de Deus, cara mia, o que houve?" indagou, ansioso.

"Minha bolsa, então" ela pediu fracamente. Então gritou, histérica: "Minha bolsa, Christopher! Onde está?"

"Dulce, o que significa isso?" Christopher quis saber.

Sem responder, ela apanhou do chão o vestido e começou a vesti-lo. Tremia tanto que Christopher tentou ajudá-la.

Dulce empurrou-o.

"Não posso acreditar que tenha deixado você fazer isso!" gritou. "Não acredito que eu tenha feito!"

"Fazer o quê, por Deus?" ele gritou de volta. "Sexo? Bela reação, para quem acabou de me seduzir!"

Com um pequeno gemido, ela correu para fora do quarto, tentando fechar o zíper do vestido que vestira sobre a pele nua.

"Dulce!"

Mas ela já corria escada abaixo.

Encontrou a bolsa onde a deixara: no piso do Mercedes.

Quando Christopher alcançou-a, ela estava agachada no primeiro degrau da escada diante da casa, com o conteúdo da bolsa espalhado no chão, a sua frente.

Havia um ar de fragilidade nela, que fez Christopher aproximar-se com extrema cautela.

"Vai me contar o que aconteceu?" ele perguntou gentilmente.

Ela abanou a cabeça, desolada. Havia lágrimas em seus olhos.

Christopher observou os objetos espalhados no chão, em busca de alguma explicação. Batom, carteira, passaporte, pente, lenços de papel. Nada que explicasse aquela agitação.

De repente viu, entre os pés descalços de Dulce, algo que lhe chamou a atenção. Levou alguns segundos para compreender o ocorrido. Começou a blasfemar e, com o punho cerrado, esmurrou a lataria reluzente

do carro. Depois disso, ambos silenciosos, compartilharam o horror do que acabavam de constatar.