Fanfic: Razões do Coração (Terminada) Vondy | Tema: Vondy

Tudo o que aquele homem tinha de fazer era olhá-la, para que ela não conseguisse mais pensar em coisa alguma.

"O que está fazendo aqui?"ela se forçou a reagir.

Com a peculiar arrogância, ele ergueu uma sobrancelha escura, e seu olhar a fez sentir-se incrivelmente pequena.

"Pensei que fosse óbvio"ele respondeu.  "Vim ver meu filho."

 "São apenas cinco horas" ela protestou. "Diego ainda está dormindo."

"Sei muito bem que horas são, Dulce" ele retrucou, enquanto uma sombra de preocupação passava-lhe pelo rosto.

À essa altura, Dulce começou a notar os sinais de mudança em Christopher. Ele parecia mais velho, por exemplo. O cinismo deixara vincos em seu rosto, e os cantos antes firmes de sua boca estavam um tanto caídos, como se ele não se permitisse mais sorrir.

Por alguma razão, ela se sentiu triste, e isso a enfureceu ainda mais. Não queria sentir nada por ele, a não ser total indiferença.

"Como chegou tão depressa?" ela perguntou, seca.

"Pilotei meu próprio avião durante a noite" ele falou "e vim direto do aeroporto para cá."

Olhando por sobre o ombro dele, ela esperou ver um carro enorme estacionado na rua, mas não viu nada. Então, lembrou-se de ter ouvido um carro pouco antes de se levantar.

Um táxi, pensou.

Devia ter sido uma grande novidade para ele! Ucker sempre gostara de estar no controle, fosse de seu carro ou de seu avião. Ou da vida dos que os cercavam.

"Em que aeroporto você aterrissou?" ela quis saber.

"Que importância tem?" ele retrucou, irritado. "E será que temos que conversar aqui fora?"

Olhou a sua volta, observando a calma rua residencial e as casas típicas daquela área, com suas fileiras de janelas iguais. Em algumas delas, podia-se notar cortinas afastadas por pessoas curiosas, atraídas por suas vozes alteradas.

Christopher não é do tipo de homem que conversa à porta, Dulce considerou divertida.

O respeitado chefe do mundialmente famoso Banco Uckermann de Investimentos era muito bem recebido por todos, onde quer que chegasse.

Mas ela não era uma dessas pessoas, lembrou. Não devia nada a Christopher, e tampouco o respeitava.

"Você não é bem-vindo" falou friamente.

"Talvez meu filho não pense assim" ele replicou no mesmo tom hostil.

"Então, por que não volta daqui a , digamos duas horas?" ela sugeriu. "Diego já terá acordado, com certeza."

Ela estava pronta para fechar a porta, quando os olhos dele brilharam de fúria.

"Se fechar essa porta vai se arrepender amargamente" ele ameaçou.

Dulce hesitou, odiando-se por deixar que Ucker a atemorizasse.

A tensão entre eles aumentou. Um não suportava o outro, e nenhum deles tentava esconder isso.

"Pensei que fosse absolutamente óbvio que precisamos conversar antes que Diego acorde" Christopher falou com rancor "Por que outra razão eu bateria à sua porta a uma hora dessas?"

Embora Dulce detestasse admitir, ele tinha razão. No entanto, ela continuou a impedi-lo de entrar. Velhos hábitos eram difíceis de mudar, e recusar a Christopher um centímetro de vantagem que fosse, tornara-se mais do que um hábito, era um princípio.

"Foi você quem me telefonou, Dulce," ele prosseguiu. "O que percebi em sua voz me deixou preocupado, e eu vim. Será que poderia ser mais gentil?" ele sugeriu. "Admitir, ao menos, que mereço consideração por ter vindo?"

Dulce, de mulher orgulhosa e intransigente, transformou-se subitamente numa criança envergonhada. Afastou-se da porta sem

pronunciar uma palavra, de olhos baixos, permitindo que o homem que fora seu marido por seis longos anos entrasse em sua casa pela primeira vez.

Ele entrou vagarosamente, pois também devia perceber a importância daquela ocasião.

De súbito, estava na frente dela, enchendo o estreito vestíbulo com sua presença poderosa.

Dulce sentiu a tensão crescer dentro dela, enquanto absorvia, literalmente, a altura de Christopher, seu corpo musculoso, toda a superioridade física em relação a ela.

Sentia o cheiro da pele de Christopher, as vibrações que emanavam dele, e sabia que tudo aquilo podia ser muito perigoso.

Há seis anos, bastaria um olhar para que eles caíssem nos braços um do outro, tomados de desejo. Naquele momento, mesmo depois de vários anos como inimigos, ela sentiu o desejo começando a tomar conta de seu corpo.

Diabos, blasfemou silenciosamente, sem saber se maldizia a própria fraqueza ou Christopher, por ser o animal sexual que era.

Desculpas Desculpas Desculpas Desculpas e mil Desculpas,DESCULPAS, tava com problemas no PC e ainda estou, mas creio que pretendo fazer de tudo pra posta pra vcs, leitoras que nem sei se tenho ainda :/

Ah pra quem curti Once Upon a Time, da uma passadinha nessa pagina do face e curtir ou comenta dizendo que foi indicação de Olhoslindos ;) obg