Fanfic: Coração Dividido | Tema: Ponny

A Divided Heart - Capítulo 21: Only For Love

~ Maite Perroni Pov`s.

Começou como um sonho. Acabou como um completo pesadelo. Como eu fui estúpida de imaginar que ele me amava e a deixaria! Fui até o ponto de ônibus mais próximo, meu carro estava na oficina então esse era o jeito. Nem dá pra acreditar que isso está acontecendo. Eu disputando um homem com minha melhor amiga. Sim, Annie é a minha melhor amiga. Por favor, não me julguem eu não pretendia me apaixonar pelo cara que ela ama. Foi tudo tão de repente. Lembro do primeiro dia que a conheci. Foi o melhor da minha vida.

- Flashback, dez anos atrás.

Eu estava conversando com minhas amigas sobre uma festa que a Rebekah Milligam ia dar. Ela era uma das garotas mais populares da escola, então está na festa dela queria dizer que você era parte das ultras do colégio. Obviamente, eu havia sido convidada e estávamos discutindo sobre qual vestido eu ia usar.

— Acho que o rosa combina mais com você. — Karla disse.

— Não. Eu, Maite Perroni Beorlegui, não uso rosa. Definitivamente não.

— Exatamente Karla. Ela vai ficar bem com um vermelho. Por que a Tita é uma mulher fatal!! — Dei uma gargalhada do quê a Estefy disse. Mulher fatal... Quem dera.

— É. Talvez. Vermelho é uma boa cor. A festa é daqui um mês até lá eu decido. — Me levantei e virei de frente para elas. — Bom, se me permitem eu vou para aula, gosto de manter minhas notas intactas. — As duas riram e eu sai. No corredor eu vi uma cena terrível. Três valentões do time de futebol estavam atormentando uma garota loira e franzina.

— Eii vocês! — Os três olharam pra mim. — O que pensam que estão fazendo?!

— Não é da sua conta gostosa!! - Sabe, eu sou um ser adorável. Até... Me chamarem de nomes desagradáveis que não é legal se ouvir em locais públicos. Sem pensar duas vezes chutei o amiguinho dele e em menos de dois segundos ele estava gemendo no chão.

—Sua vadia!! Você é louca?!

— Eu vou ficar, se não me tratar com mais respeito!! Agora, por favor, tratem os três de pedir desculpas a menina e irem embora daqui.

—E por que faríamos isso? — O rapaz que eu havia derrubado se levantou com a ajuda dos amigos.

—Porque além do seu amiguinho conhecer os meus pés, sua cara de orangotango vai conhecer os meus punhos! Posso ser pequena, mas acabo contigo em um segundo! Você quer encarar? — Ele me olhou bem, provavelmente pra ver se eu estava blefando, e não eu não estava. Depois de sete minutos (sim, eu estou contando) ele finalmente abriu a boca.

— Me desculpa.

— O quê? Ela não ouviu!

— Me desculpa garota. Nós não devíamos ter feito isso. — Dessa vez foi em alto e bom som, atraindo a atenção de todos ao nosso redor.

— Muito bem. Agora se mandem! — Me virei para menina que me olhava agradecida. — Vem vamos sair daqui. — Peguei a sua mão e a puxei nos levando pra onde eu sempre vou. Atrás do colégio. Lá é um bom lugar pra relaxar.

— Obrigada. — Ela falou.

— Não foi nada. Você teria feito o mesmo por mim. — Dei de ombros.

— Como sabe?

— Você parece legal. — Ela corou. — Então, você é novata aqui?

— Não. Estudo com você desde a quarta série. — Ela abaixou a cabeça.

— Impossível, eu conheço todos os alunos do colégio e eu saberia se você estudasse aqui.

— Bom, eu tenho álgebra, culinária, biologia, literatura com você. Ah, e também tentei entrar pros matletas, o time no qual você é a capitã.

— Como pode eu nunca ter visto você?

— Eu sou o que as pessoas chamam de fantasma.

— Bom, senhorita fantasma, acho que você sabe muito sobre mim e eu pouquíssimo sobre você. Então, qual é o seu nome e a sua história?

— Anahí Giovanna. Minha história? A garota ignorada por todos. Essa é a minha história.

— Bom, ignorada não mais.

— Por quê? — Ela arqueou as sobrancelhas.

— Porque agora você está comigo.

— Por que iria querer ser minha amiga?

— Bom, porque o seu nome é lindo e... eu realmente gostei de você. Ao contrário das outras, você é de verdade. — Sorri de um jeito meigo e abracei.

- Flashback Off.

Daquele dia em diante eu nunca mais a abandonei. Eu também não fui a festa da Rebekah, porque estava andando com uma invisível, mas pouco me importava. Annie era sincera e nunca mentiu pra mim. Ao contrário de mim é claro. O que me deixa pior é saber que fizemos o juramento e eu quebrei...

- Flashback, Oito anos atrás.

— Tita, esses brigadeiros estão incríveis! — Annie se melecava toda e ria como uma criança.

— E eu não sei. Adoro esse doce! — Me joguei em cima da cama.

— Escuta Tita, como vai ser daqui pra frente? — Annie me perguntou séria.

— Como assim?

— Digo, tem sido tudo tão maravilhoso com você do meu lado, mas... Agora, você vai pra Londres e... Não sei se posso continuar sozinha. — Ela abaixou a cabeça. Eu sabia o que estava por vir. Seria mais um momento de muito choro coletivo e começaria pela Annie.

— Annie darling, não fica assim eu... Tenho uma proposta pra você. Eu pensei bastante nisso e... Eu quero que vá morar comigo em Londres!!! — Ela me olhou assustada. — Mas, se quiser é claro. — Abaixei a cabeça envergonhada,

— Claro que eu quero!!! Eu... Ai May eu te amo. Você é minha melhor amiga! — Ela me abraçou. Depois que ela me soltou eu me levantei e peguei o meu canivete na gaveta.

— Me dá o seu dedo. — Ela me entregou e eu fiz um pequeno corte nela e em mim também. Juntei os nossos dedos, fazendo o sangue virar um só.

— Eu, Maite Perroni, prometo nunca te abandonar ou deixar você pensar que é menos do que realmente você é. Vou te amar, respeitar, proteger, mimar, enfim, tudo o que estiver ao meu alcance pra te fazer feliz, e o principal, nunca vou deixar nenhum cara se intrometer na nossa relação. — Quando terminei Annie estava chorando e eu também estava com olho cheio de lágrimas.

— Agora é a minha vez: Eu Anahí Portilla, prometo ser a amiga mais fiel do mundo. Nunca vou te deixar em nenhuma ocasião. Vou te amar, respeitar, proteger, mimar, mover montanhas pra te ver feliz. Porque você não é só minha amiga Tita, é minha irmã! — Deu pra imaginar o que vem por aí né? Duas choronas emotivas que se amavam pra caralh*.

- Flashback off.

Entrei dentro do ônibus e segui a minha viagem. Eu me sinto um lixo por ter quebrado a promessa que fiz a ela. Era um pacto de sangue, um elo que nunca poderia ser quebrado e eu tonta demais o fiz. Christopher desgraçou as nossas vidas assim que apareceu. Eu o havia visto primeiro em uma boate em Londres, depois nós ficamos amigos coloridos. Christopher dizia que eu era muito boa na cama, mas não me via mais do que uma amiga. Um dia ele chegou e me disse que estava apaixonado, que a garota era perfeita e que queria se casar com ela. Isso porque ele a conhecia a três meses. Eu devia ter desconfiado. Quando descobrir que a garota que ele falava era Anahí e não eu, meu mundo acabou. Ele se mudou com ela de volta pro Texas e agora, é o que agora. O casamento que talvez não saia. Eu resolvi deixar o homem que eu amo ir embora e me deixei ser a amante dele... Estou tão distraída que nem percebi que havia chegado na parada da meu apartamento. Desci e corri para dentro me escondendo dos pingos de chuvas que insistiam em cair. Subi até o meu andar e entrei no meu lar. Me joguei no sofá e ali mesmo fiquei adormecendo com o meu remorso, o amor que foi jogado fora e meu orgulho completamente ferido.