Fanfic: She Will be Loved | Tema: Demi Lovato, Justin Bieber

Acordar com bom humor... Sinto falta disso.

Na verdade sinto falta de ser feliz. Quando se mora com os pais que não ligam pra você e vive iludida em um amor virtual... Você não consegue ser feliz.

Na verdade acho que a culpa da minha infelicidade, se deve ao bullyng. Mas talvez não seja isso. As pessoas são simplesmente sinceras comigo quando me chamam de gorda. Ou de feia, Burra, medrosa e de todas as outras maneiras de me ofender. Eu só queria uma chance. Uma chance para... Provar a felicidade.

Nunca serão felizes aqueles que tem cicatrizes no pulso e que as abrem todos os dias. Jamais provarão de felicidade quem sente o sangue quente e vermelho descer pelos braços todos os dias. Achas mesmo que alguma felicidade vai querer encostar os doces lábios na testa de quem se agride e colaca os dedos na garganta? Achas que ela irá proteger e acolher quem se destrói e tem medo da própria vida?

Pois acho eu, que não.

Logo, nunca serei feliz.

Todos os dias são pedaços de inferno. Cada minuto se junta para ao fim, no final das minhas forças, Ser fraca um pouco. Ou continuar sendo. Não chamo minhas atidudes de força... Não sou forte. Nem magra. Nem bonita. Tampouco inteligente. Ou só não sou a imagem de garota perfeita que a sociedade criou.

Ir para a escola é a pior forma de acabar comigo. Quando não estou sendo ignorada, recebo atenção demais. Atenção que, acredito eu, Ninguém quer receber. Quem quer ser xingado? Alias, isso é considerado algum tipo de atenção? Acho que não.

Ao passar pelo corredor, escuto sussurros. Chego a pensar que é o meu próprio sub consciente contra mim. Mas basta levantar o olhar que vejo os risos e o pânico dá cambalhotas em minhas articulações me fazendo tropeçar em meus próprios pensamentos.

Abrir o armário é a segunda pior coisa. Milhares de bilhetes caem em mim. Bilhetes ofensivos demais para serem lidos. Então, puxo meus livros e ouço risadas. Saio de lá batendo a porta do armário
e
 lá está.
 Atras.
 Na porta do armário.
Olha lá.

“DEMI BALEIA”

Desviar o olhar e ignorar não é o suficiente. As lagrimas não são contidas assim. Respiro. respiro forte como se o oxigênio não fosse o suficiente para me deixar viva.

Caminhar. Eu não caminho. Não é o suficiente nem rápido o bastante para que eu me sinta isolada e mais invisível. Ali estão as vadias de saia curta. Todas loiras e o nariz com plástica. Aqueles pompons nas mãos, balançando e é só ‘demi baleia’ passar que começam todas juntas.

_Eu quero um B quero um A quero um L, E, I, A . DEMI BALEIA! – cantarolam e todos riem.

Então tento correr. Um pouco mais rápido. Estou a dois passos da sala e... finalmente... quase eu entro.  Me param na porta e me fazem esperar até que o sinal bata.

Prendem minhas mãos. Não adianta gritar socorro. Não tenho pra quem pedir ajuda.  O sinal. Ele bate e a professora me dá um sermão, só para dar razão a elite do colégio e deixar a mendiga de lado. Rebaixada. Sento-me. E, assisto a aula.

Ou, só mergulho em pensamentos e sussurros suicidas.

Não consigo escutar nada mais alem disso.

Meus próprios sussurros

Os sussurros que eu preciso.

As bolas de papel que são lançadas em mim, não me distraem. Apenas as noto no final da aula.

A hora do almoço é o outro  terceiro pior momento. Todos me observam pelos corredores esperando eu abrir a boca para poderem gritar algum tipo de zoação.

Mas não sinto fome.

Não sinto fome a muitos dias.

Apenas volto para sala e assisto o resto das aulas.
E elas acabam. E eu volto ao armário. E mais toneladas de papeis idiotas caem. E volto para casa.

4º pior problema:  Minha casa.

Andar e ninguém notar minha presença... Vou direto ao meu quarto e bato a porta. Escorrego até o chão ainda encostada na porta e me deixo desabafar em forma de gotas. Por muito tempo. Por 3 horas. Quando já não tenho forças, entro no banheiro . na 5ª gaveta. Lá estão. Elas brilham e me chamam. As laminas.

Mais 3 horas e agora já são 20 horas da noite em Albuquerque.

Limpo o chão com o doce sangue das minhas veias e tomo banho. Tomo banho por muito tempo. Mas não choro com a dor.

Me visto como de costume – Blusas de mangas compridas e calças de moletom – e Jose entra no quarto.
_Senhorita Demi? – Apenas sorrio. – Aqui. Coma um pouco! – carrega uma bandeja com algumas torradas e waffles e um copo de suco.

_Não estou com fome. – Encolho os ombros.
_Mas não comeu o dia todo! – sorrio mais uma vez.
_Tudo bem. Deixe ai. – apontei para a minha mesa.
_Posso limpar seu quarto? – Sugere.
_Não se preocupe. Pode ir. –um palavra final e ela bate a porta.

Ligo o computador para ler alguma coisa, ou ver se ele está online. Lembra do amor virtual? Então. Mas eu não diria que me sinto completamente apaixonada por ele. É que... Ele é a única pessoa que fala normalmente comigo. Ele é o único que age como se eu fosse bonita e inteligente.

E ele é bonito. 
Mora no Canadá. É capitão de um time de basquete, loiro, olhos cor de mel, alto... Ele é perfeito. Ele é meu melhor amigo, mas eu não sou nada dele.

Justin Diz:
Oi demi Linda!
Demi Diz:
oi rs. Tudo bem?
Justin Diz:
Não...
Demi Diz:
o que houve?
Justin Diz:
Você não quer ligar a web pra mim.
Demi Diz:
Você não precisa me ver.

Justin Diz:
Sim preciso. Prometo que se você ligar, vai ter uma surpresa.
Demi Diz:
Ainda bem, porque, não gosto de surpresas...
Justin Diz:
Tem medo que eu seja um pedofilo?
Demi Diz:
 Justin Drew Bieber, o pedofilo internauta!
Cuidado garotas, ele tem wi fi.
Justin Diz:
hahahahahahaha Sua idiota.
Demi Diz:
exatamente! Não precisa ver idiotas.
Justin Diz:
Você é uma idiota bonita e legal.
Demi Diz:
Nunca me viu para saber se sou bonita.
Justin Diz:
Mas eu sei que é.
Demi diz:
Não sou , não.
Justin Diz:
Prove!
Demi Diz:
Está me desafiando?
Justin Diz:
Se for preciso para te fazer ligar a web can...
Demi diz:
Você é meu único amigo e não quero te perder. Se eu ligar, não vai mais querer falar comigo.
Justin Diz:
Vou sim. Para com isso! Liga logo, to mandando u.ú
Demi Diz:
Nãaao.

Justin Diz:
Então não vou falar com você até você ligar.
Demi Diz:
Não faz isso.
Justin Diz:
Tchau
Demi Diz:
I HATE YOU.
Justin Diz:
No. You Love me. And I love you too.
* Envied Message of video *

 Justin Diz:
Sabia que ia ligar.
Demi Diz:
Então aceita antes que eu desista.

Levantei para ligar a luz, coloquei o computador em cima da minha mesinha ao lado da bandeja e me sentei em frente a mesa. Não me preocupei em me arrumar. Meu cabelo sempre está do mesmo jeito. Um corte reto com fios longos e uma franja que para acima das sobrancelhas.

Ele atendeu e também apareceu. Estava sem camisa e em seu cabelo, visualizei o que parecia um topete. Quando eu apareci lá, ele sorriu. Eu sorri de volta. E agora podia ouvir sua voz.
O lugar que ele estava era um pouco estranho. Parecia um camarim. Tinha um garotinha pequena adormecida no sofá perfeitamente branco e um garotinho pequeno que desenhava no chão com canetinhas coloridas.

_Você é linda. Eu falei que era. – tapei meu rosto com as mãos. – Fala pra eu ouvir sua voz!
_Você é a primeira pessoa que diz isso. – Sorri de lado.
_ Tá frio ai?
_Não.. – Respondi esquecendo o motivo que estava com roupa de frio.
_Por que essa blusa então?
_áh, - me espantei. –Não, nada. – encolhi os ombros.

Jose entrou.
_Senhorita Demi?
_hm?
_Posso pegar a bandeja?
_Acho que sim.
_mas a senhora nem comeu!
_Eu disse que não estava com fome!
_Mas não comeu o dia todo... – Me encarou estranho.
_Comi no colégio- menti.
_tudo bem. –Entrou e pegou a bandeja. Ficou encarando justin e ele acenou pra ela. –Ele pode me ver? –Ela arregalou os olhos.
_Hei, justin, você é cego? –Perguntei zoando da cara de Jose.
_Acho que não. – Ele respondeu rindo.
_É ele pode te ver...
_Ele é aquele garoto! Aquele que passou na TV! Senhorita Demi – ela arregalou os olhos. – Ele num é o Diuxin Bibeir?
_Sim Jose, sim. Pode ir.. vai.. vai limpar a Marie. Ou.. sei lá.
_Tudo bem... – Fez beicinho e saiu do quarto.


_Justin, o que fazia na TV? – Perguntei despreocupada depois que ouvi a porta bater.
_Estava dando um entrevista.. lá no programa da Ellen.
_Ah, que legal. – sorri e fingi estar entusiasmada. – Que tipo de entrevista?
_Doei um dinheiro recentemente para uma instituição... ela me ajudou na campanha e tals.- Sorri.
_A garotinha ali acordou, olha.
_Jazzy! Vem cá, Princesa . – Ele chamou ela que logo correu para seus braços.

Ela me encarava.
_Boo, por que essa moça tá dentro de seu computador? –Cutucou justin e eu acenei. 
_Não sei. Eu tava tentando tirar ela daí, mas ela nem sabe quem eu sou. – Eu ri e justin me acompanhou. A garotinha ficou espantada e se juntou ao garoto que riscava o chão.
_Que tal comprar papel para as crianças?  - Sugeri e ele riu.
_É tinta lavável. – Ele riu.
_Onde você tá?
_Londres. Vim trabalhar e passar férias com eles. – Apontou para as crianças. – Meus irmãos. –Disse quando abri a boca para perguntar. – Você é de Albuquerque né?
_uhum – prendi meu cabelo. –Estudo na Albuquerque High School .
_hmm. – Ele sorriu. – E você já... – Foi interrompido com alguém entrando lá.
_Justin, Vamos? O carro já tá pronto para irmos.  – um cara grandalhão entrou avisando seguido de um moça com um vestido cor de vinho e cabelos longos.
_Vamos filho! – se aproximou dele e beijou o topo de sua cabeça. – Quem é essa? – Perguntou e sorriu.
_É a Demi. É minha amiga. – eu acenei e ela sorriu.
_Demi, vou roubar ele um pouquinho, ok? – ela riu .
_Já entendeu né? – Ele fez um sinal com a cabeça para a mãe. – Tchau – Sorriu. – ah, não esquece you don’t hate me. You Love me.
_And you Love me too. – Completei e rimos juntos. Ele levantou e desligou a chamada.

Fechei o computador e deitei para dormir.

[...]