Fanfic: Always be Together - 1ª e 2ª Temporada Terminadas | Tema: Vondy - ( Romance e hot )

Capitulo 21 - Pai e Filha.

O caminho de volta para casa foi em profundo silencio, Dulce estava com a cabeça encostada na janela, encolhida em seu canto, ela parecia estar bem distante, parecia estar em seu mundo, Mellissa estava no banco de trás ouvindo musica em seu celular, ela não havia falado nada até então, sua aparencia era de precupação e confusão.

Eu sabia que Fernando iria aprontar alguma, ele não havia me telefonado e a semanas eu não sabia noticias dele. Ai aquele filho da mãe decide aparecer do nada, sem avisar e deixando minha mulher daquele jeito. Eu não sei o que eu sentia, se era odio, se era dó de Dulce, ou se eu sentia vontade de matar aquele filho da pu/ta.

...

— Melissa meu amor, vá para o seu quarto. Eu e sua mãe precisamos conversar - dessa vez eu falei mais calmo e educado. No botanico eu havia sido muito grosso com minha princesa, mas quando eu vi Fernando ali, o odio subiu na minha mente.

Lisa foi até Dulce e lhe deu um beijo no rosto e em seguida ela veio até mim e me abraçou.

— Tudo bem - ela concordou. Foi a unica coisa que ela falou desde então.

— Depois eu subo para conversar com você - ela concordou com a cabeça e subiu as escolas rapidamente. Eu ou Dulce teria que conversar com ela, a cabeça dela deveria estar uma confusão.

Dulce me olhou com uma expressão calma, porém cansada e nervosa.

— Porque não me contou tudo antes? - por fim ela falou, soltando todo o ar preso em seu pulmão.

— Dulce eu queria te proteger - expliquei - em todo o momento eu só pensei em você - fui sincero.

— Me proteger Christopher? no meio da mentira? - ela falou chateada demais.

— Dulce voce tem que me entender - me aproximei dela - esse cara estava na merda, ele nunca se importou de verdade com você - falei a verdade.

— Fo/da-se Christopher, esse cara é meu pai, eu tinha todo o direito - ela deixou um par de lagrimas sair de seus olhos - você me conhece tão pouco tempo para saber que eu odeio mentiras? - ela cruzou os braços. Dulce estava muito nervosa e um pouco descontrolada, mas eu tentava manter a calma para poder resolver as coisas da melhor forma.

— Dulce, entenda eu não queria trazer para nossa familia um bandido - aumentei o meu tom de voz.

— Não interessa - ela limpou as lagrimas - quer saber fo/da-se, danesse você - ela falou grossa e arrogante. Dulce dificilmente perdia cabeça, mais agora eu não estava conhecendo ela.

— Dulce, se acalma vamos conversar como pessoas civilizadas. - segurei seu braço.

— Não, eu não quero conversar com você - ela se soltou do meu braço e foi até o sofá e pegou sua bolsa, logo em seguida indo em direção a porta.

— Para onde voce vai? - falei sendo um pouco rispido.

Ela não respondeu nada, apenas se virou e me deu oma olhada um tanto sofredora.

— Dulce Maria, eu tenho todo o direito de saber - aumentei o tom de voz, mas ela já havia saido de casa batendo a porta.

Da ultima vez que haviamos brigado e ela saira de casa na mesma hora, acabou sendo assaltada e indo parar no hospital, portando agora eu estava preocupado pra cara/lho. Mas eu não iria atras dela, eu sabia que ela precisava de um tempo apenas para ela, eu sabia muito bem que ela precisava colocar a cabeça no lugar. Só que eu queria ajuda-la a entender tudo da melhor forma possivel, só que a cabeça dura dela não queria nem ouvir minha voz. Esperaria a poeira abaixar e depois.....depois eu não sei.

Pov Dulce Maria.

Mentira? Ah ele mentiu, eu odeio a mentira, ainda mas se ela se tratar de algo tão sério. Eu me sentia traida.

Meu pai voltou, e eu estou achando que tudo isso é um sonho e a qualquer momento eu irei acordar para realidade. Mas a realidade era o agora e eu custava a acreditar, que depois de anos e anos a pessoa que me abandonou estava de volta. Eu não sabia o que eu estava sentido, mais a minha cabeça estava a milhão, eu não conseguia raciocinar deireito, meu coração estava acelerado ainda.

A unica coisa que eu queria saber era a verdade, apenas isso. Eu queria entender tudo o que aconteceu, mas eu não queria ouvir isso vindo de Christopher, porque eu estava pu/ta com ela, eu estava triste, chateada, eu não conseguia nem olhar para ele. Eu queria ouvir tudo, saindo da boca do meu pai, e era isso que eu ia fazer.

Apertei as mãos no voltante, encarei o retrovisor interno e meu rimel estava borrado em meus olhos, eu estava ligeiramente acabada. Brequei o carro com força enfrente a delegacia do centro da cidade, concerteza ele estaria ali.

Respirei fundo.

Me estiquei para abrir o porta luvas para pegar uma toalhinha, peguei uma garrafinha de 500ml, mas ela estava na metade, eu havia comprado para Melissa ontem de noite. Molhei a água no pano e limpei meu rosto.

Abri a porta do meu carro e sai, pisando fundo no asfalto. A delegacia parecia bem tranquila, um agente que estava atras de um mesa me reconheceu (droga, esqueci meus óculos escuros)

— Poderia ajudar, senhorita? - ele perguntou.

O local estava me dando crise de espirros, devido aquele cheiro de mofo.

— Eu gostaria de saber se Fernando Saviñón está aqui? - falei séria.

Ele deu uma risada de puro deboche.

— Chegou agora - ele deu um sorriso de lado - o que você é dele? - ele parecia curioso.

— Isso não vem ao caso, eu quero falar com ele - eu estava nervosa e minha educação estava péssima.

— Ele não pode receber visitas - o cara moreno que mais parecia um poste falou grosso.

— Você não está entendendo - dei uma risada debochada - eu exijo ver ele agora - falei séria. Peguei meu celular que estava no bolso do blazer acinturado preto e disquei o numero do meu advogado Dr. Rocha. Mandei ele vir até a delegacia.

Eu sei que eu estava errada em chamar um advogado para o homem que abandonou a mim e minha mãe, mais eu me sentia na obrigação de fazer isso, pelo menos para ele ser tratado que nem gente naquele local nojento.

— Meu advogado já está acaminho - avisei para aquele homem que lembrava o ator Russell Brand - será que pode me levar até a cela dele, por favor?

O homem suspirou e se levantou.

— Me acompanhe por favor - seguimos para um corredor, ele abriu as correntes do portão de aço, que dava acesso as celas daquela área.

Enquanto eu atravessava aquele corredor ouvia gritos e assobios. Não me importei.

Paramos na penultima cela do lado esquerdo. Meu coração se quebrou em ve-lo com aqueles outros homens todos imundos e com cara de pisicopatas. Fernando estava de cabeça baixa quando ele me viu, me olhou nos olhos, com cara de arrependimento.

— Fernando me acompanhe - o sósio de Russell falou totalmente rispido. Ele abriu a cela e o outros gritaram.

"a princesinha veio buscar o vagabundo"

Ouvi alguns gritarem.

Não dei importancia.

Russel virou Fernando com brutalidade e algemou as mãos dele, atras das costas. Ele nos levou até uma sala onde havia uma mesa velha e duas cadeiras, em péssimo estado.

— 20 minutos - o agente falou e depois trancou a sala nos deixando sós.

— Dulce, minha filha - ele me olhou no fundo dos meus olhos - o que você está fazendo aqui, isso não é lugar para você.

— Precisamos conversar - segurei minhas lágrimas.

— O seu marido sabia de tudo, mas ele não queria que eu me aproximasse de voce - ele tentava falar tudo ao mesmo tempo - eu queria te ver... eu estou arrependido.

— Porque você preferiu essa vida de merda do que eu e mamãe? - perguntei baixo.

— Eu estava envolvido em outros rolos Dulce, ou era isso ou morrer. Eu tinha muitos problemas. - ele abaixou a cabeça - Aconteceu muitas coisas, durante esse anos todos - ele suspirou.

— Porque você não me procurou antes? que falta você me fez todo esse tempo - solucei - Mamãe morreu e não me restou mais nada. Se voce soubesse o quanto me doia passar o dia dos pais sozinha, ou não ter um pai para me defender na escola - abaixei a cabeça e comecei a chorar.

— Minha filha, me perdoa, por favor. Eu estou tão arrependido - não olhei para o seu rosto -, eu senti sua falta todos esse anos - sua voz havia mudado o tom, ele parecia chorar - sua mãe era a mulher da minha minha vida....oh Blanca.

Quando ele tocou no nome da minha mãe, desabei no mesmo instante.

— Eu não quero que voce falei da minha mãe - olhe em seus olhos vermelhos - voce não tem direito - suspirei tentando me acalmar. Só em lembrar o tanto que ele havia feito ela sofrer, doia meu coração.

— Eu sei que é dificil para você, mais eu sou humano também erro - ele colocou as mãos algemadas em cima da mesa.

Eu não conseguia mais ficar naquela sala, minha mente não trabalhava, eu queria ir embora. O dia já deu para mim, por um instante eu preferi acreditar que tudo era mentira. Minha cabeça iria explodir a qualquer momento.

— Eu...eu já contratei um advogado para voce - Limpei minhas lagrimas - só para não ser tratado como um animal nesse lugar - olhei para os lados - mais você vai ter que pagar pelo que fez!

— Eu sei, eu sei - ele limpou as lagrimas nos ombros - Dulce, é ... por favor ... me de um abraço. É a unica coisa que eu peço - ele falou calmo e com um tom triste.

Olhei para ele por alguns segundos. Me aproximei e tive certeza do que eu estava fazendo. Abracei ele com força e desabei, chorando em seu ombro, ele não me abraço porque suas mãos estavam algemadas, mais eu pude sentir um abraço verdadeiro. Um abraço diferente, de pai para filha.

— Senhorita, já deu o tempo - O policial apareceu abrindo a cela e eu me separei de Fernando rapidamente.

— Eu vou mandar trazer roupas e comida para voce todos os dias - avisei.

— Não, se preocupe comigo, só quero que voce fique bem - sai sem olha para tras e quando dei uma ultima olhada, li seus labios que dizia "eu te amo"

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