Fanfic: Always be Together - 1ª e 2ª Temporada Terminadas | Tema: Vondy - ( Romance e hot )

Capitulo 44 - De mãe para mãe

2ª Temporada

Susan ainda olhava incrédula para mim. A mesma não movia um músculo e não piscava os olhos. Ela parecia estar paralisada ou em outro mundo. Me levantei. Minha vontade era de dar na cara dela, mas essa não era a melhor forma de resolver as coisas e era a maneira mais infantil que alguém poderia tomar.

— Como entrou aqui? - Ela engoliu seco e deu um passo para trás - Como conseguiu isso? - ela se referiu ao RG.

— Isso não importa. O que importa é que você não foi inteligente o suficiente para terminar o seu trabalho sujo de se envolver com a minha família - falei calma. Mas por dentro meu coração estava acelerado e nas minhas veias corria ódio.

— Se você esta achando que... - não deixei ela terminar.

— Eu não estou achando nada - falei um quanto tanto grossa - Apenas me fale a quantia em dinheiro que você quer para sumir daqui - peguei minha carteira que estava na bolsa.

— Eu não quero seu dinheiro. Eu quero a minha filha - ela falou com tanta raiva que as veias do seu pescoço deram uma pequena saltada.

— Sua filha? - arqueei a sobrancelha esquerda - Eu acho que não deveria ser considera como mãe, uma pessoa que larga a criança logo após dar a luz e foge - falei séria.

— Eu tive os meus motivos - ela falou irritada - Você não sabe de nada - ela me encarou.

— Eu sei sim. Eu já fui abandonada e sei muito bem a dor disso. Mas Melissa não precisou passa pelo mesmo que eu. Graças a Deus - soltei um longo suspiro.

— O nome dela é Amélia - ela falou baixo.

— Não esse não é o nome dela. A batizamos de Melissa e assim é - falei ríspida - Olha aqui, essa quantia é suficiente para você, seu marido e seu filho saírem daqui e viver em outro lugar - entreguei um envelope com uma média de 58 mil reais. Não era possível que ela não aceitaria.

— Eu não quero seu dinheiro. Já falei - ela falou nervosa, pegou o envelope e jogou no sofá como se não houvesse importância - seu dinheiro não vai me comprar!

— Qual é a sua? Porque decidiu voltar agora depois de tantos anos? - olhei no fundo daqueles olhos claros.

— Eu passei anos procurando ela, um dia eventualmente acabei vendo uma foto dela em um canal de Tv e tive certeza que era ela. Me mudei para cara para saber mas e olha o que aconteceu - ela deu um sorriso completamente falso.

Andei pela sala e peguei um pequeno retrato de uma criança sorridente, era o filho dela, eu tinha certeza.

— Não sei como não largou essa criança - falei da boca para fora.

— As pessoas mudam - ela tomou o retrato da minha mão.

— No seu caso. Eu não acredito muito - sai de perto dela - Bem, eu não tenho a noite toda, se não quer o dinheiro me diz o que quer e se manda? Deixa minha família em paz, deixa Melissa em paz - eu estava me descontrolando.

— Eu não vou sair daqui - ela falou rindo debochada - Você escolhe Mrs. Maria, ou eu faço um teste de DNA e jogo nas mãos do Juiz ou me deixa conversar com ela, pelo menos conhece-la - Confesso, aquilo me assustou um pouco.

— Você não tocar um dedo na minha filha - falei cheia de raiva - Você não tem esse direito.

— Tem medo da verdade? - ela me encarou vitoriosa - Você sabe que o exame irá dar positivo. De quem você acha que ela herdou os olhos claros e os cabelos loiros? - ela falava com tanta calma que me deixa irritada, com vontade de esmagar aquela cabeça.

— Você não pode chegar do além e ir falando para Melissa "Oi sou sua mãe, voltei filhinha, agora vamos ser feliz" - falei descontrolada, eu queria chorar, gritar, correr.

— Juro que vou faze-la entender da melhor forma possível - ela falou tranquila.

Ela tinha virado o jogo completamente ao seu favor.

Não me controlei e agarrei ela pelos braços, olhei no fundo dos olhos dela e falei:

— Apenas sai do México, vamos resolver isso da melhor forma possível sem prejudicar Melissa - apertei os pulsos delas e ela arrumou forças e me empurrou para trás.

— Sai da minha casa - ela apontou para porta - Sai - ela falou calma.

Lhe lancei um olhar fatal e sai daquele apartamento, o local já estava ficando muito pequeno para nós duas.

Eu não sabia o que iriá fazer, Susan parecia perigosa, seu olhar sobre mim me assustou um pouco. Mas eu viraria o jogo, ela não iria tocar na minha filha, não mesmo! Seu tom de voz parecia tão determinado, ela parecia uma fera querendo proteger sua cria. Mas essa cria era minha, ela que tivesse pensado bem antes de abandona-la. Minha cabeça doía e eu nem prestava atenção nos semáforos, devo ter ultrapassado uns 6 que estavam vermelhos. Quando vi já estava perto de casa.

Deixei o carro no jardim mesmo e mal estacionado por sinal. Eu só queria subir para o meu quarto e deitar, mas claro Christopher faria aquele interrogatório, eu eu não estava com cabeça. Quando abri a enorme porta de madeira da entrada, vi Melissa na sala, lendo um livro, ela parecia bem destraida. Quando vi aquele rostinho lindo, não teve como não sorrir.

— Mãe, demorou - ela sorriu e continuou deitada - Eu e o papai pedimos comida italiana - ela comentou e voltou a ler.

— Sem nenhum problema - me sentei no braço do sofá - Que livro é esse? - perguntei.

— Ana que me deu, papai trouxe hoje - ela falou tranquila e meu coração gelou por alguns minutos e uma raiva tomou conta de mim.

— Melissa, larga o livro e vem aqui por favor - pedi cautelosa. Ela me olhou sem entender e assim fez, largou o livro no sofá e veio até mim. Ela estava com um pijama de oncinha superfofinho.

— Pode falar - ela sorriu.

Eu não disse nada, apenas puxei ela com delicadeza e a abracei. A conversa com Ana me deixou tão frágil, eu tinha tanto medo de perder Melissa, ela era minha vida, acho que se perdesse ela, eu não teria mas motivo para viver. Todo seu jeito manhoso, quando queria uma peça de roupa mais cara da loja, ou seu jeito amoroso quando falava de Chad e até mesmo seu jeito acolhedor, querendo ajudar todo mundo. Tudo isso a fazia unica e especial para mim.

Abracei ela tão forte, que pude sentir o cheiro de seu shampoo de ameixa. Não teve como não se emocionar, lagrimas quentes escorriam pelo meu rosto.

— Mãe, o que foi - ela se separou do abraço.

— Nada meu amor, nada - sorriu - saiba que eu te amo muito - beijei sua testa.

Ela estava tão confusa.

— Eu também te amo, sua doida - ela falou brincalhona e não teve como não rir. Ela me deu um beijo no rosto e deu um sorriso mais lindo do mundo.