Fanfic: Always be Together - 1ª e 2ª Temporada Terminadas | Tema: Vondy - ( Romance e hot )

Capitulo 48 - Carta

2ª Temporada

Fui até o closet de Melissa e peguei uma manta vermelha para enrola-la, ficamos mais ou menos uma hora e meia conversando sobre qualquer assunto que não fosse Susan, apesar de Melissa ter em perguntado muito sobre como fora sua volta eu respondi mesmo assim. Depois percebi em seu olhar que ela já estava ficando cansada e seus olhos estavam inchados e o rosto vermelho de tanto chorar aquilo me dava tanta pena, eu já havia sofrido com isso quando me pai tivera voltado e depois de passar alguns meses em prisão domiciliar aqui em casa hoje ela mora em um apartamento no centro, ele vem algumas vezes aqui, mas como arrumou um novo trbalho em um restaurante mal tem tempo e toda essa transformação dele me deixava muito feliz.

Quando coloquei a mão na testa de pescoço de Melissa, percebi que sua temperatura havia elevado um pouco, provavelmente fora todas as emoções vindas de uma só vez, ela disse que estava com dor de cabeça também. O melhor a se fazer naquele momento era lhe preparar um chá e lhe dar um remédio.

— Fique aqui deitada meu amor, já volto - beijei sua testa e ela apenas concordou com a cabeça e se encolheu nas cobertas.

Enquanto descia as escadas, não parava de pensar em Christopher, onde diabos ele havia se enfiado? tentei ligar em seu celular algumas vezes, mas só caia na caixa postal. Passei pela copa e a mesa de vidro que antes estava cheia de coisas do café da manhã agora tinha apenas uma toalha branca meio e um arranjo médio de tulipas artificiais. Fui até a grande cozinha e encontrei Glória guardando alguns talheres na gaveta brancas do gabinete da pia de marmore.

— Oi querida - Glória arrumou o avental preto e sorriu simpatica para mim - Como está a garotinha? - ela se referiu a Melissa e fechou a gaveta do gabinete.

— Está com febre - mordi os lábios.

— Posso preparar um chá para ela, se quiser - Glória de ofereceu carinhosa.

— Não precisa, pode deixar que eu mesma faço. Obrigada - toquei seu ombro agradecida.

— Tudo bem, qualquer coisa é só me chamar - ela passou a mão no meu rosto - Estou no jardim...desculpe mas aquele novo jardineiro que vocês contrataram é um verdadeiro lesado, deixe me ver o que ele está aprontando. Acredita que ele cortou todas as rosas da entrada? - ela falou um tanto nervosa com as mãos na cintura e não teve como não rir. Glória virou os olhos e saiu pela porta dos fundos que levava ao jardim.

Fui até o armario ao lado da geladeira cinza duas portas e peguei uma daquelas caixinhas de chá de sabor de Canela, Melissa odiava hotelã. No armario ao lado ficava os copos, peguei uma xícara com coraçõezinhos e em um coração maior estava escrito " I ♥ New York " Melissa havia comprado em uma daquelas lojinhas de enfeites quando viajamos para lá no inverno do ano passado.

Levei a xicara para a bancada de marmore branco e coloquei o saquinho do chá dentro, peguei a garrafa térmica com água quente e joguei dentro, não enxendo muito, pois sabia que Mel não beberia tudo, acrescentei dois cubinhos de açucar e mexi um pouco. Fui até uma das gavetas perto da cafeteira e peguei um pacote fechado de compimido para dores e febres. Coloquei tudo em uma pequena bandeja prata.

— Como está Melissa? - do nada Christopher surgiu na cozinha, sua camisa parecia um pouco suada e amarrotada, ele largou seu Iphone, chaves e carteira no balcão.

— Ow - falei um pouco assustada - está com inicio de febre, mas vai ficar melhor - beberiquei um pouco do chá de Melissa e queimei minha língua - Por onde esteve? - toquei o dedo na língua que ardia um pouco, perguntei tranquila não querendo cobrar demais e brigar novamente.

— Não vou mentir, eu estava com Susan - ele passou as mãos no cabelo que parecia um pouco molhado e foi até a geladeira, pegando um garrafinha de água com gás, quando ele abriu, a mesma fez um barulhinho.

— Christopher - repreendi.

— Está tudo bem agora - ele me olhou sério.

— O que ela disse? - Cruzei os braços, eu estava começando a ficar nervosa.

— Dulce o que importa é que está tudo certo agora - ele desviou o assunto...é ele não estava muito para conversa.

— Okey senhor - sorri falsa - leve isso para Melissa - entreguei a bandeija para ele - preciso resolver algumas coisas.

— Que coisas? - ele me olhou sem entender.

— o que importa é que está tudo certo agora - repeti o que ele falou e sai da cozinha, pude escutar ele bufar.

Acontece que eu não conseguia me concentrar no trabalho com tudo isso acontecendo, enquanto as coisas de alguma forma não voltassem ao normal eu não voltaria para música, depois de telefonar para Téo meu produtor, desmaquei todos os meus show das duas semanas seguintes e minha sessão fotográfica para uma revista de saúde e bem estar. Só assim eu me sentiria melhor.

Na mesma noite enquanto Christopher mimava Melissa lá na sala de TV enquanto assistiam a um filme de romance, se eu não me engano era Um amor para Lembrar ou Recordar, sei lá...não reparei muito no nome e comiam muita pipoca eu estava no meu escritorio assinando alguns contratos e na Tv passava um noticia, sobre mim...era estranho. A tela plana estava dividida em uma foto minha cantando em um show e outra com a legenda, a mulher loira do canal de fofocas do México falava:

"Cantora Dulce Maria cancela shows desse mês, o empresário da cantora não disse mas nada sobre o caso. Logo mas voltaremos a falar sobre o assunto"

Duas semanas depois.

POV Melissa.

— Tchau loirinha - Chad havia ido me buscar na aula de natação naquela tarde de quarta-feira voltamos caminhando para minha casa e até passamos no Açai para tomarmos um. Agora estavamos na calçada da minha casa e os dois seguranças que ficavam na vigia do lado de fora ficaram nos observando, aquilo me deixou constrangida.

— Tchau - dei um meio sorriso e ele entregou minha mochila esportiva que ele fez questão de vir carregando. Lhe dei um beijo demorado, seus labios eram tão gostosos, não me sentia impotente por apenas ter beijado ele na vida toda e nunca me enjooaria daquele beijo. Sua boca tinha gosto de chiclete trident de hotelã que ele estava mastigando.

— Ei devolve me chiclete - ele deu risada e eu virei os olhos, na hora do beijo eu havia ficado com sua goma de mascar. Virei os olhos e cospi o chiclete na grama aparada ele fez cara feia.

— Quer entrar? - passei a mão em seus cabelos claros e macios.

— Hoje não amor. Tenho um trabalho de economia para fazer - ele fez biquinho - nos vemos amanhã no colégio - ele passou as mãos em meus cabelos, os mesmo estavam molhados ainda e duro devido ao cloro da piscina. Mesmo que eu tivesse tomado banho lá no clube o cloro demorara a sair do cabelo. 

— Tudo bem - dei de ombros meia chateada. Lhe dei um selinho rápido ele sorriu e atravessou a rua, caminhando no sentido contrario no que viemos. Quando ele estava virando o quarterão olhou para trás e me mandou um beijo no ar.

O seguranças abrirão o portão e eu entrei no enorme jardim, a varanda estava vazia e silenciosa, eu conseguia apenas ouvir os som dos pássaros voando no horizonte, o sol já estava se pondo e o céu ganhava tons de laranja e vermelho. Abri a porta e a casa estava fresca e arrumada, tudo em seu devido lugar.

Bom...estaria mentindo se dissesse que não estava confusa. Eu estava confusa sim e muito. Tudo aconteceu muito rápido, primeiro a descoberta deu ser adotada e depois e minha mãe biologia aparece do nada, minha mente estava bagunçada e eu tinha medo, apenas isso. Mas mamãe disse que eu não precisava ter medo, ninguém destruiria nossa familia ela tentava não esconder mas eu conseguia sentir que ela assim como papai tinha medo sim. Para falar a verdade eu tinha uma pequena vontade de conhecer Susan, apesar de tudo...soube que ela tem um filho e eu adoraria conhece-lo. Toda essa história que eu ouvi meu pai e minha mãe conversando um dia desses sobre Susan entrar na justiça e o juís tomar a decisão final sobre tudo já me deixava nervosa e se o louco do juiz declarasse que eu teria que ficar com Susan, eu não queria! não mesmo e isso me preocupava bastante.

Sai dos meus devaneios quando escutei um barulho vindo da cozinha, mas não me preocupe, deveria ser apenas Glória. Deixei minha bolsa no sofá e olhei para alguns papéis em cima da mesa de centro vidro fume, eu não me importava muito em ver as correspondências, mas o envelope amarelo claro retangular chamou minha atenção e não teve como não abrir, no verso dizia com letras fortes "TRIBUNAL JUDICIARIO DA CIDADE DO MÉXIO" quando li a palavra TRIBUNAL meu coração deu cambalhotas e meus joelhos falharam e na mesma hora me sentei no sofá de couro escuro.

Abri o envelope com os dedos meios tremulos, dentro tinha um papel, desdobrei o mesmo e as letras era digitadas, pelo formato do texto parecia uma carta as primeiras palavras diziam:

O Tribunal de Justiça da cidade do México convoca os senhores Mrs. Dulce Maria Saviñón Uckermann e Mr. Christopher Alexander Uckermann Saviñón responsáveis pela menor Melissa Uckermann Saviñón. A pedido da Sr. Susan Brown mãe biologica da menor em questão Melissa Uckermann Saviñón, convocamos que todos os envolvidos nesta ocasião compareça no forúm da cidade nas datas citadas logo abaixo, será descutido as normas em questão deste caso envolvendo a menor Melissa U. Saviñón...

Tinha outras coisas escritas logo abaixo, mas eu não tinha mais estruturas para ler, aquilo já foi o suficiente para me sentir sem chão. Ouvi uns passos de salto alto descer as escadas.

— Que bom que chegou querida - minha mãe disse calma, arrumando o pequeno decote daquele vestido comportado rosinha que ia até as coxas - Vamos sair para jantar e você poderá escolher o restaurante desta vez - seu sorriso se fechou quando ela percebeu minha cara nada agradável - O que foi filha? - ela se aproximou - se quiser ficamos em casa.

Mamãe passou a mão em meus ombros. Um bolo se formava em minha garganta e eu senti lagrimas quentes formando no canto dos meus olhos. Eu nada respondi, porque mesmo se eu quisesse eu não conseguiria, o rosto da minha mãe começou a ser formar em uma grande bola de preocupação.

— Porque você está chorando? - ela perguntou com um tom de voz baixo, abaixou o olhar para o papel em minha mão - O que é isso? - ela pegou o papel e me olhou novamente.

— Leia - foi a unica coisa que eu consegui dizer antes de cair em lagrimas grossas e quentes. 

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Olá gatitas.