Fanfic: As Aparências Enganam — O ódio e seus encantos
Iza
— Cérebros e nem sangue não estão à venda por aqui. –Moisés faz piada com o mito de zumbis, ao ver-me pegar o pão
— Aff. Não era para você está lá dentro? –perguntei já que seu cargo era ajudante de padeiro e reparei que ele usava aquelas toucas brancas para que cabelos não caiam, não que ele precise já que seu cabelo é cortado bem baixo
— Ah! Às vezes dou uma mão aqui também. –Moisés respondeu colocando pão por pão em um saco de papel para pesar
— Entendo. –murmurei, totalmente sem vontade de prorrogar o assunto
— Obrigado. Volte sempre. –respondeu ele riscando o valor do pão no papel e me entregando o pacote
— Obrigada. –respondi no mesmo ritmo de clichê e simpatia
Dirigi-me ao caixa para pagar o que se deve, peguei meu troco e decidi voltar para casa, já com os pães do lanche da tarde em mãos, quando estou subindo a rua que faz cruzamento com a rua de minha casa, vejo Yasmim descendo, provavelmente vindo da casa da Érica, única que realmente a atura desde criança e tão patricinha como sempre: saia branca com três camadas de babados no meio da coxa, blusa de alcinha lilás, e melissa aranha rosa em seus pés, e seus longos cabelos castanhos escuros em uma trança de lado.
Ao nos cruzarmos não dissemos nada uma para outra, apenas trocamos um único olhar cheio de ódio, que dizia por mil insultos. Logo cheguei em casa, coloque os pães sobre a mesa da cozinha, e guardei a boina azul-marinho que usava no meu guarda-roupas, voltei para cozinha preparar meu lanche:
— Mas que mania estranha de andar descalça. –minha mãe me recriminou pela centésima vez só hoje
— Mãe, para de implicar com pouca coisa. Ando assim desde criança. –apenas respondi
— Aí que está. Você já cresceu e até suas amigas já falaram a respeito.
— Que mal tem? Estou na minha casa mesmo. –respondi secando as mãos
— O problema maior é que você pega gosto. Custa calçar os chinelos? –d. Marisa estava começando a ficar irritada
— O problema maior é você implicar comigo por coisas tão pequenas, aí que está o problema. –explodi de vez, por ela se preocupar com esses detalhes e nem perceber que a filha está mudando
— Olha o respeito menina! –exclamou ainda mais irritada batendo o punho fechado sobre a mesa de madeira
— Respeito? Quer que sua filha calce os chinelos e nem liga pro que eu sinto ou para o que está acontecendo comigo. –desabafei com a respiração entrecortada de raiva
— O que acontece é falta de vergonha na cara. Vive dando problema na escola, discutindo pelos corredores. Não foi essa educação que dei. –minha mãe simplesmente jogou meus erros na minha cara
— É disso que estou falando. A senhora só saber ver meus erros e minhas qualidades onde ficam?
— São defeitos é tão forte no seu caráter que quase não deixa seu lado bom transparecer. –ela respondeu mais controlada
— Um dia você verá que não sou tão problemática assim! -respondi, ajeitando minha blusa cor de vinho de manga caída e saindo da cozinha
— E seu lanche filha? –ela perguntou, fazendo que não via que tinha clima para lanche entre mãe e filha
— Perdi a fome. –disse pegando uma fatia de mortadela e colocando na boca em seguida
Só tive tempo de pensar em ir no meu quarto pegar minhas chaves, colocar minha boina azul-marinho e algum trocado e sair voada para a lan house, precisava descontar minha raiva. Fliperama que me aguarde... Pago duas fichas em jogo de luta, para descontar minha raiva dando pancada, mesmo que virtualmente. Estou bem no meio de uma luta quando sinto uma respiração em meu pescoço, meu corpo se arrepia, mas meu instinto de raiva foi mais forte e dei logo uma cotovelada com tudo no indivíduo:
— Aiin, sua louca. –ouço alguém gemer de dor
— Mereceu. Quem mandou vir chegando assim comigo concentrada. –respondi sorrindo sem olhar para trás- Você tá rouco? –perguntei a Conrado, só ele mesmo para fazer esse tipo de brincadeira
— Não, mas você joga muito bem. –ele me respondeu e não era Conrado, dei o golpe final da minha vitória e me virei, e engoli seco de surpresa ao ver quem era
— Que foi? Nunca viu? –Fábio pergunta passando a mão em seus cabelos arrepiados
— Até demais. –como foi que me arrepiei em só sentir a sua respiração em minha pele?
— Olha, posso jogar contigo se quiser. Você daria uma boa adversária. Não sabia que manjava tanto. –ele disse pela primeira vez o vendo eu diria até um pouco mais humilde
— Ok. Só estou aceitando porque jogar sozinha é sem graça. –cedi, vamos ver so que esse metido a gostosão é capaz
— Admita, que a curiosidade que falou mais alto. –ele respondeu rindo
— Joga calado se não quiser apanhar de novo! –disse séria para me impor- E só tenho mais essa ficha, se quiser revanche vai ter que pagar.
— Revanche? Vamos logo pra esse jogo. –respondeu selecionando um do “Mortal Kombat”
O jogo foi iniciado, até que ele joga melhor do que imaginei, o venci no quinto e última rodada, pois ambos tínhamos vencido dois, fora uma disputa acirrada, mas como previ o venci:
— Eu pago a revanche, mas isso foi sorte. –ele comentou
— Papinho clichê... Se competência é o mesmo que sorte, então tenho muita sorte sim. –o provoquei irônica
— Clichê... É a verdade minha cara. –ele disse retornando com mais duas fichas
— Então veremos, prepare-se para perder as próximas. –o desafiei, não tem nada melhor do que jogar com alguém provocado e querendo vencer, nesses casos a fúria é melhor aliado de um bom jogo, nesse caso nosso histórico é longo.
Logo as pessoas de nossa escola que estavam lá, param o que estavam fazendo para nos ver jogar, ao ver que nossa disputa estava sendo resolvida agora em um jogo e que eu já havia vencido uma rodada. Era entretenimento de primeira, até eu no lugar deles queria ver onde isso iria dar. Outra rodada foi iniciada, e por muito pouco Fábio venceu, e senti o ódio de ter perdido para ele percorrer todo o meu corpo, aumentando cada vez mais ao ouvi-lo gargalhar. Desconfio até que estavam rolando altas apostas do jogo, mas deixei isso pra lá:
— Agora é tudo ou nada! –disse extravasando um pouco da raiva
— Tudo ou nada. –respondeu no mesmo tom
— E por favor deixem as máquinas inteiras, obrigado. –ouvi alguém falando
— Conrado? Desde quando você está aqui? –perguntei confusa, nem vi quando ele havia chegado, ele é o melhor adversário em qualquer jogo, tão bom quanto eu
— Faz alguns minutos só, estava indo na casa do Toninho e vi essa muvuca e vim ver o que acontecia. –ele respondeu- Agora termina com isso logo menina. –ele me desejou sorte nas entrelinhas.
— Ok. –respondi, voltando ao jogo
— Pensei que ia ficar tagarelando agora. -Fábio me provocou, iniciando o jogo
— Tá cheio de graça, só porque ganhou uma de mim, por pura sorte. –respondi, selecionando o mesmo personagem do jogo anterior
— Se competência é o mesmo que sorte, então tenho muita sorte sim. –me provocou usando minhas palavras contra eu mesma
— Que competência é essa, que nem para provocar usa uma resposta original? –pude ouvir algumas risadas abafas das pessoas com minha resposta
— Foi uma jogada irônica, caso não tenha percebido. –respondeu, ouvindo mais risadas abafadas
— Ok, desculpe a ignorância. –respondi bem humorada pra não perder a pose. –mais risadas foram ouvidas
Deixando as provocações de lado, me concentrei inteiramente no jogo, se estavam rolando apostas, risadas ou algum comentário no jogo eu não sei, mas que esse jogo estava cada vez mais acirrado estava. A cada golpe acertado de ambos era uma reação na platéia à nossa volta. Estava até parecendo final de campeonato. Passaram-se os quatro rounds e estava empatado, eu só sabia socar, chutar e me defender dos ataques, até que a luz da tela se apaga:
— Mas o quê?! –Fábio e eu exclamamos
— Por São Disturbed! Eu disse para deixarem as máquinas inteiras... –Conrado lembrou
— Cala essa boca! –disse a Conrado
— É. –Fábio concordou
— Hey! Que isso? –Conrado exclamou indignado
— O cabo! O cabo da máquina deve ter desconectado da tomada... –comentei olhando atrás da máquina me agachando um pouco
— Talvez. –Fábio e outra pessoa que não sei quem é concordaram
— Eita, bundinha... –ouvi comentário e mostrei o dedo do meio para trás sem olhar, calando os comentários, e verifiquei os cabos estava em seu devido lugar e nenhum chamuscado indicando qualquer sinal de super aquecimento- Sabotagem... Sabotagem. –concluí olhando para Fábio
— Olha pra mim não zumbi. Tenho nada com isso não. –Fábio se defendeu levantando as mãos em rendição
— Quem garante? –perguntei desconfiada- Quem garante que você não enviou alguma mensagem em algum momento de distração? Talvez quando troquei aquelas poucas palavras com ele...
— E quem é que não garante que foi você. –me acusou
— Eu? Mas como eu faria isso? Por telepatia? –o ironizei
— Telepatia, não exatamente. Por código. Muito providencial essa chegada do Conrado, não? –Fábio acusou meu amigo agora
— Quê?! Eu disse que estava indo à casa do Toninho e vi esse tumulto e vim ver o que estava acontecendo. –Conrado respondeu alterado
— Ah... Se levantou a voz é porque tem culpa. –Fábio apontou vitorioso
— Querendo livrar a culpa jogando a culpa no Conrado. É isso mesmo? –me coloquei a frente de Fábio imponente e olhando firme em seus olhos
— Calma pessoal, a energia acabou na rua toda. Vocês deixem seus nomes que os últimos dados estavam salvos. Ninguém sairá prejudicado. –anunciou o gerente da lan house — Mas essa porra de luz tinha de acabar agora? –Fábio desabafou
— Poderia ter esperado cinco palitos não? –completei
— Iza. E luz agora vai embora com hora marcada? –Conrado me respondeu
— Olha não te perguntei nada. E eu sei que eletricidade não tem agenda para ir embora com hora marcada. Foi modo de falar, uai. –respondi a ele
— Eu também não tenho culpa, tá? Essas coisas acontecem. –Conrado respondeu
— Eu sei. Tá, foi mal. –desculpei-me
— E eu? Também fui acusado sendo inocente. –Fábio falou querendo pedido de desculpas
— Você? Ao invés de mostrar porque era inocente, jogou a culpa em mim e em Conrado. Merece pedido de desculpas nenhum. –despejei
— Mas quem começou a acusar não fui eu, senhorita Iza. Não foi eu, ok? –Fábio tentou esclarecer
— E tem que ter uma reputação intocável para ser acusado assim não é? –ironizei
— O caráter de uma pessoa não é feito só pela reputação é muito mais que isso. Vocês metaleiros que acham que nós funkeiros não temos moral, nos julgam só por sermos funkeiros. –sua resposta bem colocada, quase me fez calar
— A questão não é ser ou deixar de ser funkeiro, roqueiro ou que quer que seja. A questão é essa sua mania de achar que é melhor que os outros, que você é o dono da verdade o dono do mundo. –respondi dando um sorriso a seguir
— Pelo jeito não sou o único que não aceita estar errado, não é? –apenas intensificando ainda mais seu olhar sobre mim
— E você nunca conseguiu mostrar que estou errada. –sorri- Marcaremos a finalização desse jogo, já que hoje...
— Não tem outro jeito mesmo. Está marcado, Mortiça. –confirmou estendendo a mão e hesitando por um momento apertei-a firme confirmando compromisso
Saí da lan house um pouco mais calma, mas frustrada por ter tido minha disputa interrompida, ouço Conrado me chamando:
— Iza. O que houve? Parecia ter sangue nos olhos. –Conrado me perguntou
— Ainda estou. –chutei forte uma pedrinha- Nada de anormal.
— Te conheço desde que você veio de Sampa pra cá. Quase te vi nascer menina.
— Menos Conrado. Bem menos. Tinha dois anos. –corrigi
— Mas foi o que eu disse. Quase te vi nascer. –apenas ri com essa resposta, mesmo com raiva ele tem o dom de me fazer sorrir- Quem bom, pelo menos está sorrindo. Você não é muito de contar sobre si, mas vamos à casa do Toninho comigo?
— O que exatamente você vai fazer por lá?
— Ele me mandou uma mensagem no face para vir e pegar uns jogos de play2. Mas jogar por agora vai ser difícil...
— Sei. –respondi o acompanhando até à casa de Toninho
Caminhamos conversando abertamente e a raiva ainda pairava em mim, minha mãe quer que eu seja uma cópia dela, e não vê nem minhas qualidades. Logo chegamos à casa dele e o próprio abriu o portão. Entramos, bebemos um guaraná e jogamos um pouco de carta, no qual não sou muito boa e nada da energia voltar, logo retornamos para casa, casa de Conrado por sinal:
— Mas cadê a Iara? –perguntei ao perceber sua ausência e da mãe dele
— Foram no centro. –respondeu se esparramando no sofá
— E você não foi por quê?... –perguntei
— Não tinha nada pra fazer lá. Só por isso, tava aqui de boa na net e depois você já sabe... –respondeu
— E nem tem como jogar, sem energia, que chato... –comentei, sentando em outro sofá
— Temos outras alternativas. –sugeriu
— Por exemplo... –deixei no ar olhando para erguendo uma sobrancelha
— Isso! –em um rápido movimento, pulou do sofá onde estava e me beijou, ele não me pegou totalmente de surpresa e mesmo um pouco surpresa, seu beijo é sempre tão delicioso
— Melhor não, Conrado... –sussurrei entre os beijos
— Vai falar que não quer? –disse no meu ouvido em seguida mordiscando a ponta da mesma, sabendo que eu iria me arrepiar por inteiro
— Eu não disse isso. –sussurrei levando a barra de sua camisa, que não hesitou por um instante em recusar
Arranhei de leve suas costas, enquanto ele mordiscava meus lábios. Apertou meus seios sob a blusa e logo minha blusa já havia voado longe e estávamos aos amassos no sofá, ambos explorando o corpo um do outro com as mãos e com a boca, logo estávamos os dois nus e muito quentes, depois do preservativo a postos, sentei-me em seu membro e comecei a subir e descer, ambos soltava gemidos de prazer, trocamos de posição e continuamos a fazer sexo, gozamos, depois de recuperar o fôlego, fizemos de novo, Conrado e eu ficamos sem blusa conversando e o percebi um tanto estranho:
— Foi tão ruim assim? –perguntei percebendo-o distante
— Claro que não linda. É outra coisa. –respondeu
— Lila, não é? –fui direta
— Como sabe? –perguntou
— Quase te vi nascer, esqueceu? –usei suas próprias palavras
— Eu tinha mais de três anos quando veio para cá. –respondeu rindo
— Foi o que eu disse. –dei uma tapa no braço que estava enroscado em minha cintura
— Mas sim. Estou a fim dela, sabe?
— Sei sim. Primeiro a Érica, depois eu e agora a Lila. Cara ela não é durona como eu e a Érica. A Dalila é diferente, meiga, sensível, carinhosa. Não vá fazê-la sofrer, pelo amor de Deus. Não vá pressioná-la a fazer o que não tiver certeza, se é que me entende.
— Entendo. Mas eu não transei com a Érica não, tá? –se defendeu- E sim, Lila é especial e eu seria o primeiro a defender quem a fizesse sofrer. E é por isso que estou te falando essas coisas em primeira mão.
— Terminando oficialmente com essa coisa colorida que temos. –conclui, apenas assentiu positivamente com a cabeça– É realmente melhor assim. Ela é uma das minhas melhores amigas, uma das pessoas que mais confio nesse mundo. Seria muita traíragem se continuássemos com isso.
— Lógico, por ela ser tão especial que quero fazer tudo nos conformes. –respondeu virando meu rosto para olhar ao seu
— Ai de você se não fosse. Teria de se ver comigo, seu safado. –respondi dando um soco em seu braço
— Isso doeu sua louca. –ele respondeu passando a mão sobre o local agredido
— Engraçado. A segunda pessoa que me chama de louca nas últimas horas. –comentei lembrando-me do Fábio disse bem semelhante a Conrado
— Talvez porque você seja uma.
— Muito engraçado. Haha olha como estou morrendo de rir.
— Não estou dizendo... Uma louca varrida. Mas quem foi o doido?
— Um doido varrido qualquer.
— Quem Iza? –perguntou mais firme
— Fábio. –murmurei
— Claro. O Fábio. –comentou senti sua voz sorrir
— Como claro? –intrigada perguntei-o
— Deixa isso pra lá, se tiver alguma coisa aparecerá, não é? –respondeu misterioso
— Conrado, você nunca foi de ser enigmático. Por que disso agora?
— Impressão sua Iza.
— Eu lá sou impressora para ter impressão? –zoei com sua cara
Conrado só me respondeu com uma sincera gargalhada, me deitou um pouco no sofá uma de suas mãos em minha cintura e outra em minha nuca, sussurrou:
— E que tal uma despedida para arrematar?
— É. Por que não? –respondi sorrindo maliciosa de canto de boca e levando meus lábios em direção aos seus
Fizemos uma rapidinha e não menos boa, bebi um copo grande de água, vesti-me e voltei para casa, já estava anoitecendo, logo que entrei em casa, minha mãe já veio cuspindo fogo em cima de mim:
— Pensei que tinha esquecido que tinha casa.
— Se estou aqui, é porque não esqueci. –respondi, sentando-me no sofá
— Posso saber onde foi? E com quem estava senhorita Izabelle? –perguntou-me brava
— Jogando flip com o Conrado, depois quando a luz foi embora fomos à casa do Toninho e ficamos jogando baralho, até agora pouco. –o que a última parte era exagero, mas no momento detalhes que não importam
— Tá. Depois de sair igual furacão daquele jeito, o mínimo seria levar o celular. –disse mais calma, Conrado sempre era um bom álibi além de mamãe gostar bastante dele
— Acontece das pessoas esquecerem o celular. Calma mulher. –meu pai simplesmente falou ao entrar em casa, sempre me defendendo- O que aconteceu Marisa? –perguntou meu pai, dando um rápido selinho em minha mãe
— O de sempre Pedro. Sai de cabeça quente, não fala aonde vai e nem leva o celular pra dá alguma satisfação. –minha mãe despejou só o ponto de vista dela
— Mas pai, eu estava de cabeça quente porque ela implicou com andar descalça dentro de casa. –enfatizei o dentro de casa
— Até as amigas delas já falaram que é infantil. –dona Marisa argumentou
— Marisa, por favor... Basear suas argumentações em falas de adolescentes. A menina mesmo disse que é dentro de casa, não vejo nada de mal.
— Obrigada pai, pelo menos alguém me entende. –agradeci-o
— Mas Iza você também errou em ficar tanto tempo fora sem dá nenhuma explicação de onde estava. Nunca te privamos de estar com seus amigos, desde que sempre nos avise de onde está. –estava demorando em meu pai me passar o sermão, me defende, mas também sempre dá um jeito de apoiar minha mãe em alguma coisa- E agora, Izabelle vá para seu quarto, no jantar te chamamos. –concluiu calmo como sempre
Saí andando devagar em direção ao banheiro para tomar um banho antes de ir para meu quarto, mas ainda pude ouvir meu pai falar, calmo, porém firme com minha mãe:
— Toda essa tempestade só por isso? A Iza tem esse jeito, mas é boa menina, tem que confiar mais nela.
Eu amo minha mãe, mas meu pai é simplesmente perfeito. Não é à toa que fisicamente minha fisionomia lembra mais a dele, cabelos negros e cacheados, pele morena tendendo à negra, fora que meu corpo magro com quadris mais alargados herdei das mulheres da família de meu pai. De característica da minha mãe mais marcante que herdei foram os marcantes são os do rosto mesmo: rosto delgado, olhos negros, mas com o intenso olhar que meu pai carrega, às vezes invejo seus olhos castanhos esverdeados, lábios rosados, porém com o formato carnudo de meu pai. Bem fisicamente, sou uma mistura dos dois.
Banhei-me pensando em cada detalhe do meu dia e sorri ao me lembrar de finalmente Conrado admitiu para si mesmo, ser apaixonado por Dalila, e isso vem de quase dois anos, pelo menos que eu tenha percebido. Isso não vai mudar em nada, ele sempre foi um dos meus melhores amigos homens, desde que um deles mudou-se de cidade. Nossa que saudade ao lembrar-me dele, nós sempre nos defendíamos um ao outro. Nossa e faz tempo que não conversamos. Ao lembrar-me do dia da semana, que não era final de semana e muito menos feriado, já que ele trabalha informalmente com DJ em eventos de até médio porte, terminei rapidamente meu banho, sequei-me liguei o notebook para ir inicializando enquanto passava meu hidratante, vesti uma regata e um shortinho soltos, ambos pretos e sem detalhes, deixei a toalha enrolada em meus cabelos para tirar o excesso de umidade antes de penteá-los e deitei na cama, peguei o note e conectei em meu skype e como imaginei, ele estava on-line, cumprimentei-o que logo me respondeu e iniciamos uma chamada de vídeo para conversamos melhor.
* * * * * * *
Compartilhe este capítulo:
Autor(a): Belle
Esta é a unica Fanfic escrita por este autor(a).
Comentários do Capítulo:
Comentários da Fanfic 3
Para comentar, você deve estar logado no site.
-
b_allina Postado em 31/12/2013 - 21:58:27
Claro, só desculpe a demora, a net aqui é pééssima linda! Seja Muito Bem-Vinda!!
-
alicinha14 Postado em 20/12/2013 - 15:46:26
adorei viu...sou mineira e acho santa luzia linda...continua...
-
b_allina Postado em 20/12/2013 - 12:29:57
Ninguém lendo? É isso mesmo? )=