Fanfic: Doce Ilusão {Vondy}

No dia seguinte...

Roberta pulou da
cama, contente.Tinha combinado de ir cavalgar com Diego bem cedo.E mal podia
esperar.

Se aprontou
rapidamente e desceu para tomar café.Berta já servia a mesa, com mais dois
empregados.

-Diego ainda não
desceu?-Perguntou ansiosa, sentando-se.

Berta a olhou com
desconfiança.

-É a primeira vez
que a vejo ansiosa para ver o senhor Diego.

Roberta
pigarreou, corando, e se serviu de torradas.

-É que...tenho
algo a falar com ele.Sabe, sobre a escola.

-Andou aprontando
novamente, menina?-A senhora rechonchuda a olhou com desaprovação.

-Não, claro que
não.

Berta bufou meio
descrente.Roberta girou os olhos.

-Escuta,
Bertinha, sabe se ele ainda dorme?

-Ele quem?

-Como
quem?Die...o senhor Diego.

-Não sei.-Berta
esfregou as mãos num pano, de olhos apertados.

-Mas ele demorará
a descer?

-Por todos os
Santos, menina!Como vou saber se...

-Bom dia!-A voz
grossa e sensual de Diego se fez da porta.Roberta sentiu o perfume maravilhoso
dele e olhou para a porta.

Os olhares se
encontraram e Roberta sorriu de leve.Diego tinha os olhos brilhantes em cima
dela.

-Bom dia.-Berta
saudou amavelmente.-Ainda bem que já desceu, Diego.Roberta desde que levantou
não parou de me perguntar pelo senhor.

-É mesmo?-Ele
comentou com um sorriso meio provocante, sentando-se e encarando Roberta.Ela
corou e fingiu estar escolhendo uns biscoitos.

-Humm...tenho um
assunto sobre a escola para lhe falar depois do café.Nada demais.

Comeram em
silêncio, porém Diego não parava de olhá-la e Roberta lhe mandava sorrisos
discretos.

Quando
terminaram, Diego saiu e entrou no escritório, mas deixou a porta aberta.Roberta
disse à Berta que ia buscar algo no quarto e que depois sairia para cavalgar.

A ruiva entrou
sorrateiramente no escritório de Diego, e ele já a esperava.

-O que faremos
agora?-Ela perguntou correndo até ele e beijando-o na boca.

Diego sorriu.

-Você sai na
frente, e eu saio logo depois.Mas claro que não direi que vou cavalgar, senão
Berta suspeitará.E por enquanto não queremos isso, não?

-Claro.-Roberta
concordou.

-Então...direi
alguma coisa e sairei em seguida.Acho que não vão notar que nós dois pegamos
cavalos no estábulo.Agora não terá ninguém por lá.

-Ok.Então eu vou
e te espero na estrada de terra.

-Certo,
pequena.-Diego a beijou e logo a soltou.

Roberta sorriu e
saiu do escritório, apressada.

-Demorou.-Roberta
disse impaciente, fazendo um biquinho involuntário.

Diego sorriu e se
aproximou, montado em seu estupendo cavalo.

"Estupendo como o
dono.", Roberta pensou.Ela estava montada em Hércules, seu grande companheiro.

-Desculpe, tive
que enrolar um pouquinho para não dar suspeitas.-Diego não resistiu e aproximou
o rosto do de Roberta, mordendo o biquinho que ela fazia com os lábios.

-Ai!-Ela riu.

-Vamos indo,
senhorita?-Ele esporeou o cavalo, com um sorriso, e saiu na frente.

-Ei, odeio ficar
atrás!-Roberta resmungou sozinha, e fez Hércules correr feito louco,
ultrapassando Diego.

Vinte minutos
depois, já estavam numa das colinas que tinham por ali.Era uma colina afastada,
e toda verde de folhas e árvores, com o sol batendo forte e pássaros voando.

-Quer parar por
aqui um pouco?-Diego perguntou, parando.

-Ok.

Os dois desceram
dos cavalos e amarraram os animais em duas árvores com sombra, para que
descansassem.

Diego sentou em
outro extremo, também numa sombra, e fez um gesto batendo na perna, para que
Roberta se aproximasse e senta-se no colo dele.

Ela sorriu e fez
isso.

-Sou pesada.-Ela
protestou levemente, se ajeitando na coxa dele.

-É, como uma
pluma.-Ele disse com ironia, puxando-a mais para perto e agarrando-a pela
cintura.

Roberta estava
tão perto dele que podia observar os cílios escuros e espessos de Diego.Eram
tão bonitos!

Baixou o olhar e
o sorriso branco e belo dele fizeram o coração da ruiva acelerar.

-Sabia que você é
muito bonito, Bustamante?E que eu gosto muito de você?-Ela disse, fazendo uma
voizinha de criança e colando a testa na dele.

Ele riu alto, e
colou o nariz no dela.Os dois ficaram à centímetros.

-Eu ia dizer a
mesma coisa pra você agora, mocinha.

Ele a beijou,
esmagando os lábios com força e deslizando a língua para dentro da boca dela.Roberta
o agarrou pelo ombros, mexendo-se no colo de Diego para se acomodar melhor.Ele
gemeu com o movimento e a apertou mais.

Roberta não
percebeu como aconteceu, quando deu por si estava com as pernas em volta do
quadril de Diego, sentada de frente para ele de forma que podia sentir a dura
ereção do homem contra sua feminilidade por baixo do vestido.

-Menina...vai me
fazer perder o controle que eu tive até agora.-Ele advertiu entre os beijos
calorosos.

-Humm...-Roberta
gemeu passando a mão pelo pescoço forte dele.

Diego arfou,
parecendo estar prestes a chegar ao limite da consciência.Enfiava os dedos
pelos cabelos de Roberta e os puxava com ânsia.Começou a passar os dedos pelo
decote da ruiva.Ela se arrepiou, mas se esticou ainda mais sobre Diego.

Ele adorou o
sinal positivo e começou a deslizar as mãos por ali.Foi desabotoando os botões
do corpete do vestido dela, e desceu até a cintura após abrir todos.

Roberta se
assustou ao sentir o vento sobre a pele e se afastou.

-Calma.-Diego a
segurou.-Fica calma, amor.-Ele a abraçou, deslizando a mão pelas costas macias
dela.

Roberta relaxou
de novo e Diego a beijou.Ela sentiu as mãos dele desatando o sutiã uns minutos
depois, mas estava tão entorpecida que mal notou.

Quando o sutiã
caiu ao lado, a ruiva sentiu os seios contra o ar puro, se arrepiando e se
erguendo.

-Diego...-Ela
enterrou o rosto corado no pescoço dele, com vergonha.

-Meu amor...deixa
eu te olhar.-Ele pediu sorrindo, tentando afastá-la de leve.

Roberta se deixou
afastar, vermelha.

Diego observou
aquela criaturinha em seu colo.Pequena, com os cabelos ruivos esvoaçando para
trás, as bochechas coradas formando um belo contraste com os olhos, e os seios
perfeitos...Suaves, erguidos, firmes e redondos.

Diego a tocou e
sentiu Roberta se eriçar.Deus, como ela era macia!

-Cristo,
Roberta...-Ele sussurrou se inclinando sobre ela.Beijou um seio, sentindo o
mamilo endurecer sobre os lábios, e com a mão afagou o outro.

-Diego, o
que..?-Ela arfou.

Ele começou a
chupar toda a extensão do mamilo, de olhos fechados, e Roberta sentiu um calor
explodindo por dentro.

Diego agarrou o
seio e levou a boca ao mamilo do outro peito de Roberta, lambendo-o.

A ruiva gemeu e
se arqueou, mas pouco tempo depois Diego beijou-lhe o colo, ofegando, e subiu
para beijá-la na boca.

-Porquê parou?

Ele sorriu contra
a boca dela.

-Desculpe, tenho
que parar, meu bem.Senão iremos muito adiante e você ainda não está pronta.Se
eu continuasse iria perder a razão, você me põe louco.

Roberta respirou a fragrância
do pescoço dele e se aninhou contra o corpo de Diego.Os dois ficaram abraçados
por um tempo, imóveis, até que as respirações voltassem ao normal.

Diego afastou Roberta
suavemente, para que ela pudesse recolocar o sutiã.Quando ela o fez, Diego
subiu-lhe o corpete do vestido, sem olhar para baixo para não voltar a perder o
controle.

Ele se levantou e estendeu a
mão para Roberta.

-Melhor irmos, amor.

Ela aceitou a mão e levantou
também.Diego a agarrou de lado e lhe deu um beijo de tirar o fôlego, e logo os
dois montaram nos cavalos e foram voltando para a Mansão.

Diego entrou primeiro, e
Roberta ficou dando algumas voltas com Hércules pela estrada de Terra perto das
Colinas.

Quinze minutos depois,
Roberta entrou na Mansão, contente.Deixou Hércules no estábulo e entrou na
casa.

-Oh, já chegou
menina?-Berta acabara de entrar na sala de estar.-Senhor Diego voltou à uns
quinze minutos também.Já falou com ele?

-Ahn, ainda
não.-Roberta deu de ombros.-Daqui a pouco eu o procuro para falar.Quero tomar
um banho agora.-A ruiva agarrou Berta e lhe deu um beijo molhado no rosto,
fazendo a mulher rir.

Subiu as escadas
aos pulos, com um sorriso de orelha-à-orelha, e foi ao seu quarto.Entrou e
fechou a porta, e ao se virar viu Diego sentado em sua cama.Roberta pulou de
susto.

-Diego?!-Sorriu, mais
aliviada.-Achei que estava lá embaixo!O que faz aqui?Podem nos pegar!Sabe como
os empregados gostam de se intrometer na minha vida.-Roberta disse num
resmungo.

Depois olhou direito para
Diego e viu que ele estava pálido, parecendo estar nervoso e sem saber o que
dizer.

-O que te passa?-Roberta se
aproximou dele e pousou uma mão em seu rosto, preocupada.-Meu amor, você está
diferente...que foi?

Diego afastou a mão de
Roberta, sem olhá-la, sorrindo de forma meio evasiva.

-Roberta, aconteceu uma
coisa.

-O quê?Não me assuste.

Diego, com o rosto sem cor,
ergueu os olhos para ela e a encarou.

-Minha mãe acabou de
ligar...vai vir tomar sua custódia amanhã.

Roberta sentiu a garganta
gelar.Ficou com a boca seca, e logo passou a língua nos lábios.

-Isso...isso quer dizer
que...

Diego passou a mão pelo
próprio rosto.

-Eu tenho que ir embora.

O rosto de Roberta, sempre
corado e vivo, foi ficando sem expressão e sem nenhuma cor.Diego virou o rosto
para não ter que encará-la.

-Não...-Roberta murmurou,
suplicante.

-A decisão não é minha,
Roberta.-Diego disse em tom ansioso.-Eu simplesmente não tenho opção.Meu
trabalho...eu não posso abandonar tudo.Desde o início nós sabíamos que eu
ficaria aqui somente o tempo necessário, e que teria que partir quando minha
mãe pudesse vir.Bem, ela já pode.-Ele terminou, num tom afastado.

-Mas você não pode me
deixar!-Roberta começava a sentir os olhos ardendo pelo choro contido.-Peça
transferência do seu trabalho, não sei!

-Você sabe que eu não
posso.-Ele disse, torturado.Ainda não a olhava.-Minha vida é na América.E todos
lá no meu trabalho dependem de mim!A situação já está difícil por eu estar
ausente esses meses, imagine se eu não voltasse!A questão não é o que eu tenho
por lá, porque isso não me importaria se eu pudesse ficar aqui.A questão é que
muitas pessoas estão nas minhas mãos, eu dirijo tudo lá, entende?Sou a pessoa
com mais poder e simplesmente não tem como eu abandonar as coisas de repente.

-Mas...então o que
faremos?-Roberta perguntou numa lamúria.Estava desesperada.

-Não há mais o que
fazer.-Diego parecia cansado e distante.

-CLARO QUE HÁ!-Roberta
gritou, já começando a chorar.Diego não podia estar se rendendo daquela forma,
como se nem se importasse!Não podia deixá-la!-Diego, porque não me olha!?-Ela o
agarrou pelos ombros.

Diego balançou a cabeça, sem
levantar os olhos.

-Olhe para mim!-Ela bradou,
soluçando.

-Não posso!!!-Ele berrou,
impaciente e desesperado.-Se eu te olhar nos olhos agora não vou conseguir
partir!E eu não posso ficar.

-Mas...esses dias não
significaram NADA pra você?

-Significaram mais do que
qualquer outra coisa que já me aconteceu.-Ele respondeu em tom baixo.-Te amo
muito, pequena, nunca esqueça disso.Mas agora tudo tem que acabar...o que
aconteceu entre nós não passou de uma doce ilusão.

Diego a afastou de si e saiu
dali sem olhá-la.Por um momento Roberta viu um vislumbre luminoso nos olhos
dele, como se estivesse tão destroçado quanto ela.

A ruiva se deixou sentar no
chão, chorando compulsivamente.Tudo acabara...

O conto de fadas já era.