Fanfics Brasil - 247 Peça-me O Que Quiser Que Te Darei

Fanfic: Peça-me O Que Quiser Que Te Darei | Tema: Vondy


Capítulo: 247

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Mas antes que possa contar até dez, a porta se abre outra vez, e meu alemão, seguido pelo sobrinho, pergunta, enquanto se aproxima com um jeito intimidador:
— Estão fumando?


Anahi não responde, mas eu faço que sim com a cabeça. Como e por que mentir?
Ucker olha minha mão. Fecha a cara e me tira o cigarro. Isso me irrita e digo, num tom de voz nada calmo:
— Que seja a última vez que você faz isso.


A frieza dos olhos de Ucker me perfuram.
— Que seja a última vez que você faz isso.


Dá para cortar o ar com uma faca.
Espanha versus Alemanha. Isto vai acabar mal.
Não compreendo a irritação de Ucker, mas entendo muito bem minha indignação.
Ninguém me trata assim. Então, sem pensar duas vezes, pego na mesinha o maço de cigarros, tiro um e acendo. Insolência? É comigo mesma!
Atônito, Ucker me olha enquanto Anahi e Flyn nos observam. Instantes depois, ele de novo me tira o cigarro das mãos e o joga na pia. Mas não, essa não. Não vou deixar barato. Pego outro cigarro e acendo. Ucker o pega de novo.
— Bom, querem acabar com todos os meus cigarros? — protesta Anahi e pega o maço.
— Tio, Dul fez uma coisa errada — insiste o menino.


Sua voz como de uma criança fantasma me encolhe o coração, e ao ver que nem Anahi nem Ucker dizem nada, eu o olho, irritada.
— E você, por que é dedo-duro?
— Fumar é errado — diz.
— Olhe, Flyn. Você é uma criança e deveria fechar essa boquinha. E...


Ucker me corta:
— Não se meta com o menino, Dul. Ele só fez o que tinha de fazer.
— Dedurar era o que tinha de fazer?
— Era — responde sem hesitar. E depois, voltando-se para Anahi, declara: — Acho o cúmulo que você fume e incentive Dul a fumar. Ela não fuma.


Ah, não, essa não! Eu fumo quando me dá na telha, e incapaz de ficar calada, atraio o olhar de Ucker e, muito p/uta da vida, deixo claro:
— Está muito enganado, Christopher. Você não sabe se fumo ou não.
— Pois nunca vi você fumar em todo esse tempo — garante, mal-humorado.
— Se não me viu fumar é porque não fumo muito. Mas te garanto que em certos momentos gosto de fumar um cigarrinho. Este não é o primeiro de minha vida e com certeza não será o último, queira você ou não.


Ele me olha. Eu o olho. Ele me desafia. Eu o desafio.
— Tio, você disse que ninguém pode fumar, e ela e Annie estavam fumando — insiste o pequeno monstrinho.
— Para com isso, Flyn! — protesto, diante da passividade de Anahi.


Com o olhar muito sério, meu menino, nada latino, explica:
— Dul, você não vai fumar mais. Eu não permito.


Uau, olha só o que ele acaba de dizer!
Meu coração bate num ritmo que anuncia que isso não vai acabar bem.
— Chega, cara, não enche! Você não é meu pai nem eu tenho 10 anos.
— Dul... não me irrite!


Esse “não me irrite!” me faz sorrir.
Nesse instante meu sorriso avisa, como um grande cartaz luminoso: CUIDADO! Em tom de gozação, olho Ucker e respondo diante da cara de incredulidade da Anahi:
— Christopher, você já me irritou.


Então aparece a mãe de Ucker, que pergunta:
— Que está acontecendo, hein? — De repente vê o maço de cigarro nas mãos da filha e exclama: — Ai, Anahi, que bom! Me dê um cigarrinho, querida. Estou louca pra fumar.
— Mamãe! — protesta Ucker.


Mas Alexandra ergue a sobrancelha e, olhando o filho, diz:
— Ora, filhinho, um pouco de nicotina vai me relaxar.
— Mamãe! — protesta Ucker de novo.


Um sorriso me escapa, quando Alexandra explica:
— A insuportável da mulher de Vichenzo, meu filho, está me tirando do sério.
— Alexandra, fumar é proibido! — recrimina Flyn.


Anahi e Alexandra trocam um olhar. Por fim, Annie, sem vontade de continuar ali na cozinha, pega a mãe pelo braço e sugere, enquanto puxa Flyn, que não quer ir com elas:
— Vamos beber alguma coisa. Precisamos.


Já a sós, Ucker e eu, estou disposta a encarar a batalha:
— Nunca mais fale comigo dessa maneira na frente das pessoas.
— Dul...
— Nunca me proíba nada de novo.
— Dul...
— Dul, Dul. Que Dul que nada! — explodo, furiosa. — Fez eu me sentir uma garotinha diante da tua irmã e do dedo-duro. Quem você pensa que é pra me falar assim? Não percebe que entra no jogo do Flyn pra que a gente brigue? Pelo amor de Deus, Christopher, teu sobrinho é um pequeno demônio. Se você não o deter, amanhã será uma pessoa insuportável.
— Não passe da conta, Dul.
— Não estou passando, Christopher. Pra quem tem só 9 anos, esse menino é um velho prematuro. Eu... eu é que, no fim...


Ele se aproxima de mim, pega meu rosto entre as mãos e diz:
— Escute, querida, eu não quero que você fume. É só isso.
— Tudo bem, Ucker, isso eu posso entender. Mas por que não me diz isso quando estamos sozinhos em nosso quarto? Ou é preciso deixar Flyn ver que briga comigo porque ele decidiu assim? Que m/erda, Ucker, sendo tão esperto como é, parece mentira que às vezes você seja tão trouxa.


Viro e olho pela porta de vidro, chateada, muito chateada. Durante uns segundos estou irritada com todo mundo, até que Ucker fica atrás de mim e me pega pela cintura e me abraça, pousando seu queixo no meu ombro.
— Sinto muito.
— Sinta por ter se comportado como um babaca!


Essa palavra faz Ucker rir.
— Adoro ser o teu babaca.


Tenho vontade de rir, mas me seguro.
— Sinto ter sido tão idiota e não ter me dado conta do que você disse. Tem razão, agi mal, me deixei levar pelo Flyn. Me perdoa?


Essas palavras e principalmente seu jeito de me abraçar me acalmam. Me dominam.
Tudo bem, sou mesmo mole demais, mas é que amo tanto Ucker que sentir que precisa que o perdoe acaba com minha irritação e tudo o mais.
— Claro que perdoo. Mas repito: não me proíba mais nada, e muito menos na frente dos outros. Entendido?


Ele mexe o rosto em meu pescoço e então sou eu que viro e o beijo. Beijo com ardor, paixão, loucura. Ucker me levanta em seus braços e me prende contra o vidro da porta, enquanto as mãos procuram a barra do meu vestido. Quero que continue. Sim, quero que continue, mas, quando vou me desintegrar de prazer, me afasto uns milímetros e murmuro pertinho de sua boca:
— Querido, estamos na cozinha da sua mãe e ali do outro lado estão os convidados. Acho que não é hora nem lugar pra continuar a fazer o que estamos pensando.


Ucker sorri. Me solta. Ajeito a barra do meu bonito vestido de festa e, enquanto nos dirigimos para a sala de mãos dadas, cochicha, me fazendo sorrir:
— Pra mim qualquer lugar é bom, se estou com você.


Voltamos de madrugada para casa. Chove, troveja. E apesar da vontade incessante de t/ransar com Ucker, me contenho. Sei que o menino, aquele velhinho prematuro, dormirá com a gente. Diante disso, não posso fazer nada.



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Autor(a): dricapentas

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Comentários do Capítulo:

Comentários da Fanfic 1087



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  • aM.Dour Postado em 28/07/2023 - 22:39:12

    Você podia finalizar esse daqui né

  • luanaklen Postado em 27/12/2021 - 20:48:20

    Volta logooooo

  • thainagabriella2 Postado em 17/09/2021 - 15:25:48

    Abandonou, né? :(

    • dricapentas Postado em 02/12/2021 - 22:05:18

      Não minha querida. Leia a minha última nota pfv

  • rafaelaa Postado em 10/04/2021 - 00:44:02

    Fico feliz que tenha voltado, espero que possa continuar postando a história

  • aM.Dourado Postado em 26/02/2021 - 19:04:16

    Nem tô acreditando que você voltou eu esperei tanto, espero que não de nenhum problema é que vc consiga finalizar a história. Obrigada por continuar!

  • aucker Postado em 27/01/2021 - 23:55:07

    Continua...

  • amodycaya Postado em 26/01/2021 - 23:12:05

    Oh que maravilha que você voltou!Estou muito contente!

  • aucker Postado em 26/01/2021 - 05:12:36

    Na metade da terceira temporada <3

  • aucker Postado em 18/01/2021 - 11:44:38

    Eu li uma boa parte da Fic, mas tinha parado pq pensava que não haveria um final. Mas se vc voltar a postar com certeza voltarei a ler e comentar.

    • dulamaucker95 Postado em 18/01/2021 - 11:53:20

      Sim postarei... prometo não vos deixar na mão.

  • brun Postado em 17/07/2018 - 23:46:37

    cade tu mulheeeeeeeeeeee , voltaaaaaaaa plissssssssssss

    • dulamaucker95 Postado em 18/01/2021 - 11:35:46

      de volta :D


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