Fanfic: Peça-me O Que Quiser Que Te Darei | Tema: Vondy

Cinco minutos depois estamos debaixo do chuveiro. Transamos de novo. Somos insaciáveis. O sexo entre nós dois é maravilhoso. Incrível.

Quando Ucker vai embora, eu dou tchauzinho com a mão. Confio nele. E preciso disso.
Sei o quanto sou importante na sua vida e tenho certeza de que ele não vai me decepcionar.

Annie passa para me buscar. Sorrio ao vê-la. Entro no carro e mergulhamos no trânsito de Munique.
Paramos o carro em frente a uma loja superchique. Assim que entramos, vejo que é a loja de Anita, a amiga de Annie que estava com a gente no bar cubano. Annie escolhe vários vestidos, todos eles lindos e caríssimos. Entramos juntas no provador espaçoso e iluminado, e ela cochicha:
— Preciso comprar uma roupa bem sexy para o jantar de depois de amanhã.
— Tem um encontro?
— Tenho — diz Annie, rindo.
— Uau! E posso saber com quem?

Achando graça, Annie murmura:
— Com Poncho.
— Poncho, o garçom gato?
— É.
— Que beleza, hein! — digo.
— Resolvi seguir seu conselho e dar uma chance a ele. Talvez dê certo, talvez não, mas pelo menos assim não vou poder dizer que nunca tentei.
— Isso aí! É assim que se fala, garota! — exclamo.

Prova um monte de vestidos e acaba se decidindo por um azul. Annie fica linda com ele. De repente, uma voz chama minha atenção. Onde foi que já ouvi essa voz? Saio do provador e fico sem palavras. A poucos metros de mim, vejo a pessoa que nesses meses todos eu gostaria de ter esganado: Linda. Está conversando com uma mulher.

Meu sangue ferve e sou dominada pela sede de vingança.
Sem poder controlar meus impulsos mais violentos, vou até Linda e, antes que ela possa reagir, já estou segurando seu pescoço e dizendo bem na sua cara:
— Oi, Belinda! Ou prefere que eu te chame de Linda?

Ela fica branca como papel, e sua amiga mais ainda. Está assustada. Não esperava me ver aqui, e muito menos que eu a tratasse dessa forma. Sou pequena, mas estou pronta para uma briga, e essa idiota vai saber direitinho com quem está lidando. Ao nos ver, Anita se aproxima. Mas, como não estou a fim de largar minha presa, eu a enfio num provador.
— Tenho que falar com ela. Você nos dá um minutinho?

Fecho a porta do provador, e Linda me olha horrorizada. Não tem escapatória. Sem pensar duas vezes, dou uma bofetada nela que faz seu rosto virar para o lado.
— Isso é pra você aprender, e isso — digo, dando-lhe outro tapa com a mão bem aberta — é só por precaução, para o caso de você ainda não ter aprendido.

Linda grita. Anita grita. A amiga de Linda grita. Todas gritam e batem na porta. E eu, disposta a dar a essa sem-vergonha o que ela merece, torço seu braço e ela cai de joelhos na minha frente. Em seguida digo:
— Não sou uma pessoa agressiva nem má, mas, quando agem assim comigo, eu retribuo em dobro. Viro um bicho muito... muito feroz. E sinto muito, sua idiota, mas você sozinha conseguiu despertar o monstro que há dentro de mim.
— Me solta... me solta que você está me machucando — grita Linda, do chão.
— Machucando? — repito com sarcasmo. — Isso não é machucar, sua nojenta! Isso é apenas um aviso de que comigo não se brinca. Essa foi a última vez que você levou vantagem na brincadeira. Você sabia quem eu era, mas eu, em compensação, nem te conhecia. Jogou sujo comigo, e eu, boba, não percebi. Mas repito: comigo não se brinca. E, se você fizer isso, vai ter troco.

Assustada pelos gritos, Annie se junta às outras e começa a esmurrar a porta. Não entende o que está acontecendo. Não entende por que estou me comportando desse jeito. Isso me deixa agoniada, me desconcerta e, antes de soltar Linda, sussurro em seu ouvido:
— Que seja a última vez que você se aproxima de mim ou de Ucker, porque te juro que, se você fizer isso outra vez, não vou ficar só no aviso. Pelo seu bem, fica bem longe de Ucker. Não se esqueça.

Em seguida eu a solto, mas dou um chute no seu traseiro e ela cai de bruços no chão. Ai, meu Deus! Surtei! Depois abro a porta e saio. Annie me olha assustada. Não entende nada, e então vê Linda e aí sim compreende tudo. Assim que a outra se levanta, Annie chega perto dela e, cheia de raiva, lhe dá uma bofetada.
— Essa é pelo meu irmão. Como você foi capaz de dormir com o pai dele, sua vadia?

Nesse momento, Anita para de pedir explicações e entende do que Annie está falando. Horrorizada, a amiga de Linda a ajuda.
— Chama a polícia, por favor.
— Por quê?
— Essas mulheres atacaram Belinda, você não viu?

Anita nega com a cabeça.
— Desculpa, mas não vi nada. Só vi uma ca/dela no chão.