Fanfic: Peça-me O Que Quiser Que Te Darei | Tema: Vondy
Quero me atirar no seu pescoço e beijá-lo, mas me controlo. Ao fundo, vejo Amanda
nos olhando com curiosidade e não quero que ela saiba de nada, embora eu tenha consciência de que ela já está tirando suas próprias conclusões. Que se dane! Sua cara diz tudo, e dá para sacar que ela está muito... muito irritada.
Ucker e eu atravessamos a porta do hotel e, assim que entramos no carro e eu arranco, ligo o rádio. A música Kiss, do Prince, está tocando e eu movimento os ombros empolgada. Ucker olha para mim e, brincando, faz cara de contrariado. Divertindo-me, sorrio por sua expressão e, antes que ele diga qualquer coisa, coloco meus óculos escuros.
— Manda ver, menina.
O dia tem tudo para ser maravilhoso. Estou dirigindo um Lotus incrível ao lado de um homem mais incrível ainda. Quando saímos de Barcelona em direção a Tarragona, me desvio por uma estradinha. Ucker não olha.
— Não sei se você sabe, mas já passei muitos verões em Barcelona — digo.
— Não. Não sabia.
Sinto a adrenalina no auge enquanto dirijo.
— Vou te levar num lugar onde você vai poder experimentar esta maravilha. Você vai ver. Vai enlouquecer!
Com sua seriedade habitual, Ucker olha para mim e diz:
— Dul... essa estrada não é para um carro como esse.
— Fica quietinho.
— O pneu vai furar, Dul.
— Cala a boca, seu estraga-prazeres!
Minha adrenalina vai a mil.
Continuo e vamos passando por várias poças d’água. O carro brilhante se enche de lama e Ucker me olha. Eu cantarolo e finjo que nem estou reparando. Sigo meu caminho, mas, de repente, ah, ah...! O carro faz um movimento estranho e sinto que o pneu furou.
A adrenalina, a alegria e o bom humor se apagam em décimos de segundos e penso num palavrão. Com certeza ele vai dizer que me avisou e terei que concordar e ficar quieta. Reduzo a velocidade e, quando paro, mordo o lábio e olho para Ucker com cara séria:
— Acho que o pneu furou.
Ele me encara com uma expressão irritada. Já percebi que Ucker não gosta de imprevistos. Estamos no meio da estrada, ao meio-dia, com o sol a pino. Sem dizer nada, sai do carro e bate a porta com força. Eu saio também. Finjo ignorar seu gesto brusco com a porta. O carro está imundo e cheio de lama. Nada a ver com o lindo e reluzente
carro que comecei a dirigir há apenas quarenta minutos. O pneu furado é bem o da frente e do lado do motorista. Ucker fecha os olhos e suspira fundo.
— Ok, o pneu furou. Mas tudo bem. Não vamos entrar em pânico. Se o estepe está onde deve estar, eu troco rapidinho.
Não responde. Mal-humorado, anda até a traseira do carro, abre o porta-malas e vejo que tira um pneu e as ferramentas necessárias para trocá-lo. Irritado, se aproxima de mim, solta a roda no chão e me diz com as mãos sujas de graxa:
— Você pode sair da frente?
Suas palavras me deixam furiosa. Não apenas pelo tom, mas pelo que dão a entender.
— Não — respondo sem me mover um centímetro —, não posso sair da frente.
Minha resposta o surpreende.
— Dul — diz —, você acabou de estragar um dia lindo. Não o estrague mais ainda.
Ele tem razão. Cismei de entrar por aquele caminho, mas não gosto que ele fale desse jeito comigo.
— É você quem está estragando o dia lindo com sua falta de educação e sua cara emburrada — respondo, incapaz de ficar de boca fechada. — Porra! O pneu furou. Só isso. Não seja tão exagerado.
— Exagerado?!
— Sim, terrivelmente exagerado. E agora, por favor, saia da frente que eu mesma vou trocar esse pneu sozinha e apagar meu erro terrível e irreparável.
Ucker está suando. Eu também. O sol não nos dá descanso e não trouxemos nem uma mísera garrafa de água para nos refrescarmos. Vejo a aflição em seu rosto, em seu olhar.
— Tudo bem, espertinha — ele diz, abrindo as mãos. — Agora você vai trocar o pneu sozinha.
Em seguida começa a andar até uma árvore que está a uns dez metros do carro.
Quando chega à sombra, Ucker senta e me observa.
A fúria me domina por dentro e começa a pinicar meu pescoço. Maldita urticária! Sem parar para pensar nisso, ponho o macaco por baixo do carro e começo a fazer força para erguê-lo. O esforço me faz suar mais ainda. Estou ensopada de suor. Meus seios e minhas costas estão encharcados, minha franja gruda na testa, mas eu continuo determinada, sem dar o braço a torcer.
Sou forte e autossuficiente!
Após um esforço terrível em que sinto que vou desmaiar, consigo retirar o pneu furado.
Me sujo toda de graxa, mas não há o que fazer. Quando estou prestes a gritar de frustração, sinto Ucker me agarrando pela cintura.
— Tá bom, você já provou que sabe fazer isso sozinha — diz com voz suave. — Agora, por favor, fica na sombra e eu termino de pôr a roda.
Quero dizer não. Mas estou com tanto... tanto calor que das duas uma: ou eu fico debaixo da árvore ou com certeza vou desmaiar.
Dez minutos depois, Ucker liga o carro, dá uma volta e se aproxima de mim de marcha a ré.
— Vamos... suba.
Irritada, faço o que me pede.
Estou suja, furiosa e morrendo de sede. Ele está igual, mas reconheço que seu humor está melhor que o meu.
Dirige com cuidado pela droga de caminho e pega a autoestrada.
Quando avista um enorme posto de gasolina, para o carro, olha na minha direção e pergunta:
— Quer beber alguma coisa bem gelada?
— Não... — Ao ver como me olha, acrescento: — Claro que quero beber alguma coisa. Estou morrendo de sede, você não está vendo?
— Posso saber o que te deu agora?
— O que me deu é que você é um rabugento. É isso que me deu.
— O quê?! — pergunta, surpreso.
— Sério, você acha que, só porque um pneu furou e você sujou sua roupa de graxa, o dia lindo foi por água abaixo? Por favor! Como é pequeno seu senso de humor e de aventura... Só podia ser alemão.
Faz menção de responder algo, mas se cala. Respira bufando, sai do carro e entra no posto de gasolina. Então vejo a meu lado um lava-jato manual e não penso duas vezes.
Arranco com o carro, ponho o veículo em paralelo, enfio três euros na maquininha e a mangueira da água começa a funcionar. A primeira coisa que faço é molhar minhas mãos e tirar a graxa toda. E o calor é tão forte que solto o cabelo e, sem me importar com quem possa estar vendo, coloco a cabeça embaixo do jato de água. Ai, que geladinho!
Uma delícia!
Quando minha cabeça já está refrescada, recupero o bom humor. Ucker sai da loja de conveniência do posto com duas garrafas grandes de água e uma Coca-Cola, e vem até mim, surpreso.
— O que você está fazendo?
— Me refrescando e, de quebra, aproveitei para lavar o carro. — E, sem avisar, viro a mangueira na direção dele e o molho, morrendo de rir.
Sua expressão é impagável.
As pessoas nos olham e eu já começo a me arrepender do que estou fazendo. Meu Deus, que cara irritada! Essa minha espontaneidade vai me trazer problemas, e estou vendo que não vai demorar muito. Mas, para minha surpresa, Ucker põe as garrafas de água e a Coca-Cola no chão.
— Tudo bem, gatinha, você pediu!
Corre na minha direção, me rouba a mangueira e me encharca inteira. Eu grito, rio e corro em volta do carro enquanto ele se diverte com o que está fazendo. Por alguns minutos nos molhamos um ao outro, e nossa raiva se desfaz junto com a lama e a sujeira. As pessoas nos olham achando graça da cena, enquanto nós, como duas crianças, continuamos nos molhando e caindo na gargalhada.
Quando a água para de repente porque os três euros já acabaram, estou ensopada e apoiada na porta do carro. Ucker solta a mangueira e se gruda no meu corpo antes de me beijar. Devora minha boca com verdadeira paixão e me deixa arrepiada.
— Alguém tão imprevisível como você está conseguindo emocionar um alemão rabugento.
— Jura? — murmuro como uma boba.
Ucker faz que sim e me beija.
— Onde você esteve a minha vida toda?
Grande momento!
Cena de filme! Me sinto a heroína. Sou Julia Roberts em Uma linda mulher. Babi em Tres metros sobre el cielo . Nunca ninguém me disse algo tão bonito num momento tão perfeito.
Após um monte de beijos ardentes, decidimos ir embora.
Autor(a): dricapentas
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Estamos encharcados e colocamos toalhas nos bancos de couro do carro. Ucker me entrega as chaves do Lotus outra vez.— Continuemos a aventura — murmura. Entre risadas, chegamos a Sitges. Estacionamos o carro, e não me surpreendo quando, depois de guardar as chaves na minha bolsa, Ucker busca minha mão. E, como um casalzinho, cami ...
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Comentários do Capítulo:
Comentários da Fanfic 1087
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aM.Dour Postado em 28/07/2023 - 22:39:12
Você podia finalizar esse daqui né
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luanaklen Postado em 27/12/2021 - 20:48:20
Volta logooooo
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thainagabriella2 Postado em 17/09/2021 - 15:25:48
Abandonou, né? :(
dricapentas Postado em 02/12/2021 - 22:05:18
Não minha querida. Leia a minha última nota pfv
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rafaelaa Postado em 10/04/2021 - 00:44:02
Fico feliz que tenha voltado, espero que possa continuar postando a história
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aM.Dourado Postado em 26/02/2021 - 19:04:16
Nem tô acreditando que você voltou eu esperei tanto, espero que não de nenhum problema é que vc consiga finalizar a história. Obrigada por continuar!
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aucker Postado em 27/01/2021 - 23:55:07
Continua...
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amodycaya Postado em 26/01/2021 - 23:12:05
Oh que maravilha que você voltou!Estou muito contente!
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aucker Postado em 26/01/2021 - 05:12:36
Na metade da terceira temporada <3
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aucker Postado em 18/01/2021 - 11:44:38
Eu li uma boa parte da Fic, mas tinha parado pq pensava que não haveria um final. Mas se vc voltar a postar com certeza voltarei a ler e comentar.
dulamaucker95 Postado em 18/01/2021 - 11:53:20
Sim postarei... prometo não vos deixar na mão.
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brun Postado em 17/07/2018 - 23:46:37
cade tu mulheeeeeeeeeeee , voltaaaaaaaa plissssssssssss
dulamaucker95 Postado em 18/01/2021 - 11:35:46
de volta :D