Fanfic: Peça-me O Que Quiser Que Te Darei | Tema: Vondy

Naquela noite, dormimos em um hotel em Londres. Eu não consigo dormir. Eu só posso pensar no meu amor, na sua solidão naquele quarto de hospital.

Na manhã seguinte, Christian passa por meu quarto para me buscar. Ele se preocupa com o meu estado. Estou pálida. Quando chegamos de novo ao hospital, meu estômago se revira. Ucker está lá e com certeza me pedirá para ir embora. Mas desta vez vou ignorar-lo. Desta vez, terá que ouvir o que eu tenho que dizer.

Quando chego novamente em frente ao quarto 507, olho para Christian e volto a pedir-lhe para que me deixe entrar sozinha.
Ele nega com a cabeça, não está convencido do que eu digo, mas quando olha em meus olhos, finalmente aceita a minha decisão.
Com as mãos trêmulas e a tensão nas nuvens, abro a porta. Desta vez Ucker está acordado e ao ver-me, seu gesto taciturno, se rompe e sibila:
- Vá embora, pelo amor de Deus.

Entro e sem a impotência do dia anterior, me aproximo dele e pergunto:
- Diga-me pelo menos que você está bem.

Não me olha e responde:
- Eu estava bem até você chegar.

Suas palavras me machucam, me matam, e ao ver que não digo nada, insiste:
- Saia daqui. Eu não te chamei porque não queria te ver.
- Mas eu quero te ver. Eu me preocupo com você...
- Você se preocupa? - Ele grita, cravando seus impactantes olhos ensanguentados em mim. -Vamos, por favor... Vá para o seu amante e não volte a aparecer em minha vida.

A porta do quarto se abre e Christian entra feito uma fera. O rosto de Ucker endurece ainda mais e murmura:
- Qual é sua também? Fora do quarto, os dois, agora mesmo.

Nenhum movimento e Ucker gritando insiste:
- Eu quero que saiam! Fora!

Sua voz, sua dura voz, me faz reagir e esquecendo-me dos maltratos, eu olho para aqueles olhos que eu não reconheço como sendo o do meu amor e solto :
- Eu vim aqui para dizer ao vivo e direto: idiota!

Minha resposta o intriga e Christian acrescenta:
- Como você é tão imbecil? Como você pode pensar uma coisa dessas de Dul e eu?
- Você e eu iremos conversar quando eu estiver bem. - Rosna Ucker. -Agora vá. Não quero falar.
- Com certeza conversaremos. - Replica Christian. - Mas enquanto isso deixa de ser idiota e se comporte como o homem que eu sempre acreditei que fosse.
- Christian... - Sibila Ucker.

Ele olha para cima e sem mudar sua expressão de raiva, afirma:
- Eu não me importo com o seu estado, sua perna, seu rosto machucado ou seus olhos, daqui não me movo até que eu veja as provas, que tão gratuitamente diz que tem contra nós. Babaca!

Ouvir essas palavras da boca de Christian neste momento de máxima tensão me diverte, embora o momento não tenha nada de engraçado. Transpira tensão.
Ucker blasfema. Diz mais de cem palavrões em alemão, mas não nos movemos. Não temos medo. Nós não iremos sair sem esclarecer as coisas de uma vez.

Tenho náuseas novamente.
Eu olho ao redor procurando um banheiro. Quando o localizo entro nele rapidamente e vomito. Eu me sinto horrível. Sento-me na tampa do vaso até que Christian entra e sussurra com carinho:
- Se você está mal, vamos embora.

Nego com a cabeça. .
- Estou bem, não se preocupe. So preciso que Ucker acredite em nós.
- Ele irá querida. Eu prometo que irá.

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