Fanfics Brasil - 79 Peça-me O Que Quiser Que Te Darei

Fanfic: Peça-me O Que Quiser Que Te Darei | Tema: Vondy


Capítulo: 79

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Em seguida vai embora e me deixa desconcertada e com um sabor amargo na boca.


 


No sétimo dia, meu pai me lembra do evento anual de motocross em Puerto Real, um vilarejo próximo de Jerez. Neste ano não estou muito a fim de participar. Prefiro curtir a companhia de Ucker, mas, ao ver a animação do meu pai e de seus amigos para que eu participe, acabo cedendo e convenço Ucker a nos acompanhar.


Papai sempre quis ter um filho homem. Um menino. Mas a vida lhe deu duas filhas. Se bem que eu, com meu jeito meio moleca, talvez tenha compensado um pouco essa carência.
A princípio, Ucker não sabe muito bem aonde vamos. Deixa claro para mim que não gosta de esportes radicais. Eu sorrio e minto para ele. O que posso fazer?
Mas, quando vê minha moto no reboque e meu pai junto a seus melhores amigos, o Lucena e o Bicho, falando sobre saltos, cantadas de pneu etc., entende perfeitamente o que vou fazer. Sua cara é de desconforto total.
— Não quero que você faça o que eles estão falando — murmura a poucos metros deles.
— Olha, Ucker. Pra mim o que eles estão falando não tem nenhum mistério. Pratico motocross desde os 6 anos de idade. E agora, com 25, continuo inteirinha.


Seu rosto e sua boca revelam a tensão que está sentindo.
— Te prometo que vai dar tudo certo — insisto. — Você vem comigo e vai ver, ok?
— Olha quem está aqui... — escuto de repente atrás de mim. — Minha linda conterrânea motociclista.


Me viro e dou de cara com Rodrigo. Seu comentário não me agrada nem um pouco.
Meu estômago se contrai, mas me esforço para que ninguém perceba meu constrangimento. O Bicho olha para seu filho e depois para Ucker. Sinto que está tão tenso quanto eu, mas respiro fundo e sorrio.
— Rodrigo, esse é Ucker. Ucker, esse é Rodrigo.


Apertam as mãos um do outro, e eu, que estou no meio, vejo o mal-estar da situação.
Eles se encaram. Dois rivais. Dois homens e eu no meio. Por sorte, meu pai bate palma e diz que é hora de irmos. Rodrigo se ajeita e Ucker logo me avisa que nos seguirá em sua moto. Decido acompanhá-lo.


Quando meu pai, o Lucena, o Bicho e Rodrigo entram no carro e arrancam, Ucker me passa um dos capacetes.
— Não gosto desse tal de Rodrigo.
— Está com ciúmes?
— Deveria estar?


Dou um beijo em seus lábios e respondo:
— Claro que não, querido.


Quando chegamos ao lugar da corrida, meu pai e os amigos começam a cumprimentar todo mundo e faço o mesmo. Conhecemos quase todos os corredores e seus acompanhantes, já que participamos do evento há tantos anos. Às dez e meia, Cristina, a organizadora do motocross feminino, me entrega meu número, o 51, e informa que ao meio-dia haverá a primeira eliminatória.


Ucker não fala nada. Só fica me observando. A cada segundo que passa, vejo a preocupação em seus olhos e tento acalmá-lo. Mas, quando apareço com meu macacão vermelho de couro, as proteções, as botas, as luvas e o capacete, ele fica branco como cera.
— Pode me explicar por que está vestida desse jeito? — pergunta com irritação.
— Não estou sexy? — Sorrio.


Não responde.
— Dul. Não quero que você participe disso. É um esporte perigoso demais.
— Ah, que é isso! Não diga bobagem. — Sorrio de novo e tento não levá-lo a sério.


Rodrigo, que sei que estava prestando atenção na gente, se aproxima e com um sorriso falso diz:
— Vamos, linda... vá com tudo e deixe todo mundo sem palavras.
— Com certeza — respondo.


Rodrigo, com duas cervejas na mão, pergunta a Ucker:
— Quer uma? — E, sem lhe dar tempo de responder, continua: — Toma. Esta é toda pra você. A outra pra mim. Eu não compartilho nada.


Seu comentário me dá uma raiva. O que esse desequilibrado está fazendo?
Ucker não fala nada, mas consigo perceber seu desagrado enquanto Rodrigo se dirige a ele:
— Sabia que “nossa garota” é especialista em saltos e cantadas de pneus?
— Não.
— Então se prepare, porque, se você não sabia, hoje você vai ter um belo espetáculo.


Dito isso, Rodrigo vem e me dá um beijo no rosto.
— Vamos, linda. Manda ver!


Assim que ficamos a sós, Ucker olha para mim, irritado.
— De onde ele tirou isso de “nossa garota” e “compartilhar a cerveja”?
— Não sei — respondo, ainda sem conseguir acreditar no que acaba de acontecer.


Ucker não é bobo e, assim como eu, percebeu as segundas intenções nas palavras de Rodrigo. Respira bufando, solta uns palavrões e não olha mais para Rodrigo.
— Você vai se machucar, Dul. Não sei como seu pai te deixa fazer isso.


Seu comentário me faz rir. Aponto para meu pai, que está com seus dois amigos fazendo os últimos ajustes na minha moto.
— Você acha mesmo que meu pai está preocupado?


Ucker o observa por alguns segundos e acaba se dando conta da felicidade em seu rosto.
— Tá bom... mas o fato de ele não estar preocupado não significa que eu não deva ficar.


Sorrio, chego mais perto dele e, sem me importar que Rodrigo nos olhe, subo numa caixa que está no chão para ficar da sua altura e aproximo meus lábios dos seus.
— Não se preocupe... pequeno. Sei o que estou fazendo.


Consigo fazer com que Ucker esboce um sorriso. Dou um beijo nele com sabor de vitória.
— Pelo seu bem — diz, sério —, melhor você saber mesmo o que está fazendo ou eu juro que já, já te faço pagar por isso.
— Hummmm... adorei ouvir isso!
— JDul... estou falando sério — insiste.
— Aaaaaah, já te disse... isso aqui pra mim é um passeiozinho de nada.


Não sorri. Mas eu sim.
Escuto a voz de meu pai me chamando. Tenho que ir para a pista. Dou um beijo rápido em Ucker, desço da caixa, solto sua mão e vou até minha moto. Meu pai a acelera.
Eu grito feliz e cheia de emoção, enquanto Ucker fecha a cara.


 


Dez minutos depois, estou na pista com outras participantes, com a adrenalina a mil, saltando e correndo sem pensar em perigo. O motocross é uma combinação de velocidade e destreza, e as duas coisas juntas me empolgam muito.


Sempre fui meio moleca, o filho que meu pai nunca teve. Adoro os pneus cantando nas curvas fechadas, saltar em buracos, fazer manobras ousadas e meu macacão fica cheio de lama, enquanto minha adrenalina acelera meus movimentos e percebo que estou numa boa posição na corrida. Termino entre as quatro primeiras e passo à segunda etapa.


Ucker está branco como mármore. O que acabo de fazer e minhas ultrapassagens mal lhe deixam respirar. Mas não temos tempo de trocar nenhuma palavra, porque vou participar da próxima etapa e assim sucessivamente até restarem apenas seis participantes.


Meu pai, junto ao Lucena e ao Bicho, gritam como loucos enquanto voltam a ajustar a moto. Rodrigo, um expert em motocross, me dá umas dicas sobre as outras participantes e eu o escuto. Sabem que eu mando bem e que posso conquistar algum prêmio hoje. Mas não consigo deixar de procurar Ucker. Onde está ele?
— Ruivinha — diz meu pai. — Ucker voltou para Jerez.
— O quê?! — exclamo sem acreditar.
— O que você ouviu, filha. Disse que preferia te esperar na casa dele. —


E murmura:
— Ele estava se sentindo supermal, filha. Apesar de que agora, pensando bem, não sei se era por te ver dando saltos na pista ou por causa da presença de Rodrigo e a atenção que ele te dava.
— Paaaaaaai — resmungo ao vê-lo sorrir.


Mas não podemos continuar falando. A próxima volta vai começar e eu tenho que ficar a postos. Minha concentração diminui, e meu humor péssimo. Ucker foi embora e isso me deixa muito chateada. Quando a corrida começa, saio disparada como uma flecha. Salto um montinho, dois... três, os pneus cantam, acelero e pulo vários buracos seguidos. Ao
fim, engato a segunda e grito de felicidade.


Meu pai, o Lucena e o Bicho correm para me abraçar. Estou coberta de lama, mas eu os fiz vibrar novamente. Quando me soltam, é Rodrigo quem me pega entre seus braços, de um modo totalmente efusivo.
— Parabéns, linda. Você é a melhor!
— Obrigada e me solta.
— Por quê? Ucker por acaso não gosta de compartilhar a mulher dele?
— Me solta, seu babaca, ou juro que acabo com você aqui mesmo — rebato ofendida.


Cinco minutos depois, no pódio improvisado, fico feliz ao ver meu pai, o Lucena e o Bicho aplaudindo ao lado de Rodrigo, orgulhosos de mim. Levanto o troféu e eu adoraria que Ucker estivesse aqui.


 




 


 


Meninas, o que acharam dessas insinuações do babaca do Rodrigo?


E os ciúmes de Ucker? rsrs. 


Algum palpite para esse mega desconforto e preocupação de Ucker por Dulce poder se machucar? Alguém tem algum palpite?? Me contem. 


É o ultimo de hoje e amanha postarei mais, claro. Quero que comentem muitãão e me digam o que acharam disso tudo. 


Beijoooooooo mega grande, Las amo <3



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Autor(a): dricapentas

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OI meninas, alguém por aí? Hoje irei revelar um dos mistérios de Ucker.. Alguém pra eu postar? Comentem. Beijooos <3


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Comentários do Capítulo:

Comentários da Fanfic 1087



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  • aM.Dour Postado em 28/07/2023 - 22:39:12

    Você podia finalizar esse daqui né

  • luanaklen Postado em 27/12/2021 - 20:48:20

    Volta logooooo

  • thainagabriella2 Postado em 17/09/2021 - 15:25:48

    Abandonou, né? :(

    • dricapentas Postado em 02/12/2021 - 22:05:18

      Não minha querida. Leia a minha última nota pfv

  • rafaelaa Postado em 10/04/2021 - 00:44:02

    Fico feliz que tenha voltado, espero que possa continuar postando a história

  • aM.Dourado Postado em 26/02/2021 - 19:04:16

    Nem tô acreditando que você voltou eu esperei tanto, espero que não de nenhum problema é que vc consiga finalizar a história. Obrigada por continuar!

  • aucker Postado em 27/01/2021 - 23:55:07

    Continua...

  • amodycaya Postado em 26/01/2021 - 23:12:05

    Oh que maravilha que você voltou!Estou muito contente!

  • aucker Postado em 26/01/2021 - 05:12:36

    Na metade da terceira temporada <3

  • aucker Postado em 18/01/2021 - 11:44:38

    Eu li uma boa parte da Fic, mas tinha parado pq pensava que não haveria um final. Mas se vc voltar a postar com certeza voltarei a ler e comentar.

    • dulamaucker95 Postado em 18/01/2021 - 11:53:20

      Sim postarei... prometo não vos deixar na mão.

  • brun Postado em 17/07/2018 - 23:46:37

    cade tu mulheeeeeeeeeeee , voltaaaaaaaa plissssssssssss

    • dulamaucker95 Postado em 18/01/2021 - 11:35:46

      de volta :D


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