Fanfic: Eterno enquanto Dure. (Vondy Ponny) | Tema: Rebelde, RBD, Vondy, Ponny, Chaverroni

   Peso na consciência? Não. Ódio, raiva tristeza? Não. Apenas me sentia vazia, como uma bolha.

-Você esta bem? – se aproximou.

-Estou.

-Sei...

-Estou mesmo... Por que não está com o pessoal?

-Estava até meu amigo beijar uma garota e ficar de vela.

-E a Anahí? – Conversamos ontem, mas não terminamos. Karla apareceu.

-Ah sim. O que ela queria?

-Depois que Annie saiu, ela me disse umas coisas.

-Que coisas?

-Que ela tinha feito uma aposta com ela, que ficaria comigo. E havia ganhado.

-Por isso que não tem olhado na cara dela?

-Sim...

-Você não acredita nisso, acredita?

-Não sei.

-Anahí nunca faria isso, apesar de ser tímida e não ter força suficiente para se expressar, ela nunca faria isso.

-Ah, não sei...

-Conversa com ela, ok? Agora vamos voltar para festa. – disse puxando Poncho.

    Voltei sorrindo, apesar de ficar com certas palavras martelando na minha cabeça, tinha que confirmar com meus próprios olhos. Cheguei sorrindo e mesmo vendo, permaneci sorrindo. Ele estava ali. Fuzz estava ali.

     Fuzz é uma garota que é apaixonada pelo Christopher desde sempre, bom quase, antes ‘‘amava ‘’ Pablo, antes de ele partir para os Estados Unidos, nunca gostei dela e ela nunca simpatizou comigo também. Cabelos morenos e longos, olhos claros e pele morena.

   Na primeira vez fiquei impactada, mas decidi ignorar, agora já me acostumei em ver ele rodeado de garotas o tempo todo.

 -Ei. – disse se aproximando.

Pulei em um gesto de susto.

-Achei que nunca mais fosse falar comigo.

-Eu te entendo, você não gosta de mim.

-Não é que eu não goste de você Pablo...

-Então é o que?

-Eu estava nervosa, não te odeio... Mas não te amo.

-O que leva a não gostar de mim.

-Sinto carinho por você, mas não vai voltar ao que era.

-Te entendo. – disse me abraçando.

-Obrigada... Por me entender. – retribui.

-Nada, agora eu vou voltar pra festa.

Sorri em concordância. Levantei-me e o acompanhei.

-Dul! – Ouvi alguém me chamar.

-Oi? – Me virei, reconhecendo a voz.

-Quero saber o que houve. Por que se embebedou? – perguntou Christopher fazendo com que me sentasse novamente.

-Nada.

-Me conta, quero saber se há razão suficiente pra fazer essa estupidez.

-Estupidez? – revirei os olhos.

-Se embebedar pra aliviar os problemas não é a melhor das soluções.

-Ah, não me diga? – suspirei irritada.

-Dul...

-Diga.

-Foi por que o Pablo voltou?

-Não.

-Fala logo.

-Me deixa em paz. – disse me retirando.

-Espera. – segurou meu braço. – Eu não terminei de falar.

-Mas eu terminei. - tentei me soltar. Sem sucesso.

-Você não vai se soltar até me responder.

-Me deixa em paz. – revirei os olhos.

-Tudo bem. – soltou meu braço. – pro resto da sua vida. Satisfeita?!- arqueou a sobrancelha.

-Claro. – sorri ironicamente.

   Retirei-me e ouvi os gritos de decepção por causa da chuva. Sorri. A chuva me acalmava, não sei por que havia gritado com Christopher, aliás, ele era um idiota e eu já devia ter feito isso há séculos.

    As pessoas continuavam a nadar e a se divertir mesmo com a chuva. Não era bem uma chuva, só estava chuviscando. Deitei-me ali mesmo e relaxei com olhos fechados e boca aberta em um leve sorriso.

    Já era final da tarde quando abri os olhos, havia adormecido o que não era nenhuma novidade. Fui em direção da cozinha e me deparei com quem eu não queria olhar nos próximos anos de minha vida.

-Quer água? – ofereceu-me mesmo educado seu tom de voz era frio.

-Sim, por favor. – Pedi com o mesmo tom.

    Colocou a água e empurrou o copo rapidamente para a minha frente.

-Está ficando com a Fuzz? – perguntei rispidamente logo molhando minha boca em um gole.

-Não te interessa. – cuspiu. 

      Com toda essa confusão havia me esquecido no quão grosso e arrogante era com quem lhe desagrada.

-Tudo bem. – retribui calmamente.

    Ele se retirou e eu permaneci ali, pensando na última vez que nos tratamos assim, aliás, era ainda pior do que isso.

-Cala boca. – gritei batendo-o com o caderno.

-Você nem manda em mim. – revirou os olhos me chutando levemente.

-E dai? Está me perturbando.

   Christian, Alfonso, Fuzz e Karla e seu namorado permaneciam ali nos observando e revirando os olhos com mais uma discussão.

-Cara, se me odeia fala logo.

-Não te odeio. Pelo contrário.

-Então para de implicar comigo, vai implicar com suas garotas. – revirei os olhos impaciente.

-Se você fosse minha irmã eu te batia muito.

-Mas no nosso caso, não somos irmãos e eu te bateria muito mais.

-Vocês podem calar a boca? – intrometeu-se Fuzz já sem paciência com a nossa discussão que acontecia ao menos uma vez ao dia.

   Olhamos para ela e apenas assentimos, pela primeira vez no dia concordando um com o outro e assustados pela impaciência da Fuzz.

-Obrigada. – sorriu. – Então, já podemos ir comer. –suspirou aliviada. Acho que é pelo alivio de seus ouvidos não ouvirem mais nós dois.

     Sentei-me ao lado de Christian e logo já ouvi reclames.

-Você podia trocar de lugar comigo. – provocou.

-Mas eu não quero.

-Calados. – alertou Fuzz. – Se isso não dá namoro um dia... – disse baixo, porém alto suficiente para que ambos ouvíssemos.

-Eu?! Com ele?! – Ri. – Nem nos meus piores pesadelos. - gargalhei.

-Pela primeira vez concordo com ela. Pelo amor, vocês imaginam coisas.

-Eu nunca vou gostar dele. – assegurei.

-Nem eu dela. - confirmou.

     Essa lembrança repentina me fez lembrar o jeito totalmente diferente que temos nos tratado recentemente. Até dar um leve sorriso.