Fanfic: As Crônicas de Nárnia- O Retorno | Tema: As crônicas de Nárnia, aventura, mistério, feitiços, romance

Capítulo 10

- Como é bom estar de volta!- Jadis exclamou.

- Ferrou!- Edmundo falou baixo, mas a feiticeira conseguiu escutar.

- Ah, ora, quem eu vejo por aqui. Se não são os meus queridos amigos Pevensie.- ela disse cerrando os dentes.

- Não queremos brigar.- Caspian a encarou.

- E quem disse que quero brigar?- a Feiticeira deu um sorriso sínico.- Eu quero o que é meu por direito!

E assim, lançou um raio de gelo em direção ao cavalo de Lúcia, que acabou caindo com o animal congelado.

- Melhor irmos embora antes que algo aconteça.- Susana murmurou para Pedro, mas o mesmo estava perto do altar pegando Molly e a colocando em seu cavalo.

- Todos para fora!- Caspian ordenou e as tropas telmarnianas deram meia volta e seguiram de volta para o castelo. Lúcia foi colocada na garupa de Edmundo, e em pouco tempo chegaram ao palácio. Os reis, junto com Trumpkin, o comandante do exército telmarinos e os centauros se reuniram na sala.

- Precisamos elaborar logo uma estratégia, tanto de guerra como de proteção, para o palácio e para a cidade.- Pedro disse convicto.

Enquanto os mais velhos decidiam o rumo da suposta batalha, Lúcia se pôs em prontidão para levar Molly a sua mãe.

- Você está bem?- a rainha perguntou a garota.

- Estou.- disse Molly, tremendo.- Quer dizer... Na medida do possível estou bem.

As duas chegaram a uma grande porta de madeira, e Lúcia bateu levemente na porta.

- Quem é?- perguntou uma mulher com a voz fraca dentro do outro cômodo.

- Sou eu, a Rainha Lúcia.- a mais nova dos Pevensie falou.

- Entre.- era a mãe de Molly.

Quando Lúcia entrou, a mulher ainda chorava. Seus olhos estavam inchados e as bochechas marcadas pelas lágrimas de tristeza.

- Mãe?- Molly entrou no quarto. Sua mãe, de começo, não acreditou que era a sua filha ali, parada diante a soleira da porta, mas a mesma correu em direção ao lugar onde aquela emocionada senhora estava sentada e pulou em cima dela.

- Vou deixa-las a sós.- Lúcia ia saindo, mas virou para as duas.- Molly, creio que deve cuidar dessa ferida na mão, para não infeccionar.

Ao sair, Lúcia pediu a um guarda que estava no corredor dos quartos para ficar de olho nas convidadas, e não deixa-las sair do castelo.

A rainha se pôs de volta ao caminho da sala onde planejavam a defesa contra a Feiticeira Branca, mas quando desceu as escadas, sentiu uma forte dor no tornozelo, e acabou caindo.

- Majestade!- gritara uma voz em direção à pequena caída.

- Ai! Meu tornozelo.- Lúcia choramingava, de tanto que a dor era forte.

- Está bem?- o rapaz a aconchegara em sua perna.

- Não Gus!- a pequena tentava lutar contra as lágrimas.- Meu tornozelo doe muito.

- Permite-me?- Gus perguntou, insinuando para ver o tornozelo da rainha, que assentiu.

- Acho que a senhorita não quebrou, mas ganhou uma bela torção... Está muito inchado.- Gus analisou o tornozelo.

- Não sei se consigo andar.- Lúcia reclamou.

- Não há problemas.- Gus falou brincando, e pegou Lúcia no colo.- Eu sabia que um dia a senhorita estaria nos meus braços.

- Para um empregado você é bem atrevido.- Lúcia falou, mas acabou soando como uma brincadeira.

- Sei que me ama.- Gus a provocou.

- Nem nos seus piores pesadelos.- Lúcia mostrou a língua pro amigo.

- Lúcia!- Susana chegou correndo.- O que aconteceu com você?

- Acho que torci meu tornozelo quando cai do cavalo, e depois caí da escada.- a menina explicou para a irmã.

- Muito obrigada por ajudar minha irmã...- Susana disse preocupada.

- Augustus. Mas pode me chamar de Gus, Majestade.- Gus se apresentou.

- Gus, poderia deixa-la na ala hospitalar? Preciso resolver umas coisas.- Susana olhava para Caspian, que passou do outro lado do corredor.- Lu, depois vou te ver.

Susana saiu e deixou sua irmã sobre os cuidados do garoto loiro.

- Está entregue, rainha estressadinha.- Gus brincou com a amiga, que mostrou a língua.

- Gus!- Lúcia o chamou quando estava saindo, e ele se virou.- Obrigada.

- Ao seu dispor.- ele fez uma breve reverência e saiu.

No castelo de gelo...

- Dudik!- a Feiticeira vociferou o nome do anão.

- Sim, Majestade?- ele chegou à sala do trono.

- Reunião amanhã. Pelas 9h da noite.- ela sibilou.